Lost in Time escrita por ThisGirl


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Obrigada mais uma vez pelos comentários fantásticos meninas, vocês são demais.
Angelator, mais alguns capítulos e Hannah será tratada como merece rs

Laristico: Vou tentar aumentar o tamanho dos capítulos assim que puder :)

Sarah Walker:Fico feliz que lembrou da titia Jane maravilhosa - Minha autora favorita - com essa fic. Me sinto mais que honrada *Tears on my eyes*

Poeta Girl e girl of bones: Espero que continuem gostando.



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“Você deve ir ao alfaiate antes do meio dia” Marianne informou “Já deixei avisado que passaria por lá”.

Seeley bufou.

“Eu realmente tenho que ir a esse baile? Não gosto dessas coisas” suspirou “Meus pés doem ao fim da noite e meus ouvidos suplicam por silêncio depois de tanta bajulação”.

“Oh, meu querido, muitos homens estariam felizes de estar no seu lugar” ela sorriu “E você precisar ir, sabe como esses eventos refletem nos seus negócios. Haverá vários homens lá também”.

“E o dobro de mulheres acompanhadas de suas mães desesperadas por ótimos casamentos”.

Marianne se aproximou do filho, batendo levemente em seu ombro.

“Eu sei que não é fácil, mas é necessário” explicou “Não vou lhe forçar a se casar com ninguém que não queira, mas não custa tentar, certo?”.

“Só estou fazendo isso por você”.

“Seeley, Seeley. Estou pronta.” Harmony apareceu no cômodo, animada “Vamos logo, quero buscar meu vestido”.

Ele sorriu.

“Calminha fofinha” beijou a bochecha dela “Daqui a pouco vamos, que tal um café da manhã primeiro?”.

Ela concordou e se juntou a mesa com o resto da família.

A criada terminou de ajeitar a comida, servindo primeiro a caçula.

“Hannah perguntou de você ontem” sua mãe lhe disse “Estava toda animada contando do passeio de vocês a todos”.

“Catherine ficou muuuito brava” a garotinha disse, rindo “Ela disse para a senhora Stinson que Hannah só sabe espantar os pretendentes e por isso que você não estava aqui”.

“Querida, não fale de boca cheia, por favor” A senhora Booth a repreendeu “Você terá problemas no baile Seeley pois a disputa entre as duas está acirrada”.

Os três gargalharam.

“Vocês mal me verão nesse baile” ele afirmou “Mas fora isso, tudo correu bem? Senhorita Pierce agora concorda que você sabe receber visitas?”.

E a familia – quase completa - continuou a conversar sobre o chá. Marianne explicou que a inimiga havia ficado emburrada o tempo todo, já que ninguém dava atenção a suas criticas mal feitas, enquanto o centro da atenção eram as debutantes da temporada.

“Eu não vi nenhuma Brennan aqui” e continuou “Acho que elas não gostam muito de reuniões”.

“Oh, isso! Temperance chegou a vir pra avisar que a mãe estava doente e que não poderia ficar” pegou uma torrada “Esqueci-me de dizer”.

“Era aquela mulher que estava com você no jardim?” Harmony perguntou “Ela é bonita”.

Booth começou a corar.

“Como você sabe que eu estava no jardim, pequena?”

“No meio do chá eu sai com Teresa pra andar um pouco, já que a mamãe me expulsou”.

“Você ainda é muito nova pra escutar certas coisas, querida” a mulher explicou.

“Ai vimos você e uma moça de longe no roseiral conversando” a garotinha disse “Teresa falou que provavelmente você a estava cortejando e voltamos para dentro”.

Booth encarou as mulheres de sua vida, sentindo um calor repentino e imaginou se suas orelhas já não estavam vermelhas.

Ele não estava cortejando Temperance. Ou estava?

“Eu hmmnn...” gaguejou “... Encontrei-a no caminho... Mexendo nas rosas, uma coisa levou a outra e acabei mostrando o roseiral pra ela. Ela gosta muito de plantas”.

