Uma nova ameaça escrita por Lara Rafaelly Kabra


Capítulo 9
Planos




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Amy e Ian tinham acabado de fazer as malas. Não restava mais nada para fazerem em Londres. Eles iriam para Boston, pensar em alguma forma de evitar o que parecia inevitável. Ian estava concentrado.

– Amy, você me disse que depois de cada assassinato foi encontrada uma mensagem anônima.

– Sim, é verdade. – Ela respondeu.

– Você não acha estranho não terem deixado nenhuma esta noite?

– Provavelmente foram interrompidos. Com toda aquela confusão, o assassino fugiu quase que imediatamente. Ele não teria tempo de escrever alguma mensagem. – Amy estava sem ânimo.

– Ou talvez nós a deixamos passar!

– A Polícia esteve aqui, Ian. Se tivesse algum sinal, ela teria descoberto. Revistaram todo o quintal.

– Mas o quintal é enorme, talvez eles não revistaram tudo. Em que lugar um assassino pensaria em deixar uma mensagem?

– Em um lugar onde teria certeza que encontraríamos. – Amy estava animada novamente.

– Até agora as mensagens foram encontradas em lugares óbvios e visíveis.

– É isso aí, Ian. Vamos para o local onde tudo aconteceu. Talvez descubramos algo.

– Só não posso sujar o meu smoking francês...

– Vamos logo – Amy puxou Ian pelo braço, que ainda se despedia do smoking que tinha comprado em Paris.

Para a decepção dos dois, estava chovendo. A chuva provavelmente teria apagado qualquer sinal ou rastro.

– Possivelmente, o assassino deve ter entrado pelo muro dos fundos. O muro é alto, mas com certeza ele tinha cúmplices que o ajudaram a escalar. – Ian usava todas as suas habilidades Lucian para tentar resolver o mistério.

– Ian, e o que Bickerduff fazia no quintal ontem á noite?

– Era 11 horas da noite, o horário que ele costumava ir embora. Geralmente ele saía pelos fundos.

– Ele estava simplesmente indo para casa, e leva um tiro de um assassino psicopata que não quer nada mais nada menos do que fazer o mau. E o que nós fazemos quanto a isso? Nada. Não descobrimos nada sobre quem está por trás disso. Os Cahill estão todos morrendo. – Amy estava com os olhos marejados. Ian segurou a mão dela, enquanto pensava em palavras tranquilizadoras.

– Amy, você está fazendo todo o possível, não é mesmo? É por isso que você está aqui. E eu estou aqui também. Juntos. Juntos nós iremos conseguir. – Os olhos cor de âmbar estavam brilhando. De repente Ian enxergou algo.

– É claro! Como não pensei nisto antes! Em um lugar óbvio e visível, que teriam certeza que veríamos. Só pode ser na caixa de correios!

– Ian você é demais!

– Eu sei disso. – O sorriso torto estava lá novamente.

Eles foram até a caixa de correio, que ficava no jardim da mansão. Entre contas bancárias e propagandas comerciais, algo se destacava. Um envelope branco, sem remetente e destinatário. Não havia nada escrito nele. Dentro, uma foto tirada de um guia de turismo.

– Você sabe o que isso quer dizer? – Amy perguntou.

– Não, mas tenho certeza que isso tem relação com o que aconteceu ontem.

– Pelo menos sabemos que a imagem se trata de Londres, aqui está a torre de Londres.

Ian não falou nada. Estava concentrado na imagem. Ele já tinha visto aquele lugar muitas vezes. Mas nunca suspeitou de nada que pudesse acontecer lá. Por que um assassino lhe enviaria aquela mensagem? Era isso que Ian precisava descobrir.

– Londres. Isso quer dizer que seja lá o que for que estamos procurando está aqui. Vou avisar para Dan e os outros que vamos ficar mais alguns dias em Londres.

* * *

– Alô, Dan?

– Amy, você não sabe o que descobrimos sobre o assassinato do nosso agente Madrigal de Nova York, o Sr. Thonpson. Ele foi encontrado morto na casa dele. Segundo uma análise, foi comprovada a ingestão de grande quantidade de colchicina. Ele foi envenenado, Amy! Todas as provas apontam para suicídio, mas a polícia tem suas dúvidas.

– Continuem investigando, Dan. Ian e eu também descobrimos algumas coisas aqui, mas não o suficiente.

– Preciso desligar aqui, Amy. Boa sorte com Ian.

– Até mais.

* * *

Dan, Átticus, Jake e Sinead foram para Nova York. Eles precisavam saber mais sobre o último assassinato. Mas eles não tinham permissão para investigar o local.

– E se Jake se vestisse de policial novamente? – Atticus sugeriu.

– Seria arriscado, mas poderia dar certo! Eu posso fazer uma identidade falsa para ele. – Fazer identidades falsas era uma coisa que os Ekats sabiam fazer muito bem, principalmente Sinead. Ela tinha feito várias identidades falsas para Amy e Dan quando eles estavam sendo procurados pela Interpol.

– Tenho um plano! – Dan chamou a atenção de todos – Jake pode se disfarçar de policial. Ele pode dizer que veio de outra cidade, que é novato, ou algo assim. Então ele leva uma barra de sabão e faz um molde da chave. E á noite, nós entraremos lá!

– Que genial – Jake respondeu com sarcasmo – Eu só tenho que me disfarçar de policial, usar uma identidade falsa, pegar uma chave e moldar no sabão... Só isso?

– Sinto muito, Jake, mas você é o único com perfil para esse papel. – Disse Sinead.

– Bom... Depois de tudo o que eu já fiz o que custa mais isso?

– Valeu Jake – Sinead deu um beijo no rosto dele – Mas temos que ser rápidos. Quero voltar para Boston o mais breve possível.

Os irmãos de Sinead ficaram em Boston. Jake pediu para o seu pai tomar conta de Ned e Ted. O Sr, Rosenbloom estava de férias e se sentia muito só desde que perdeu a esposa, Astrid. Os filhos estiveram muito distantes dele nos últimos dias, então para ele foi um prazer passar alguns dias com os gêmeos.

* * *


Já era tarde, Amy e Ian estavam sentados em frente ao computador pesquisando sobre o lugar em que a foto foi tirada.

– Acho que eu encontrei, Ian veja: - Amy apontou para a tela do computador – O norte está apontado pra baixo. Provavelmente essa rua da imagem é desta região.

– Sim. Mas a imagem abrange uma região grande demais. Como saberemos exatamente onde procurar?

– Não sei...

– A não ser que algo esteja escondido na imagem. – Ian pegou uma lupa e começou a examinar cada centímetro no papel. – Aqui está!

Ian mostrou a Amy o que havia encontrado. Bem no canto esquerdo, no centro, havia um X escrito de lápis sobre o telhado de uma das casas. Estava tão apagado e tão pequeno que mal podia ser notado. Mas estava lá. E era para lá agora que eles precisavam ir.


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Notas finais do capítulo

Olá, galera! A imagem eu não consegui postar, mas coloquei o link na palavra foto, se quiserem ver. A fonte é o Google Earth. Estão gostando? Deixem nos comentários o que está bom e o que vocês acham que poderia melhorar, ok?



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