Kryptonite escrita por Renata Melo


Capítulo 2
1x01 - The Couples Machine




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Kurt

Já era outro dia, uma maldita quarta-feira, fim de aula, e, graças a uma entidade inventada, folga de Kurt do Breadstix. Porém, não graças a essa tal entidade, Kurt estava aprisionado em suas roupas de ginástica, enquanto uma Sophie frenética tentava o convencer a fazer o teste para Cheerio. E Kurt estava tentado a aceitar, apenas porque sabia que sua bunda ficaria ótima no uniforme de Cheerio.

– Sophie, isso vai dar muito errado, eu sei que vai. - Kurt reclamou.

– Kurt Elizabeth Hummel. - Sophie se posicionou a frente do amigo, com sua já conhecida por Kurt expressão determinada. - Você gosta de receber slushies no rosto todo dia? De ser humilhado? De perder todas as suas roupas de marca? - Kurt suspirou antes de responder.

– Não. - ele disse, cansado daquilo.

– Então vamos virar Cheerios! - ela quase gritou, puxando Kurt pela mão, levando-o para o campo de futebol. Os testes seriam feitos ali, para desgosto de Kurt. Luz do sol direta não era uma de suas coisas favoritas, e outra: luzes brancas perfeitamente posicionadas para fotos profissionais dariam um efeito muito melhor ao rosto e corpo dele. Sem dizer as roupas, que ficariam fantásticas.

– Olá, vadias. – A voz potente de Charlotte Fabray soou, enquanto ela se direcionava ao meio do campo. Rapidamente, um círculo de garotas desesperadas se formou ao redor dela, todas tentando entrar para a equipe, ou continuar nela. E um barulho quase que de salto pôde ser ouvido assim que Kurt se aproximou da Fabray. Não, aquilo era uma bengala? Quem era Charlotte Fabray? Algum tipo de mafiosa com tara por matar garotas em saias curtas?

– Charlie, onde está a Coach Sylvester? – Uma voz perguntou, e todos identificaram como Brittany Pierce. Charlie bateu com a bengala no chão, fortemente.

– Pra você é Coach Fabray, Pierce. É o seguinte, projetos falhos de Regina George. – Charlotte andou vagarosamente, e Kurt percebeu que o barulho daquela bengala habitaria todos os seus pesadelos. – Sue Sylvester saiu. Ela estava cansada do fracasso total de vocês. – Charlie encarou todas as Cheerios, e as candidatas a equipe sentiram um calafrio de medo.

– Sinceramente, Fabray, você era uma Cheerio como nós, ou seja, é tão fracassada quanto, citando a Coach Sylvester. Então, pelo amor que tem a sua vida, guarde essa merda desta bengala e nos trate direito. – Santana Lopez cuspiu as palavras.

– Lopez. – Fabray virou-se bruscamente, encarando a latina. – Quem você pensa que é pra me atacar dessa maneira? Com certeza não é a Cheerio que Sue Sylvester procurou pessoalmente para pedir para salvar este grupo de fracassadas. – Charlie andava de encontro a Santana. – Porque essa sou eu. Então, sua vadia. – O rosto de Charlotte já estava a centímetros do de Santana, e um sorriso irônico habitava a face da Fabray. – Se você não se enxergar, me deixar falar e me respeitar. Eu enfio essa bengala inteira nessa sua bunda. Tenho certeza que vai ser uma delicia. – o sorriso da Fabray aumentou. – Pra mim.

– Sophie, me diz que depois disso você desistiu. – Kurt sussurrou para a loira, que beliscou o amigo.

– Sem cochichos! Não é porque a Sue saiu que vocês estarão com liberdade. – Charlie voltava para o meio do povo, enquanto encarava a todos. - Eu estou aqui pra fazer de vocês vencedoras. Então, calem a boca, fiquem com a postura ereta e malhem essas bundas murchas, porque o treinamento vai começar. Fila indiana. – ela ordenou, batendo a bengala ao chão. – Agora!

