Fuckin' Perfect escrita por LelahBallu


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas o capítulo está grandinho, então me deem um desconto, ia ser bem maior, ai resolvi deixar essa parte para o outro para não cansar vocês! Espero que gostem...



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– Curioso. – Falei olhando em volta. - Parece que todos os armários de limpeza da faculdade seguem um padrão.

– Felicity. – Murmurou, e eu finalmente o encarei.

– O quê? – Dei de ombros. – Foi você que me trouxe para um armário... De novo. – Frisei.

– O que você está fazendo?

– Como o que estou fazendo? – Franzi o cenho. – Por que eu tenho que escutar de Tommy que você está saindo da cidade?

– Por que Tommy é um idiota. – Respondeu. – E por que eu sabia que você ia ter a mesma reação... Você não pode fazer isso. – Acrescentou.

– Isso o quê?

– Ter ciúmes de Laurel. – Afirmou.

– Eu não... – Ergueu uma sobrancelha em desafio. – Ok, eu tenho, mas você... E o que foi aquilo com Declan? Por que eu não posso ter ciúmes? Por que você pode ter?

– Você não pode ter ciúmes de Laurel. – Ressaltou. – Não quando você está com Elliot do meu lado, não quando você insiste que devemos ser apenas amigos, você não pode ser hipócrita assim.

– Você me chamou de hipócrita? – O encarei não acreditando. – Você que mantém sua namorada...

– Ex-namorada. – Corrigiu-me.

– ... De molho aguardando para que quando for conveniente voltar com ela?

– Você quer ter os dois. – Falou ríspido. – Você quer me manter como amigo e ficar com ele, diga se não é o mesmo do que me acusou com Laurel naquele dia?. – Perguntou se aproximando, recuei encostando-me contra a prateleira de produtos de limpeza. – Você sequer se importa com ele.

– Você está errado. – Neguei. – Eu gosto dele. – Ergui meu rosto o desafiando a dizer o contrário, erro meu, Oliver estava muito perto, seus olhos brilharam aceitando o desafio e deu mais um passo para perto.

– Você não gosta dele. – Negou novamente. – Do contrário você não estaria aqui comigo, você não gosta dele. – Repetiu. - Não do jeito que gosta de mim, do jeito que não queria gostar de mim. – Abri a boca para protestar, mas nada saiu, sua mão envolveu meu rosto enquanto a outra encontrou minha cintura e seu corpo empurrou o meu contra a prateleira. – Apenas admita Felicity, eu estou sob sua pele, assim como você está sob a minha, dizer que somos apenas amigos não vai mudar o que sentimos um pelo outro. – Tentei me concentrar em outra coisa que não fosse seu rosto, seus lábios, sua respiração estava tão próxima. Eu era ciente do seu polegar levantando minha blusa, e movendo-se em círculos por debaixo dela, e do quanto eu queria me erguer nos pés e encostar meus lábios nos seus, mas uma vez que eu fizesse isso eu não poderia voltar atrás, esse era um daqueles momentos em que é tudo ou nada, independente do que eu fizesse minha amizade com Oliver já estava abalada. Ele estava certo, eu estava sendo hipócrita, e mais do que isso, eu estava sendo covarde.

Ele estava aguardando uma minha reação, ele queria que eu agisse, ele não faria nada que não fosse da minha vontade, ele queria que a decisão fosse minha, eu podia sentir isso. Peguei-me pensando em como Oliver tinha sido comigo até agora, um amigo incrível, ele me fazia rir, ele me protegia, Oliver me fazia feliz, por mais que ele tenha sido um cretino com Laurel, com as outras garotas, comigo ele era diferente, Oliver em meio as suas imperfeições era... Perfeito.

– Oh merda. – Sussurrei o encarando peguei o tecido de sua camisa o atraindo ainda mais para mim. – Você cretino, me fez me apaixonar por você! – Sussurrei surpreendendo a ambos quando o disse. Havia apenas uma maneira de apagar seu sorriso arrogante que apareceu em seus lábios, finalmente me ergui e cobri seus lábios com os meus, como eu queria ter feito antes, como eu queria continuar fazendo, Oliver não perdeu tempo e envolveu ambas as mãos agora no meu rosto encostando todo o seu corpo no meu, eu não saberia dizer onde um começava e o outro terminava, seus lábios eram famintos, fazendo-me esquecer de qualquer beijo casto que Elliot havia me dado, sua língua pediu passagem, entreabrindo meus lábios, roçando aponta da minha e deslizando sensualmente por ela, puxou meu lábio inferior entre seus dentes, em uma pequena mordida que fez com que eu soltasse um gemido em resposta, quando nos separamos sua testa estava encostada a minha, nossas respirações entrecortadas.

