O experimento escrita por Ninna
Notas iniciais do capítulo
Opção 2 foi a escolhida: Pegar uma lanterna na cabana e seguir Max
Corri para o lado da cabana, tateando a construção de madeira, ao entrar comecei a derrubar as caixas de metal para achar a lanterna. Nesse momento algo tocou em meu ombro, eu virei imediatamente para trás e não enxerguei nada:
–Sou o Dylan, a lanterna está na minha mão, vamos vou ajudá-la - Dylan falou acendendo-a.
Nós saímos, guiados pela voz de Max. Eu estava segurando no casaco de Dylan, a neve e o vento batia em meus olhos que ainda escorriam algumas lágrimas. Entramos cada vez mais fundo na floresta e a cada passo eu via alguns olhos amarelos que se moviam rápido, eram as feras.
Achamos Max, meu irmão estava caído, tossindo e com muito frio. Acolhi ele em meu casaco e nos viramos para voltar, nesse momento ouvir um rugido alto atrás de nós. Ao me virar levantei minha cabeça para poder ver a criatura que estava pronta para nos matar:
–Corra! - Dylan gritou.
Nós três corremos para qualquer direção, cada vez mais rápido, pois ouvíamos a fera nos seguindo, vários galhos bateram em meu rosto na corrida, foi quando a luz da lanterna iluminou o que parecia uma chalé, ao chegarmos em uma casa abandonada feita de madeira, Dylan arrombou a porta e entramos:
–Ele foi embora? - Perguntei.
–Não, ele só desiste quando ouvir os sinos - Dylan falou com os braços esticados protegendo Max e eu.
O lugar estava em completo silêncio, o único som possível de se ouvir era de nossas respirações ofegantes. Estávamos mais relaxados, acreditando que a fera não passaria pela porta. Dylan deixou a lanterna em uma mesa para que iluminasse a sala toda e foi ver a lareira para que nos aquecemos, foi quando a fera pulou quebrando a grade e a janela, Dylan se jogou para longe de nós. Max estava atrás de mim assutado demais para gritar, achei que a fera iria atacar Dylan, até que pude ver em seus olhos amarelos o meu reflexo e do meu irmão, ele se virou lentamente e veio caminhando mostrando seus dentes afiados e grandes. Dylan pulou nas costas do animal para que o mesmo se afastasse de nós, mas foi arremessado para parede batendo a coluna e a cabeça, o bicho se virou para atacá-lo. Corri para perto da lareira e gritei chamando-o para salvar Dylan, a fera se virou mais brava do que nunca e logo pulou para cima de mim.
Max e Dylan ficaram imóveis, era meu fim, não conseguiria sair viva, Max começou a chorar e a gritar, porém parou quando percebeu movimento. Quando abri meus olhos percebi que estava viva, eu havia pego um comprido atiçador de brasa feito de ferro que segurei firme mirando para onde a fera saltaria, me apoiei na parede e fechei meus olhos. O espeto afiado atravessou a cabeça dele o que fez escorrer sangue em minhas mãos, o dente do animal estava bem próximo a minha testa, apenas me desencostei da parede fazendo-o cair.
Dylan estava em pé e veio correndo me abraçar, assim como Max:
–Você matou uma fera - Dylan falou chocado.
–Temos que sair daqui - Falei tremendo.
Voltamos correndo para base, todos estavam acordados e nervosos:
–Dylan - Jill falou beijando-o.
–Esse garoto está contaminado! Vocês não entendem? Ele pode se transformar em um zumbi a qualquer momento e nos matar - Lisa gritou.
–Poderiam ter me dito isso antes de tentarem assassinar meu irmão, aliás eu e ele estamos saindo amanha de manhã, nunca mais quero ver sua cara, Lisa - Falei indo para o quarto.
–Espera! Zoey, precisamos de sua ajuda - P falou.
–O que foi? - Perguntei.
–Capitei um chamado de Watson pelo nosso rádio - P respondeu.