E, rapidamente, todos pareciam estar em um tiroteio, correndo e procurando achar um lugar seguro na fila indiana. Estavam enganados se pensavam que achariam algum. E então, segundos depois, quando a bagunça sumiu, Kurt e Sophie estavam justamente no final da fila. E eles não sabiam se aquilo era bom ou ruim.

– Hm... – Charlotte murmurou, andando e batendo sua maldita bengala enquanto observava todos na fila. – Primeira lição, vadias, quem manda aqui sou eu. Não importa se sou sua amiga, sua irmã ou se te comi, você vai me obedecer. Entendido? – o silêncio ainda estava presente. – Entendido? – ela gritou, e um coro de “Sim” pôde ser ouvido. – Ótimo. – um sorriso apareceu no rosto dela. E ela parou de andar, encarando a garota que estava logo a frente de Sophie, uma morena de olhos também escuros. – Vamos fazer os caras do exército parecerem bixinhas, queridas. – ela disse, enquanto sorria e encarava a garota, que estremeceu de medo puro do sorriso assassino de Charlotte Fabray. – As dez primeiras da fila, vão pra o canto direito do campo. Mil flexões, agora! – Alguns murmúrios de reclamações podiam ser ouvidos, e Charlie finalmente encarou o grupo de garotas. – Se não vão se esforçar o bastante, saiam do campo. – ela cuspiu. – Agora! – gritou, a nova treinadora, e o grupo de garotas passou para o lado direito do campo, começando as mil flexões. – Mais dez garotas, subindo e descendo as arquibancadas duzentas vezes, agora. – ela apontou para a arquibancada, e com a outra mão bateu com a bengala ao chão, e as garotas logo foram pra lá. – E vocês... – Ela encarou o ultimo grupo, se afastando um pouco dele. – Vinte voltas no campo. – ela falou, a voz potente, e não precisou de mais nada. As garotas já começaram a correr em fila para a extremidade do campo, e Kurt seguiu, sendo o último da fila. – Aliás, bela bunda, Hummel.

Kurt ruborizou completamente, enquanto mais um sorriso irônico surgia no rosto da Fabray.

– Sophie, eu vou te matar por me obrigar a fazer isso. - Kurt falou, ofegante por estar correndo tão rápido, e já na sétima volta.

– Ah, pelo menos nossa bunda vai ficar maravilhosa. E eu te pago uma fatia de bolo de chocolate. – Ela respondeu, e Kurt sorriu, continuando a correr.

– Corram, vadias. Corram por suas vidas. – O sorriso sádico de Charlie repousava em sua face.

Cerca de duas horas depois, todas as garotas estava ensopadas de suor, e Kurt odiava ter de ser o único a ficar sozinho no vestiário. Maldito pênis. Após se banhar e arrumar-se, foi encontrar com Sophie no vestiário feminino, onde todas as garotas se reuniam. Assim que Kurt sentou-se ao lado de Sophie, Charlotte entrou pela porta.

– Então, garotas. – a voz da loira soou, e ela parecia um tanto mais calma. – Amber Faith, Melissa Kotovicks, Beatrice Lamarck e Quinn Fabray, vocês estão fora da equipe. E devem estar fora do vestiário, agora.

– Charlie! Não acredito que vai me tirar da equipe! Eu sou sua irmã, caramba! – Quinn reclamou, indo para perto de Charlie.

– Eu já disse, Q, não ligo se você é minha irmã, e aqui eu sou treinadora Fabray. – Quinn fez como se fosse retrucar. – Seus movimentos estavam lentos, Quinn, supere isso e saia do vestiário.

– Certo, treinadora Fabray – Quinn revirou os olhos – Conversamos em casa.

Charlie suspirou antes de continuar. – Chelsey Murris, Tracy Freeland, Sophie Rivera, Emily Jorden e Kurt Hummel. Vocês acabaram de entrar para as Cheerios. O calendário da dieta já está na casa de vocês, assim como na das antigas Cheerios, não me façam arrepender por ter colocado vocês aqui.

