Endless Love escrita por STatic


Capítulo 30
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

Geente, capítulo 30! Ei amores!
Eu sei que foi maldade terminar o capítulo daquele jeito, mas eu estou um pouquinho inspirada para a maldade, me desculpem! E me desculpem desde já pelo final desse também ahhaha um certo comentário plantou a sementinha no meu cérebro e eu deixei ela crescer (?), simplesmente não deu para evitar!
Muito obrigada, como sempre, todo mundo que está lendo e pelos comentários, vocês são incríveis e eu amo vocês!
Eu espero que vocês gostem, boa leitura!



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CASTLE POV

–O que vocês conseguiram com a amiga da vítima? –Kate pergunta assim que saímos do elevador.

Depois de ter saído um pouco mais cedo ontem, ela quis vir o mais rápido possível de manhã, alegando que precisava seguir com o caso. Ela estava estranha. Desde o momento em que abri minha boca grande para perguntar sobre uma possível gravidez, ela havia surtado, e eu podia vê-la se distanciando um pouco.

Eu podia entender o porquê dela parecer tão assustada no primeiro momento em que falei sobre isso, mas não há nenhum motivo para tamanho pânico, uma vez que ela estava certa de que não havia mesmo –nenhum- bebê a caminho. Então por que ela estava agindo daquela maneira?

Não era nenhum segredo que eu queria outro filho - o simples pensamento de um bebê meu e de Kate me fazia ver tudo de um jeito mais brilhante- assim como não era mais segredo que nós estávamos planejando algo pouco antes do acidente. Ainda assim, eu entendia e no fundo sabia que não era o momento certo agora... Não com tudo acontecendo tão depressa. Kate provavelmente teria uma síncope. Mas ela havia afirmado com muita veemência que não estava grávida e, bom, ela conhece o próprio corpo melhor do que eu, suponho. Ou não, porque no momento, a lembrança de todos aqueles sintomas que eu havia presenciado nos últimos dias e a imagem de Kate segurando uma garotinha com seus olhos e seus cachinhos perfeitos não abandonavam minha mente, por mais que eu tentasse.

Eu daria um pouco de tempo pra ela, e se nada mudasse, eu falaria com ela novamente. Era a melhor opção, afinal.

–Não muito. Na verdade, essa amiga não era tão amiga assim... E ao que parece, nossa vítima não era muito dada a conversas. –Ryan reponde.

–E sobre ela ser a assassina? Algo que a incrimine? Diga que temos um novo suspeito! –ela implorou.

–Não, desculpe. Ela tem um álibi bastante sólido.

–Tipo o quê?

–Ela estava presa. –Espo responde. –Tentativa de assalto, no outro lado da cidade.

–Impossível ser ela. – Concluo o óbvio.

–Droga. –Kate murmura, e o telefone de Espo toca.

–O que será que houve? –ela perguntou encarando o quadro uma expressão concentrada.

–Talvez isso possa ajudar a descobrir. –Espo diz enquanto volta pra perto de nós, desligando o celular –Era um amigo da narcóticos. Eu não fiquei convencido com aquele cara Roger, então pedi para ele manter um olho nele, sabe como é, é o que um ótimo detetive faria. –ele se virou para me encarar, antes de voltar a falar. – E adivinha só? Nosso querido potencial principal suspeito tem um histórico considerável com drogas...

–E?

–E que, novamente como o bom detetive que sou, conferi com Lanie e é compatível com o tipo de droga que foi encontrada no corpo da nossa vítima. É um tipo especial com um nome complicado, mas é bastante rara.

–E como foi que não notamos isso antes? –Beckett pergunta, parecendo mais animada.

–É um caso aberto da narcóticos, já que eles parecem nunca conseguir pegar os caras por trás de toda a operação, e nossa busca não foi tão aprofundada já que já tínhamos confirmado o álibi.

–E esse Roger é o principal suspeito deles?

–E nosso. Eu só não sei qual o envolvimento dele com a garota. Tudo o que temos é que ele estava no mesmo motel na hora do crime.

–Isso ele vai nos dizer... Vamos localizá-lo e traze-lo para interrogatório. De novo. –ela suspira e se senta em sua cadeira enquanto os meninos vão para os próprios computadores.

–Tudo bem? –pergunto depois de um minuto.

–Tudo ótimo, eu acho. –ela responde e então sorri, e para o meu alivio não era um sorriso programado para esconder o que ela realmente estava sentindo.

–Acha?

–Sim. –ela balança a cabeça. – Mas eu tenho certeza que vai ficar tudo ótimo. Maravilhoso. –ela sorri mais ainda e leva os braços para cima da mesa, apoiando o rosto neles.

–E o que te faz ter tanta certeza assim, Sra. Castle? –pergunto me aproximando mais.

