Incondicionalmente. escrita por Boladossaura Rex, Lunna


Capítulo 1
Prólogo.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoinhas! Aqui é a Nai trazendo pra vocês esse lindo prólogo que vem com o Grewn de bônus! Segurem o coração porque lhes apresento o MEU NEGO (que é tão nego quanto um giz de quadro) GREWN!!!
Grewn: Obrigado, obrigado. Mulheres, controlem-se!
#Apanha
Grewn; Poxa...

Boa leitura!



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Grewn já tinha tido dias ruins, mas aquele era, de longe, o pior de todos eles.

Ele deveria estar tendo um dia normal, deveria estar tomando suco de laranja e comendo ovos mexidos, conversando com a avó e sendo uma pessoa tão normal quanto era possível. Era isso que estava acontecendo, e estava tudo perfeitamente normal, até ele ouvir o grito.

Ele estava regando as plantas, como sempre fazia. O cheiro delicioso do café da manhã sendo preparado era tão bom que a refeição parecia estar sendo feita por um anjos, não por uma senhora de sessenta anos ligeiramente louca. Sua avó cantarolava na cozinha com sua voz doce e rouca, o que o deixava calmo como nem cinquenta e cinco doses de rivotril poderiam deixa-lo, tanto que ele poderia ter cochilado ali mesmo, de pé, até que o canto da avó se transformou em um grito assustado, seguido pelo som de uma frigideira caindo no chão.

O garoto correu até a cozinha, totalmente alarmado. Antes que chegasse a porta, trombou com a avó, que saia do cômodo as pressas. Grewn notou que a única e larga janela da cozinha tinha sido trancada, e a cortina abaixada.

- Grewn! Você tem que ir embora! – disse a velha, aos prantos. – Agora!

- Mas... Por quê? O que aconteceu na cozinha? – Grewn não sabia porquê tinha sentido tamanha preocupação com aquelas palavras. Sua avó poderia muito bem estar tendo um surto por causa da idade, só isso. Então por quê o que ela disse o afetara tanto?

- Não dá tempo... Você tem que correr! Eles estão vindo! São inevitáveis!

Agora, a mulher trancava todas as janelas da casa (que, por algum motivo, eram muitas).

- Vó, você anda assistindo filmes de terror?

- Não brinque com isso! – berrou ela. – Eles estão vindo! Era só um boato, mas eles estão aqui! Os alienígenas estão vindo, Grewn. Você tem que correr, protega-se.

Grewn provavelmente teria respondido com um comentário engraçado sobre canadenses, mas quando olhou para os olhos pequenos e claros da avó, não foi capaz. Seu olhar esbanjava dor, medo e preocupação. De alguma forma, o garoto soube que ela falava a verdade, e que a verdade não traria consequências nada boas para nenhum dos dois.

- Então, os alienígenas... – Grewn não sabia exatamente como formular a pergunta – Se eles realmente existem, e estão aqui, como nos protegemos deles?

- Nós não podemos nos proteger – a voz da avó sai carregada de dor, como se cada palavra fosse uma facada em seu peito. – Você pode.

Grewn não era de perder a calma, mas aquilo quase o fez enfartar.

- Não! Não vou deixar você aqui a mercê de seres interplanetários do mal ou sei lá o quê! Você vem comigo, eu vou lhe proteger deles!

- Você não pode, querido. – seu tom era triste e suave, ela falava aquilo do mesmo jeito que diria “Ele foi uma boa pessoa” em um enterro. – Se tentar, não vai sobreviver. Você tem que sobreviver, eu não me perdoaria se algo de mal acontecesse a você, Gray.

Ninguém chamava Grewn de Gray, só sua avó. O garoto pensou como seria nunca mais ouvir aquele apelido vindo de sua voz, ele não podia suportar nem pensar na hipótese, aquilo era demais para ele aguentar.

- Mas...

- Vá, querido. Pegue isso. – ela lhe entregou um facão de bronze reluzente. – Está envenenado, vai lhe ajudar a se proteger. Agora corra, vá pela porta dos fundos e não olhe para trás.

Grewn não se sentiu mais capaz de discordar. Se aproximou da avó, e lhe deu um beijo na bochecha.

- Eu amo você, vovó.

- Eu também o amo, Gray. Agora vá, não perca tempo, eles estão muito perto. Eu ganharei um pouco de tempo, mas você precisa ir, agora!

Ele obedeceu. Correu o mais rápido que pôde, mas não conseguiu resistir em olhar para trás quando ouviu o grito doloroso da avó. Olhou para trás, a casa parecia a mesma, mas uma garota saia de dentro dela, jovem e bela, com uma mecha cinza no cabelo. onge, podia ver as manchas do sangue inocente de sua avó na roupa dela. Ele não a conhecia, mas sabia exatamente o que ela era.

A raiva e a tristeza tomaram conta dele, o garoto quis gritar, mas não o fez. Apenas correu, e dessa vez não olhou para trás.

Ele não parou até chegar em um bosque, onde caiu de tanta exaustão. Estava acabado, e não se orgulhou de ter chorado. Mas o que mais ele poderia fazer? Não tinha forças para fazer nada além de chorar, embora aquilo não ajudasse em nada.

De repente, sua visão ficou turva, e o dia claro começou a escurecer, todo som foi subitamente substituído por um zumbido agonizante, e Grewn desmaiou.

Ele nunca mais foi o mesmo.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Gostaram do Grewn? Odiaram ele? COMENTEM PESSOINHAS!