Innocence escrita por Geek


Capítulo 6
Corrigindo: Bêbados são chatos ao acordar no outro dia.




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Manha de Quinta – Quem deixou a porra da cortina aberta tá um sol do capeta/Acho que é só isso, minha cabeça dooooi... — Domonicky

Acordei e continuei de olhos fechados. Senti minhas pernas entre as de alguém... Aaah, cara! As meninas me deixaram fazer merda. Que esse alguém seja meu loirinho lindo! Abri os olhos aos poucos sentindo minha cabeça latejar, a primeira coisa que vi é que a camisa que eu usava não era minha... Era o pijaminha do Batman da Taylor! Eu sempre quis usá-lo, mas nunca iria pedi-lo e... eu devo ter pedido enquanto estava bêbada.

Então minha cabeça processou o ser dormindo ao meu lado, que parecia ter lutado para ficar longe de mim, já que estava colado na parede. Foi ai que eu percebi que a pessoa em que eu estava abraçada era Taylor e... eu senti raiva. O motivo eu não sei, mas no começo eu gostei de estar ali com ela... depois veio uma raiva inexplicável e eu comecei a distribuir socos nela enquanto me levanto.

— Sua filha da mãe, como pode deitar na minha cama e dormir comigo?! — ela acordou e se levantou, tentando fugir. A segurei — Como pode, sua idiota!! — gritei sem dar chance dela falar nada. Quando aquela imensidão azul me encarou eu parei.

— Você pediu — ela disse.

— Nem seus pais te quiseram... — sussurrei não sentindo o peso das palavras de imediato — Por que eu ia querer?

Vi lagrimas inundar aqueles olhos e ela saiu do quarto. Me sentei na cama emburrada. Minutos depois Katheriny e Victoria entraram no quarto.

— O que você disse para ela? — Kat perguntou — Ontem você quase agarrou a garota a força!

— Kat, amor, deixa que eu resolvo isso — Vic disse empurrando a namorada para fora do quarto e trancando a porta. — O que você fez dessa vez, heim, Nicky? — ela disse de um jeito calmo e cansado.

— Nem os pais dela a quiseram, por que eu iria querer... — repeti e então, finalmente, percebi a grande merda que tinha feito. — Eu... eu falei por impulso e... ela dormiu comigo!

— Por que você praticamente a forçou a ficar nessa cama com você! — ela disse — Ontem você admitiu, okay? Você gritou para toda boate que casaria com Ty se seu pai não fosse contra.

— O que?? — a encarei incrédula, isso não pode ser verdade. — Mas... eu não gosto da Taylor!

— Gosta, só não quer aceitar. Você ficou a chamando de Príncipe e quase chorou quando ela não quis te beijar.

— Ela não quis me beijar? — falei sem pensar, deixando um leve tom magoado no ar sem perceber.

— Não, por que sabia que você tava bêbada e era errado. Por que ela gosta de você e seria aproveitar a situação.

Parei para pensar. Eu teria beijado sem ligar... mas Taylor não. Ela negou por ser errado, mesmo querendo aquilo. E... ainda estava assimilando o fato dela gostar de mim.

— Admite logo... — Pediu Victoria.

— Não tem anda para admitir. — Falei, irritada. Eu não podia estar gostando daquela garota.

— Os pais dela não a abandonaram... — ela sussurrou e eu encarei. — O amante da mãe dela a estuprava e o pai dela fugiu com ela para cá, impedindo assim que a garota fosse violentada de forma pior.

— O que...? — aquilo fez um sentimento de culpa no meu peito. Que passou para a raiva, pensando no homem que fez isso com ela.

Ela me encarou triste e eu entendi a mensagem. Tinha que pedir desculpas, mas assim que levantei Taylor adentrou o quarto com o rosto sério. Colocou uma calça jeans preta e calçou o tênis. Ela encarou a camisa e então a tirou. Prendi a respiração... que corpo perfeito que aquela garota tem. Ela vestia uma camisa com estampa de um gato com óculos e saiu do quarto pegando um gorro e colocando na cabeça.

— Espera! — disse quando ela estava com a mão na maçaneta. Ela me encarou com aqueles olhos azuis intensos magoados e pela primeira vez eles estavam frios. — Me desculpa.