Encarávamos um ao outro com intensidade, qual seria o próximo passo a partir daqui?

– Eu... – Sua frase foi interrompida pelo som do seu celular tocando, praguejou ao escutar o som e tirou-o do bolso observando a tela, franziu o cenho. – Desculpe. – Pediu antes de levar celular a orelha, fiz o movimento de me afastar e lhe dar alguma privacidade, mas ele segurou minha mão me impedindo e me aproximou de si novamente me abraçando com um braço. – Oi mãe. - Não pude impedir minha cabeça de encostar-se a seu peito, conseguia sentir o vibrar de sua voz enquanto falava com sua mãe. A conversa não estava indo na da bem, Oliver estava irritado, ergui minha cabeça e encarei sua mandíbula tensa enquanto escutava o que sua mãe dizia, murmurou um “Está bem” antes de desligar.

– O que aconteceu? – Perguntei. Mas ele me ignorou e volto a me beijar, correspondi apesar de saber que ele apenas estava me distraindo, quando se separou foi com pequenos beijos. – Oliver. –O chamei. – O que foi?

– Eu tenho que ir para SC. – Falou.

– Eu sei... Meio que foi a razão de estarmos aqui... – O observei assentir tenso. – Você quer dizer hoje? – Perguntei surpresa.

– Mas para agora. – Explicou. – Minha irmã caiu do cavalo, acho que não foi nada sério ou minha mãe não estaria tão calma e exigente, mas eu preciso ir. – Eu assenti compreendendo. Seus olhos me observaram atentamente. – Quando eu voltar nós vamos falar sobre isso. – Alertou-me. – Eu estou falando sério Felicity, não aceitarei mais os termos de antes, eu não quero ser apenas seu amigo, eu não posso. – Voltei a assentir concordando, eu mesmo não poderia.

– Eu acho melhor saímos daqui agora. – Sugeri. Ele sorriu e abriu a porta e saímos com sua mão ainda envolta na minha.

– Eu confesso que estou gostando destes armários. – Brincou.

– Tem seu charme.

– Eu vou para casa agora. – Falou. – Você vai voltar para lá?

– Sim. – Respondi. – Acho que preciso dar uma explicação para Elliot... – Seu olhar duro foi à indicação de que não gostava. – Eu preciso falar com ele Oliver.

– Sim. – Concordou. – Quando voltar nós teremos essa conversa. – Falou antes de se curvar para me beijar, o impedi com uma mão no peito, eu não poderia arriscar ser vista, não era justo com Elliot, mesmo que não tivéssemos em nenhum relacionamento ainda, ele franziu o cenho em confusão, mas eu apenas me ergui nos pés e beijei sua bochecha antes de abraça-lo.

– Tenha cuidado. – Falei absorvendo seu cheiro.

– Eu vou. – Sorriu, parecia hesitar em ir, então eu mesma me despedi com um último aceno e me afastei voltando em direção à cantina, Elliot não estava mais lá e o clima estava totalmente mudado. Apenas Tommy e Sara estavam na mesa, um em frente a expressão séria, nenhum desviava o olhar.

– Onde estão os outros? – Perguntei, nenhum dos dois me respondeu, seguiram olhando um para o outro. – Vocês estão “Tirando o sério”? – Perguntei incrédula. – Qual a idade de vocês?

– Ela me desafiou. – Tommy falou sem desviar os olhos dos dela.

– Você poderia ter negado. – Retrucou.

– Pensei que deveriam ficar calados. – Os provoquei. Não recebi nenhuma resposta. Esperei mais alguns segundo até que minha paciência evaporou. – Onde está Caitlin? – Tommy me encarou rapidamente antes de voltar a encarar Sara. – Oliver já foi para Starling City. – Soltei e ambos me encaram surpresos.

