O experimento escrita por Ninna
Um portão enorme de ferro abriu bem na nossa frente, somos apenas dois irmãos que temiam por suas vidas, o que era aquele lugar? Por que tantos jovens tossindo, desmaiando, morrendo?
– Não tenham medo – Uma moça de terno falou sorrindo para nós.
Caminhamos por um longo corredor, com várias celas de vidro, com jovens dentro, e alguns até mortos. Como fomos parar ali? Nossa mãe sempre foi uma drogada, que usa o pouco dinheiro para comprar mais drogas, com muita conta acumulando, ela seria presa, então ela achou esse teste de droga ilegal, não tivemos como recusar e aqui estamos.
Fomos guiados até uma cela semelhante as outras, não podíamos ver o outro lado, mas o outro lado podia nos ver, literalmente parecíamos animais em exposição, estávamos curiosos, o que acontece atrás daquelas paredes?
Era nossa primeira noite ali, dormi segurando a mão de Max, falando que ia ficar tudo bem, mesmo eu sabendo que não ia, fomos acordados por outros jovens gritando, desesperados, sentindo uma dor insuportável, às vezes conseguíamos ouvi-los falando que mais um jovem morreu na cela 2, como se não tivessem importância, como se já estivessem acostumados.
Ficamos exatamente uma semana ali, comendo e bebendo o que nos era dado, com medo e assustados:
– Não quer fazero isso – Max falou me olhando.
– Não temos outra opção – Falei.
A mesma mulher entrou com dois comprimidos e falou para ingerirmos, que não ia doer nada. Depois de fazermos e ela revistar nossa boca ela saiu, e outra moça entrou, com o mesmo tipo de uniforme, porém com um copo de água:
– Bebam – Ela falou.
– Quem é você? – Perguntei pegando o copo.
– Me chamem de Watson, eu não gosto do jeito que vocês são tratados, tento ajudar sempre que posso, não temos muito tempo – Ela falou.
– O que é essa droga? – Perguntei.
– Mexe com o cérebro, teoricamente era para dar uma certa ilusão de poder místico – Ela falou enquanto eu passava o copo para Max.
– Tem muita gente morrendo aqui – Falei.
– Alguns tem vários problemas no cérebro, outros acabam explodindo de dor, não tivemos nenhum sucesso até agora, o máximo que conseguimos foi Jill ela conseguiu desenvolver uma habilidade de 30% mas fugiu – Watson falou pegando o copo de Max.
– Por que está aqui? Você parece legal – Falei.
– É tarde demais para eu sair, se eu sair eles me matam, tenho que ir, fiquem bem – Ela respondeu.
Pela primeira vez eu consegui dormir à noite toda, sem escutar gritos agonizantes de desespero. No dia seguinte dois homens me pegaram e pegaram o Max e nos levaram em direções diferentes:
– MAX! – Gritei tentando me soltar.
– Zoey, socorro! – Ele gritou.
Fui passando por outro corredor, olhando para os dois lados, haviam mais e mais celas, haviam pessoas com a testa roxa e azul, totalmente alteradas, cheguei a uma sala e me empurraram para dentro:
– Olá Zoey – Falou um médico.
– Aonde está o Max? – Falei.
– Colabore conosco que seu irmãozinho ficará bem – Ele falou apontando para cadeira.
– Quem é você? – Perguntei.
– Sou o doutor Johnson – Ele falou.
Me sentei e ele fez séries de exames em mim, nos olhos, angiografia cerebral e aparentemente estava tudo bem, suspirei aliviada:
– Ela está normal, aumente a dose – Ele falou me dispensando.
– O que? Não! – Tentei falar porém ninguém parecia me ouvir.
Quando me jogaram na cela de novo Max já estava lá, eu o abracei sem pensar:
– O que fizeram com você? Você está bem? – Perguntei.
– Eles falaram que eu estou com alguns sintomas iniciais para morte – Max falou chorando.
– Não... – Falei.
A mulher entrou novamente na sala, e me deu mais um comprimido que eu joguei no chão, ela me deu um tapa, abriu minha boca com a mão e me fez engolir. Uma hora depois já comecei a passar mal, minha cabeça parecia explodir, era uma dor de cabeça incontrolável, e não importa o quanto eu gritava ninguém ajudava. Enquanto no outro lado da cela o doutor Johnson apenas observava minha dor:
– Aumente mais um comprimido – Ele falou.
– Tem certeza? – Watson falou.
– Sim, ela parece dar trabalho, se não der certo, ela morre – Ele falou indo embora.
A mesma mulher chegou, eu estava encolhida no canto, tentei dizer não, não abria a boca nem com ela forçando, então ela bateu minha cabeça na parede e eu tive que abrir, a dor estava insuportável:
– Eu te amo – Falei para Max antes de desmaiar.
No dia seguinte acordei com a minha mão atravessando a cama, literalmente, me levantei bruscamente:
– Max! – Falei abraçando-o.
– Zoey – Ele falou abraçando-me de volta.
– Olha isso – Falei.
Coloquei meu braço para fora da parede, fui atravessando cada vez mais, até estar completamente fora dali, então entrei de novo:
– Isso... é incrível – Ele falou segurando meu braço.
– Eu sei – Falei.
Haviam câmeras na cela, logo ouvi os guardas se aproximando para me levar ao Johnson:
– Você pode fugir – Ele falou.
– Não posso te deixar aqui – Falei.
– Você não tem outra escolha – Ele falou.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Opção 1: Zoey fica com Max.Opção 2: Zoey foge.