A Little Piece Of Heaven escrita por Moonie


Capítulo 13
Capítulo dez – Quem acredita em fantasmas? Part. III.


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOi, então, titia tá gripada.
E amanhã tem entrega de boletins.
Adivinha quem tá ferrada?
Vejo vcs lá em baixo ^-^



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Capítulo dez – Quem acredita em fantasmas? Part. III.

Não recomendado para menores de 13 anos.

Avisos: Palavreado impróprio.

Acabou que Faraize esqueceu que me perguntou algo e logo sua aula também acabou. A primeira coisa que fiz foi sair em alta velocidade da sala e me esgueirar pela sala dos professores, que a porta estava abeta e Ambre ainda discutia com a diretora, junto á Nathaniel.

– M-mas eu não fiz isso! Eu juro! – A cara dela, se não fosse trágica seria cômica. Uma mistura de santinha com choro e ódio. – Eu aposto que foi aquelazinha lá, a tal de Thalia. Ela me trata muito mal!

Filha. Da. Puta!

– Senhorita Ambre, você tem algum álibi de que estava bem longe quando a escola foi pichada?

– Minhas amigas estavam comigo, pergunte á elas!

– Mas elas são suspeitas por serem suas amigas. – A diretora parecia querer perder a calma. – Além do que, você foi vista por duas alunas fazendo isso e tinha sprays de tinta em seu armário. É indiscutível o fato de que você não está envolvida e como punição será afastada da escola por um período de uma semana. Seus pais serão alertados e irá ajudar a equipe de limpeza da escola na sua volta. – Ainda escondida, desviei meu olhar para Nathaniel que estava com a expressão mista de decepção, raiva e mais alguma coisa que eu não identifiquei.

Quando já ia sair, de coração na mão perguntando-me se foi certo o que eu ajudei á fazer, sinto uma mão em meu ombro e gelo na hora.

– Ora, parece que alguém está querendo saber mais do que eu! – Reconheci a voz e suspirei aliviada, era a garota de cabelos roxos; Peggy. Arrasto-a até o corredor para sair dali rápido e a olho com entusiasmo.

– Já tem um novo exemplar do jornal da escola? – Ela bufou, me jogando o papel que ela segurava. Não podia negar, eu posso ter feito algo horrível, mas o que eu li foi uma coisa sem explicação de tão boa que é.

“Patricinha ou criminosa? Saiba tudo sobre a pichação na escola!”.

– Peg-pig, o que falar de você que mal conheço e já considero pacas?

Ela revirou os olhos, me tomando o jornal.

– Com licença, tenho mais exemplares á fazer.

E aqui estou eu de novo, sozinha no corredor principal. Bufei e fui até o segundo corredor, dando de cara com alguém.

– Aiê!

– Menina, tome cuidado por onde anda!

– Eita, desculpa, eu não te vi! – Boto a mão na cabeça e avisto uma garota de cabelos incrivelmente longos e platinados, além de olhos amarelo-âmbar.

– Não tem problema... Estou andando rápido para encontrar com meu namorado, acabei não te vendo.

– Seu namorado? Ele é daqui? – Porra Thalia, para de se meter na vida dos outros!

– Não, ele não é daqui desta escola, você não deve conhecê-lo. Ah, eu me chamo Rosalya, desculpe novamente pela batida, até mais! – Ela sorriu e foi embora, tão rápido quanto apareceu. Mas nossa, que cabelo lindo!

Fui até meu armário e guardei o material de história, procurando nos horários o próximo tempo. Ouço alguém me chamar de forma amedrontosa.

– Senhorita Cromwell!

Ah! – Dei um pequeno berro, virando e vendo a diretora. – É, pois não?

– Quero que você se encarregue de limpar as pichações após a aula.

– Mas diretora... Nem fui eu!

– Não importa! Eu estou mandando! – Foi como se uma aura negra envolvesse a véia e ela evaporasse nela. Que lindo, agora tenho que pagar pela minha vingança.

Não importa! Eu estou mandando! Blablá, eu que mando nessa porra. Sou uma velha chata do caralho! – Comecei a imitar a diretora com as mãos na cintura. – Você vai limpar as pichações depois da aula ou eu vou comer seu fígado.

– Hm, hm. Quem vai comer seu fígado? – Sinto duas mãos em minha cintura e um hálito quente em meu pescoço. Dou de cara com um par de olhos verdes claros e dou um salto para trás.

