A filha da Marca Negra escrita por Just a Witch


Capítulo 5
Tortura dos Potter




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De repente, as facas pararam de perfurar-lhe e sua visão começou a clarear novamente, mas ela não mexeu nenhum músculo. Tinha certeza de que se movesse qualquer parte do corpo dolorido as facas viriam de novo.

Alguém a sacudiu e pode ouvir murmúrios distantes “será que está morta?” “deve ter desmaiado” e então ela lembrou o que tinha acontecido e a única coisa que clareou seus pensamentos e lhe deu forças para se mexer foi um objetivo que tomou conta dela “mato o Potter” jurou pra si mesma.

Então começou a se mexer lentamente até que conseguiu ficar sentada no piso de pedra frio. Sua visão começou a focar e ela pode perceber que todos estavam em volta dela, mas ela não se importou. Levantou o mais rápido que conseguiu e analisou a sala a procura de Alvo e logo o encontrou.

O garoto estava sentado em uma poltrona perto da lareira, com o rosto pálido, o horror expressado na face. Ao seu lado estava Jake, cuidando para que ele não se movesse.

Lena se aproximou e Alvo a olhou com – com certeza era uma impressão da cabeça dela – preocupação, abrindo a boca para falar, mas desistindo ao ver a fúria que emanava da menina.

_Isso vai ter volta Potter_ Lena colocou ódio em cada uma das palavras_ nem que seja a última coisa que eu faça_ dito isso ela se virou e saiu em direção aos corredores das masmorras.

Estava quase nos jardins quando percebeu que alguém a seguia, puxou rapidamente a varinha, preparada para lançar uma Maldição da Morte, que ia ser a única que conseguiria realizar com êxito no momento. Depois se arrependeu de não tê-la feito.

_Não me mate, só quero conversar_ era Alvo, com as mãos levantadas para cima, em sinal de rendição, sem a varinha_ eu não sabia o que estava fazendo, uma maldição imperdoável não é algo que eu faça com freqüência, na verdade nunca o fiz. Até porque imagino que seja uma maldição que o seu tipo de gente pratica desde criança_ embora ela tentasse pedir desculpas, ela notou o quanto ele desprezava os Comensais da Morte.

_Então se você sabe que pratico desde pequena, deve saber também que por motivos óbvios tenho mais prática que você_ ela sorriu _ portanto, da próxima vez que tentar esse tipo de maldição vai sofrer em dobro depois, a cruciatus que você me jogou foi um golpe de sorte, não sabia o que estava fazendo, não é mesmo?_ ela nem percebera como, mas estava com a varinha da garganta do garoto.

_Já pedi desculpas_ ele falou desesperado_ você me deixa confuso.

_Isso geralmente acontece_ Lena disse com desprezo_ mas, para mostrar como sei perdoar não vou te matar.

_Ou você não quer ser expulsa da escola.

_Você quer mesmo morrer, não é?_ depois disso ele ficou quieto e ela saiu. Teve a impressão que ele queria dizer outra coisa, mas ela não se importou. Qualquer coisa que viesse de um Potter não tinha importância.

Passado um tempo uma menina baixinha e pequena de cabelos vermelhos cor de fogo e sardas veio falar com ela.

_Oi, sou a Ashley_ sua voz tremia, Lena imaginou que Ashley estaria com medo que ela saísse disparando Maldições Imperdoáveis se alguém a incomodasse_ sou da Sonserina, primeiro ano. Vim avisar que está na hora do almoço e peguei seus horários também_ ela parecia gentil, Lena esperava que fosse Sangue-Puro.

_Obrigada Ashley, hum... Você é Sangue-Puro, não?_ até Lena corou ao dizer isso, a menina fora tão gentil.

_Sim, sou Nott_ ela sorriu.

_Então está ótimo, quer almoçar comigo?_ ela perguntou tentando ser gentil também, embora esse não fosse o melhor dia para isso. Mas imaginou que fez algo certo, porque o rosto da menina se iluminou.

_Adoraria, Srta. Slytherin_ para que toda essa formalidade?

_Por favor, me chame de Lena.

_Tudo bem, Lena.

Quando finalmente chegaram ao castelo o almoço estava quase no fim, então tiveram que comer o mais rápido possível e correr para a aula de Poções, onde o professor Slughorn a olhava com curiosidade.

Logo eles descobriram que o professor amava o filho do Potter, por mais inútil e desprezível que ele fosse, atribuindo às respostas fáceis do garoto “ousadia” e “praticidade”.