– Como assim, eu não entrei? Você só pode estar de palhaçada, sua vadia! – uma garota gritou, levantando-se do banco, enquanto Kurt e Sophie comemoravam com uma dança do ombrinho totalmente estranha e cômica. Enquanto isso, Chelsey sorria convencida, Tracy sorria, numa comemoração calma e doce, e Emily ria da dança de Kurt e Sophie.

– Quem é você mesmo? – Charlotte perguntou, após revirar os olhos

– Pandora Lewis, sua idiota.

– Então, caixinha de Pandora, eu estou cansada de aturar chiliques por hoje, por que não acha um pinto pra sentar?

Zach

Estudar no McKinley High estava sendo muito bom, ao menos para Zach. Ele não era alvo das raspadinhas que jogavam por aí, tinha seus amigos, e as garotas dali pareciam ser muito amigáveis, sempre dispostas a o ajudar. Agora já estava de tarde, e Zach, Emily e Arthur estavam, com alguns novos conhecidos, sentados na sala de estar dos três amigos. Pela manhã, eles haviam conhecido Victoria, Pedro, Mike, Finn e Katheryn, e o grupo logo juntou-se a Zach, Emily e Arthur.

Então assim que eles chegaram ao apartamento, Pedro, Arthur e Emily sentaram-se no sofá, Victoria, Zach e Mike se acomodaram no carpete, Finn se afastou para ligar para sua namorada, Chelsey e a chamar de “docinho de coco” e quaisquer apelidos nojentos de gordo que Finn pudesse arrumar. Enquanto isso, a irmã de Chelsey já estava na cozinha, procurando algo para comer, e esticando o corpo diminuto para olhar nos armários.

– Mas que merda, ein? – A loira falou. Katheryn e Chelsey eram gêmeas, e possuíam cabelos loiros e olhos azuis, Victoria olhou para a amiga, curiosa. Victoria Memberg tinha cabelos e olhos castanhos, e um corpo esguio e magro. – Vocês não tem comida decente nessa casa? Uma nutella? Biscoito recheado? Tudo o que vejo aqui é coisa light, por favor queridos, vamos melhorar. – ela reclamou, pegando um pacote de biscoitos fit qualquer.

– Quem é você pra reclamar da comida que eu compro mesmo? – Arthur perguntou sem olhar a loira, enquanto ligava a televisão em um canal de séries qualquer.

– Katheryn Murris. – a loira respondeu, enquanto sentava-se ao lado de Zach, ao redor da mesinha de centro, e ficava de frente para Arthur, sorrindo de lado. – Melhor que você.

– Então, gente, o que vamos fazer? – Finn voltou de sua ligação, sorridente, e sentou-se ao lado de Mike. – A Chels passou no teste de Cheerio!

– Yay! Ninguém liga. – Arthur ironizou, e Emily riu.

– Isso é maldade, e aliás, eu passei! – ela avisou, comemorando vagamente com as pessoas.

– Certo, Em, agora poderia só vestir aquela saia minúscula de Cheerio e dar uma passadinha no meu quarto? Agradeço. – Pedro se pronunciou, com um sorriso de lado malicioso, recebendo um tapa leve de Emily, enquanto Victoria e Katheryn riam levemente.

– Por que a Katheryn ta comendo biscoito de dieta mesmo? – Finn perguntou, obsevando a amiga, que colocava mais um biscoito na boca.

– A situação está precária aqui, amigo. – Katheryn avisou.

– Não tem comida de gordo aqui. – Emily avisou.

– Nós poderíamos buscar umas pizzas. – Zach se pronunciou pela primeira vez, com a idéia.

– E umas cervejas. – Arthur completou.

– Calabresa, então. – Victoria falou, e ninguém se opusera.

– E quatro queijos. – Mike completou. Então, Emily, Arthur e Mike saíram para arranjar as bebidas e as pizzas (logo na rua onde eles moravam), Pedro e Katheryn ficaram, infelizmente, encarregados de lavar os pratos e arrumar a mesa, e Finn foi mais uma vez ligar para Chelsey. Ficaram, então Victoria e Zach sozinhos, na sala, sentados lado a lado no confortável carpete.

