Cómo Quieres/ Underneath It All escrita por BellaBlanco


Capítulo 86
2.41 – Underneath it all/ O que eu fiz naquele verão...


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura meus amores...!



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PDV Violetta

Até que ouço um chorinho, eu abro um sorriso pequeno e vou ver o meu filhote deixando o León sozinho. O Ian para de chorar quando me vê, sorrio e o pego no colo.

Violetta: Oi meu bebê. – digo.

O troco e desço com ele para o mesmo papar, dou a papinha para ele e brinco com o meu bebê. As crianças chegam sorrindo para mim com cara de que aprontaram, lá vem.

Violetta: O que aconteceu?

Jennifer: Digamos a sim, que nos metemos em confusão quando estávamos no shopping. – arqueio a sobrancelha – É uma história longa.

Violetta: Tenho tempo.

Aurora: Você e o papai? – a olho, meio brava – O quê?

Violetta: Entre o seu pai e eu não rolou nada. – infelizmente – Mas, podem ir falando.

A Aurora pegou o Ian e se sentou no sofá com ele no colo. Olhei para eles seriamente.

Jennifer: Resumindo, a tia Ludmi arrumou a maior confusão com uma atendente porque a mesma estava paquerando o Tio Fede, nos metemos e acabamos parando todos na prisão do shopping só que falamos o nome do nosso “tio” agente Martinez que nos soltaram, ainda bem que conhecemos aquele cara. – disse num fôlego só.

Violetta: Só não fico brava porque sei como é passar por essas situações. – eles sorriram.

Aurora: Onde está o papai? – perguntou.

Violetta: No meu quarto. – respondo e, eles estavam ameaçando abrir um sorriso – Não aconteceu nada, já disse.

Jennifer: Então por que ele está lá?

Violetta: Porque o pai de vocês ficou doente por conta da chuva que pegou.

Nate: E você tem cuidado dele? – prendi o riso.

Violetta: Não, eu o deixei lá para morrer. – ironizo até que vejo a cara de espanto deles, e acabo caindo na risada.

Henry: Qual a graça? – perguntou.

Violetta: Vocês, pois é obvio que estou cuidando daquele teimoso.

Os deixei sozinho na sala conversando, e fui até o meu quarto. O encontro dormindo com rosto sereno e calmo. Por que ele tinha que ser tão perfeito? Por que tudo nele me atraía? E, pensar que eu já o perdi tantas vezes.

Dei mais uma olhada nele antes de voltar estar com as crianças e fomos jantar juntamente com a Olga e o Ramalho. Depois disso, escovei os dentinhos do Ian que estavam começando aparecer, pus o seu pijaminha e o ninei, logo depois dele para de travar uma guerra contra o sono, o mesmo dormiu. Dei boa noite a cada um dos meus filhos e fui para o quarto.

Fiz minha higiene bucal, pus meu baby doll branco e voltei para o quarto. Eu estava num dilema se ia dormir com o León ou dormir no quarto dele ou de hóspedes até que ouvir o mesmo chamar o meu nome, de alguma forma isso me fez sentir viva, um sorriso brotou nos meus lábios. Deitei na cama e, logo sinto p seus braços me envolvendo e a sua respiração suavemente no pescoço.

PDV León

Acordei e vejo um anjo lindo do meu lado dormindo tranquilamente e, pensar que devo tudo isso a um resfriado. Sinto que estou bem melhor, vou até o banheiro e faço minha rotina matinal. Depois troco de roupa e beijo os lábios dela antes sair do quarto. Acordo os meus filhos para se aprontarem ao colégio e os mesmo me abrem um sorriso zombeteiro sabendo o que aconteceu ontem, reviro os olhos e vou para sala.

León: Bom dia Olga. – cumprimento quando a vejo arrumando o café da manhã.

Olga: Bom dia menino está melhor? – ela tem uma mania de nos tratar como criança (risos).

León: Sim, muito obrigado.

Vou até o piano e começo tocar Entre Dos Mundos até que sinto a presença dela, a olho e a mesma estava indo para cozinha.

Entre Dois Mundos

León: Violetta espera! – peço.

Violetta: O que foi? – pergunto.

León: Estou melhor. – digo vendo se ela sacava onde eu queria chegar.

Violetta: E eu com isso? – perguntou irritada.

Nota mental: Nunca falar de certos assuntos com a Violetta antes de ela tomar café da manhã.

León: Achei que poderíamos conversar sobre aquele assunto. – sugiro.