–O que? Ela está viva? - Mike questionou.
–Sim, ela disse claramente: ‘’Vocês precisam me tirar daqui agora, estamos sendo comandados por uma louca’’ - P falou.
–E o que eu posso fazer? - Perguntei.
–Você conhece aquele lugar melhor que qualquer um, além do seu poder, por favor, eu a amo - P falou olhando em meus olhos.
–Certo, partimos amanhã de manhã - Falei concordando.
–Eu ficarei para cuidar da base e do P, afinal ele não pode andar - Lisa falou.
–Não, Max ficará, como saberei se você não vai envenenar a comida dele? - Gritei.
–Eu ficarei também, pode confiar em mim - Jill falou.
Voltei para o quarto e deitei Max, o cobri dando um beijo em sua testa. Fui até o banheiro e vi as marcas avermelhadas de mão em meu pescoço, pensando no que seria aquilo. Foi quando Dylan bateu na porta que estava aberta:
–Você me salvou - Ele falou se aproximando.
–Você já fez isso milhares de vezes comigo - Falei olhando em seus olhos.
–Você é incrível, Zoey - Ele falou tocando em minha nuca.
–Prepare-se para amanha - Falei.
–Boa noite - Ele falou me beijando na bochecha.
Eu, Dylan, Mike e Brad estávamos a caminho do hospital, logo de manhã, pulamos a muralha de ferro pela mesma pedra, eu carregava uma droga para emergência. Fomos até o lugar que eu havia escapado e estava pregado com ferro, rodeamos o lugar até vermos uma janela com uma sala vazia, tomei a pílula e após alguns segundos consegui atravessá-la levando comigo os outros três.
O lugar era parecido com uma sala de cirurgia. Abrimos a porta daquela e vimos um corredor e a sombra de duas pessoas chegando, rapidamente fechamos e nos escondemos. Dylan se escondeu atrás de uma cortina, embaixo da pia, Brad se escondeu atrás de um grande freezer, eu e Mike nos apertamos em um armário. A porta do cômodo abriu e vimos um casal de cientistas, talvez, conversando:
–Você sabe quem é ela? - A mulher falou.
–Soube que ela comandava o antigo hospital, antes de Johnson - O homem falou.
Os dois caminharam para a pia, lavaram as mãos e estavam saindo. A mulher já havia saído, o rapaz estava com a mão segurando a porta quando Brad fez um barulho, o homem voltou e andou em direção do armário que eu e Mike estávamos. Mike logo colocou a mão em minha boca e falou para que eu ficasse em silêncio, o homem tocou na maçaneta para abrir o armário, quando a mulher gritou para que ele viesse logo, então o mesmo desistiu e saiu da sala.
Todos suspiramos por alguns segundos e saímos de nossos esconderijos. Andamos pelo corredor para acharmos Watson, que foi vista em uma espécie de laboratório:
–Watson! - Falei entrando na sala.
–Zoey! Obrigada, muito obrigada - Ela respondeu me abraçando.
–Temos que sair daqui - Falei.
Voltamos para mesma sala que antes, porém um alarme começou a disparar, já estávamos fora quando nove guardas começaram a nos perseguir e disparar tiros. Brad e Dylan escalaram rapidamente a pedra que dividia o hospital do mato e logo nos ajudaram a subir, os guardas não subiram tão rápido e nos perderam de vista.
Voltamos em passos normais até a base, acreditando que havíamos despistado-os, Watson estava contando sobre Raina, a nova comandante do pedaço, a mesma mandou matar todos os cientistas que falharam ao fabricar a pílula e que tinha algo muito importante para me contar. Foi quando senti uma faca em minha garganta, um dos guardas havia nos alcançado e começou a ameaçar todos me fazendo de refém:
–Vocês todos vão voltar comigo ou a garota morre - Ele disse.
–Está certo - Dylan falou com as mãos para o alto.
