Endless Love escrita por STatic


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Ei amores!! Olha eu aqui de novo!
Tem muita gente com teorias sobre baby (fui acusada de estar destruindo a vida de uma certa pessoa, sabe asjljhjgd), e vocês vão ver nesse capítulo que outro alguém está compartilhando dos pensamentos de vocês... Vamos ver! heheh
Boa leitura!



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CASTLE POV

Mas o que diabos foi aquilo? De tudo o que eu esperava que acontecesse agora, essa definitivamente era a última.

Apesar de empolgado por finalmente poder sair da delegacia e deixar de lado o tédio horrível dos relatórios, eu havia ficado preocupado em como as coisas estavam se movendo depressa, com medo do que podia acontecer –especialmente se considerasse o resultado da nossa última busca a um suspeito-, mas no fundo eu sabia que, com os meninos por perto, nós ficaríamos longe de problemas. Mas eu não podia imaginar que ter a própria Beckett por perto nos manteria longe desses problemas.

E eu estava errado, porque nesse exato momento lá estava ela, derrubando e imobilizando um homem que devia ter o dobro do peso dela como se fosse a coisa mais simples e natural do mundo.

–O quê? –ela perguntou quando se virou pra nós, encarando nossos olhares chocados e paralisados com uma expressão cada vez mais preocupada. –Ei!

–Isso...

–Como...

–O que... –nós três dissemos juntos enquanto nos recuperávamos, tentando fazer a cena a nossa frente fazer algum sentido.

–Como foi que... –Esposito tentou novamente, mas parou, sem ter certeza do que dizer.

–Isso foi insanamente sexy! – eu disse, minha voz elevada enquanto eu começava a andar em sua direção. –Como foi que fez isso? Uau, eu... –me perdi novamente, observando sua expressão mudar de confusão para choque quando ela se virou, olhando para o homem deitado no chão com uma cara nada amigável. –Uau! – completei.

–Ah, eu... –ela voltou a olhar pra mim, e de volta ao homem mal humorado e algemado. E então ela riu. Uma risada chocada e maravilhada. –Eu fiz isso!

–Nós vimos! –dissemos os três juntos, aumentando nossas vozes e depois Ryan continuou sozinho. –Hm, como?

–Ah rapazes, não fiquem tão chocados! –ela ri de novo, um sorriso tão grande no rosto e uma luz tão intensa nos olhos que parecia poder iluminar todo o mundo. –Eu sou policial, é o que se deve esperar, certo?

–Isso foi muito legal. –Esposito responde, recuperando a compostura.

–Que bom que eu divirto vocês. – o homem quase esquecido no chão reclama, nos lembrando de sua existência.

–Ah, é... Vocês podem... –Kate disse, gesticulando para o homem, deixando claro que eles deviam levá-lo para a delegacia.

Esposito e Ryan vão em direção ao suspeito, levantando-o do chão enquanto Kate anda até mim, o sorriso de volta ao seu rosto.

–Eu sou boa. –diz e então ri, passando direto em direção ao carro.

Eu a acompanho maravilhado, ouvindo Esposito dizer ao tal Roger: -É claro que você me diverte.

–Uma policial sem memória e no seu primeiro dia de volta as ruas acabou de chutar sua bunda. -Ryan completa. –Eu acho bastante divertido.

–É. –Espo concorda e eu os sigo, tentando não rir do absurdo da situação.

O caminho de volta até a delegacia é surpreendentemente silencioso com uma Kate irradiando satisfação, mas presa em seus pensamentos. Decidi não dizer nada também, pelo menos por enquanto.

Uma vez na delegacia, Ryan e Esposito vão interrogar o suspeito. Kate não discute, o que me surpreende.

–Você não queria interroga-lo? –pergunto quando estamos na galeria, apenas assistindo enquanto o homem apresentava um álibi, ao qual Ryan sai para conferir.

–Não. –ela suspira e se vira para me olhar. – Eu acabei de derrubar um homem com provavelmente o dobro do meu peso... Acho que é suficiente por enquanto.

–Por enquanto. –concordo, sorrindo com a expressão em seu rosto.

Nos viramos novamente para o vidro no exato momento em que Ryan aparece, confirmando o álibi. Ele estava no motel naquela hora, mas em outro quarto, com uma outra mulher que confirmou.