– Como assim Ollie já foi? – Tommy perguntou.

– Não agora, agora. – Corrigi. – Mas ele está em casa arrumando suas coisas.

– Vocês brigaram? – Sara perguntou.

– Onde está Elliot? – Perguntei olhando em volta evitando sua pergunta.

– Quem se importa com Elliot? – Tommy perguntou. – O que aconteceu com você dois?

– Nós não brigamos. – Afirmei. – E eu me importo com Elliot, preciso conversar com ele.

– Ele falou algo se você se interessar e laboratório de informática. – Sara respondeu.

– Não brigaram? – Tommy segurou meu braço. – Como assim?

– Como assim o que? – Perguntei me sentando, já que para ser sincera não estava ansiosa para falar com Elliot.

– Do jeito que vocês saíram daqui tinha apenas duas opções. – Falou. – E se vocês não brigaram... – Insinuou.

– Tommy... – Falei em meio a um suspiro.

– Eles ficaram. – Sara encarou Tommy. – Eles estão juntos.

– Você quer falar mais baixo. – Pedi a encarando com aborrecimento.

– Finalmente! – Tommy sorriu. – A demora já estava ridícula.

– Nós... – Comecei. – Eu não sei ao certo como estamos. Oliver disse que conversaríamos quando voltasse. – Confessei.

– Eles estão juntos. – Toomy afirmou com um sorriso.

– Eu estou bem aqui do lado. – Falei.

– Mas isso não explica por que Ollie foi hoje e não amanhã. – Tommy falou. – Ele estava pensando em não ir.

– Sua irmã caiu do cavalo. – Expliquei, preocupação fez presente no rosto de Tommy.

– Thea está bem?

– Parece que sim. – Comentei. – Onde está Caitlin?

– Foi para casa. – Sara me informou. – Ela não estava em um humor muito bom, na verdade me preocupou.

– Eu quis ir junto, mas ela disse que precisava ficar sozinha. – Tommy deu de ombros. – Por que não vai até ela? – Sugeriu ansioso. Dei um tapinha de leve em seu ombro.

– Eu vou. – Prometi. – Mas primeiro eu preciso conversar com Elliot.

–Oliver não deve ter feito as coisas direito para você insistir tanto em ver outro. – Ignorei sua provocação e me afastei dele deixando-o voltar ao seu jogo com Sara. A conversa com Elliot foi surpreendentemente fácil, mas o seu olhar magoa e de derrota foi o que me deixo triste e constrangida, ele disse que já esperava por essa conversa, só achou que demoraria mais, que meu movimento com Oliver era óbvio e que ele havia sido um tolo em tentar algo comigo enquanto Oliver Queen estivesse por perto, ele disse que esperava que eu fosse feliz com a decisão que eu havia tomado e que eu era uma boa garota, brilhante e que merecia alguém que valorizasse isso, nesse ponto eu não tinha certeza se o seu propósito havia sido acusar Oliver do contrário, com um aceno constrangido me despedi e fui para casa conversar com Caitlin.

– Hey. – A cumprimentei sentando ao seu lado no sofá. Ela estava abraçada aos joelhos assistindo a tv.

– Tommy mandou você vir?

– Ele estava preocupado. – Respondi. – O que aconteceu Caitlin? – Eu tenho certeza que envolve Barry. – Acrescentei. – Mas o que exatamente aconteceu? – Ela me encarou, por alguns segundos sua expressão estava composta, até que ela simplesmente desmoronou. Súbitas lágrimas desceram pelo seu rosto e ela me abraçou as ocultando. – Caitlin? – Chamei seu nome, ela continuou chorando por alguns minutos até que se afastou limpando as lágrimas.

– Eu terminei com ele. – Falou com a voz embargada. – Eu percebi que eu não conseguiria ser apenas sua amiga, que vê-lo com Iris me machucava e pedi que ele se afastasse. – Confessou.

– Como Barry reagiu? – Perguntei.