– Então, Zach, de onde você é? – ela perguntou, tentando arranjar uma conversa com o garoto.

– Canadá. Eu morava em Toronto, mas lá não era nada legal, gostei mais daqui. – ele sorriu docemente, e ela o acompanhou.

– Eu morava em Los Angeles, mas acho que as pessoas daqui são melhores. – ela sorriu, o encarando.

– Todo mundo está sendo legal com você? Porque, sabe, se não, eu posso te ajudar. – ele ofereceu, e logo após sussurrou – Eu sou o Super Z, todo mundo me chama assim mas ainda não descobriram que eu sou um super herói mesmo, não conta pra ninguém. – Victoria riu ruidosamente.

– E eu, quem eu poderia ser? – ela indagou.

– Você tem cara de mocinha. – Zach sorriu para ela, os rostos mais próximos por conta do sussurro anterior e a proximidade que ele fazia acontecer. – Uma Super Mocinha. – ela sorriu, olhando nos olhos dele. – Nós podíamos sair qualquer dia, sabe? Super Z e a Super Mocinha. – tudo o que Victoria conseguia fazer era encarar o encantador sorriso de Zach, e sorrir também.

– Claro, seria tipo um encontro? – Victoria perguntou.

– Só... Se você quiser. – Zach encarou os olhos castanhos da garota.

– Então... Eu acho que podemos fazer alguma coisa acontecer agora. – ela sorriu mais abertamente, e puxou Zach levemente para um beijo. O beijo começou simples e sem rodeios, e Victoria aproximou o corpo mais de Zach, que enlaçou a cintura da garota. O beijo seguia simples e intenso, como um beijo com roteiro fixo, típico de filmes de romance.

Enquanto o beijo se seguia, Emily, Mike e Arthur voltavam com a pizza, e encaravam com certa surpresa a cena.

– Mas que merda! Eu não acredito que o cara do Super-Homem conseguiu uma antes de mim. - e a frustração de Arthur era palpável.

Kurt

Estar no Breadstix sem trabalhar era infinitamente estranho para Kurt, mas aquele dia estava realmente o cúmulo do estranho. Afinal, ele vira uma adolescente usando uma bengala, havia virado uma Cheerio, e quase morrido de se exercitar para isso. Portanto, o fato dele estar entrando pela porta da frente do restaurante com Sophie não era o mais estranho do dia.

Então, assim que os dois passaram por uma mesa com duas garotas, ficou mais estranho. Elas queriam chamar eles pra lá? Para Kurt, aquilo não podia ser normal. Mas, de toda forma, a garota que Charlie havia encarado mais cedo no teste estava ali, em pé e chamando os dois para juntarem-se a dupla de garotas. E os dois acataram ao pedido.

– Então, oi! Eu sou a Tracy, - a garota se apresentou- ela é a Chelsey. – apontou para a garota que Kurt reconheceu como a namorada de Finn Hudson. Automaticamente não gostou dela, os ciúmes se apoderaram dele. – A gente tava querendo juntar as novas Cheerios pra comemorar, mas a Emily não podia, e eu não tinha conseguido falar com vocês. Bom que estão aqui. – ela sorriu para eles.

– Ah, que ótimo, obrigada! – Sophie agradeceu. – Eu sou a Sophie, e ele é o Kurt. – a loira respondeu, enquanto sentava-se ao lado de Tracy e puxava Kurt para sentar ao lado dela.

– Alguém mais vem? – Kurt perguntou, mas tudo que ele conseguia pensar era em como faria para matar Chelsey, que estava mandando mensagens em seu celular, a julgar pelos sorrisos, pra Finn.

– Só a Charlie. – a voz de Chelsey se fez presente.

– A Charlie? – Sophie assustou-se.

– Ela é assustadora. Se ela trouxer aquela bengala eu vou ter um colapso. – Kurt reclamou, dramático. Tracy riu, levemente.

– Não, ela é legal, fora dos treinos. – avisou, antes de chamar uma garçonete para os atender, assim que esta chegou, fez seu pedido. - A salada número três do cardápio, por gentileza.

