POV Leah

 Já no quarto do hotel, depois de um voo inteiro passado a dormir, sonhando com o Jake e a última vez que o vi senti-me finalmente em paz. Não era uma paz completa, mas uma paz de espírito que me preenchia a alma. Finalmente acordei para o que estava a viver, e comecei a olhar a minha volta. Estava a viver o meu sonho por fim

Espreitei pela janela, e pude apreciar a beleza da cidade. Meu deus onde eu vim parar! Tudo tão perfeito, tanto para ver e conhecer e também estudar.

Sai para a cidade com o sol a bater-me na cara. Como nunca acontecia em La Push, não iria ficar num quarto de hotel durante a minha estadia, o dinheiro da bolsa não daria e não era propriamente o meu espaço, então fui à escola ver as casas que haviam para alugar. Como não conhecia a cidade, sai de mapa em punho, apesar de não me ter servido de muito porque me perdi.

Pelo meio-dia continuava perdida! Sentei-me ao pé de uma fonte de mármore para descansar.

Levantei-me da fonte e ia atravessar a rua quando um maluco qualquer numa vespa quase me atropelava se eu não me desviasse

Ele deixou cair a mota e veio a correr na minha direcção a gritar

- PERDONO! Io non ti ho visto...

Eu nem tive tempo de reagir. Fiquei tão irritada, que comecei a tremer por todos os lados. Para libertar a raiva com que estava, senão iria transformar-me na frente de dezenas de pessoas, comecei aos gritos com ele:

-Ouve lá tu estás parvo? És maluco ou quê? Quem te deu a carta devia ser muito burro seu grande Nabo!

Enquanto dizia isto mantinha os olhos fechados para evitar que o animal explodisse em mim. A minha concentração para me aguentar na forma humana e não o perseguir estava por um fio. Quando acabei de gritar, abri os olhos e deparei-me com um rapaz italiano a olhar para mim com uma cara muito assustada. O pobre coitado estava com o coração tão acelerado que parecia que ia te um enfarte e calculava todos os movimentos que fazia. Então ele falou-me finalmente na minha língua...

Foi nesse momento que reparei no rapaz que gritava comigo, ele era alto, mas não tanto como eu, que para uma rapariga tinha uns estranhos 1.95, reparei também que ele tinha uns lindos olhos verdes.

O cabelo dele desorganizado e castanho claro, brilhava com o sol. Eu fiquei simplesmente parada a olhar para ele. Como ele era bonito... os Italianos eram todos assim?

Eu fiquei tão absorvida pela sua beleza que eu nem ouvia as suas palavras somente via os seus fartos lábios mexendo-se.

-Olhos. -suspirei. O rapaz franziu a testa, dando um sorriso envergonhado. Reparei que tinha uma dezena de pessoas à minha volta.

- Aiii coitadinha... Se calhar bateu com a cabeça...- disse uma senhora de idade com um chapéu florido mesmo em choque era impossível não reparar com a máquina fotográfica pendurada.

- Ela nem sequer caiu Josephine- disse o idoso ao lado dela, revirando os olhos.

Enquanto eles discutiam se eu batia mal da cabeça por mim ou se tinha batido com a cabeça, eu tentava acordar do meu transe momentâneo.

 Ate que ele tocou na minha mão, e fiquei completamente vermelha.