Ive Hungered For Your Touch escrita por abishop, rumpelstiltskin


Capítulo 3
Capítulo 3




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Na manha seguinte, Spencer e Brendon se encontraram no restaurante do hotel para almoçarem juntos como haviam combinado. Acomodaram-se em uma mesa e fizeram seus pedidos ao garçom.

 

- Spencer, o que você tem? Você esta estranho.

 

- Brendon, não vou te enganar, até porque eu sou seu amigo. Mas é que o Ryan me ligou essa manhã e disse que esta precisando ter uma conversa comigo.

 

- Que tipo de conversa? – Arqueei minha sobrancelha.

 

- Não sei Brendon, mas pelo tom da voz dele deu pra notar que ele esta precisando desabafar e esse alguém não é o Jon.

 

- E...?

 

- Bem, ele vai pra Los Angeles dentro de alguns dias e a gente combinou de se encontrar aqui para termos tal conversa.

 

- Ao menos perguntou de mim?

 

- Enquanto estávamos no telefone não.

 

O garçom viera com os pedidos de ambos e colocou cada qual em seus lugares.

 

- O Ryan está sendo muito ingrato, Spencer.

 

- Brendon, tente entender que a cabeça do Ryan deve estar totalmente confusa desde a separação e uma hora ele cai em si. Só não sei quando vai ser isso.

 

Spencer cortou um pedaço do seu bife a milanesa e degustou a comida. Brendon que o olhava pensativo, porem em silencio, não acreditava que o outro tivesse realmente ligado e totalmente desligado de si.

 

- Brendon, você vai ter que voltar sozinho para o nosso apartamento na Califórnia.

 

- Tudo bem Spencer, eu volto. Só não se esquece de dizer a ele que... – deixei minhas palavras morrerem ali. Não sabia como completar a frase. – Você entendeu o que eu quis dizer. – Agora Spencer me olhava com uma cara de que sabia como eu ia terminar minha frase.

 

- Entendi o que você quis dizer Brendon, não sou bobo, esqueceu?

 

- Não esqueci não, mas é difícil de completar essa frase, ainda mais quando ele esta ausente.

 

Olhei para o lado, para tentar dizer que ali seria o fim da conversa do telefone do Ross. Mas era impossível de esquecer alguém como ele. Onde é que eu estiver lá estaria ele em meus pensamentos.

 

- Brendon acorda.

 

- Hã... O que foi?

 

- Você esta sonhando acordado e imagino com quem seja.

 

- Você me conhece muito bem.

 

- Brendon...

 

- O que?

 

- Dependendo de como for minha conversa com ele e sobre qual assunto seja, e eu já ate imagino o que seja, quero que você vá visitá-lo, afinal você também é amigo dele e ele vai ficar feliz em te ver.

 

- Eu não sei Spencer...

 

- E desde quando você não sabe Brendon, conte outra. Você não é assim, você é muito mais do que isso. Por que você não liga pra ele qualquer dia desses?

 

- Vou pensar sobre isso.

 

- Mais é pra pensar mesmo Brendon. Nada de ficar pra baixo quando o assunto for ‘Ryan’.

 

É engraçado, pois toda vez que eu penso nele eu fico um pouco cabisbaixo, mas isso em poucas lembranças. Em todas as outras é possível ver o sorriso estampado em meu rosto de orelha a orelha. Estou me sentindo um garotinho de quinze anos apaixonado e todo bobo. É estranho pensar no Ryan como a minha garotinha, mas afinal no fundo ele é uma garotinha muito difícil. Ele é a garotinha por qual estou completamente apaixonado e que estou enlouquecendo por causa dessa paixão. O que não era mentira. Eu estava mesmo apaixonado e não era pra menos, mas o que me fazia sofrer era a ausência que o outro me fazia por não poder compartilhar os meus sentimentos com ele. Sofrer calado é a pior coisa mesmo sabendo que a outra pessoa sabe que você a ama.

 

- Spencer, você entregaria um presente meu pra ele?

 

- Claro, mas que tipo de presente?

 

- Ainda não sei, mas estive pensando em comprar um bicho de pelúcia. O que acha?

 

- Tratando-se do Ryan, ele vai adorar. Só coloque um cartão junto com esse presente.

 

- Spencer, já vou indo.

 

- Mas onde?

 

- Comprar o presente do Ryan.

 

- Ah sim, pode ir. Escolhe algo bem bonito Brendon.

 

Encaminhei-me para a entrada para a entrada do hotel e sai pela porta que dava entrada ao mesmo, olhei para ambos os lados pensando em qual direção seguir. Apenas com a carteira e o celular no bolso, deixei com que meus pés me levassem a algum lugar. Caminhei um pouco pelas ruas da velha e boa Las Vegas onde tudo tinha começado antes de partir para Califórnia dentro de algumas horas. Andei por algumas ruas até que passei em frente a uma loja que me chamou a atenção. Fique parado em frente a ela e olhando para a loja. Era realmente uma loja assim que eu estava procurando.  