– E eu vou querer a maior fatia de bolo de chocolate que você encontrar. – Kurt pediu, e as garotas travaram.

– Kurt, você é louco? – Sophie perguntou.

– O que foi? – ele perguntou, genuinamente confuso.

– Se a Charlie te ver comendo bolo de chocolate ela te mata. – Tracy avisou.

– Mas você disse que ela era legal! – Kurt tentou se defender, e a garçonete saiu dali.

– E ela é. Mas o que ela diz no treino é lei. E a Charlie não tem problema nenhum em pena de morte pra quem descumprir as leis dela. – Chelsey disse, finalmente largando o telefone.

– Ah, tenho certeza que ela não vai ligar se eu comer só uma fatiazinha de bolo de chocolate. – Kurt resolveu desobedecer, mais porque Chelsey havia apoiado que ele deveria desistir. Ele realmente havia feito só pra a contrariar, e não se sentia nada criança por isso. Porém, pouco tempo depois, a torta de Kurt e as saladas das garotas chegaram, junto de Charlie, que encarou a torta de Kurt fixamente. – Nem vem! É só minha. – ele protegeu a torta.

– Pode comer, Hummel. – Charlie falou, sentando-se ao lado de Chelsey.

– Sério? – Kurt perguntou, um sorriso no rosto.

– Claro. Mas, no próximo treino você vai correr dez voltas a mais na quadra. Sem discussões. Agora vamos nos divertir. – Charlie não deixou Kurt reclamar, e logo pediu um sanduíche light para si.

Katheryn

– Não, eu não acredito que eles arregaram. – Katheryn reclamou, quando logo após ela e Arthur tentarem chamar todos para beber algo mais interessante que cerveja, eles desistiram. Emily fora encontrar as novas Cheerios no Breadstix, e Mike a acompanhara, junto de Finn. Zach e Victoria saíram no primeiro encontro deles, e Pedro voltou para casa. Então, Katheryn e Arthur estavam sozinhos, na sala do apartamento de Arthur.

– Nem eu, caramba, era só vodka. – Arthur concordou com a garota. – Vamos sair daqui?

– Pra onde iríamos? – Katheryn perguntou quando Arthur levantou-se.

– Sei lá, a gente procura um lugar. Ai ficamos lá, tranqüilos. Cansei de casa. – ele completou, já andando para a porta, e Katheryn levantou, pegando a sacola com uma garrafa de vodka. Os dois desceram as poucas escadas e seguiram até a garagem do apartamento de Arthur, onde uma moto repousava. Katheryn gargalhou quando Arthur subiu na moto, o que deixou o garoto confuso.

– Isso é sério? – ela perguntou, quando as risadas cessaram.

– O quê?

– Você anda de moto? Não podia ser mais clichê. – ela disse enquanto subia na moto.

– Clichê? – ele arqueou uma sobrancelha, mesmo que ela não pudesse ver.

– Sim, - Kath segurou a garrafa de vodka de forma que ela não fosse cair. – o cara durão que se acha e anda de moto. Só faltou a jaqueta de couro. – ele riu fraco.

– Eu tenho uma jaqueta de couro.

– Olha aí! – ela disse enquanto se abraçava ao garoto para que ele começasse a andar.

– Você tem algum problema com esse tipo de cara? – ele perguntou, dando a partida na moto.

– Acho eles infinitamente sexy. – ela respondeu com um sorriso malicioso enquanto ele arrancava para fora do prédio, com um sorriso do mesmo tipo no rosto.

Após algum tempo de procura, eles acharam um posto de gasolina abandonado que parecia perfeito para dois adolescentes idiotas beberem e fazerem merda. Arthur parou a moto entre duas máquinas de colocar gasolina. Assim que ambos desceram da moto, Katheryn percebeu que estar sem capacete a fez ter um capacete, de cabelo. E, infelizmente, Arthur também havia percebido aquilo, e gargalhava.

– Parece que você acabou de fazer sexo. – ele disse, quando o riso acabou, porém ali foi Katheryn que riu.