– Ele ficou chateado, ele está confuso. - Suspirou e percebi que tentava buscar o controle novamente, não me encarava mais, olhava ao redor procurando um foco, quando finalmente seus olhos voltaram a encontrar os meus vi novamente o brilho de lágrimas ameaçando a descer novamente, eu não sabia que conselho dar para ela, eu não sabia se manter afastada de Barry ajudaria em algo, mas por outro lado entendia que está junto a ele a machucava. Com um suspiro voltei a abraça-la e senti que voltava a chorar. – Eu perdi meu amigo Felicity, tudo por que me apaixonei por ele. - Senti meu próprio coração apertar ao escuta isso, por que não pude evitar pensar na minha situação com Oliver, será que terminaria assim?

Quando mais tarde ela se acalmou ela perguntou por Oliver, eu acabei confessando que havíamos nos beijado novamente, que Oliver havia dito que não queria mais ser apenas meu amigo e que quando ele voltasse conversaríamos sobre isso, não falei sobre meu medo de acabar como ela e Barry, pois não queria deixa-la triste novamente, mas ela chegou a essa conclusão sem mim, disse que só chegaríamos a isso se EU fosse estúpida o suficiente para não aceitar Oliver. Oliver me ligou mais tarde, nossa conversa foi breve, ele parecia estressado e eu não tinha dúvidas que tinha o dedo de sua mãe nisso, ele falou que voltava em dois dias, e que estava com saudades, não pude evitar sorrir com isso e confessar que eu mesma estava.

O que me deixou preocupada foi que ele não voltou a me ligar. Hoje seria o dia que ele chegaria, mas já chegava à noite e nenhum sinal de Oliver.

– Nenhuma notícia de Ollie? – Tommy perguntou entrando na cozinha e sentando-se em minha frente.

– Ele não ligou para você? – Perguntei apreensiva. Ele negou com um suspiro e levou ao cabelo o bagunçando, um claro sinal de que também estava preocupado.

– Eu estava pensando em irmos para o show hoje à noite. – Falou. – Uma banda de garagem... Mas pensava que a essa altura Ollie já estaria aqui, eu queria tirar Caitlin de casa.

– Eu estou impressionada. – Falei desviando meus pensamentos de Oliver por alguns momentos. Ele me encarou confuso. – Você realmente gosta dela Tommy, você tem sido paciente, e qualquer cara de aproveitaria desse momento em que ela estaria mais acessível, mas você está preocupado com ela.

– Eu só quero que ela seja feliz. – Confessou dando de ombros. – Eu queria que fosse comigo, mas no momento está comigo não seria o suficiente.

– Isso é uma droga. – Murmurei, por que por mais que eu quisesse Caitlin e Barry juntos, eu me completamente inclinada à causa de Tommy, para ser sincera neste momento eu era totalmente “Team Tommy”.

– O que vocês estão falando ai? – Sara perguntou entrando acompanhada de Caitlin.

– Mal de você. – Tommy brincou. – E que eu sinto falta do meu carro.

– Em poucos dias ele voltará para você. – Ela prometeu.

– Nenhuma ligação de Oliver? – Caitlin perguntou ficando atrás de Tommy e levando a mão ajeitando seu cabelo, ele inclinou a cabeça para trás a presenteando com um sorriso. É definitivamente eu era Team Tommy.

– Não. – Neguei. – E eu tenho certeza que a minha primeira reação será estapeá-lo por isso quando ele chegar. – Prometi.

– Talvez eu devesse voltar para SC. – Escutei sua voz vinda da entrada da cozinha o encarei confusa sobre como ele entrou, até que ele ergueu as malditas chaves com um sorriso no rosto, e ao contrário do que eu havia dito afastei-me da mesa e corri me jogando em seus braços, ele me apertou firmemente contra si enquanto eu cheirava o tecido de sua camisa.

– Smoak. – Murmurou em meu ouvido antes de beijar minha bochecha.

– Queen. – Devolvi me afastando.

– Tudo muito lindo. – Escutei Tommy falar. – Mas EU sou o melhor amigo e estou esperando você espanca-lo.

– Não seja ciumento Tommy. – Oliver falou virando-me em seus braços e ficando abraçado por trás, encarei envergonhada os olhares especulativos de Sara e Caitlin. – Depois eu lhe dou um pouco de carinho.

– Não agora?- Perguntou fingindo-se magoado. – Sequer começaram a namorar oficialmente ainda e já estou sendo deixado de lado.

