A Fuga de Leah escrita por IMMay, Xana Mendes


Capítulo 16
Sam Bonus


Notas iniciais do capítulo

By: Nessie
Olá queridos leitores (:
Este bónus irá, sem dúvida, esclarecer-vos e elucidar-vos quanto ao enredo desta história :b
Ele ficou ao cargo da Xana e ficou mesmo perfeito! Enjoy it*



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Assim que a Leah entrou pela porta, senti que ela não trazia boas noticias, aliás senti-o a partir do momento em que ela quis convocar a maldita reunião.

Não sei se foi sexto sentido ou se foi o poder de alpha que me deu alguma pista, mas apenas sei que senti algo errado.

Quando a minha Emy abriu a porta, a Lee trazia os olhos vermelhos, mais uma prova que eu estava certo.

Todos estavam reunidos na sala de estar, que se tinha tornado pequena para albergar tanta gente, e era papável a tensão existente.

O meu pressentimento em relação aquela reunião não era, de certeza, dos melhores e então quando me apercebi que a Lee, deixava transparecer o seu nervosismo, entendi que era pior do que eu poderia pensar.

O velho Quill tentou aliviar a tensão, que era demasiada para um espaço tão pequeno repleto de lobos, falando em primeiro lugar:

- Olá Leah! Bons olhos te vejam. Agora querida podias-nos contar o porque desta convocatória tão urgente?

Ela não fazia mais nada senão enrolar-se nas palavras, eu nunca a tinha visto naquele estado. Só me recordo de uma situação similar e nem mesmo assim ela estava tão mal.

Flashback on

Tinha acabado de chegar a casa da carpintaria, não se ouvia qualquer barulho pela casa sendo assim decidi procurar os meus maiores bens, a minha mulher Lee e o meu filho a crescer no seu ventre, não estava ninguém em casa, pensei que talvez tivessem saído para um passeio, aliás a Leah fazia isso muitas vezes. Sentei-me na mesa da cozinha a espera deles, mas estava tão cansado que adormeci. Estava nos meus mais profundos sonhos, quando o som irritante do telefone me acordou, fui ate ele praguejando contra aquele aparelho e contra o seu som. Quando atendi e prontamente me perguntaram se falava da casa de Sam Uley, respondi positivamente ficando logo em alerta máximo. Em seguida disseram-me que era do hospital e que tinham uma paciente com o nome de Leah Clearwater, a partir daquele momento não houve nada que me acalmasse. Perguntas inundavam agora a minha cabeça. O que teria acontecido? Ela estaria bem? E muitas mais.

Sem perder mais tempo meti-me no carro e marchei ate ao hospital da reserva, entrei pelas portas automáticas sempre em pânico, era o único ali a correr pelos corredores, dirigi-me a pequena rotunda ao pé da entrada para pedir informações. A senhora que estava lá, muito pacientemente me conduziu a zona do consultório do Dr. Dane, que era o médico que a tinha atendido, estranhei ela não me dizer a especialidade dele, mas o pânico era tanto que nem me lembrei de perguntar. Na sala de espera ao pé do consultório estava a Leah encolhida numa cadeira, num pranto tal que me assustou ainda mais. Corri ate ela, mas ela não deu por mim, estava catatonica.

No corredor procurei a porta do consultório do Dr. Dane, falei com ele e este contou-me o que tinha acontecido ao bebe, ele pareceu-me um brutamontes do pior, não devia ter aquela profissão. Agora tinha percebido o porque do estado dela. Peguei nela ao colo e pô-la no carro para leva-la para casa.

Já em casa dei-lhe um banho, vesti-a, deitei-a na cama e dei-lhe um sedativo ligeiro. Enquanto ela dormia eu tentei compreender o que poderia ser a nossa vida dali para a frente, não gostei da imagem que formulei na minha mente.

Os dias passaram e ela só dormia e chorava. Era eu que tinha de lhe dar o comer a boca, dar-lhe banho. Foi uma fase horrível da nossa vida que ainda hoje me persegue.

Flashback off   

Leah conseguiu por em sua voz um tom de falsa calma e declarou:

- Eu pedi para nos reunimos, pois eu quero informar-vos de uma decisão minha!

Eu não a conseguia encarar, mas ao que parecia esse sentimento não atingia os outros, pois todos olhavam para ela.

- O motivo para que eu...humm. Chamei-vos porque...Humm – a voz falhava-lhe cada vez mais e mais – Infelizmente, eu não estou bem, preciso de paz e não a encontro. Todos os dias os problemas assombram-me e eu não consigo parar isso, é incontrolável. Eu preciso de procurar essa paz, mas... não aqui.