— Pelo o que? Você estava certa — ela disse com a voz monótona — Nem meus pais me quiseram... por que você iria querer? — Ela deu um sorriso maldoso na minha direção e saiu do quarto.
Oh, Taylor...
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Manha de Quinta – Sol/Clima bom — Taylor.

Sai do apartamento sentindo o peito doer. Aquilo foi como pegara minha ferida aberta e enfiar uma faca fria nela. Assim que cheguei na frente do prédio, liguei para meu amigo Rodrigo Thoronto. Ele era filho da minha psicóloga.

— Oi, Thor — digo sorrindo pelo apelido.

— Grande Ty! — ele atendeu rindo. — O que foi agora, amigo?

— Preciso de uma carona, sua mãe me mandou ir ai hoje de manhã. Eu estou naquele prédio da Avenida Doutor Aurélio com a José Lucas, número 1312.

— Ah, tô ai perto amigo! Sobe aqui, tô naquele Burg King da Península Grega, do lado daquela loja de artigos Geek.

— Ah, sei onde é, compro camisa nessa loja — sorriu. — Estou indo, amigo. Tchau, até logo... — desligo o telefone e encaro a avenida. Vou ter que andar um pouco.

Enquanto caminhava na enorme calçada, coloquei o fone e voltei a música que estava tocando: O Mundo Vai Mudar – Hewie. Caminhava distraidamente quando esbarrei em alguém. Encarei essa pessoa com os olhos arregalados. Era Marina, a ruiva do bar de ontem.

— Taylor — ela me abriu um sorriso lindo.

— Senhorita Marina... — digo sorrindo.

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Aula de Teatro de Sabado - Sol — Domonicky

Eu definitivamente odiava a aula de teatro. Em parte por odiar as peças, em parte por Taylor se descava nisso tambem. A ruiva do bar tinha entrado com uma bolsa pois estudaria teatro. E então a professora nos separou em duplas. Eu fiquei com Philipe, e Ty com Marina.

Cada dupla devia fazer uma interpretação de uma cena que gostasse de qualquer peça. Eu apresentei qualquer coisa que Philipe disse para mim fazer e fui muito bem. Mas então veio Ty e a ruiva fazendo uma cena de Romeu e Julieta.

— Que silêncio... — Começou Taylor com uma postura mais ereta e maxilar travado, lhe dando um ar mais masculino — Que luz brilha através daquela janela? Surge claro sol, mata de inveja a lua, vento que tu, és mais linda que ela!

—Ai de mim, Romeu! — ela disse com a voz levada pela emoção do momento. Argh!

— Oh, fala outra vez anjo de luz, pois é assim que te vejo. És o mensageiro alado do céu! — Taylor ergueu a mão com um jeito meio magico e depois daquele momento, a vi como um principe encantado em roupas reais e cabelo bem penteado e os lindos olhos azuis. Foi facil me ver de Julieta a sua frente

– Oh, Romeu, Romeu! - ela indagou tocando o rosto de Taylor de um jeito elegante e os olhos parecia levar a coisa mais a serio do que deveria - Por que tu és, Romeu? Nega teu pai, rejeita teu nome por mim. Ou então jura teu amor por mim que não serei mais uma Capuleto.

– Continuarei a ouvi-la ou falo com ela agora? - disse Taylor a encarando de forma intensa. Ela devia olhar assim para mim. Não, espera, o que diabos eu estou pensando?

– Somente teu nome é meu inimigo. Como desejo que tivesses outro nome. Renega teu nome odiado que não faz parte de ti, e me terás inteira. - ela abriu um sorriso novamente tocando o rosto de Ty. O ruivinha, tire a mão da minha nerd! Não, pera, o que que foi que eu pensei agora?????

– Então... - Taylor deu um sorriso minimo antes de continuar - me chama somente de amor... e serei de novo batizado.

A ruiva a encarou com um brilho no olhar e então eu notei o que ela faria. Não, ela não podia fazer isso!

Ela puxou Taylor para perto e selou seus labios num selinho timido. Como ela pode?????! Ty nao fechou os olhos de imediato, mas corou fortemente e fechou lentamente aquele universo azul.. e eu senti uma pressao horrivel em meu peito.
Ela tinha roubado o primeiro beijo de Taylor. Da... da minha Taylor.....


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