– Por que você não ligou? – Perguntei a Oliver ignorando a insinuação óbvia de namoro por Tommy. Sua expressão se fechou por um instante.

– Eu preciso falar sobre isso com você. – Comentou. – Mais tarde. – Acrescentou quando eu abri a boca para protestar. – Agora... Que tal fazermos alguma coisa? – Sugeriu encarando Tommy em busca de apoio, eu sentia que não ia gostar de nada daquela conversa.

– Eu estava falando para Felicity. – Tommy veio ao seu auxilio. – Eu tenho alguns ingressos para um show hoje à noite, mas eu pensei que você chegaria mais cedo, e que descansaria um pouco antes...

– Não. – Negou. – Nada de descansar, vamos para esse show. – O encarei confusa, ele estava fugindo dessa conversa, estava claro, mas o que diabos tinha acontecido em SC?

– Então se arrumem garotas. – Tommy falou empolgado, era óbvio que ele estava falando para Caitlin e eu, pois erámos as únicas de pijamas. – Nós vamos a um show.

– Vão vocês. – Caitlin falou já se afastando. – Eu não estou muito a fim de sair.

– Você vai conosco. – Tommy a cortou.

– Não. Não vou. – Negou em tom firme, cruzou os braços o desafiando.

– Você vai para o seu quarto agora... – Tommy repetiu em tom sério, Sara me lançou um olhar divertido. - ... Eu te daria quinze minutos antes de entrar lá e arrasta-la mesmo que de pijamas para esse show, então é melhor você está vestida quando eu entrar.

– Eu não vou Tommy. – Repetiu. Tommy apertou os lábios em sinal claro de irritação e para a surpresa não só de Caitlin, mas como de todos nós se aproximou e a ergueu com facilidade a colocando nos ombros.

– Tommy me coloque no chão. – Exigiu.

– No momento em que estivermos no seu quarto. – Respondeu antes de se virar para nós com um sorriso. – Estejam preparadas. Ela vai. – Falou antes de sair com ela batendo em suas costas.

– Bem... – Falei me afastando dos braços de Oliver. – Eu também estou indo me trocar.

– Eu poderia ir com você. – Sugeriu com um sorriso.

– Se você entrar naquele quarto comigo vai ser para explicar o que está te incomodando. – O alertei.

– Não tem nada me incomodando. – Negou.

–Oliver. – O chamei sabendo que ele estava mentindo. – Seja o que for é melhor me dizer logo, ou ficarei muito mais chateada quando souber. - Ele abriu a boca para falar algo, mas Sara chamou nossa atenção.

– Ei vocês vão me desculpar, mas eu não estarei indo para esse show...

– Por que não? – Perguntei preocupada.

– Meu pai veio nos visitar. – Falou com um suspiro. – Então tenho que ir e fingir que eu e Laurel nos damos bem. Mas tenham um bom show e tentem controlar Tommy.

– Espere...

– Não precisa me acompanhar Lis. – Falou já prevendo o que eu diria. Abraçou rapidamente Oliver e saiu.

– Bem... Acho que agora devemos conversar. – O encarei negando dar-lhe a oportunidade de me distraí.

– Está bem. – Concordou. – Mas você vai ficar chateada e não vamos mais ter clima para sairmos. – Alertou.

– Vamos para o meu quarto. – O chamei sabendo que seria exatamente isso que aconteceria, e não querendo que Tommy atrapalhasse essa conversa, puxei sua mão com a única desculpa de toca-lo já que ele conhecia muito bem o caminho, quando chegamos lá sentei em minha cama por cima dos meus tornozelos cruzados e aguardei uma ação sua. – Você não vai ficar ai parado né? - Ele me observou em silêncio por alguns longos segundos. – Oliver?

– É só que eu acabei de voltar. – Falou antes de se sentar ao meu lado. – Eu não queria ir agora. – Franzi o cenho confusa, até que percebi que ele se referia em ir da cidade novamente.

– Você tem que ir? – Perguntei ainda confusa. – Sua irmã não está bem?

– Thea está bem. – Garantiu-me. – Na verdade não foi nada sério. O problema é meus pais.

– Como assim?