Mas o que ela queria dizer com aquilo? Oh meu Deus, ela vai-se embora. Nesse momento percebi que em alguma parte do meu coração, ainda nutria um sentimento muito forte por ela.

- Importas-te de te explicar melhor – pedi. Ela não me respondeu. O meu olhar mudou devido a um sentimento que eu não sentia a muito: raiva extrema.

- Que queres dizer com isso Leah? – Comecei a tremer violentamente com a ideia que a minha Lee ia partir.

 Ouvi uns passos rápidos a dirigirem-se a sala e as mãos de Emy descansaram nos meus ombros.

- Eu preciso de sair daqui! Já chega...Todos os dias acordo mal e deito-me pior. Isto é quando eu durmo e não fico a pensar na porcaria que já fiz e na treta de vida que tenho tido. Preciso mudar de ares. De um sitio só meu, onde ninguém saiba o que estou a pensar. Vou para Florença, já tenho o bilhete parto daqui a uma semana! – Era informação demais para mim, tinha de sair dali. Não podia arriscar a vida da Emy outra vez, por isso tirei-lhes as mãos de cima dos meus ombros e dei-lhe um beijo e corri até a floresta transformando-me pelo caminho.

Corri para o mais longe que podia, a reviver toda aquela cena acontecida em minha casa. Paro ao pé do penhasco e sinto a mente da Leah a conectar-se com a minha.

Eu queria estar sozinho! Precisava de por as ideias em ordem!

O que queres com isto Leah? Não podes deixar-me, quer dizer deixar-nos, assim sem mais nem menos.” – Corrigi mentalmente quando percebi que já tinha “falado” demais. “Onde estavas com a cabeça para fazer esta proposta? Esta louca? Partir para uma cidade desconhecida, depois de tudo que se passou?”

“Deixar-te? Não te vou deixar porque quem me deixou foste TU! Por causa da maldita impressão! Tu não tens a mínima ideia da dor, das noites em que não dormi sufocada de tanto chorar!!” – Na mente dela começou a formar-se imagens de uma Leah que nunca tinha conhecido, estava devastada e envolta em lágrimas! Tremi ao ver o que lhe tinha feito!

“Eu quero seguir com a minha vida... Deixa-me viver. Eu é que fiquei mal nesta história! Tu estas feliz... Deixa de ser egoísta e deixa me sê-lo também.”

Eu não pude acreditar no que ela tinha dito!

 “ Não achas que TU já tens sido egoísta o suficiente durante este tempo? Não achas o suficiente que todos tenham de levar com as recordações do que somente eu te fiz?”

A reacção que ela teve de seguida surpreendeu-me, fui tomado por uma onda de angústia ao perceber que ela tinha sofrido muito mais do que eu pensava, mas tambem não é desculpa para infernizar a vida do Meu bando.

Decidi voltar a forma humana para falar directamente com ela! Por mente não era a forma apropriada. Ela seguiu os meus passos e sentamos numa árvore ali perto. Ela ia começar a falar, mas as lágrimas impediram-na. Bom então começaria eu.

 - Leah? Eu entendo que te fiz sofrer e tudo mais, e sim talvez... talvez tu tenhas razão. E peço-te desculpa por tudo o que te fiz, e sei que nunca me irei perdoar. Mas ao menos... vou dar-te a minha permissão para ires... Vai e sê feliz, mas promete-me uma coisa! – Dei por a minha visão ficar um pouco desfocada, estava a beira das lágrimas tambem. - Que um dia voltarás.

- Claro que voltarei Sam! Se o bando precisar de mim ligas-me que eu venho logo! E também virei visitar a minha mãe e Seth! – Eu conheço a Leah e aquilo não era verdade, mas decidi fazer de conta que acreditei.

- Obrigada Leah... Não te esqueças de nós enquanto não estiveres cá. – Já não aguentava mais olhar para ela, tive de olhar para outro lado e de repente achei uma pinha num pinheiro ali próximo muito cativante - Boa sorte e... Obrigada.

- Nunca me poderia esquecer Sam – Ela sorriu! Adorava saber o que se tinha passado pela aquela mente.

- Leah? – Disse com um estranho nervosismo - Leah! Também te posso pedir para voltares, se... se for somente eu a precisar de ti? – Deu-me um certo medo de lhe pedir para ela voltar para mim.

