A Winchester escrita por LeShary


Capítulo 16
Heath Johnson


Notas iniciais do capítulo

Esse foi o maior capítulo que eu já escrevi! Espero que gostem!



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P.D.V – Taylor

Acordei de novo . Desmaiei depois de tanta tortura física. que Azazel tinha feito na minha asa era apenas o começo. Fui chutada, arranhada, cortada, espancada, e tudo de ruim que se possa imaginar para fazer com o corpo de alguma pessoa foi feito comigo. A alma do papai assistia tudo de “camarote”. Infelizmente. Eu tinha descoberto o plano de Azazel antes de desmaiar. Tudo dependia de mim. Se eu conseguisse não gritar ou chorasse, papai não teria motivos para achar que ele precisava me matar para acabar com a dor. O torturador olhou pra mim e chamou Azazel. Seu nome era Kevin. Pude ouvir os dois sussurrando. Talvez se eu me esforçasse um pouco eu poderia usar meus poderes pra tirar eu e papai dali.
- Azazel, tortura física não adianta pra ela. Ela não pediu em nenhum momento para o Winchester matar ela. O que nós vamos fazer agora?
- A tortura física não está funcionando? Como essa maldita consegue resistir a tanta dor? – ele estava furioso e talvez um pouco espantado
- Eu não sei Azazel. Fiz de tudo que você me ensinou. Só que ela nem ao menos deu um grito.
- Então agora é minha vez com a tortura psicológica. Aprenda isso, Kevin, ás vezes o corpo é forte, mas, a mente é fraca. Pode ser o caso dela.
- Sim, mestre. Perdoe-me por não ter conseguido torturar ela o suficiente.
- Não precisa pedir o meu perdão. Do mesmo jeito que há ótimos torturadores no Inferno como o Alastair ou eu, há também pessoas que “estão à altura” desses torturadores. Gente como ela. – ele apontou pra mim e eu decidi provocá-lo:
- Papai Lúcifer não te ensinou que é falta de educação apontar para as pessoas?
- Como você OUSA?! Sua Arcanja insolente! – ele me deu outro soco, cuspi no chão o sangue que escorria da minha boca.
- Tudo bem, Kevin. Pode ir embora. Ela vai se arrepender de ter dito isso.
Kevin não disse nada. Apenas assentiu e saiu fechando a porta atrás de si. Azazel se aproximou de mim e falou:
- Parece que dor física não funciona com você não é?
Não respondi. Apenas fiquei olhando pra ele sentindo ódio de alguma pessoa (ou no caso demônio) pela primeira vez na minha vida.
- Vamos ver se sua mente é mais forte do que o seu corpo. Mas antes...
- Ele se virou, abriu a porta e falou com alguém que eu não pude ver:
- Tragam o John Winchester.

P.D.V – Cameron

Já tinha colocado a minha moto na garagem. Ia para o hospital a pé, já que ele era perto da minha casa. Peguei apenas meu celular e saí de novo. Como só a minha irmã mais velha estava em casa, ela não se importou muito com a minha saída. Só disse pra eu não chegar muito tarde. Já estava na metade do caminho quando parei e pensei: “Por que será que eu quero tanto ver se a Taylor está bem?” Era como se eu tivesse uma necessidade física de vê-la e tocá-la. E se eu não fizesse isso, eu sentiria dor. Muito estranho. Recomecei a andar e logo já via as portas principais do hospital. Andei mais um pouco e fui abordado por uma mulher:
-Você é Cameron Stryder?
- Sim, sou eu. Por que você quer saber? E quem é você
- Sou Ruby, a namorada de um dos irmãos dela. Você está vindo aqui visitar ela, não é? – me desesperei e engoli em seco. Como ela poderia saber o meu mais profundo segredo?
- Sim, estou.
-Sinto muito, mas os médicos não deixaram nem os irmãos dela entrarem. Acho que não deixariam você entrar. Você é amigo dela?
Meu primeiro instinto foi dizer não. Mas pensei melhor e falei:
- Sou um colega de colégio dela. – tomara que Ruby não perceba a minha mentira
- Então, Cameron. Se eles não deixaram nem os IRMÃOS dela entrarem imagina se vão deixar um colega de colégio. É melhor você ir pra casa.
Ela tinha razão. Dei tchau pra ela e voltei pra casa muito irritado. Entrei no meu quarto e fiquei lá até de noite, batendo no saco de areia que tinha lá pra descarregar a minha raiva nele.
Jantei com minha família e fui dormir. Quando já estava quase pegando no sono, ouvi meu pai e minha mãe conversando no corredor:
- Ele está tão irritado hoje, o que você acha que ele tem, Ian?
- Não sei, Annabeth. Mas eu acho que talvez tenha algo a ver com a Taylor Winchester.
- Será? Eles sempre brigaram tanto.
- Nós éramos do mesmo jeito. Se lembra,Annie?
- É melhor deixar ele falar com a gente do que tirar conclusões precipitadas.
-Você tem razão.
Foi ouvindo essa conversa dos meus pais que eu adormeci. E é claro, sonhei com a Taylor.