–Ele poderia ter forjado, quer dizer, ele poderia ter pagado ela para fingir... –Kate tenta, enquanto observa o policial conduzir nosso único suspeito para o elevador e para fora do prédio. Ele parecia satisfeito, o que não nos deixava nada tranquilos.

–Poderia, mas sem outras provas não podemos mantê-lo aqui.

–Droga. –murmura e volta para sua mesa.

O resto da tarde passa rapidamente enquanto procuramos –sem muito sucesso- outras provas, ou suspeitos.

–Acho que devíamos encerrar por hoje, e continuar nisso amanhã. –sugiro ao ver as expressões desanimadas e o olhar cansado de Kate.

–Mas... –ela começa a dizer, mas Ryan a interrompe.

–Nós não estamos chegando a lugar nenhum mesmo. –se levanta, sendo acompanhado por Espo. –Até amanhã.

–Tudo bem... –ela concorda e se levanta.

–E então Javi, preparando outra lição de detetive para a Beckett amanhã? –pergunto quando estamos dentro do elevador. –Oh, não, espera! Foi ela quem deu uma lição hoje!

–Ha ha –ele encena uma risada –Aquilo foi pura sorte.

–Sorte? Ela derrubou um cara e nem precisou pensar sobre isso... Ah meu caro, isso é habilidade de policial. Vocês deviam tomar notas, rapazes.

–Cala a boca, Castle. –ele respondeu. –Mas sério Beckett, aquilo foi mesmo impressionante. –ele confessou, deixando uma Kate radiante.

–É Beckett, inacreditável... Bem vinda de volta! –Ryan concordou.

–Obrigada... Vocês também não são nada mal. –respondeu, abaixando o rosto um pouco.

–Nós somos demais –Espo disse – Só queríamos deixar a gloria pra você, por ser o primeiro dia.

Ela ri. –Certo, continuem se convencendo disso.

Nos despedimos quando chegamos no estacionamento, e me surpreendo quando ela me manda as chaves do carro, indo para o banco do passageiro.

–Sério? –pergunto e ela assente.

–Não se acostume.

–Tudo bem?

–Sim, só cansada... –murmura e deita a cabeça no banco, fechando os olhos.

–Foi um longo dia... Mas você foi incrível.

–Talvez ainda reste um pouquinho da detetive Beckett aqui em algum lugar. –ela abre os olhos sorri.

–Ah, eu tenho certeza disso.

Quando chegamos em casa, ela está dormindo no banco ao meu lado, a respiração leve. Isso era tão atípico de Kate, mas o dia foi mesmo longo... Balanço levemente seu ombro e ela acorda, um sorriso acanhado aparecendo enquanto ela se levanta e me acompanha para casa.

–Eu vou tomar um banho, estou louca para dormir! –avisa, já começando a ir em direção ao quarto.

–Legal, eu te acompanho.

–Hm, hoje não tigrão. –diz com uma risada- Eu estou mesmo cansada... Por que não começa a fazer algo para comermos? Eu já desço para te ajudar.

E sai, sem esperar por minha resposta. Tudo bem, jantar.

KATE POV

É uma sensação estranha a de se estar completamente exausta, mas ao mesmo tempo se sentindo maravilhosamente bem. O dia havia sido longo, mas repleto de novidades e tudo o que aconteceu me deixava maravilhada. Todo o medo e insegurança que ainda restava em mim havia desaparecido naquele momento porque, agora eu tinha certeza, eu podia fazer aquilo.

Encontro Castle na cozinha alguns minutos depois, e jantamos em meio a risadas e provocações sobre como eu sem memória ainda era capaz de derrubar qualquer um. Ele estava tão maravilhado quanto eu, mas era possível ver em seu olhar um orgulho transbordante.

–Você está bem? –pergunta enquanto tiramos a mesa.

–Sim. –ele me encara. –Só estou cansada... E minha cabeça está doendo um pouco, só isso.

–Quer alguma coisa? Um comprimido...

–Só dormir. Você vem comigo?

–Estou logo atrás de você! Só preciso de um banho antes.

Concordo e vou para o quarto, me deitando enquanto ele segue para o banheiro. Alguns minutos depois sinto ele se deitar ao meu lado, e me aproximo mais, colando nossos corpos sem ao menos abrir meus olhos.

