Pura Confusão - Cobrina escrita por LabWriter


Capítulo 9
Ele estava sempre ali para me salvar


Notas iniciais do capítulo

Oiie!!!
Então...
Eu sei que eu fiquei algum tempo sem postar, mas eu tenho motivos. Eu tenho os capítulos da fic em vários lugares (vários computadores, 2 pendrives, e-mail e etc.) e eu não conseguia achar o lugar e que eu escrevi esse capítulo, além disso a minha internet está péssima. Acho que eu reiniciei o modem umas 30 vezes ontem. Não, eu não achei o capítulo. A fernandasouza me mandou uma mensagem privada e eu tomei vergonha na cara para reescrever o capítulo. Eu mudei ele um pouco (lê-se quase tudo), mas eu acho que está ainda melhor.
Para compensar esse tempo sem postar eu fiz um capítulo grande, então, mais uma vez, se você está com pressa: leia depois.
Bom, gostaria de agradecer as seguintes pessoas:
kah112
Sasa Torquatro
Baixinha
Lolisd
Érica
Doladoavesso
Suellem R
Giovanna
Luna Mason
Millena
tah roloff
Essas foram todas as pessoas que favoritaram a fic até hoje. Muito obrigada!!! A história já tem mais de 30 acompanhamentos e mais de 10 favoritos, eu estou realmente muito feliz.

Aproveitem o capítulo!!!



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KARINA

Abri a porta pude ver que o dia estava feio. Eu podia esperar chuva. Tinha muita gente na praça, mesmo em um dia como aquele e eu só queria chegar na academia o mais rápido possível, mas correr chamaria atenção, então eu fui em um meio termo (andando rápido ou correndo devagar).

Assim que eu pisei na academia todos me olharam. Eu, imediatamente, abaixei a cabeça, mas ainda podia sentir os olhares de pena em mim. Como eles sabiam que era eu? Ainda com a cabeça baixa, eu fui para um canto qualquer e me sentei. Ainda bem que ninguém veio falar comigo, pois eu só queria ficar sozinha. Dei play na música e fiquei olhando para a tela do meu celular, mas com os pensamentos bem longe.

Um bom tempo depois o meu pai perguntou se eu queria almoçar com ele. Eu disse que já tinha comido em casa, então eu não estava com fome. Não, eu não comi nada em casa, mas eu só queria ficar no meu canto. Ele resolveu deixar quieto. — Você está bem? Só fica olhando para baixo, eu nem vi o seu rosto hoje. — ele disse. — É, não é para ver mesmo. Pode ir. Eu vou ficar por aqui. — eu respondi sem levantar a cabeça. Ele foi.

Estava tudo bem, eu estava ouvindo música no meu celular tranquilamente, quando acaba a música que eu estava ouvindo e começa “Esse Seu Jeito”. Obrigada universo!

Eu comecei a chorar, mas procurei sair dali antes que alguém me perguntasse se estava tudo bem. Eu estava indo em direção ao banheiro quando eu escuto uma risada. Uma risada que eu conhecia bem. — Machinho! — ela gritou. Sim, ela gritou e todos olharam para mim. Eu continuei olhando para baixo sem falar nada. Afinal, como ela sabia que era eu? Estava tão óbvio assim? — Como você está se sentindo? — ela perguntou em um tom sarcástico. Nesse momento eu fiquei com raiva e tomei coragem para olhar para a cara dela. — O que aconteceu no seu nariz? Está bem melhor do que antes. — eu disse e todos deram risada, menos ela. A chuva lá fora tinha começado, mas estava fraca. Eu abaixei a cabeça de novo e me virei, mas quando eu fiz isso ela puxou o meu capuz. Isso não só deixou o meu rosto ali para todo mundo ver, como também me fez olhar para todo mundo.

Todos ficaram chocados com a minha situação. Eu virei de costas, mas não adiantou muito, pois todas as pessoas que estavam tendo aula na Ribalta estavam descendo. Obrigada universo ! (2). A chuva ficou mais forte. Eu não sabia o que fazer, olhava para todos os lados, mas parecia que eu não tinha para onde correr. Então eu olhei para o começo da escada. E vi ele.