–Você. – ela responde baixinho. –Você me faz ter certeza. Desde o comecinho você me fez ter certeza de que tudo daria certo, então eu sei que isso vai dar também.

–Isso o que? –pergunto, feliz pela honestidade das palavras dela, mas ficando cada vez mais confuso.

Ela abre a boca para responder, mas é interrompida pelo grito empolgado de Ryan: -Consegui! Esse cara não é tão esperto assim, consegui rastrear o celular, tenho um endereço.

–Depois. –ela diz por fim, se levantando e pegando suas coisas.

–Você também vai, Beckett? –Espo perguntou.

–Claro, alguém tem que impedir que ele fuja, como da última vez. –responde simplesmente, fazendo seu caminho para o elevador, deixando um Esposito perplexo para trás.

–Ela está certa. –comento quando passo por ele e ele resmunga. –Envia o endereço!

Descemos até o estacionamento, onde cada um foi para o seu carro.

–Agora já é depois? –pergunto depois de alguns minutos de viagem silenciosa.

–Não. –ela responde, olhando direto para a estrada tentando esconder o sorriso. Era adorável.

–Droga. E quando é depois?

–Depois é depois, Castle! –ela ri. –Não vai demorar, eu prometo.

–Certo. Eu posso esperar, não é como se você fosse esquecer... Eu posso esperar, definitivamente.

–Não parece. –ela responde enquanto para o carro.

–Mas eu posso. –desço atrás dela, nos encontrando com os meninos na calçada, bem em frente a um prédio que não parecia habitado a décadas, no mínimo. –É esse o lugar?

–Sim. Agora, tenham cuidado... Ele sabe que se vimos atrás dele pela segunda vez, nós temos algo mais. –Espo diz e começa a andar em direção ao prédio.

–Tudo bem? Nós podemos esperar aqui. –digo enquanto olho para Kate, que estava hesitante.

Ela parece considerar a ideia por um momento, a testa franzida de preocupação, mas depois de um minuto sacode a cabeça.

–Não, tudo bem. Vamos lá. –respira fundo e posso ver que ela está apreensiva.

Ela entra no prédio e eu vou acompanhando cada passo seu. Tento manter o pensamento de que Ryan e Esposito haviam entrado antes, e que se houvesse algo eles já teriam visto, e não existiria qualquer perigo. Depois de alguns metros, porém, um movimento mínimo a minha esquerda me chama a atenção, e no próximo segundo um barulho alto é ouvido, junto com o grito de Kate e de repente meu corpo está no chão, uma sensação de calor se espalhando rapidamente pelo meu corpo enquanto meus olhos ficam cada vez mais pesados.

KATE POV

Tudo aconteceu muito rápido. Tão rápido que eu sequer tive tempo de reagir, ou mesmo de pensar. Nós entramos depois de Ryan e Esposito – eles já tinham olhado tudo em volta, o que me tranquilizou um pouco-, e apenas um segundo depois, o som de passos chamou minha atenção e eu me virei, a arma firme em minhas mãos. E então de repente ele estava lá, seu rosto mostrando que havia nos reconhecido e que dessa vez nós tínhamos algo e que ele não escaparia tão facilmente sem uma boa razão. Ele sabia que dessa vez ele não iria escapar, sair com aquele sorrisinho vitorioso pela porta da frente. Não dessa vez. E então ele sacou a arma, imitando meu movimento e apontando-a diretamente para mim.

Ele tentaria escapar de qualquer maneira.

No mesmo segundo que seu dedo pressionou o gatilho e eu pude ouvir o barulho, eu apertei o gatilho. Eu não me lembrava de já ter disparado uma arma contra alguém, mas naquele momento ela parecia extremamente leve em minhas mãos, familiar.

Eu me lembrava com uma clareza apavorante como era levar um tiro. A dor e o medo ao sentir sua vida se esvaindo lentamente de seu corpo, enquanto você só pode observar. Então eu esperei; Esperei pela dor, pelo frio ou pelo medo, mas nada disso veio. Tudo o que meu cérebro pode registrar foi um som abafado de algo caindo no chão, e eu notei em completo horror por que eu não estava sentindo nada.

O tiro não me acertou, não foi pra mim.

–Castle! –gritei enquanto me ajoelhava ao lado de seu corpo, jogando minha arma no chão enquanto tentava desesperadamente encontrar o lugar onde ele havia sido ferido.

Eu não conseguia me concentrar, pensar direito. Tudo o que eu via era uma quantidade assustadora de sangue que fazia meu estomago se revirar dolorosamente, e quando ergui meu olhar para o seu rosto, sua expressão partiu meu coração um pouco. Era de puro choque, além do claro medo.

–Castle. –sussurrei, ainda tentando encontrar a origem de tanto sangue. Droga, porque tanto sangue? –Tudo bem, você vai ficar bem.

