The International Criminal Court escrita por Marie Carstairs


Capítulo 14
14- French riviera.


Notas iniciais do capítulo

Olha só quem está de volta. Não pensem que eu abandonei vocês porque isso eu nunca faria. Tive problemas com esse capítulo, era para ele ter saído antes mas ele foi apagado junto com todos os outros adiantados de todas as minha Fics. Então tive que reescrevê-lo, o que demorou mais do que eu queria. Cade as fofas que comentaram capítulo passado? Desculpem, eu sei, não respondi ninguém (não que me lembre) mas eu sempre leio e amo todos os comentários Anyway, aqui está mais um capítulo de ICC, espero que curtam!



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Eurotrem. Destino: Mônaco, Riviera Francesa.

Sebastian Verlac xingou em francês quando desligou o telefone. Como ele odiava ter que ligar para aqueles delegados e investigadores da polícia de Mônaco atrás de informações sobre o evento clandestino. A desculpa deles eram sempre as mesmas: queriam a ordem de investigação do Tribunal para cederem as informações que eram de "categoria confidencial" da polícia de Mônaco.

E onde estava esta ordem do ICC? Eles, na verdade, não tinham essa ordem em mãos. Pelo menos ainda não. Hodge era o juiz responsável pela as autorizações da equipe e era a última pessoa do planeta que poderia ver o nome da ruiva -que por sinal estava sentada na sua frente- na autorização de uma missão. Então Luke teve que pedir para outro juiz e isso estava demorando mais do que o normal.

Por falar na ruiva, ela estava concentrada em seu computador com uma feição de divertimento no rosto. Isso irritou Sebastian mais do que deveria.

— Algum problema, Morgenstern? - Perguntou Verlac

— Nenhum. Só as suas tentativas falhas de comunicação com a polícia de Mônaco. - Falou a ruiva sem desgrudar o olhar do computador.

— Tem alguma ideia melhor para convencê-los a passar informações?

— Na verdade eu tenho. Conheço um cara que me deve alguns favores e ele coincidentemente trabalha na polícia de Mônaco. - Falou ela colocando a mão no bolso para pegar o celular.

— Não adianta argumentar que é uma ordem vinda de Paris, pois eles não respondem a Paris - Avisou Verlac.

Isso é verdade. A polícia de Mônaco não cumpria as ordens vindas da França. Aquela cidade emancipada só cumpria as ordens vindas de dentro dela. E quando Sebastian trabalhava na divisão especial da polícia de Paris e tinha casos a resolver em Mônaco. Era praticamente um parto para fazerem eles colaborarem.

— Como eu disse, alguém lá dentro me deve alguns favores. - Ela discou um número no celular dela - Voir et apprendre— Falou a expressão em francês, o que vez Verlac revirar os olhos.

— Não é atoa que ela está sendo investigada pelo Tribunal - Falou Alec com desgosto.

A ruiva o fuzilou com o olhar e Jace, que estava perto de Alec, pensou se era possível um olhar matar. Se isso fosse possível, Clarissa Morgenstern seria a melhor assassina. Ao atenderem o telefone de Clary, a ruiva começou a falar em francês e minutos depois ela já tinha uma resposta.

— Então? - Perguntou Verlac.

— Eu consegui - Anunciou ela.

— Esse seu contato é quem estou pensando? - Perguntou Mark ao lado da ruiva. 