– Eles querem que eu volte para Starling City. – Eu assenti mostrando que já havia entendido esse ponto. – Definitivamente. – Esclareceu.

– O quê? – Exclamei surpresa. – Não. – Balancei a cabeça em negativa. – Por que eles querem isso?

– Eles não estão levando a sério eu estar aqui. – Deu de ombros. – A verdade é que eu passo por faculdades com muita frequência e quase sempre desisto, ele acham que agora não vai ser diferente, que eu só estou adiando voltar para casa, meu pai quer que eu comece a estagiar com ele, ter alguma responsabilidade...

– E faculdade não é ter uma responsabilidade? – Perguntei incrédula.

– Minhas notas estão baixas Felicity, e você sabe que não me interesso em ir às aulas. – Deu de ombros. – De certa forma eles estão certos...

– Mas eu posso te ajudar com isso e Sara, e você pode se esforçar em ir para as aulas. – Protestei. – Eu não entendo por que você está apoiando eles em vez de argumenta contra, você não quer ficar aqui? – Encarei seu rosto e algo em sua expressão me disse que eu havia chegado à origem do problema. – Essa é a razão não é? Este é o problema. Você quer ficar aqui, comigo.

– Minha mãe sabe que a única razão pela qual eu ainda não voltei é você. – Deu de ombros. – Meu pai acha que se trata apenas de outra garota qualquer.

– Como já posso ser odiada por sua família se nem os conheço? – Soltei uma risada irônica. – Por que você não disse que éramos apenas amigos? – Sugeri pensando em algo que os acalmassem.

– Por que não somos. – Falou decidido. – Por que eu te amo. – Minha respiração falhou ao escutar isso, meu coração bateu descompensado e tudo o que pude fazer por alguns segundos foi encara-lo.

– Então não vá. – Pedi em um fio de voz. – Fique. – Oliver me encarou observando meu rosto atentamente. – Eu também te amo. – Confessei. – Muito mais do que eu gostaria, do que eu pensei que poderia, não vá Oliver.

– Eu preciso ir. – Falou e eu pude nesse momento sentir meu coração se quebrando em pedaços, tentei me afastar sua mão envolveu meu braço me impedindo. – Eu não estou indo em definitivo Felicity, eu conversei com meu pai, ele me propôs algo.

– Que seria?

– Ele tem uma viagem programada para depois de amanhã. – Explicou. – Ele vai no Gambit...

– O barco de sua família... – Completei lembrando que ele havia conversado comigo sobre isso uma vez.

– Sim. – Concordou. – Ele está indo para a china, vai ser por alguns meses.

– Ele quer que você vá junto? – Acompanhei seu raciocínio.

– Eu trancaria a faculdade por esse período e depois voltaria. – Prometeu. – Eu vou voltar, ele disse que se eu ainda quisesse voltar depois dessa viagem que respeitaria minha vontade e não insistira mais nisso.

– Sim, por que ele está certo que você vai se distrair lá com uma nova garota. – Retruquei. – Que você irá provar para ele que aqui não foi mais do que um passatempo.

– Mas ele está errado. – Protestou.

– Você está me pedindo que espere por você? – Perguntei o encarando. – Você vai embora como meu amigo que pode se tornar algo mais...

– O inferno que vou. – Resmungou. – Eu vou embora com seu namorado, quando voltar quero voltar para minha namorada.

– Você tem certeza disso? – Perguntei com certa desconfiança. – Por que você vai ter que se comunicar comigo com bastante frequência, e se eu sonhar que você está me traindo... – Ergui meu dedo o alertando. Um sorriso brincou em seus lábios.

– Eu tenho um pouco de juízo. – Brincou, então ficou sério. – Estamos bem?

– Eu ainda acho isso tudo ridículo, mas sim estamos bem. – Falei. – Eu não quero te perder. – Confessei. – E eu não vou. – Ele sorriu assentindo.

– Não, não vai... – Ergui-me cansada de falar sobre isso, mas ele puxou meu braço com força, fazendo com que eu caísse de volta ao colchão dessa vez deitada, seu corpo agora estava sobre o meu, seus olhos me analisavam atentamente. – Você sabia que eu ainda não ganhei um beijo de boas vindas?