Sua pele começava a ficar cada vez mais pálida e eu podia ver que estava lutando para manter os olhos abertos.

–Kate... –ele sussurrou com a voz tão fraca que fez meu coração parar de bater por um segundo.

–Shh, não fala nada. –coloquei meus dedos em seus lábios, podendo agora sentir as lágrimas pelo meu rosto. –Só fica acordado, tudo bem? Não fecha os olhos! Pode fazer isso por mim? –eu implorei, minha voz não mais que um sussurro desesperado agora.

–Sempre, Kate. –ele respondeu com dificuldade, mas eu podia ver que não ganharia essa batalha por muito tempo.

Nesse exato momento pude sentir a presença dos meninos ao meu lado, Ryan gritando o celular por uma ambulância enquanto Espo se abaixava ao meu lado.

–O que foi que aconteceu aqui? –ele disse enquanto tateava o corpo de Castle, parecendo encontrar o lugar correto e fazendo pressão com as mãos. –Castle, fica acordado, está bem?

–Ele atirou nele. Aquele imbecil, ele atirou e eu atirei nele, mas ele estava mirando no Castle, não era pra mim, e eu atirei nele. –Eu me ouvi dizendo, sem ter certeza de como as palavras estavam saindo. Eu não conseguia criar um pensamento coerente, estava tudo tão confuso! –Ele atirou no Castle. –solucei.

–Ele está inconsciente. –Ryan disse e comecei a me desesperar ainda mais antes de olhar novamente para Castle e perceber que ele havia falado do suspeito. Eu havia acertado ele.

–Ótimo. –respondi.

–Kate... –ouvi Castle dizer novamente e me aproximei mais, pegando sua mão nas minhas. Elas estavam frias e tremulas, multiplicando meu medo por um milhão.

–Eu estou aqui, tudo bem. –respondi enquanto fazia pequenos círculos nas costas de sua mão. –A ambulância está chegando, só aguenta firme.

Ele não respondeu, apenas encarou meu rosto e eu tentei sorrir um pouco através das lagrimas quando senti sua mão –a que eu não estava segurando- se erguendo e tentando inutilmente secar meu rosto, me fazendo chorar ainda mais forte.

–Castle. –sussurrei, levando uma das minhas mãos para tocar seu rosto, sentindo meu corpo tremer.

–Shh... –ele respondeu fraquinho enquanto fechava os olhos.

–Não! Castle, abra os olhos! –gritei, soltando suas mãos e mudando de posição, trazendo sua cabeça para o meu colo enquanto cada vez mais as lagrimas dificultavam minha visão –Droga, Castle, abra os olhos!

–Kate. –senti uma mão em meu ombro. Era Ryan, seus olhos cheio de pena. –A ambulância chegou, você tem que soltá-lo.

–Não. –sussurrei e abaixei a cabeça novamente, olhando para o rosto pálido de Castle.

–Kate, olha pra mim. –eu olhei. –Você tem que se afastar, para os médicos cuidarem dele.

Sua voz era calma, e aos poucos o que ele dizia começou a fazer sentido. Abaixei um pouco a cabeça e encostei meus lábios de leve em sua testa, sentindo o quão frio ele estava, sussurrando um “por favor” sufocado.

E então os médicos vieram, falando freneticamente coisas que eu não conseguia entender e logo depois erguendo seu corpo e o levando para a ambulância que esperava ali perto. Demoraram alguns segundos até que eu voltasse a mim e os seguisse. Os paramédicos tentando me impedir de acompanha-los e eu não podia acreditar no que estava ouvindo.

–Ele é o meu parceiro. Ele é o meu marido e é o meu parceiro e o inferno vai congelar antes de eu deixar você me impedir de ir com ele. –disse com a voz calma mas com uma autoridade que me surpreendeu, e a mulher que estava bloqueando a porta me deixou passar. Me sentei o mais fora do caminho dos paramédicos possível, mas ainda perto o bastante para segurar suas mãos.

Eu tenho certeza que não demoraram muitos minutos para chegarmos até o hospital, mas pareciam horas. Horas agoniantes em que eu não podia fazer nada além de observá-lo e segurar suas mãos, assistindo o trabalho dos médicos e desejando que tudo não passasse de um sonho macabro.


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Notas finais do capítulo

Não fala o resultado do teste e ainda atira no Castelinho?? Sério, quem foi que escreveu isso? hahashah okay, eu estou ansiosa para ouvir o que vocês acharam, então por favorzinhooo me contem!! Vale xingar também hahahh
Eu estou sentindo falta de algumas pessoas nos comentários, espero que não tenham abandonado!
Enfim, eu prometo não demorar com o próximo, então me contem o que acharam?! Pleeease!
Beijoss!