–Você é um bom travesseiro. –comento, sentindo o cansaço do dia me vencendo ao poucos.

–Tem certeza que está bem?

–Absoluta.

–Tudo bem, boa noite bela adormecida. –sinto sua mão acariciando meu cabelo.

–Boa noite, fera. –murmuro baixinho, sem ter certeza que ele me ouviu mesmo.

–São duas histórias diferentes, Kate. –ele ri baixinho.

–Ah... –respondo e antes que possa pensar em algo mais pra dizer, estou dormindo.

O que me acorda dessa vez não é o despertador, mas um desconforto crescente que me impedia de relaxar. Me sentando rapidamente na cama, senti o quarto girar por um segundo antes de ser atingida por uma náusea tão forte que me deixou quase sem ar.

–Droga. –murmurei e me lancei para fora da cama, na direção do banheiro e me abaixando na hora de colocar todo o meu jantar pra fora. Me afasto e sento no chão, encostando a cabeça na parede fria, tentando aliviar a náusea e fazer o mundo parar de girar.

–Kate? –ouço Castle perguntar um segundo antes de sua figura descabelada aparecer na porta, uma expressão chocada e preocupada tomando o lugar do sono. –Ei, o que houve?

–Só um mal-estar... –murmuro enquanto ele se ajoelha na minha frente, suas mãos tocando meu rosto, afastando os cabelos da minha testa. –Já está passando.

–Tem certeza? –ele olha para o meu rosto profundamente, como se procurasse algo.

–Sim. Me ajude a levantar. –estendo minhas mãos e ele as pega, me levantando com ele. –Que horas são?

–Hora de trabalhar... Tem certeza que está bem? –eu aceno com a cabeça. –Certo. Que tal tomarmos um banho e depois café da manhã? –sugere e depois fica chocado quando meu estômago revolto faz eu me curvar em frente a privada novamente. –Nossa, sem café da manhã então! –diz baixinho enquanto segura meu cabelos e os afasta do meu rosto.

–Castle?

–Hm.

–Cala a boca. –digo enquanto lavo o meu rosto.

Ele se cala e me ajuda no banho, a todo momento me perguntando se eu estava mesmo bem e se achava mesmo uma boa ideia ir trabalhar. E eu disse que sim, estava bem. E estava mesmo. Aquela náusea horrível desaparecera tão rapidamente quanto surgira.

–Kate? –Castle começa quando já estamos no carro. Ele havia ficado em silencio depois do banho, completamente perdido em seus próprios pensamentos. – Você está gravida?

–O quê? –pergunto chocada, pisando no freio e fazendo nossos corpos serem arremessados um pouco pra frente. Olhei pra ele, seu rosto um pouco assustado. –Não! Claro que não! De onde você tirou isso?

–Do seu pequeno acontecimento hoje cedo, e bom, seu equilíbrio não anda lá essas coisas nesses últimas dias...

–Eu não estou grávida. –afirmo, voltando a colocar o carro em movimento. –Eu saberia se estivesse. –Certo? Certo?

–Tem certeza? Você...

–Castle! Eu não estou gravida! –olhei para seu rosto. –Desculpe.

–Pelo que?

–Eu sei que você quer um filho.

–Ei. –diz suavemente. –Eu quero um bebê, quando você quiser um bebê, e quando você estiver pronta para um bebê. Não se preocupe com isso. –diz e sorri.

–Obrigada. –respiro mais aliviada. –Eu só não sei se estou pronta, quer dizer, tem muita coisa acontecendo agora, com a minha volta a delegacia e conseguindo meu trabalho de volta aos poucos, além do mais...

–Kate! –ele me interrompe. –Está tudo bem. –ele ri.

–Certo.

Eu não estava grávida. Eu saberia se estivesse, aquilo era apenas uma mal estar. Com certeza era apenas isso. Quer dizer, não era o momento certo... Talvez daqui a alguns meses, mas não agora. Então por que eu não conseguia tirar aquilo da cabeça? Por que não conseguia parar de imaginar um garotinho com as mãos gordinhas e os olhos azuis que eu tanto amava?