– Oh mesmo? – Fingi de desentendida. – Talvez eu deva chamar Tommy. – Brinquei. – Ele estava muito mago... – Interrompeu-me sujeitando meus lábios com os seus fazendo com que eu esquecesse rapidamente do que estávamos falando, à medida que seus lábios dominavam os meus com quase desespero me dei conta de que esta seria nossa última noite antes de sua partida, e só o pensamento de não vê-lo em meses fez com que eu deixasse qualquer ideia de ir ao show de lado, sua mão desceu pela lateral do meu corpo chegando até minha coxa aproximando-me mais intimamente de si, mordi seus lábios o provocando e mexi-me inconsciente contra sua ereção criando uma deliciosa fricção, quando o empurrei para afasta-lo foi apenas com o pensamento de mover minhas mãos pelo seu peitoral até a bainha da camiseta e ajuda-lo a tirar.

– Você tem certeza? – Perguntou vendo a direção que estávamos tomando. Assenti o observando sem camisa, minha vontade era de correr meus dedos por seus músculos firmes e planos.

– Sim. – Dei voz a minha decisão e para comprovar com ações o empurrei invertendo nossas posições com rapidez me livre da minha blusa e sutiã, Oliver me encarou com um brilho de admiração em seus olhos, e embora eu me sentisse um pouco envergonhada isso fez com eu me sentisse adulada, corri meus dedos pelas linhas duras do seu tórax e acariciei a pele lisa do seu peito plano, seus olhos me observando a todo o momento.

– Você é linda. – Falou antes de elevar seu tronco e segurar minha cintura com força, não hesitou, sua boca abocanhou um dos meus seios enquanto dava atenção ao outro com uma mão, movi-me inquieta em seu colo enquanto mordia um lábio segurando um gemido, Deus era tão bom, minhas mãos tomavam vida própria e seguravam seu cabelo curto com força, quase o machucando, em pensar que nem estávamos totalmente despidos ainda. Puxei sua cabeça a inclinado para um novo beijo, longo, molhado e quente. Quando voltámos a nos separar foi apenas para nos livramos do restante das roupas, logo Oliver estava em cima de mim, seu corpo perfeito e completamente despido em cima do meu, seus lábios em todos os lugares, minas mãos sorrateiras descendo ao longo de suas costas.

– Você é virgem? – Perguntou surpreso quando separou minhas coxas com as suas e me penetrou lentamente, sentindo a fina barreira. Assenti em resposta tentando não transparecer o incômodo. – Eu não quero te machucar. – Murmurou encostando sua testa na minha. – Permanecia imóvel a tensão acumulada em cada músculo, ele estava se freando.

– Faça. – Pedi. – Eu quero estar com você. – Murmurei.

– Deus você é perfeita. – Murmurou antes de me beijar com força ao mesmo tempo em que rompia a barreira, eu sentir a dor ao longe, estava presente, mas tudo o que eu conseguia me concentrar era em Oliver, em como me beijava agora docemente, e como se movia lentamente, com cuidado, em um determinado ponto tudo o que consegui sentir foi prazer, seus movimentos eram mais intensos, seus beijos eram calor liquido, e eu me esforçava para conter meus gemidos, com uma última estocada senti todo o meu corpo estremecer ao mesmo tempo em que o seu, e uma onda de prazer me atingiu levando todos os meus sentindo, a única coisa que interrompeu meu grito foi os lábios de Oliver em cima dos meus o absorvendo.

Quando senti os tremores diminuir foi o momento em que senti seu corpo se afastar do meu, aliviando o peso que estava em cima de mim, ele me puxou para seus braços me abraçando, enrosquei-me nele, cada centímetro do nosso corpo permanecendo em contato.

– Eu não quero que você vá Oliver. – Murmurei após alguns minutos em silêncio.

– Eu não quero ir. – Respondeu.

– Tome cuidado. – Pedi. – Eu não gosto disso.

– Eu vou. – Prometeu. – Eu estarei com meu pai, o que poderia acontecer?

– Não quero ter que descobrir. – Retruquei.