 

Em sua vitrine tinha diversos tipos e tamanhos de bichos de pelúcias que se pode imaginar. Entrei e procurei por algo que pudesse ser especial. Olhei para uma prateleira e vi um que me chamou a atenção mais do que os outros, apesarem de serem todos lindos. Um cachorro marrom de tamanho médio segurando uma almofada de coração bordado em letras brancas “Eu Te Amo”. Não pude resistir ate porque era esse o presente perfeito. Depois de ter feito a compra pensei em acrescentar esse presente com algo a mais e passei em um bomboniere e comprei uma caixa com alguns bombons pra incluir no embrulho da pelúcia juntamente com o cartão.

 

Voltei para o hotel com tudo o que eu precisava. Entrei no elevador, apertei o numero do andar e alguns minutos depois eu estava abrindo a porta do quarto em que eu estava dividindo com o Spencer. O outro estava no banho e enquanto ele não saia eu liguei o meu Ipod e comecei a escutar algumas musicas. Precisaria da ajuda do outro para embrulhar o presente. Desliguei meu Ipod porque não estava muito a fim de ouvir. Minutos depois o outro saiu do banho.

 

- Brendon, você não acha que exagerou no tamanho? – perguntou apontando pra pelúcia.

 

- Não, por quê? Você acha que ta muito grande? – Estampei um sorriso em meu rosto.

 

- Claro. Eu achei que você ia comprar algo mais delicado e... Chocolates. Oba.

 

- Nem pense em comer esses chocolates Spencer. São para o Ryan.

 

- Brendon, como você é mal. – O outro fez bico, mas sabia que era de brincadeira.

 

- Sou mesmo, agora me ajuda a embrulhar isso.

 

            Com a ajuda do Spencer consegui embrulhar o presente. Após o termino do embrulho fui guardar no quarto. Voltei para a sala, peguei o violão e comecei a tocar alguma coisa pra passar o tempo. Um pouco mais tarde, tomei meu banho demorado, como sempre, e aproveitei pra descansar um pouco. Quando meu celular ativou o despertador, já era a hora em que eu tinha que ir para o aeroporto.

 

            Spencer me fez companhia e foi comigo em um taxi, que estava nos esperando. A recepção do hotel interfonou que o mesmo já estava a nossa espera. Peguei minhas malas com a ajuda do outro e saímos. Entramos no taxi e fomos rumo ao aeroporto. Chegamos e encaminhei minhas coisas para que pudesse ser revistadas inclusive eu, como se eu fosse algum criminoso ou até mesmo um terrorista. Coitado de mim e achei isso tudo engraçado. O outro ficou me fazendo companhia até a hora do meu embarque, o que logo aconteceu quando ouvi chamarem o numero do meu vôo.

 

            Encaminhamo-nos ate o portão de embarque. Olhei para trás e vi todo o meu passado em um flashback até a primeira vez que finalmente sai da cidade para conquistar o mundo. Senti uma mão em meu ombro como se quisesse me dar todo apoio, mas naquele momento foi um conforto para mim. De repente na minha mente passou a idéia de que eu poderia ficar e pegar o mesmo vôo que Spencer para que eu pudesse ver Ryan pela primeira vez após ele ter deixado a banda, mas não dava para cancelar tudo assim, de uma hora para outra. Decidi embarcar e seguir os conselhos do Smith.

 

- É Brendon, já esta na sua hora. E eu vou ficar solitário nessa terra sem ao menos me divertir.

 

- Qual é Spencer? Sem diversão você não fica. Isso aqui é Vegas.

 

- É eu sei, mais vou sentir sua falta nesse meio tempo.

 

- Não se preocupe daqui uns dias você vai voltar a me ver. E Spencer, não se esqueça de entregar o presente para o Ryan.

 

- Pode deixar Brendon, que eu não vou esquecer, não quero perder o meu pescoço.

 

- Agora eu tenho que partir.

 

- Vai lá Brendon.

 

            Entreguei o meu passaporte para que a moça pudesse verificar os meus dados, logo me devolveu já que todos estavam completos. Virei-me e acenei mais uma vez para Spencer que acenou também. Continuei a dar meus passos até entrar no avião que me levaria de volta pra casa, mas com um coração partido por estar longe daquele que poderia me fazer feliz e que dentro de alguns dias estaria indo visitar Spencer para uma conversa. Às vezes fico me perguntado que conversa será essa que o Ryan esta precisando. Só saberei depois do que se trata pelo Spencer. Até lá tudo que me resta é me conformar por não ter o amor do outro que insiste em teimar que não sente nada por mim.

 


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