–Eu preciso ir. –Rick diz de repente, se levantando de sua cadeira. Havia sido um dia relativamente parado, sem novas pistas no caso. –Vou ao supermercado e preparar um jantar mais reforçado hoje, quem sabe você não consegue mantê-lo aqui dentro dessa vez? –diz rindo e toca levemente minha barriga, meu corpo ficando tenso.

–É uma boa ideia.

–Algum pedido especial?

–Me surpreenda. –digo sorrindo e ele beija meus cabelos, depois se despede dos meninos.

Algum tempo depois, meu telefone toca. Era Lanie com –graças a Deus- novidades sobre o caso.

–Ela foi drogada? –Espo pergunta quando informo o que ela havia dito.

–Sim, segundo os resultados dos testes que Lanie fez. Ela estava incapacitada quando foi morta, o que faz com que uma mulher pudesse matá-la sem dificuldade.

–Pelo menos nos deixa com algo mais pra procurar.

–Isso... Vocês podem ir atrás da amiga que entrevistamos antes? Talvez ela saiba alguma coisa.

–Ou talvez seja a assassina. –Ryan completa enquanto se levanta. –Você vem?

–Na verdade, já está quase na hora de acabar por aqui mesmo... Vocês terminem com a amiga e continuamos amanhã?

–Tudo bem. –concordam e saem. Espero alguns minutos, pensando se realmente devia fazer aquilo. Mas e se Castle tivesse mesmo razão? Eu precisava saber. Nós dois precisávamos. Me levanto e agarro minha bolsa, descendo rapidamente até o estacionamento. Eu já havia visto uma farmácia bem perto do loft, e com certeza encontraria um teste lá.

Eu precisava saber logo, por que se Castle tivesse mesmo razão, isso mudava muita coisa. Quer dizer, com tudo o que meu corpo já sofreu no acidente, além de já ter levado um tiro no coração, isso não podia ajudar muito com uma gravidez, certo? Nós precisaríamos ver um médico e ter certeza de que estava tudo bem o quanto antes! Eu praticamente havia brigado com um homem enorme ontem, pelo amor de Deus! Eu não havia sentido nada fora do normal, mas ainda assim...

Eu estava começando a me apavorar e isso definitivamente não era uma boa ideia. Tudo bem Kate, respira. Apenas faça um teste, é o primeiro passo. Murmurei pra mim mesma enquanto entrava na farmácia, minhas mãos tremendo um pouco.

–O cheiro está bom. –comento quando abro a porta do loft, minha bolsa parecendo pesar muito mais com o pequeno pacote lá dentro. Por outro lado, eu havia conseguido me acalmar um pouco.

–Não é só o cheiro! –responde enquanto me aproximo, envolvendo meus braços em sua cintura. –Você chegou cedo.

–Deixei os meninos com uma pista, vamos continuar amanhã.

–Pode admitir que sentiu minha falta e veio me ver.

–Hmm talvez.

–Com certeza.

–Convencido! –ri. –Eu vou tomar um banho, já volto. –O beijo e depois vou até o banheiro.

Pego o pequeno pacotinho com o teste com o coração aos pulos, lendo as instruções antes de fazer. Nada muito complexo, mas ainda assim... Tranco a porta para o caso dele querer entrar, e vou tomar banho enquanto espero os minutos necessários. Depois visto minhas roupas e penteio os cabelos, meu coração ainda aos pulos e sem coragem pra olhar.

Respiro fundo, me aproximando da pia quando ele chama da porta, me fazendo pular.

–Kate! O jantar já está pronto, por que está demorando tanto? Você está bem?

–Sim... Ham, já estou saindo.

–Precisa de ajuda? –pergunta e posso ouvir a malicia em sua voz.

–Agora não. –dou uma risada nervosa. –Talvez mais tarde. –digo com sinceridade. –Eu já estou indo.

–Tudo bem. –ele diz contrariado e posso ouvi-lo se afastar.

Tudo bem, é isso. Respiro fundo mais uma vez antes de pegar minúsculo tubinho que poderia mudar toda a minha vida. De novo.


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Notas finais do capítulo

Postei e corri.... hahah
Bastante coisa nesse capitulo, hã? Não me matem por cortar aqui! Será que teremos baby? Voces querem baby? Eu quero baby! São muitos babys pokfdso
Me contem o que acham, amores!! Beeijo e eu amo vocês, não se esqueçam heheh