P.D.V – Dean

Estava já desesperado. Já fazia quase 12 horas que o Azazel tinha seqüestrado a Taylor e eu não tinha tido mais nenhuma notícia dela.
O Castiel não podia ajudar. Sam estava já desanimando. Não tinha muitas coisas que podíamos fazer. Ela tinha sumido sem deixar pistas.
Mas eu não ia desistir ou desanimar. Ela fazia parte da minha família e eu jurei sempre proteger a minha família, custe o que custar.
Decidi dar uma volta com o Impala pela cidade pra esfriar um pouco a cabeça e voltar a procurar ela.
Apenas dirigi sem pensar muito.

P.D.V – Taylor

Que ÓTIMO. Esses demônios malditos tinham trazido o papai pra assistir a sessão de tortura psicológica. Agora ia ferrar tudo de vez. Meu pai estava amarrado com umas correntes estranhas. Com símbolos, como pentagramas e palavras em latim. Ele falou quase rosnando pra o Azazel:
- Deixa a minha filha em paz!
Azazel riu dele.
- John, francamente, você devia ter dito antes. Não está vendo o quanto machucada ela está?
Ele não deu chance para o papai responder. Só se aproximou de mim, tocou na minha cabeça e disse:
- Que lembranças você tem! Foram poucas pessoas que eu já vi com lembranças tão ruins quanto essas que você sempre tentou esquecer, mas nunca conseguiu. Hora de começar.
Me mexi, desconfortável. Minhas lembranças não eram algo que eu quisesse partilhar. Não as ruins, pelo menos.
*Lembrança – On*
Tinha acabado de voltar da escola. Eu gabaritei as questões da prova. Estava muito feliz. Contei a notícia pra mamãe e ela disse apenas que sabia que eu iria fazer isso e que estava muito feliz por mim. Tomei banho e botei uma das minhas roupas preferidas, minha blusa branca com um estampa do Nirvana preta e uma calça jeans azul clara com meus all-stars vermelhos. Estava descendo as escadas quando ouvi a porta ser escancarada.Parei de descer. Era Heath, o namorado da minha mãe e também professor de educação física na escola onde eu costumava estudar antes de ir para a Academia dos Veteranos de St.Paul. Ele com certeza estava bêbado. Ouvi ele falando que nem um porco pra minha mãe: - Cadê minha carne, Samantha? Bota logo porque eu estou faminto!
Também escutei minha mãe responder com doçura: - Já vou lhe servir meu amor. Deixe-me só colocar um pouco de salada para a Taylor.
- Quando eu quero uma coisa. Eu quero na hora. Me sirva primeiro e depois sirva aquela vadiazinha. – como minha mãe agüentava esse idiota?!
- Não chame minha filha desse jeito, Heath Johnson!
- Quem é você pra mandar em mim, sua estúpida?
Isso foi a gota d água pra mim. Continuei descendo bem rápido as escadas até o final, me coloquei mais rápido ainda na frente da minha mãe e falei pra ele:
- Quem é VOCÊ pra falar da minha mãe desse jeito, seu porco estúpido e bêbado?!
- Cale a boca! Sou EU que coloco dinheiro nessa porra dessa casa! Você não tem o direito de falar assim comigo!
- Colocar dinheiro pra dentro de casa? Você? A única pessoa que realmente ajuda aqui nessa casa é minha mãe! Já que você gasta quase todo o seu salário com bebidas e sei lá mais o quê! VOCÊ é que não tem o direito de falar assim com a minha mãe!
Minha mãe sussurrou no meu ouvido:
- Taylor, meu amor, já chega. Não quero que vocês briguem de novo.
Não tive nem tempo de responder.
Fui atingida por um punho tão duro quanto ferro. Caí com força em cima da mesa de vidro, que rachou com o impacto. Alguns pedaços de vidro entraram nos meus braços e nas minhas costas. Doía muito. Me levantei devagar e ouvi Heath dizendo pra minha mãe:
- Isso é pra ela aprender a ter respeito. Agora, coloque um pouco de carne para mim, Samantha. E chame o conserto para a mesa que sua filha quebrou.
Fui em direção ao jardim, xingando Heath de todos os palavrões que eu conhecia (não eram muitos). E me perguntei se um dia esse canalha iria embora de nossas vidas.