– Megan! O que você está fazendo aqui?

– Comemorando nossa vingança baby. Você não me parece muito feliz...

– Não, a diretora quer que eu limpe as pichações. – Cruzei os braços e ela se aproximou um pouco mais.

– Eu te ajudo! Estamos nessa juntas, né? – E uma piscadela singela saiu dela. O sinal tocou no mesmo minuto. – Até depois da aula!

Era só o que me faltava!

–x-

E finalmente o sinal tocou novamente. O que para muitos era libertação, para mim hoje era sofrimento.

Tratei de sair rápido da sala e antes de procurar algo para limpar e procurar Megan, fui ver Nathaniel.

Coloquei a mão na maçaneta da porta do grêmio e fiquei encarando-a por um bom tempo. Aja naturalmente, aja naturalmente!

Bati na porta e logo em seguida abri, dando de cara com o loiro que estava prestes á sair da sala.

– Desculpa!

– Ah, Thalia. O que está fazendo aqui? Não deveria ter ido para casa?

– Eu vim ver como você está. A diretora me pediu para limpar as pichações... Você está bem com tudo isso?

– Não. Ambre passou dos limites na hora de arrumar problemas, pichar a escola já é demais!

– Considera roubar os alunos coisa pior ainda?

– Quem ela roubou?

– Não responda minha pergunta com outra pergunta! – Eu cruzei os braços. – De qualquer forma, ela que arrumou os problemas. Você não tem nada a ver com isso, ela que se vire com seus pais. Toda ação têm uma consequência!

– Não é bem assim. Ela jura não ter feito nada.

– Mas é mentira, não? Seus pais não podem acreditar em tudo que ela diz! – Ele ficou em silêncio por um bom tempo depois disso. – Ahn, você tem alguma coisa para limpar as pichações?

– Ahn, tenho sim. Volte aqui daqui a pouco que lhe darei. Tenho que arrumar uma papelada ainda. – Eu apenas me retirei e fui para o sótão procurar Megan. O clima com a conversa de Nathaniel havia ficado um tanto pesado e isso ainda está martelando na minha cabeça. Será que os pais dele realmente acreditam em tudo o que a loira diz?

Encontrei o ser saltitante e avermelhado de primeira e a arrastei até as escadarias, já estava um pouco escuro. Megan me mostrou os lugares da pichação, pelo corredor e pela escadaria. Ela realmente fez um bom trabalho, vai ser difícil limpar.

Lembrei rapidamente de que precisava de algo para limpar e voltei para o grêmio, encontrando apenas um balde com água e sabão e ao lado duas esponjas. Eu acho que vai servir.

Começamos a limpar e algum tempo depois finalmente terminamos. Sentei no chão acabada e molhada, além da minha barriga estar roncando alto demais. Megan fez o mesmo e abriu uma lancheira que estava com ela, lá havia sanduíches e toddynho. Me diga quem é o ser que leva toddynho para escola?

É claro que eu furtei dela.

E ela nem se importou.

– Então, porque você é chamada de sapatona do porão? Porque tu só fica lá?

– Lá é bom para matar aula. Na minha antiga escola, as crianças formavam duplas ou grupos e ocupavam um lugar para ficar todo dia no recreio. É um hábito. – Ela parou por um segundo, mordendo o sanduíche e tendo um dejavú momentâneo. – E eu não sou lésbica.

– Não? Então o que é?

– Eu só gosto de pessoas. – Ela olhou para mim, sorrindo e apoiando a cabeça no meu ombro. Nós então ouvimos um barulho, uma espécie de gargalhada abafada e ela levantou a cabeça rápido, dando de cara no meu queixo.

– Merda! Doeu! – Reclamei massageando meu queixo.

– Você ouviu isso? – Ela perguntou parecendo um pouco assustada.

– Ouvi, espera... – Me levantei. – Tem alguém aí?

– Você sabe que se fosse em um filme, você já estaria morta?

– Cala a boca! – Eu ralhei e quando virei para frente, vi uma sombra. Nós duas demos um grito e saímos correndo igual duas covardes em direção á rua, virando cada uma para sua rua igual doidas varridas.


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Notas finais do capítulo

Peço desculpas por não ter fotinhas bônus nem músicas, vou voltar a me esforçar D:
Mereço comentários?