O Pedro estava do mesmo jeito que eu, mas não estava se escondendo. Na hora em que eu o vi, eu congelei. Todos pareceram notar para onde eu estava olhando, pois pararam e ficaram encarando a situação. Eu não conseguia desviar o olhar, e nem ele. O tempo congelou (assim como eu) por algum tempo. Então descongelou. Eu comecei a chorar mais ainda, mas consegui desviar o olhar. E lá estava eu. Mais uma vez, olhando para baixo. Todos começaram a falar e a Jade começou a rir. Eu estava me irritando. Porque eu não fui com o meu pai? A chuva já estava bem forte e as pessoas estavam falando mais ainda e mais alto. Eu tapei os ouvidos com as mãos. De repente, pareceu difícil respirar. Eu precisava me acalmar. Ainda com as mãos nos ouvidos, eu tentei respirar fundo. Eu só conseguia olhar para baixo, as pessoas estavam falando tanto. Eu precisava sair dali. Me virei para andar, mas no momento em que eu fiz isso apareceram pontos pretos na minha visão. Me senti fraca por um segundo e apoiei as mãos nos joelhos. Alguém pareceu notar que tinha alguma coisa errada. — Karina, você está bem? — era a mesma voz do dia em que eu descobri tudo. Era a voz do Duca. Eu queria dizer que não, que eu não estava bem. Eu repetia isso várias vezes na minha cabeça, mas as palavras simplesmente não saíam da minha boca. Eu precisava ir para um lugar mais calmo. Dei mais alguns passos, mas tudo ficou escuro e a última coisa de que me lembro foi de ter atingido o chão.

Acordei no mesmo lugar em que desmaiei. Tinha muita gente ao meu redor. A minha cabeça doía, acho que bati quando caí no chão. Eu tentava levantar, mas não encontrava forças. Então alguém me pegou no colo. Olhei para ver quem era. Cobra. Parecia que ele estava sempre ali para me salvar do que quer que fosse. Ele me colocou no tatame, com as costas apoiadas na lateral do ringue. Pude ver que a plateia estava nos seguindo. Eu ainda estava bem tonta e a chuva estava um pouco mais fraca. — Karina! — A Bianca veio correndo na minha direção. Eu ainda não estava conseguindo ligar os pontos. — O que aconteceu? — ela perguntou desesperada, mas eu não conseguia responder. Eu só ficava olhando para os lados tentando raciocinar direito. Precisava ir para um lugar mais calmo. — Casa. — eu disse baixo. — Quero ir para casa. — completei.

O Cobra me pegou no colo de novo e foi em direção a minha casa, a Bianca foi junto. Assim que entramos eu me senti mais calma. — Pode me soltar agora, eu consigo andar sozinha. — eu disse para o Cobra, apesar de não ter certeza. Ele também ficou na dúvida, mas eu assenti e ele me soltou. A Bianca ainda estava ali. Eu consegui ficar em pé, mas no momento em que eu tentei dar um passo a minha visão escureceu de novo e eu caí de joelhos, mas não fiquei inconsciente. — Acho melhor você ficar comigo mesmo. — o Cobra disse e eu concordei com a cabeça. Ele me pegou no colo de novo e me levou até o meu quarto e me colocou na cama. Eu sentei e me encostei nos travesseiros. — Agora você pode me dizer o que aconteceu? Eu estava falando com o Ed e o Pedro chegou desesperado dizendo que você tinha desmaiado enquanto estava saindo da academia. — ela disse irritada. — É que eu fiquei muito tempo sem comer e, além disso, a Jade não ajudou muito, eu fiquei nervosa. — eu me expliquei.

No momento em que eu mencionei o nome da Jade a expressão do Cobra mudou, ele parecia com raiva e confuso. Percebi que deveria ter ocultado a Jade da história. — O que ela fez? — ele perguntou sério. — Deixa pra lá, já passou. — eu desconversei. Ele ainda parecia irritado, mas não insistiu. Nós ficamos em silêncio por alguns segundos, eu só olhava para a varanda. — Bom, eu vou avisar todo mundo que você está bem. — ele avisou e saiu. — E eu vou fazer alguma coisa para você comer. — a Bianca disse e eu assenti. Eu queria dizer que não precisava, que eu estava bem, mas não era verdade.

COBRA

O QG estava vazio, o dia não estava movimentado. Resolvi fechar um tempo e dar uma volta. Eu estava passando na frente da Fábrica quando eu vi a Karina. Ela não parecia bem, estava olhando para baixo e com as mãos apoiadas nos joelhos. Olhei ao redor e vi que tinham várias pessoas da academia e da Ribalta olhando para ela. Voltei a minha atenção para a K. Ela tentou dar um passo, mas desmaiou e bateu a cabeça.

Eu fui correndo até ela. Logo várias pessoas estavam ao redor dela. Mais ou menos um minuto depois ela acordou e olhou ao redor. Peguei ela no colo e a coloquei no tatame. Ela pediu para ir para casa e eu a levei com a Bianca. Fiquei lá um tempo e descobri que a Jade estava envolvida no desmaio da Karina. A batida na cabeça parecia não ter provocado nada mais que alguns momentos de confusão. Eu fui embora e deixei ela e a Bianca conversando.

No momento em que eu saí da casa da Karina eu pude ver que todos ainda estavam lá. Fui em direção a academia e logo que me viram começaram a fazer várias perguntas ao mesmo tempo. Eu não conseguia entender nada e nem falar nada.

