Pura Confusão - Cobrina escrita por LabWriter


Capítulo 23
Uma péssima ideia


Notas iniciais do capítulo

Oiie!!!
Ok, eu sei: demorei bastante. MAS, tive motivos.
1- Minhas aulas voltaram (lembram da greve?) e as coisas estavam uma loucura. E com "loucura" eu quero dizer "umas duas provas por dia durante quase duas semanas". Então, eu estava completamente sem tempo e energia para postar. Agora as coisas se acalmaram um pouco, mas não prometo nada.
2- Eu não vou ter férias. Pois é, só vou ver a cara das férias em Janeiro e também estou tendo aulas nos sábados. #SóChoro
Eu ia demorar mais, só que duas leitoras puxaram minhas orelhas no Twitter: @Comeback_Vondy e a @bruns_ck
Agradeçam a elas, pois graças aos seus pedidos, eu arranjei um tempinho para escrever.
Muito obrigada a LadySlytherin, Naru, Leitora Viciada, Team Cobrina (tamo junto) e a Polaris, que favoritaram a fic.
Não quero deixar as notas iniciais gigantes, então leiam as notas finais. Por favor.

Aproveitem o capítulo!!!



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KARINA

Acordei com o toque insistente do meu celular, o que, acredite, não é nada legal. Eu tinha certeza de que era a Bianca, o João ou qualquer um deles, então simplesmente arranquei a bateria e voltei a deitar. Infelizmente, no segundo em que o fiz, o sono desapareceu. Sabendo que não conseguiria dormir de novo, levantei. Só fui imaginar que já era um pouco tarde quando vi o QG aberto.

Ele estava no balcão, concentrado em ver alguma coisa no computador. Parecia mais sério do que nunca. Ainda bem que nenhum cliente entrou enquanto eu o observava, pois não estava exatamente “vestida para a ocasião”. De repente ele resolveu olhar ao redor, provavelmente se sentindo observado, e bateu os olhos em mim. Sua primeira reação foi um sorriso de canto, um tanto discreto. Posso dizer que me senti um pouco melhor, e até consegui retribuir o sorriso.

— Que horas são? — perguntei, me encostando na parede.

— 14h00. A senhorita dorme muito.

Quase pulei de susto e, automaticamente, pensei em como o meu pai devia estar preocupado comigo, mas então me lembrei novamente do que aconteceu. Acho que a minha expressão deixou isso bem claro, pois logo ele estava me abraçando. Lembro que quando conheci o Cobra, ele não era assim. Na verdade, eu via muito dele em mim: fechado, não fazia amigos tão facilmente... Com o tempo ele mudou. Não sei bem, quando ele chegou na academia, não me imaginava abraçada com ele. Mas eu também não me imaginava filha do Lobão.

Enfim, era muito bom estar perto dele. De alguma forma, ter seus braços ao meu redor me tranquilizava, mesmo que só um pouco.

— Como você está? — perguntou, se afastando para olhar nos meus olhos..

— Não sei bem. Acho que só percebi que estava no escuro quando alguém acendeu a luz.

Não sei se ele entendeu o que eu quis dizer, e acho que eu mesma não entendi, mas foi o que veio a minha cabeça. Eu só queria ficar em silêncio, porém, ele me perguntou algo que eu estava adiando ao máximo possível em responder.

— O que você vai fazer agora?

Eu não fazia ideia do que fazer. Na verdade, havia uma coisa que me veio a cabeça durante a noite passada. Uma ideia um tanto quanto idiota, mas que, provavelmente, esclareceria muitas das dúvidas na minha cabeça.

— Eu preciso falar com uma pessoa antes de fazer qualquer coisa.

— Quem? — ele perguntou meio desconfiado. Não precisei responder para que ele soubesse de quem eu estava falando. — Não, K. Isso não é uma boa ideia.

— Mas eu preciso...preciso saber mais. Descobrir o que realmente aconteceu.

— Eu te entendo, só que você sabe como ele é. Talvez seja melhor não saber.

Ele estava certo. Talvez fosse melhor, porém, eu estava confusa e curiosa. As coisas já estavam ruins, não poderiam piorar tanto...não é?

— Eu vou lá, Cobra. E eu vou lá agora.