– Hey. – Chamou-me atenção, ergui meu rosto o encarando. – Eu te amo. – Murmurou e beijou delicadamente os meus lábios. – O que aconteceu aqui foi especial, eu nunca vou esquecer. – Sorri com seu comentário, eu nunca tinha parado para pensar exatamente por que eu era virgem, nunca pensei em algo especial ou me guardar para alguém em especial, eu estava feliz por ter sido ele.

– Eu fico feliz por você ter sido o primeiro. – Murmurei.

– Não sou apenas o primeiro. – Meneou a cabeça. – Eu sou seu último. – Ri.

– Não sabia que era possessivo Queen. – O provoquei, embora Oliver tenha dado mostras de ser ciumento, mais vezes do que eu gostaria.

– Eu sou. – Concordou.

– Que horas você vai amanhã? – Perguntei observando o relógio ao lado da cama.

– Cedo. – Respondeu. – Vou apenas me despedir de Tommy e conversar com o coordenador.

– Então essa é a nossa despedida? – Perguntei voltando a encara-lo.

– Por hora. - Assentiu. Não voltei a falar, apenas voltei a beija-lo até que mais uma vez estávamos nos amando. Quando acordei na manhã seguinte ele estava de partida, o beijei longamente e o abracei antes de deixa-lo ir, Caitlin se despediu com um abraço e Tommy foi com ele. Quando saíram Catlin me abraçou em consolo.

– Caity... –Comecei enquanto recebia seu abraço, eu não queria focar na partida de Oliver então me concentrei em outra coisa. -... Tommy dormiu aqui? – Ela me soltou rapidamente seu rosto incrivelmente corado. – Tommy dormiu com você? – Pisquei surpresa.

– O quê? Não. Não. – Negou ainda vermelha. – Quero dizer sim, ele dormiu, mas nós não... Você sabe. Nós não transamos.

– Vocês ficaram?

– Não. – Apressou-se em explicar. – Nem sequer nos beijamos, quando ele me carregou até meu quarto e me jogou na minha cama eu briguei com ele, na verdade brigamos, por que ele ficou falando que estava cansado de me ver “sofrer por um babaca que não toma atitude”, ai eu comecei a chorar e ele pediu desculpas e me abraçou até eu me acalmar, eu expliquei para ele que realmente não estava no clima de ir para um show, ele disse que entendia e que ia embora, mas eu pedi para ele ficar. – Confessou. – E acabamos literalmente dormindo juntos, mas nada aconteceu.

– Por que você não dá uma chance a Tommy?

– Eu gostaria que essa fosse à solução. – Respondeu com um sorriso triste.

Abandonamos o tópico Tommy e Barry por um tempo. Nos dias que seguiram Tommy e Sara vinham constantemente nos visitar, e seguíamos a mesma rotina que estava acostumada na faculdade, Tommy quase não desgrudava de mim, ele afirmava que estava “cuidando dos interesses de Ollie”. Mas acredito que ele assim como eu estava morrendo de saudades, estávamos em um dia de pizza que soava especialmente triste sem Barry e Oliver quando Caitlin ligou a televisão para que pudéssemos colocar algum DVD, antes que ela pudesse mudar de canal minha atenção foi para as letras garrafais na parte inferior da tela, o meu grito de protesto chamou a atenção dos três, Caitlin veio ao meu encontro enquanto Tommy encarava em choque a notícia e Sara o abraçava.

– Felicity? – Caitlin me chamou, eu deslizei para o chão enquanto absorvia o que havia lido junto com as informações que escutava o âncora dar, de como o Gambit havia sido pego em uma tempestade de com ele havia naufragado. Isso não podia estar acontecendo, Oliver não podia estar morto, era mentira. – Felicity. Por favor, você precisa se acalmar. – Pediu sua própria voz soando fraca, só então notei que meu rosto estava coberto de lágrimas, que eu repetia isso uma e outra vez em voz baixa.

– Ele não pode estar morto Caitlin. – Falei erguendo minha voz em desespero. – Ele não está morto. – Repeti em meio aos soluços, ela me abraçou tentando me acalmar, mas eu simplesmente não conseguia, tudo no que eu pensava era que ele não podia estar morto, que ele não estava morto, isso era tudo no que eu conseguia me apegar.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, aguardo vocês nos comentários, e peguem leve sim? Ah não revisei então desculpa qualquer erro.. Xoxo LelahBallu.