“Pensei que ela tinha que voltar para cuidar da mãe dela” Marianne o observou, desconfiada.

“Ela tinha, mas... Estava realmente louca pra conhecer o lugar, eu insisti e ela acabou aceitando” e completou “Mas ela realmente queria vir ao chá mãe, ela sente muito”.

Ele sorriu pensando o quão mentira era aquilo, somente a ultima parte é claro. Temperance não gostava dessas reuniões nem um pouco e o roseiral acabou sendo um escape.

Mas sua mãe não precisava saber disso, não mesmo.

“Talvez a encontremos no baile e eu possa conversar com ela, se gosta de plantas deve ser uma ótima companhia”.

Ele concordou e voltou a comer em silêncio.

...

“Lembre-me porque eu concordei de acompanhar você mesmo, pequena?”

“Porque a mamãe esta ocupada” e acrescentou “E você me ama”.

Eles sorriram.

Estavam caminhando no centro de Londres, em direção ao alfaiate. Seeley sabia que não era um local adequado para uma criança, mas não tinha escolha. A menina tinha que pegar seu vestido e experimentar para conferir se estava certo e ele ajeitar o terno.

Estavam na calçada, esperando uma brecha no tráfico – carruagens para todos os lados – quando ele a avistou.

Ela vinha em sua direção, vestida nas roupas simples de sempre, nada muito chamativo. Um vestido cinza, coberta por uma capa e caminhava rapidamente. Não demorou muito e ela passou por eles.

“Não mereço nenhum comprimento?” ele perguntou, passando um braço pelos ombros da garotinha a seu lado “Pensei que éramos amigos, senhorita Brennan”.

Ela parou imediatamente ao som da voz tão conhecida, e seu coração se alegrou. Gostava da presença dele, e agora até se sentia bem admitindo isso.

“Eu estava caminhando rápido” ela explicou “Senhor Booth”.

Ele sorriu, diante da provocação.

“Essa é a minha irmã, Harmony” a caçula deu um passo à frente.

Temperance se abaixou, ficando a altura da garota e estendeu a mão, sorrindo.

“Muito prazer em conhecê-la Harmony” e acrescentou “Posso ver de onde veio toda a beleza da família" ela disse.

A menina sorriu as bochechas corando.

"Então, qual o motivo de tanta pressa que não pôde notar minha ilustre presença?" ele brincou "Você feriu meu ego!”.

"Nada demais, apenas que a cidade fica um inferno quando os bailes se aproximam" explicou.

"Você tem razão, isto aqui esta um caos" observou o movimento "Tenho que ir ao alfaiate, infelizmente. Aposto que já são quase meio dia".

“Na verdade quando eu saí do hospital já era meio dia." ela riu, vendo o olhar apavorado dele.

"Vamos fofinha, antes que seja tarde demais. Foi um prazer vê-la como sempre, Temperance”.

Ela sorriu e perguntou.

"Não quero me intrometer, mas... Você vai leva-la consigo? Não seria um pouco inapropriado?"

"Na verdade é, mas minha mãe esta ocupada com o baile, os criados estão feito loucos, então sobrou pra mim trazer essa coisinha pra pegar seu vestido e eu meu traje".

"Eu poderia levá-la a loja enquanto você esta no alfaiate, desse jeito economizariam tempo e ela não precisaria ir".

"Eu quero ir com ela, Seel. Por favor!" Harmony implorou "Você conhece ela, mamãe não vai ligar!”.

Ele observou a irmã e mulher a sua frente.

"Tem certeza de que esta tudo bem pra você Temperance? Ela consegue ser bem chatinha".

A garotinha fez cara feia e ele sorriu.

“Estou feliz por ajudar e não será problema algum, certo?”

Harmony concordou, animada.

Minutos depois Seeley seguia em direção ao alfaiate enquanto observava as duas caminhando na direção oposta.

Ela era maravilhosa.