_Quanta besteira_ explodiu Lena quando saíram da sala dois períodos depois_ Potter é mais inútil que uma lesma na frente de um caldeirão, mas mesmo assim o velho ama ele.

_Concordo, só porque ele é filho de um cara famoso_ disse Ashley e quando viu que Lena tinha uma boa resposta completou_ de uma cara famoso que todos dizem que é do bem_ ela apenas assentiu.

_Está mais calminha hoje?_ ela se sobressaltou, não vira Alvo chegando.

_Se afaste, ou vamos ter um duelo aqui no corredor_ sua voz estava fria e baixa, lembrando muito a do pai quando estava aborrecido.

_Por mim, tudo bem_ ele sorriu, mas a garota que Lena vira na primeira noite o puxou para trás, dizendo que não podia usar feitiços nos intervalos e corredores.

Chegando no salão comunal ela percebeu que Alvo conseguira se livrar da garota e caminhava direto para ela.

_Então, lembra aquele duelo que tínhamos marcado, que tal agora?

_Para mim está ótimo, só espera chegar o resto da Sonserina, sei que eles não vão querer perder a oportunidade de te ver perder_ Lena estava estranhamente confiante.

Passados uns dez minutos todos os alunos haviam chegado e parecia que a notícia do duelo tinha se espalhado para todos os Sonserinos.

Lena e Alvo se afastaram e entraram em posição.

_Pode começar Alvo, só para os alunos verem que você sabe alguma coisa antes de cair_ todos riram.

_Estupefaça!_ ela desviou. Era isso que o garoto preendia usar?

_Sectusempra!_ com um baque, ele caiu no chão, com cortes sangrando por todo corpo. Ela riu.

_Já caiu Potter, não, não. Levante! Imperio_ o corpo dele se levantou, ele ainda estava acordado_ agora, entenda quando eu disse que não quer arrumar briga comigo. Crucio_ ele caiu no chão, se contorcendo, mas depois parou desmaiado. Os alunos riram.

Lena fez o contra-feitiço para parar a hemorragia e seus colegas o levaram para o dormitório. Não seria bom se o filho de Harry Potter morresse, por hora.

Lena notou que depois da luta muitos sonserinos estavam interessados em participar do círculo de amigos dela, mas como seu pai, ela decidiu que apenas alguns deveriam cercá-la sempre. Só se pode confiar em si mesmo.

Os primeiros que ela gostaria de ter por perto eram Ashley e Malfoy, que sempre estavam do seu lado, ajudando-a. Porém, diferente do seu pai, ela queria amigos, poucos, mas que pudesse confiar algumas coisas. Definitivamente não contaria nada para Scorpius, pois ela sabia que qualquer coisa que o fizesse se sentir muito importante era perigoso. Restava Ashley, que se provara uma ótima amiga, com ótimos conselhos e opiniões.

Elas estavam indo para a aula de transfiguração quando um garoto com o uniforme da grifinória se aproximou delas.

_Será possível?_ se queixou Lena_ eles estão me perseguindo_ era Tiago Potter que vinha, com uma expressão de poucos amigos.

_Me dá licença?_ pediu para Ashley, ela olhou para Lena que assentiu e então se retirou.

_Outro Potter?_ ela falou com calma.

_Olha, eu soube o que fez com meu irmão.

_Então sabe que posso fazer com você também, se me da licença_ ela tentou seguir o caminho, mas ele segurou seu braço_ me solta_ ela tentou manter a calma, buscando o bolso da varinha, mas ele foi mais rápido e a pegou.

_Sem varinha, já sabemos o estrago que pode fazer com ela, como é mesmo? Ouvi dizer que a sensação da Maldição Cruciatus é de cem facas perfurando seu corpo_ ele a arrastou para um corredor que os escondia da vista dos demais e puxou a varinha, deslizando sobre a pele dela, causando vários cortes profundos, que ardiam muito_ olha só, será que se parece com o que meu irmão sentiu? Sabia que ainda não cicatrizou os cortes?_ agora sangrava muito e ela sabia que ia desmaiar a qualquer momento, mas agüentaria até que pudesse.

Então, uma luz vermelha preencheu o corredor e o aperto no seu braço diminuiu quando Tiago Potter caiu.

Então, antes de desmaiar ela olhou para quem a salvara e não pode acreditar no que via.

Alvo Severo Potter estava com a varinha na mão, assustado com o que fizera.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem, me inspira a continuar, aceito críticas também, ajudam a melhorar a história!



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