Uma nova ameaça escrita por Lara Rafaelly Kabra


Capítulo 15
Talvez uma saída


Notas iniciais do capítulo

Finalmente consegui postar um novo capítulo!! Espero que gostem! Logo estarei postando o próximo. Comentem!



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Atticus encontrou o irmão deitado de “papo para o ar” com um livro aberto sobre o rosto.

– Jake, Sinead mandou chamá-lo!

Jake sentou na cama e ficou encarando o irmão mais novo. Passou a mão por trás de seus cabelos cacheados e o abraçou.

– Jake, você está bem? – Atticus estava um pouco confuso com a atitude do irmão. Fazia algum tempo que ele não o tratava assim.

– Eu sou quem devo te perguntar isso. Com tudo o que está acontecendo, receio ter esquecido um pouco de cuidar de você.

– Você sabe que eu sei me cuidar só. Já tenho idade para isso.

– Eu sei. Mas você vai ser sempre meu irmão mais novo, aconteça o que acontecer. Além disso, eu preciso falar com você. Estive pensando muito, e tomei uma decisão: amanhã mesmo voltaremos pra Boston.

– O quê? Como assim?

– É isso mesmo. Eu estou cansado de ficar atrás de pistas e assassinatos. Em minha opinião é melhor não nos metermos mais nessa história. Eu quero ter minha vida de volta, e também quero que você tenha uma vida normal.

– Jake, nós não podemos! Você não percebe que estamos tão envolvidos quanto os Cahill em tudo o que está acontecendo? Temos que ficar todos juntos, só assim nós teremos alguma chance de vencer!

Jake permaneceu calado, olhando para o nada. Ele sabia que Atticus estava certo. O irmão o conhecia muito melhor do que ele mesmo imaginava. Atticus sentou ao seu lado e pôs a mão no seu ombro.

– Algo me diz que Amy tem alguma coisa haver com essa sua decisão.

Jake passou a mão rapidamente pelos próprios cabelos, bufou e ficou de pé rapidamente.

– Nenhuma ligação. Nem sequer um sinal de vida.

– Mas ela foi pra Londres antes de ontem. Ontem mesmo ela falou com Dan e disse que estava bem.

– Sim. Ela falou com Dan – “Sua única preocupação é o irmão...” – Jake pensou.
– Além disso, ela e o Kabra devem estar muito ocupados investigando assuntos importantes em Londres. – O rosto de Jake se fechou ainda mais

– Jake...? Desculpe se falei demais...

– Tudo bem, Atticus, você não quis... – Nesse momento, ouviu-se batidas na porta do quarto.

Sinead entrou, seguida por Dan.

–Está tudo bem com vocês? – Perguntou ela – Por que não vieram?

– Já estávamos indo – Atticus respondeu logo que Sinead acabou de falar.

– Que ótimo. – Disse Sinead, sentando e estendendo o papel cor de rosa na cama de Jake – Porque agora nós precisamos muito de vocês – Continuou ela, como se soubesse exatamente o assunto do diálogo entre os dois irmãos que acontecia apenas alguns segundos antes.

– Sabemos disso – Disse Jake, com um largo sorriso, parecendo ter voltado a ser o Jake que sempre fora.

– Agora vamos voltar ao papel, rapazes. Definitivamente, acabo de descobrir algo muito importante sobre ele. Como já sabemos, o último item da lista foi acrescentado depois de todo o resto, e obviamente, por outra pessoa. Pois bem, acabo de confirmar... que quem escreveu isso foi uma mulher!

Os três meninos se olharam espantados. Foi uma descoberta e tanto.

– Mas afinal – Disse Dan – Como você pode ter certeza disso? A letra não parece muito feminina...

– Ela tem razão – Disse Atticus – Agora também posso ver isso. Não está tão perceptível porque com certeza quem escreveu isso pretendia disfarçar a própria letra. Mas é possível, através da grafologia, descobrir muitas coisas a respeito de uma pessoa e sua personalidade apenas pela letra!

– Isso é fantástico – Falou Jake, enquanto olhava para o rabisco naquele mísero pedaço de papel.

– Então sabemos que há uma mulher envolvida nesse crime – Disse Dan enquanto guardava o papel no bolso da calça jeans - Agora vamos para o próximo passo: descobrir quem é essa mulher e qual a participação dela nisso tudo.


* * *


Amy observou mais uma vez o objeto de metal preso no teto. Se aquilo fosse realmente uma bomba, ela estaria com os minutos contados, a não ser que tomasse alguma providência rápida. Olhou mais uma vez ao seu redor, em busca de algo que pudesse ajudá-la. Teve uma ideia. Talvez não desse certo, mas ela não tinha muitas opções. Arrastou o estofado, colocando-o debaixo do aparelho de metal, e subiu em cima dele. Ela tinha que arrancar aquilo dali! O teto não era tão alto, mas mesmo assim, estava difícil de alcançar. Subiu na escora do estofado; faltava apenas mais um pouco; então ela conseguiu. Agarrou firme o objeto e saltou pro chão.

E agora aquele aparelho estava lá, em suas mãos. Agora ela reconheceu realmente do que se tratava. Na verdade, não era uma bomba, e sim um bloqueador de sinal. Ela estava salva! Agora poderia ligar para pedir ajuda. Suas mãos estavam trêmulas. Não poderia segurar a onda de adrenalina que se apossava dela. Tirou o celular do bolso. “Oh, não, está quase descarregando!” Pensou ela.

Lembrou do carregador portátil super eficiente que Sinead desenvolveu junto com seus amigos Ekat, que só precisava ser abastecido uma vez por ano, mas havia ficado na bolsa, e ela tinha deixado no carro do Ian. Respirou fundo. Ela tinha que conseguir se comunicar com alguém. “Tomara que não descarregue totalmente...” Pensou ela, enquanto discava para a polícia de Londres. Ela tinha certeza que a Scotland Yard agiria rápido.

Já estava quase apertando a tecla verde, quando a porta escancarou-se de repente. Amy deixou o celular cair.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Achei muito bacana citar a grafologia na história. Apesar de não ser um estudo 100% confiável, a grafologia pode ser útil sim! Esperem pelo próximo capítulo em breve! ;)



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