— Provavelmente.

~~~~

Mark não queria acreditar no que Clary havia feito. Ele odiava concordar com Alec mas ele estava certo. Não era atoa que a Morgenstern estava sendo investigada. Segundo a lei, só se pode obter informações que estavam dentro dos códigos legais da polícia. É nesse quesito de obter informações dentro da lei, com certeza não era o forte de Clary.

Quando chegaram a sede da polícia de Mônaco, Mark queria pedir na hora uma explicações para a ruiva. Um homem não muito mais velho que a equipe do ICC veio até a porta recebê-los. Ele tinha cabelos loiros e olhos azuis leitosos. O loiro dele não era como a platina de Mark nem o dourado de Jace, mas um loiro mais amarelado que fazia Mark pensar que ele tingia.

Mark não tinha dificuldades para trabalhar com outros investigadores, até porque seu trabalho exigia que ele fizesse isso. Mas trabalhar com Kit Rook não estava nas suas tarefas preferidas. Eles trabalhavam juntos na Scotland Yard, na mesma equipe que Clary. Foram lá que eles se conheceram. Kit Rook ou Christopher Herondale era um dos pupilos de Stephen Herondale, assim como Clary era. Além de Kit ser sobrinho de Stephen.

— Clarissa Adele Fairchild Morgenstern, quando ouvi sua voz no telefone pensei que estava alucinando. - Falou Kit indo em direção de Clary.

— Lembre-se que você me deve um favor - Falou Clary enquanto ele a abraçava.

— Até porque eu estou respirando agora - Sorriu ele para ela.
Luke se aproximou dos dois.

— Investigador Christopher Herondale da polícia de Mônaco. Me chame de Kit Rook- Se apresentou Kit.

— Major Luke Graymark do ICC. Preciso que vocês nos forneça informações sobre um suposto evento chamado "venda de almas" que pode estar ligado ao tráfico de pessoas. - Falou Luke.

— Por favor, me acompanhem - Falou Kit.

 

Mark que antes estava ao lado de Morgenstern o encarou com os olhos bicolores. Mas o lugar vago deixado por ela ao seu lado foi logo preenchido por Jace. Os dois começaram a seguir o grupo lado a lado.

— Já percebi que você não vai com a cara do sujeito. Uma fonte ilegal de Clarissa? - Perguntou Jace

 

— Quem me dera fosse. Ele é sobrinho de um dos superiores da Scotland Yard, foi treinado com por ele. - Falou Mark

— O mesmo quem treinou Clary? Stephen? - Perguntou Jace.

— O próprio.

— Alec me contou. Ele não gosta muito dele nem da Morgenstern. - Falou Jace.

— Então já deu para perceber que existe uma hierarquia familiar nas instituições de combate ao crime aqui na Europa? As grandes instituições são comandadas por membros dessas famílias. Eles são como realeza nessas instituições. Os Morgenstern estão para as forças armadas da Alemanha, os Lightwoods estão para Irlanda e os Herondale estão para a Inglaterra.

— Você disse Herondale?

— Stephen Herondale é o comandante da Scotland Yard. Essa instituição é a menina dos olhos dos Herondales há muito tempo.

— E os Blackthorn? - Quis saber Jace.

— Os Blackthorn? - Mark soltou uma risada - Meu pai está preso por causa do narcotráfico mas antes era procurado pela polícia de Gales o que implica ser procurado pela Scotland Yard. Tenho sorte de estar nessas organizações de combate ao crime mesmo com o meu histórico familiar.

A conversa se encerrou ao chegarem a sala destinada a eles. Mark deixou a maleta que continha todo o seu equipamento de TI necessário que trouxe de Haia. Ele se sentou em uma das cadeiras para retirar o computador da maleta e Jace sentou ao seu lado. Alguns minutos depois, Kit apareceu com uma pasta cheia de folhas, que se colocasse mais alguma folha ali, a pasta explodiria.

— Isso é tudo que a polícia de Mônaco sabe sobre esse evento - Falou Kit ao depositar a pasta da mesa.

Após Clary puxar a pasta para examinar o que havia dentro completou:

— Não há nada de relevante lá. Ocorre em um clube de cavalheiros em um dos prédios de cassino. Já fomos lá investigar e não há nada. Essa "venda de almas" é somente uma espécie de leilão. O nome deixa o evento mais dramático. - Falou Kit.

— O que eles vendem nesse leilão? - Perguntou Isabelle.

— Sei que vocês já pensaram que se vendem garotas supostamente traficadas. Investigamos isso já por cinco anos consecutivos e não achamos nada desse tipo. São leiloados obras de arte de alto custo ou objetos de grande poder aquisitivo como pedras preciosas e relógios Rolex de coleção. Não há motivos de vocês se irem até lá, não valeria a pena. - Falou Kit.

— Alguém aqui concorda com o que eu disse em Haia - Falou Alec e logo depois levou uma fuzilada de olhar de Isabelle.

— Estamos falando do mesmo evento? - Perguntou Isabelle.

— Acredito que sim. - Falou Raphael - Algumas vezes esses eventos são mascarados com coisas desse tipo só para fiscalização não pegar. É mais comum do que pensam isso acontecer. Eu acho que isso daqui não há diferença - Apontou para a pasta nas mãos de Clary.

— Concordo com ele. Um levantamento feito em Paris um tempo atrás indicou que a maioria desses eventos envolvendo muito dinheiro estão ligados ao tráfico e a máfia. - Falou Verlac.

— Deveríamos dar uma olhada nesses papéis e colocar na balança de devemos voltar para Haia e continuar as investigações por lá ou ficar e fazer a operação de infiltração - Falou Jace.

— Vocês vão ver nesses documentos que é somente um leilão que pessoas muito ricas frequentam. Não há nada envolvendo tráfico e máfia. - Falou Kit

— Acontece que aqui no ICC, Christopher, gostamos de ver com os nossos próprios olhos - Falou Mark.

Kit sentiu seu rosto esquentar. Nunca sentiu afinidade pelo Blackthorn, mesmo quando estavam na mesma equipe na Scotland Yard. A equipe do ICC era forte e perspicaz, não seria fácil os despistar. Mesmo com aquela pasta cheia de cópias de documentos do estabelecimento onde ocorria o tal do evento. Ele já tinha ouvido falar nas mortes das meninas que fugiram e também que o caso tinha passado a ser investigado pela nova equipe internacional da Corte de Haia. E sabia que mais sedo ou mais tarde eles chegariam até Mônaco trás desse evento. Estava chegando sua hora de agir.