— Ok! Todo mundo quieto! Agora! — eu gritei e todos obedeceram. — A Karina está bem, ela desmaiou por quê ficou muito tempo sem comer e ela estava meio confusa por quê bateu a cabeça quando desmaiou, mas agora ela está em casa com a irmã e está tudo certo. — eu avisei a todos e as pessoas foram fazer o que tinham que fazer. O único que ficou foi o Duca. — Olha, você poderia avisar o Gael? Ele foi almoçar, acho que no Perfeitão, e eu não posso sair daqui, tenho que terminar a minha aula. — ele pediu e eu assenti. Fui até o Perfeitão e ele realmente estava lá. Eu estava me perguntando se ele não tinha percebido a confusão na academia, mas assim que eu entrei eu entendi o motivo de ele não ter percebido nada. Dandara. Ele estava almoçando com ela e estava bem distraído. Eu não queria estragar o almoço, mas ele precisava saber.

— Oi. — eu disse chegando meio sem jeito. Os dois olharam pra mim meio confusos. — Oi. — o Gael respondeu me olhando com uma cara de “Não está vendo que eu estou ocupado aqui?“. — Então... é que a Karina...bom, ela... — assim que eu mencionei o nome da Karina a expressão dele mudou. — A Karina? O que ela fez? — ele perguntou preocupado e nervoso ao mesmo tempo. — Nada, ela não fez nada. É que aconteceram umas coisas na academia e ela acabou desmaiando — ele me interrompeu se levantando bruscamente. — Mas eu já levei ela pra casa, ela tá com a Bianca. — eu completei. — Desculpa, Dandara. Eu não queria te deixar aqui, mas eu tenho que ver como ela está. — ele disse enquanto deixava dinheiro em cima da mesa. — Imagina, Gael. Eu entendo, não tem problema. Vai lá e depois me fala como ela está. — ela disse preocupada. — E você vem comigo. — ele me falou já me puxando em direção a casa dele.

GAEL

Essa menina quer me matar. Só pode! Não posso ficar uma hora longe que ela já desmaia por aí. O Cobra que foi me avisar sobre o que tinha acontecido. Eu puxei ele e fui correndo até em casa. Só parei de andar quando cheguei no quarto das meninas. A Bianca estava sentada na cadeira do computador e a Karina estava sentada na cama comendo um sanduíche. Quando eu cheguei com o Cobra as duas me olharam confusas, como se nada tivesse acontecido. — O que aconteceu, filha? Você está bem? — eu perguntei preocupado. — É que essa maluca “esqueceu” de comer. — a Bianca fez aspas com as mãos. — Mas você me falou que já tinha comido quando eu te chamei para almoçar comigo. — eu lembrei e ela deu de ombros. — Mas que bom que foi só isso e que você está bem. — eu disse e ela assentiu. Nós ficamos em silêncio por alguns segundos, só nos olhando, até que, de repente, a Karina se engasgou com o sanduíche. A Bianca começou a rir e a K só tossia. Eu não sabia bem o que fazer. — Cobra, pega um copo de água. — eu mandei e ele foi até a cozinha. Alguns segundos depois ele voltou com um copo cheio da água. A Karina bebeu a água e logo parou de tossir. A Bianca tinha parado de rir e a Karina voltou a beber água. Então o Cobra e a K ficaram se encarando e, de repente, os dois começaram a rir. Eu não estava entendendo nada, eles estavam rindo de que? — Do que vocês estão rindo? — a Bianca perguntou tão confusa quanto eu. — Eu não sei. — os dois responderam juntos. E foi então que eu percebi. Era a primeira vez desde o “dia dos vídeos” que a Karina estava rindo, ou até sorrindo. E não era com a Bianca, nem com o Duca, com o João, ou com qualquer outra pessoa. Era com o Cobra. Eu só não sabia se isso era uma coisa boa ou ruim.

KARINA

Eu ri. Pela primeira vez desde aquele dia eu consegui ficar feliz. Eu não sei o motivo das risadas, mas eu ri muito. Depois que nós conseguimos parar de rir (o que não foi tão fácil) o meu pai disse que tinha que voltar para a academia e o Cobra para o QG. Eu fiquei com a Bianca até umas 16:00, quando ela falou que tinha que ir para o ensaio da peça da Ribalta. Como estava perto da estreia eles tinham ensaios uma vez de manhã e uma vez a tarde. Eu fiquei olhando para o teto por uns 15 minutos, até que alguém bateu na porta. — Entra! — eu disse, mas a pessoa bateu de novo, então eu fui abrir a porta.

Me deparei com o Cobra de olhos fechados e com as mãos nos bolsos da calça. — Você está vestida? —


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Notas finais do capítulo

Gostaram?? Comentem aí o que vocês acharam. (juro que a rima não foi intencional)
Vou tentar uma coisa nesse capítulo. Vamos fazer assim: quando a fic chegar a 36 comentários e 12 favoritos eu posto o próximo. Se em 1 semana não chegar a isso eu “cancelo o esquema”. Aliás, talvez eu não consiga mais responder a TODOS os comentários, pois as minhas aulas voltam em poucos dias.
Bom, muito obrigada a todos que acompanham a fic!

Beijos e até o próximo capítulo!!!