Ela suspirou e colocou um fio de cabelo atrás da orelha. A mesma mordeu o lábio inferior e esse gesto que ela fazia era sexy, porra por que ela tinha que ser perfeita?

Violetta: Logo. – disse e se virou indo para cozinha.

Merda! Por que eu tinha impressão que estava forçando a barra?

[...]

Depois de levarmos as crianças para o colégio e brincarmos um pouco com Ian, do qual o mesmo estava agora brincando com seus brinquedos no cercadinho. Eu via a Violetta olhando para mim como se estivesse medo de contar e achasse que eu sairia daquela porta sem olhar para trás, ela tem que entender que é minha vida, eu não consigo viver longe dela.

Violetta: Bom, tudo começou quando Tomás me apresentou ao Matt. – começou.

PDV Violetta

Lá vamos nós, reviver o meu lindo passado. Sentiram a ironia? Eu sei que sim.

Flash Back ON:

Era uma tarde fria como qualquer outra em New York, eu sentia falta do León, mas não tinha nada que eu pudesse fazer, ele estava longe e, provavelmente deve nem se lembrar de mim. Perdi os meus pais, perdi o León, eu acho que a única coisa que eu ainda não perdi foi a mim mesma, por ora. No entanto, eu não estava sozinha porque tinha feito amizade com tal de Tomás, ele é um rapaz engraçado e leva vida como se fosse diversão, então não me entediava ou sentia aquele buraco no peito. Ele disse que ia me apresentar um amigo dele hoje e, eu aceitei.

Estava com um vestido preto, meia calça cor da pele, bota preta e minha inseparável jaqueta de coura preta. Sou meio dark. Encontrei com o Tomás no Starbucks juntamente dele estava um rapaz bonito, loiro e alto.

Tomás: Vilu, esse é o Matt. – disse – E, Matt essa é Violetta.

Matt: É um prazer conhece-la. – ele abriu um sorriso e me abraçou.

Tinha alguma coisa errada nele, mas devia ser coisa da minha cabeça, eu acho.

Flash Back OFF.

León: Então foi assim que... – assenti – Se eu não tivesse ido embora e te deixado, você não o conheceria. – sorri triste.

Violetta: Você não pode mudar passado, León, ninguém pode.

León: O que rolou depois?

Flash Back ON:

Bem, eu mudei muito, antes eu era só uma garota rebelde, mas agora parece que sou uma rebelde revoltada e um pouco má. Comecei andar com um grupinho do Matt – barra pesada –, eles tinham uma energia negativa, mas uma parte minha ignorava como se não fosse nada demais. Estava fumando e bebendo – drogas, nunca, nem à base da tortura –, quem me conhecesse não ia pensar que eu tinha me tornado nisso. Dava para ver como o Matt me olhava era um olhar de... Desejo. Não me importei, pois comigo ele pode esquecendo.

O pessoal marcou de a gente ir ao cemitério à noite, eu não queria por estar com preconceito ruim no peito, mas eles me forçaram e fomos. Eles estavam se divertindo, bebendo e farreando, sei lá, parece muito errado fazer isso aqui é como desrespeitar os mortos.

Tomás: Tudo bem? – perguntou me dando uma garrafa de cerveja, minha boca estava seca e como não tinha água, eu acabei aceitando.

Violetta: Isso parece errado. – ele acompanhou o meu olhar onde ocorria a diversão.

Tomás: Só estão se divertindo. – disse, e eu nego com a cabeça.

Violetta: Então poderiam ir a um bar e não ficarem desrespeitando os mortos. – digo.

Tomás: Tenta relaxar, ok? – suspiro.

Violetta: Vou tentar. – respondo.

Tomás: Ótimo, vêm eles vão desafiar alguém pular daquele pequeno penhasco. – assenti.

Bebo mais alguns goles da cerveja e vou até eles. Quem acabou ganhando a pior foi Mike, ele teve que pular do penhasco e, o mesmo foi como se fosse divertido. Idiota!

Jane: Mike! – falou alto, mas não teve nenhuma resposta até que vimos sangue na água – Não!

O Matt ria como se não fosse nada demais, eu vi que o resto estava em choque, então fiz o que era para um dos rapazes fazerem, eu pulei no penhasco e, logo encontrei o corpo, a cabeça estava sangrando, no entanto, eu acho que ia sobreviver. O puxei até a terra firme, o pessoal se aproxima e a Jane estava ligando para o pronto socorro.

Tomás: O que fazemos agora? – perguntou.

Matt: Vamos cair fora. – rosnou nervoso.