Enquanto a maioria das mulheres faria isso com segundas intenções visando ele, Temperance não. Booth podia enxergar a pureza nos olhos dela e isso o deixou feliz.

...

Já se passara meia hora e Temperance ainda estava na loja com a garota que estava de pé enquanto uma senhora fazia alguns ajustes finais no vestido.

Até agora estava aproveitando, a caçula Booth conseguia ser bem divertida e diversas vezes pedira sua opinião sobre a roupa.

A loja em si era composta por diversas peças. Da mais comum a mais excêntrica - com penas de pavão até nas mangas - porém o que atraiu sua atenção foi um vestido no canto. Era longo, provavelmente feito de seda e algum outro tecido a qual ela não reconhecia no busto. Detalhes com lantejoulas preenchiam as mangas longas contrastando com o azul intenso da peça.

Era lindo, e provavelmente custava uma nota.

Suspirou.

"É um vestido bonito, até eu tenho que admitir".

Ela pulou de susto, colocando a mão sobre o coração.

"Pelos Deuses! Qual seu problema Seeley?" perguntou rindo.

"Não queria assustar" ele se desculpou.

“Tudo bem” ela disse “Harmony está lá dentro terminando os ajustes. Logo deve voltar".

"Obrigado por trazê-la, sei que deveria ficar horas no espelho se aprontando pro baile, não?" ele perguntou brincalhão.

Mas para Booth se ela fosse do jeito que estava agora, provavelmente ainda seria a mais bela da festa.

"Eu não vou. Minha família não tem costume de frequentar essas festas da alta sociedade. Custa muito pra nada" ela explicou "É o que meu pai diz".

"Bom, ele tem razão. Não há nada de mais. Todo o ano a mesma coisa. Mães casamenteiras desesperadas por suas filhas".

“Eu ouvi muitos comentários sobre as debutantes desse ano, e não preciso frequentar pra saber que você é o objetivo delas".

Ele bufou.

"Se você fosse, poderia me ajudar a fugir delas" ele brincou.

Ela sorriu um pouco tímida pela situação.

Muitas coisas das quais eram comum para ele, eram estranhas para Temperance. Isso só a fez lembrar que o mundo a qual eles pertenciam era totalmente diferente.

"Sinto muito, mas não poderei te ajudar nessa" ela deu uma piscadinha "amigo".

Seeley não respondeu, apenas observou.

Ela o iria ajudar, definitivamente sim.

...

Logo depois que Harmony terminou com os ajustes do vestido, eles finalmente foram embora.

A garotinha estava animada com a festa e não parava de tagarelar com Brennan que parecia bem entretida na conversa.

Logo depois eles se despediram - Booth fez questão de levá-la até sua casa - não sem antes beijar sua mão.

E como sempre acontecia e dessa vez não foi diferente, ela sentiu o choque quando os lábios dele tocaram em sua pele e um formigamento gostoso surgiu na boca de seu estomago.

"Céus” sussurrou consigo mesma "Isso tem que parar".

...

Já era noite e Temperance estava em casa ajudando sua mãe na cozinha. Eles tinham apenas uma faxineira que cuidava do bem estar da casa enquanto elas cozinhavam.

Foi interrompida quando Dolores chegou com um pacote grande no cômodo.

"Eles disseram que era pra você senhora" ela informou, entregando-a Brennan.

Ela olhou confusa para sua mãe, e começou a rasgar o papel com cuidado e soltou um gritinho de surpresa ao ver o conteúdo.

Era o vestido que tinha observado na loja. Jesus Cristo! Ela estava sonhando?

Mas percebeu que não quando sua mãe e a criada começaram a murmurar elogios à peça e só então ela viu um cartão no fundo do pacote.

“Parece que você vai sim me ajudar amanhã à noite. Uma carruagem estará a sua espera as seis. Você vai estar linda.

Espero que tenha acertado seu tamanho.

Com carinho, seu amigo!”.


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Notas finais do capítulo

Já estão vestidas para o baile?



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