De repente ficou um silêncio tão grande que eu conseguia ouvir o piar de um falcão que estava ao pé da fronteira com o Canada. (O.o)

-Sam tu tens a minha prima que e a tua impressão natural! O teu beta é o Jacob! Não existe a necessidade de me teres ao teu lado! Sam fica com a Emily e lidera o bando com o mesmo pulso forte que tens tido e fazes-me um favor?

- Sim Leah, qualquer coisa! - Estava a ser sincero sem o querer.

- Sê feliz e dá a Emily o que me querias dar a mim! - Disse-me com saudade no olhar, e notei-lhe também alguma tristeza.

Como de alguma ligação estranha se tratasse eu sabia o que ela queria dizer! 

Flashback on

- Sam, voltaste! – Disse-me sorrindo e atirando-se nos meus braços.

- Sim querida! Mas, diz-me, a que devo esta recepção! Mesa posta com velas vermelhas! – Perguntei desconfiado

- É um jantar romântico! E eu queria pedir-te uma coisa! - Disse corando.

- Então vamos lá jantar! - Respondeu-me e deu-me um beijo doce nos lábios.

Sentamo-nos a mesa e começamos a jantar, sempre com as pernas entrelaçadas

- Então meu amor, diz-me o que me querias pedir! – Disse com um traço de ansiedade na voz.

- Sam, eu queria... queria-te pedir para... para termos um filho juntos! – Disse-me nervosa fechando os olhos.

Levantei-me e fui na sua direcção tirei-a da cadeira e os depositei um beijo em cada pálpebra, fazendo-a abri os olhos.

- Claro amor, esse é o meu maior desejo! - Disse com emoção na voz

Flashback off

Ela estava tão sorridente e de repente, começou a chorar. O que se passava com ela hoje?

- Lee, no que estavas a pensar? Estavas tão feliz, mesmo em pensamentos e agora tas assim! – Tentei descobrir.

- Estava a pensar no jantar em que te pedi para me dares um filho! E depois, como é inevitável, naquela tarde no consultório do médico que me foste buscar! – Agora percebi a reacção dela, nunca tinha superado a perda do filho por nascer.

Abracei-a, mas ela soltou-se dos meus braços logo a seguir.

- Sam... Tenho de ir. Cumpre as tuas promessas e eu cumprirei as minhas. Até um dia Samuel.

Ela transformou-se e correu em direcção a aldeia.

Eu nunca iria compreende-la, ela sempre foi tão doce quando estava comigo, terá sido culpa minha ela ter ficado assim? Mas que raio de pergunta, claro que foi!

Quando ela partiu deixei-me ficar no mesmo sítio e fiquei perdido em pensamentos, e quando isso me acontecia só havia uma coisa a fazer! Correr até sentir que já não aguentava mais! Transformei-me e estive assim durante 3 horas! Na minha mente não se passava nada tinha-me deixado levar pelo “instinto lobo”.

Já no fim do dia despertei do meu nevoeiro emocional, e dirigi-me para a casa que partilhava com a Emy devia estar preocupada! O que eu lhe diria? Eu não tinha o direito de lhe dizer que ainda sentia algo pela sua prima, mas tambem não tinha o direito de lhe mentir!

Não fui para casa, em vez disso, fui directo a praia! Havia tanta história ali, muita coisa tinha-se passado comigo neste local, nem tudo oram coisas felizes, mas a vida é feita de memórias boas e também das más! Tentei limpar a minha mente, fazer desaparecer os problemas que deram origem a este comportamento, mas não deu. Senti a minha cara molhada, a estava a solução para esta dor: Chorar.

Quando a agitação passou, o sol já se havia posto e a lua já brilhava alta no céu negro, mas estrelado, senti que já me podia dirigir a casa.

Abri a porta e reinava o silêncio na nossa pequena casa, procurei por algum sinal que a minha Emy estava em casa, passando pela cozinha reparei num papel branco em cima da mesa. Peguei nele e li o que dizia  “Sam, não sei o que fizeste à Leah para que ela ficasse tão desolada que não aguentou mais 2 semanas em La Push.

Seja o que for irei descobrir rapidamente, vou tentar remediar o que fizeste. Vou atrás da Leah, e só voltarei quando achar que devo fazê-lo.

Cuida da alcateia e de La Push, se houver alguma emergência, tens o meu número.

Toma conta da Emy, da Sue, do Seth e do meu pai.

Até um dia, Jacob”

Cai de joelhos no chão da sala… Ele havia ido atrás da mulher que uma vez amei.


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Notas finais do capítulo

Aqui fica o tão prometido bónus, esperamos que gostem e ja sabem deixem um review.
Estamos muito felizes pelos reviews que temos recebido...
E parece que regressamos :)



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