~~~

Já era de madrugada e a luz da sala onde estava a equipe do ICC ainda estava acesa. É algo dizia que não iria se apagar em tão breve. Eles ainda liam as cópias de documentos e relatórios de investigação desse clube onde ocorria a venda.

Kit passou pela porta da sede da polícia de Mônaco e entrou no seu carro que estava estacionado ao lado do prédio. O carro era um peugeot 3008 preto e foi dirigindo em direção às luzes da cidade. Onde estava os cassinos mais belos e os restaurantes mais caros de Mônaco.

Estacionou o carro em uma das ruas iluminadas pelos letreiros de cassinos e restaurantes que ali havia. Entrou em um dos restaurantes onde havia marcado o encontro. Em uma das mesas lá estava ele. Nunca atrasado ou adiantado. Kit sentou na mesa em que estava o homem, a semelhança entre os dois era somente a cor amarelada do cabelo, mais nada.

— Então o ICC não comprou a história? - Perguntou o homem.

— Estão investigando os documentos e os relatórios mas logo vão perceber que são falsos. Tem muitos cães farejadores naquela equipe. - Falou Kit. - Caso eles percebam que aquele calhamaço de papel só se trata enrolação, eles vão infiltrar alguém da equipe no evento de amanhã a noite. - Complementou ele.

— Trate de descobrir o quanto mais rápido.

— Não se preocupe. Eles não vão poupar esforços nesse caso.

— O que quer dizer?

— Eu me refiro que eles vão usar os mais especializados nesse ramo. - Kit tirou o celular do bolso e buscou a foto que queria - Essa mulher aqui. Você provavelmente conhece, Stephen a treinou também. Uma das maiores peritas de investigação e operações secretas da Europa. Estatura baixa, cabelos longos vermelhos e olhos muito verdes, fala inglês com um sotaque pesado de alemão. Já adivinhou quem é?

— Filha de Valentin Morgenstern. Achava que ela estava fora do radar, mas não me impressiona já que os Morgensterns compartilham entre si a vaidade e gostam de estar sempre no foco dos acontecimentos. - O homem sorriu mostrando os dentes alvos e bem cuidados.- Quero que descubra quem vai com ela na festa.

— Como assim? - Kit não entendeu.

— Você tem muito aprender, Kit. Eles não vão arriscar mandar ela sozinha para lá. Me mantenha informado.

Kit se levantou e ajeitou o sobretudo antes de passar pela porta do restaurante. Deixando o homem a sós na mesa do restaurante.

 


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Mereço reviews? Espero que sim!
Irei colocar alguns personagens de Artificios das Trevas, apesar de já ter colocado o Mark no começo da Fic... Quero usar a maioria dos personagens dessas séries da Cassandra. Eu gosto dos Crossovers. Não darei spoilers sobre os personagens TDA. Não se preocupem...
Por hoje é isso. Deixarei vocês se remoendo aí com o que Kit pretende fazer. Hahaha... Kisses até o próximo capítulo (ou comentário...) ♥



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