P.D.V – Dean

Conseguimos pegar o Sammy. Dei um tiro certeiro na câmera dele. Ele gritou comigo e disse que eu devia a ele 200 reais. Como se eu fosse pagar.

Chegamos ao hotel onde estávamos hospedados. Taylor estava fazendo uma pesquisa pra ver se achava um caso sobrenatural na cidade. Ela não queria deixar o lugar. Estava quase terminando o curso.

- Dean! Achei algo!

- O que você conseguiu? – perguntei chegando perto dela e olhando por cima do ombro a tela do computador.

- Tem um caso de um homem que envelheceu 25 anos em um dia. Jack Stone, Rua Chressyn, Nº 45.

- Vamos lá.

- Mas e o Sam? – ela perguntou olhando pra mim de um jeito estranho. Taylor nunca tinha caçado sem ele.

- Deixa ele aí.

- Tá bom, então.

Fomos para o Impala. Chegamos rapidamente no endereço que a pirralha tinha achado na Internet. Taylor tocou a campainha da bela casa. Um homem aparentemente de idade avançada atendeu a porta. Eu perguntei:

- O senhor é Jack Stone?

- Sim, quem são vocês?

- Agentes Bonnie e Clyde, FBI. Queríamos ter uma conversa com o senhor, se não se importa. – disse Taylor

Bonnie e Clyde? A pirralha tinha endoidado? Colocar os nomes dos ladrões mais famosos do cinema como nomes de agentes do FBI?

- Bonnie e Clyde? Eu ouvi direito? – o velho homem disse dando um pequena risada

- Nossos pais eram grandes fãs do filme.

- Nossa. Podem entrar agentes.

Entramos na casa dele. O local não tinha nada de estranho. Sentamos no sofá e esperamos até que o senhor se sentasse para podermos falar com ele.

- Então, Jack, é verdade que você envelheceu 25 anos em um dia?

- Sim.

- Como isso aconteceu?

- Vocês não vão acreditar em mim! É uma história surreal!

- Conte-nos. – falou a pirralha. Ela estava mesmo prestando atenção nele. Pelo menos a Taylor ainda sabia caçar.

- Eu encontrei um homem que jogava pôquer. Você aposta 25 anos da sua vida. Se você ganhar, fica do mesmo jeito, mas se você perder envelhece 25 anos assim como eu.

- Onde o senhor encontrou esse homem? Como é a aparência dele? E o nome?

- No bar “Coconut Party”. Fica no centro da cidade. Ele é alto, cabelos grisalhos, olhos verdes. O nome dele é Roy.

- Tudo bem, nós iremos investigar. Quando tivermos notícias, entraremos em contato com o senhor.

Fomos embora rapidamente. Colocamos roupas mais “adequadas” a um bar e entramos.

O local estava cheio. Taylor foi procurar no lado esquerdo enquanto eu fui pelo direito. Alguns minutos depois, ela me mandou uma mensagem que tinha escrito “O cara que procuramos está perto da grande janela esquerda. Vem rápido”

Fui até onde ela estava me indicando. A encontrei sentada em uma mesa perto do homem. Taylor me chamou com um aceno. Fomos falar com o homem.

- Sabemos o que você faz. Queremos jogar também. Não tente nos enganar, somos caçadores de verdade.

- Vamos fingir que eu acredito em vocês. Quem vai jogar primeiro? Apenas um por vez.

Ia me oferecer, mas a Taylor disse uma coisa inesperada:

- Damas primeiro, Roy.

- Tudo bem então, me acompanhe, Taylor Winchester.

- Como você sabe o meu nome?

- Digamos que eu seja mais inteligente do que a maioria das pessoas.

- Vou aceitar essa desculpa esfarrapada.

Os dois entraram em uma sala secreta que havia em uma parede falsa do bar. Alguns minutos depois, senti um estranho cheiro de queimado. Tentei arrombar a porta pra ver o que era, mas não consegui. Algum tempo depois, a pirralha sai chorando. Ela está diferente, mais alta, mais hã... “gostosa” e seu rosto tem algumas rugas de expressão. Perguntei surpreso pra ela:

- Pirralha! O que aconteceu?!

- Eu perdi, Dean! Não me chame mais de pirralha agora, porque eu tenho 43 anos! Sou mais velha que vocês! – ela se desmanchou em lágrimas.

Peguei ela pelo braço e a puxei para o Impala. Iríamos voltar para o hotel o mais rápido possível. Alguém teria que dar um jeito nisso. Era bizarro ter um irmã mais nova de 43 anos quando você tem apenas 31.