Não o deixei falar mais nada, fui para o banheiro e coloquei minhas roupas, que não estavam na melhor situação. Ou seja, eu teria que passar em casa.

~~~&~~~

Aqui está a parte ruim de se morar em frente a uma praça: todos podem te ver. Ainda mais se o seu pai trabalhar no mesmo lugar. Como eu era uma retardada impulsiva, não peguei chave antes de sair. Naquele momento, voltar era uma coisa absurda demais para mim. Meu pai estava na academia e a Bianca na Ribalta, então talvez não fosse tão ruim.

Era o que eu estava pensando quando bati na porta, esperando que a Bete abrisse. O que não aconteceu.

— João?

— K?

Ele parecia completamente surpreso, como se, assim como eu, achasse que eu não voltaria tão cedo. Dei um meio sorriso ao ouvi-lo me chamar de “K”.

— Nossa, parece que viu um fantasma. — brinquei.

— Não, só achei que você não voltaria tão cedo. — é, eu estava certa.

Ele se afastou para que eu pudesse entrar, aproveitei para ver se não havia mais ninguém por perto. Por sorte, a casa estava vazia.

— Eu não voltei, só preciso tomar um banho. — já fui andando em direção ao meu quarto, ele me acompanhou.

— Não tem chuveiro no QG não?

— Tem, mas não tem roupas da Karina no QG.

Eu já tinha aberto as gavetas e jogado algumas peças de roupa em cima da cama, quando ele disse algo que nem passou pela minha cabeça.

— Você poderia ter me ligado, eu levaria o que você pedisse.

Por um momento eu parei. Olhei para ele, que parecia dizer algo completamente óbvio.

— Achei que queria que eu voltasse…

— Bom, eu quero. Só que eu sei como você é, precisa do próprio espaço para pensar e tempo para a raiva passar. Sei também que não adianta tentar te impedir de fazer algo que você realmente quer fazer, sei que não dá pra considerar o que você fala de cabeça quente e eu também sei que você está confusa e meio sozinha. Eu quero que você saiba que eu estou aqui, para o que precisar. — ele disse devagar, com uma calma surpreendente.

Algumas lágrimas invadiram meus olhos, as quais eu não consegui segurar. Nem eu sabia o que estava sentindo, e ele sim. Nem o conhecia há tanto tempo e já o considero meu irmão. Larguei o que estava fazendo e o abracei. No começo ele ficou meio surpreso, mas logo depois retribuiu o abraço, da forma mais sincera que eu já vi.

— Obrigada. — sussurrei entre as lágrimas.

~~~&~~~

Quarenta minutos depois eu já havia chegado ao meu destino. Estava em dúvida se entrava ou não. Era uma péssima ideia, mas a minha curiosidade era maior que meu senso de perigo. Se eu prestasse atenção, podia ouvir os chutes e socos depositados nos sacos de pancadas, estava acostumada àquele som, porém, naquele momento, ele parecia muito mais assustador e perigoso.

Finalmente, decidi entrar. Não poderia ficar parada do lado de fora para sempre. As únicas pessoas que sabiam onde eu estava eram o João, que fez questão de me dar dinheiro para o táxi, e o Cobra e eu, inteligente como sou, não tinha levado celular. Burrice da minha parte. Entrei devagar e parei assim que cheguei perto do tatame. Não se passaram nem cinco segundos antes de eu ser notada.

— Loirinha...o que faz por aqui? — Luiz perguntou, com seu típico sorriso malicioso.

Todos olhavam para mim e eu odiava isso. Alguns cochichavam entre si, enquanto outros só observavam.

— Eu quero falar com o Lobão. — fui direto ao ponto.

— Ele está meio ocupado agora. — ele respondeu, apontando para o escritório.

O Lobão estava lá, conversando com o Heideguer. Os dois conversavam seriamente, e fiquei curiosa para saber o assunto. O Duca já tinha falado sobre a Khan. A Nat passara algumas informações para ele: apostas, lutas ilegais, drogas e etc. Na verdade, ele não estava falando comigo, mas eu escutei de qualquer maneira. Em um impulso procurei ela pelo local, só que não a encontrei.

Por um segundo pensei em ir embora, a conversa poderia ser demorada, mas eu estava decidida demais para isso.

— Eu espero.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?
Por favor, comentem! Eu sei que nem sempre consigo responder aos comentários, mas é como sempre digo: não respondo, porém, leio e considero todos. Desculpe se tinha algum erro, não tive tempo de revisar.
Eu sei que algumas de vocês queriam a visão do Cobra, só que a história vai ser bem mais focada na questão da paternidade da Karina agora.
Pra quem não está sabendo, eu comecei uma fic de Teen Wolf. "Mas você disse que estava se tempo..." Eu sei, mas a fic só tem três capítulos bem curtos. O nome é "Where's Stiles?"
Então, se você gosta de Teen Wolf, dá uma olhada.
Pra quem quiser, meu twitter: @LabWri

Beijos e até o próximo capítulo!!!



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