– Por favor, querido, eu fico muito mais quente depois do sexo. – Ela sorriu de lado e ele arqueou uma sobrancelha, sem acreditar que a garota de aparência doce e risada contagiante conseguia ser tão irônica e maliciosa.

– Mesmo? Então vamos ver. – E, abruptamente Arthur levantou Katheryn, e a loira passou as pernas pela cintura do rapaz enquanto se ocupava em começar um intenso beijo com ele. Um daqueles beijos afobados e puramente sexuais. E, sobre o que aconteceu depois daquilo, tudo o que pode ser dito é que, pra quem acha que sexo no carro é bom, saiba que na moto é muito melhor.

Tracy

Estar no encontro das novas Cheerios era ótimo, realmente era, principalmente agora, que Emily chegara e deixara o grupo completo, mas enquanto Kurt conversava com Charlie sobre o grupo de teatro, Tracy apenas olhava ao redor, quase dormindo, e nem percebeu quando seu olhar pousou no jogador do time de futebol, Mike Chang.

– Eu acho que você devia falar com ele. – A voz de Sophie, que estava logo a seu lado soou baixa, e foi quando Tracy percebeu para onde olhava, desviando o olhar imediatamente.

– O quê? Não, com certeza não, eu tava só voando, não olhando pra ele. – Tracy negou, subitamente envergonhada por ter a atenção de Sophie voltada para ela.

– Tudo bem. – Tracy se tranqüilizou, achando que a loira deixaria para lá. – De toda forma, você deveria ir falar com ele, vocês fariam um casal bonito. – o sorriso encorajador de Sophie era tudo o que Tracy via, por medo de desviar o olhar e chamar a atenção de alguém, ou até mesmo de Mike Chang.

– Você realmente acha? – a curiosidade e o amor por asiáticos de Tracy falaram mais alto, e ela se viu perguntando aquilo para Sophie. Mas, mesmo assim, ela só pensava no quão clichê seria uma garota sempre desconhecida virar líder de torcida e começar a namorar um cara do time de futebol. Basicamente coisa de filme.

– Claro. Ele é gato. – Tracy percebeu que Sophie olhava para Mike, e não resistiu em fazer o mesmo. - E eu soube que tem um tanquinho dos deuses. – Tracy riu levemente.

– Ok. – a morena disse, simplesmente.

– Ok o quê?

– Ok, eu vou falar com ele. – Tracy sorriu enquanto levantava-se da mesa e seguia até onde o garoto estava, sentado em sua mesa. Com Finn Hudson. Tracy pensou seriamente em desistir quando viu que Mike estava com o amigo. Mas a reputação de Finn dizia que ele era um cara legal. E afinal de contas, agora ela era uma Cheerio. E Cheerios são vencedoras. Seguiu então até a mesa dos dois, e assim que lá chegou, sorriu docemente.

– Oi. – e sim, ela travou. Não sabia o que dizer, nem fazer.

– Oi, eu sou o Mike, senta aí. – os olhos do asiático estavam cravados nela, e a garota obrigou-se a sentar.

– Eu sou a Tracy. Tracy Freeland. – ela completou rapidamente.

– Alguém já te disse que o efeito James Bond só vem se você fala no tempo certo? – Mike perguntou, um sorriso divertido no rosto. Tracy ruborizou.

– Não, não disseram. – ela murmurou.

– Que ótimo. – Mike sorriu mais abertamente. – Porque o jeito que você fala é encantador. – Tracy riu levemente, agradecendo mentalmente a Sophie por tê-la feito ir até ali. E Finn, quando percebeu que ficaria de fora da conversa, foi diretamente a mesa com as Cheerios.

– Obrigada. – ela disse, olhando o garoto nos olhos.

– Você tem olhos muito bonitos. – ele comentou, verdadeiro.

– Sério? – ela arqueou uma sobrancelha. – Você deve dizer isso a todas as garotas.

– Não. – ele sorriu, para ela. – Eu realmente sou encantado por olhos castanhos, principalmente os seus.


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Notas finais do capítulo

Novamente peço que vocês deixem comentários com a opinião de vocês, se não gostaram, podem deixar críticas.



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