*Lembrança – Off*
Papai estava chocado e furioso. Nas poucas vezes que ele me visitava eu não mencionava as agressões do Heath pra ele. Não queria que ele se aborrecesse. Eu podia me virar sozinha.
- Taylor, por que você escondeu essas agressões de mim? Então era por isso que você sempre estava machucada, com marcas nos seus braços e cortes, não era?
- Sim, era por isso.
- Mas por que você escondeu?
- Porque eu não queria que você se aborrecesse! E também tinha a questão da mamãe! O senhor não acha que ela ficaria chateada se você batesse nele? Então, foi isso. Fiquei calada e poupei o aborrecimento de duas pessoas!
- Ás suas custas!
- Eu não ligava muito. O senhor sabe que eu sempre fui indiferente com essas questões de dor. Olha a prova aqui. – falei pra ele indicando meu corpo machucado e minhas asas estraçalhadas.
- Mas-
- Pai, já chega. Aqui não é hora e nem o lugar pra falar disso.
Comecei a pensar em um plano pra sair daquele lugar. Talvez eu pudesse tentar usar meus poderes de novo. Me concentrei bastante por alguns segundos. De repente, senti uma energia dentro de mim. Meus poderes. Olhei pra Azazel e falei:
- Te vejo nunca mais, seu demônio maldito!
- MAS O QUÊ-
Ele não teve nem tempo de responder. Livrei-me de tudo que me prendia e já estava quase desaparecendo. Me lembrei de falar pro papai:
- Me desculpa por não consegui te salvar.
Não tive tempo de ouvir sua resposta. Apenas desapareci por completo.

Quando eu abri os olhos, estava em frente ao quarto do hotel que meus irmãos tinham alugado. Abri a porta e vi uma cena grotesca. Sam estava só de cueca com a Ruby, que estava também apenas com as suas roupas íntimas. Ele estava chupando sangue direto do pulso dela. Sangue de demônio. Não pude deixar de soltar um palavrão e dizer isso:
-Mas que PORRA é essa?!
- TAYLOR?!
Sam olhou pra mim. Eu olhei pra ele. Não agüentei mais. Bati a porta e saí correndo, mesmo estando machucada e talvez subnutrida.
Esbarrei em alguém.
- Taylor! Você está viva!
- Dean! Quem é vivo sempre aparece maninho!
- Você não está muito bem.
- Definitivamente.
-Vou te levar ao hospital.
- Ah, não! Eu não preciso de médicos!
- Precisa sim! E muito.
- Dean, eu posso me curar com os meus poderes.
- Tem certeza? – ele parecia bem desconfiado
- Claro que eu tenho. Olha só isso!
Milagrosamente, eu consegui me curar quase por completo.
- Nossa! Isso foi demais!
- Eu sei.
Então, voltamos para o hotel.


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Notas finais do capítulo

O próximo cap já está pronto. Só tenho uma condiçãozinha pra postar ele... que tal se batermos o recorde de reviews?
bjks