Quando o guarda achou que seguiríamos ele, logo baixou a guarda e foi o suficiente para que Mike o acertasse com um tiro, fazendo-o cair, corremos para não atrair mais atenção e chegamos na base.
Foi uma das cenas mais lindas que já vi naquele lugar, Watson começou a chorar imediatamente quando viu P que fez a mesma ação, ambos se abraçaram em lágrimas e nem conseguiam falar de tanta emoção, sorri automaticamente assim como todos da sala.
Jantamos peixes reunidos naquela noite, Max parecia cada vez pior, pálido, nem conseguia se alimentar direito:
–Vocês precisam acreditar em mim, temos que sair dessa ilha, Raina vai destruir tudo - Watson alertou.
–Precisamos de uma chave, para o helicóptero - P falou segurando a mão de Watson.
–Não, precisamos da garota, ela consegue atravessar a parede e abrir o portão por dentro - Watson falou sorrindo.
–Eu vou adorar ajudar para sair dessa ilha - Falei.
P e Watson estavam deitados juntos na sala e o resto dormindo. Abri meus olhos e vi Johnson segurando uma seringa e se aproximando:
–Calma, não vai doer nadinha - Ele falou rindo.
Não conseguia me mexer, por mais que tentasse, ele estava querendo enfiar a ponta daquele objeto em meu olho, e quando chegou à um centímetro eu acordei suando novamente. Fui até o banheiro e respirei fundo, ao me virar para voltar dei de cara com Mike:
–Pesadelo? - Ele perguntou.
–Sim… Ei, obrigada por me salvar - Falei sorrindo.
–É o mínimo que posso fazer, depois de tudo que fez para nós - Ele falou rindo de volta.
Mike se aproximou mais, colocou a mão em minha cintura e nos beijamos:
–Preciso voltar para meu irmão - Falei.
–Certo - Ele falou abrindo caminho.
Eu estava pela primeira vez, após muito tempo feliz de estar ali, fiquei o resto da noite acordada pensando em tudo, de manhã, logo após o sino fui lá fora ainda pensativa:
–Oi garota - Watson falou sentando-se no chão comigo.
–Oi - Falei sorrindo.
–Como está? - Ela perguntou.
–Não tenho ideia - Sorri
–Então, você e o P… - Falei rindo.
–O nome dele é Paul, acreditei que ele havia morrido, última coisa que disse para ele quando me levaram era ‘’eu te amo P…’’ - Ela sorriu.
–Vocês se encontraram novamente, vamos sair dessa ilha e vocês podem ser felizes, vocês merecem - Falei.
–Obrigada Zoey, mas preciso te contar algo - Ela falou.
–Claro, o que foi? - Perguntei.
Watson parou de apreciar a paisagem e olhou para mim, com um olhar triste e preocupado, engoliu a saliva e falou:
–Johnson me deixou usar o rádio, ele recolheu seu sangue na última vez e com isso foi descoberto que ele é seu pai, ele se arrependeu muito por tudo, me contou que sua mãe se viciou em drogas por causa dele, ele queria para com tudo, pesquisas, testes e apenas correr atrás de vocês
–Espera, o que? - Falei me levantando.
–Sim, Raina descobriu de tudo, voltou para ilha e descarregou todas as balas de uma arma na cabeça de Johnson - Ela falou chorando.
Estava em choque, não sabia o que fazer, falar, pensar, apenas sabia que estava chorando mesmo sem nem ter um pingo de sentimento por Johnson:
–Ele me pediu para dizer que sentia muito, Zoey - Watson falou me abraçando.
–Meninas! Vocês precisam ver isso - Brad falou da porta.
Subimos até a parte mais alta do hospital, onde era feito os turnos, e pudemos enxergar uma fumaça negra saindo do hospital e chegando cada vez mais perto da base:
–Precisamos ir lá agora, ver o que é - Brad falou.
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Opção 1: Zoey vai atrás da fumaça
Opção 2: Zoey alerta para que ninguém vá