Jane: O que?! – perguntou indignada.

Matt: O que você ouviu. – disse irritado.

Todo mundo entrou nos carros, a Jane deu uma última olhada no Mike e entrou no carro do Matt e, o Tomás me carregou a força até o carro do Matt.

Violetta: Solte-me Tomás. – grito com ele e o mesmo não me deu ouvidos.

O Matt ouviu som de sirenes tanto de policia como ambulância, então ele acelerou o carro e depois disso ouvi um som de algo batendo. Percebi que atropelamos uma pessoa e o carro perdeu controle, e acabamos batendo no poste. Depois disso, eu apaguei.

Flash Back OFF.

Suspiro lembrar-se disso doía, pois foi o meu momento de fraqueza, eu deveria ter dito que não iria e evitado tudo isso, mas fui mesmo assim mesmo eles tendo forçado, eu era capaz de me defender dizendo que não queria ir para porra de cemitério nenhum.

León: A pessoa... – sorri triste.

Violetta: Acabou falecendo. – digo tentando puxar ar para os meus pulmões.

León: A culpa não foi sua. – dei uma risada sem humor.

Violetta: Uma parcela de culpa foi minha sim, não sou inocente, León.

León: Vilu?

Violetta: O pior de tudo isso é que era uma criança. – prendo o choro – Eu vivo um pesadelo desde aquele dia, mas tentei me manter forte e quando te reencontrei você conseguiu afastar os meus fantasmas, por ser o meu porto seguro, só que não posso esquecer o meu passado, infelizmente não dá, sempre terá alguém para me lembrar.

Bato a porta de casa e ando pelas ruas sem destino só querendo um lugar para me esconder e chorar até que trombo em alguém e o mesmo me segura.

XXX: Vilu. – sinto o meu melhor amigo me abraçar.

Violetta: Oi Dih. – retribuo o abraço.

Diego: Contou a ele? – assinto – Vem vamos reviver os velhos tempos depois te levo para casa.

Violetta: E a Fran? – pergunto limpando as lágrimas que teimavam cair do meu rosto.

Diego: Está bem e me pediu para ficar de olho em você. – maneio a cabeça.

Começamos andar novamente até que vejo estávamos na gravadora que contrataram os rapazes. Arqueio a sobrancelha, ele me deu um sorriso irônico e me puxou lá para dentro.

Violetta: O que fazemos aqui?

Diego: Bem, eu também assinei com essa gravadora e como hoje vou gravar as músicas do meu CD, eu queria você cantasse comigo a última música.

Sorri fraco e assenti. Ele cantou as músicas e, depois me chamou. Suspirei e fui até ele, eu pego os hadfones, logo eu ouço a música que ele tinha me mostrado antes No Air.

Sem Ar

(Violetta)

Me diga como eu deveria respirar sem ar (ar)
Ooh...

Se eu devo morrer antes de eu acordar
Isso vai ser porque você levou minha respiração embora
Estar perdendo você é como estar vivendo em um mundo sem ar
Oh...

(Diego)

Eu estou aqui sozinho
Não quero partir
Meu coração não se moverá, está incompleto
Desejo que haja um jeito para que eu possa fazer você entender

(Violetta)

Mas como você espera que eu
Que eu viva sozinha apenas comigo mesma
Porque meu mundo gira ao seu redor
É tão difícil para eu respirar

(Juntos)

Me diga como eu deveria respirar sem ar
Não posso viver, não posso respirar sem ar
É assim como eu me sinto quando você não está aqui
Sem ar, sem ar
Tenho vontade de me afogar, tão fundo
Me diga, como você vai ficar sem mim?
Se você não está aqui, eu apenas não posso respirar
Estou sem ar, sem ar...

Sem ar, ar
Ohh..
Sem ar, ar
Sem...
Ser ar, ar
Oh..
Sem ar, ar

(Diego)

Eu caminho, eu fujo
Eu pulo, eu voô
Logo fico longe do chão, flutuando até você
Não há gravidade para me segurar para baixo
Para ser real

(Violetta)

Mas de alguma maneira eu ainda estou viva por dentro
Você levou minha respiração, mas eu sobrevivi
Eu não sei como
Mas eu nem me importo

Mas como você espera que eu
Que eu viva sozinha apenas comigo mesma
Porque meu mundo gira ao seu redor
É tão difícil para eu respirar

Me diga como eu deveria respirar sem ar
Não posso viver, não posso respirar sem ar
É assim como eu me sinto quando você não está aqui
Sem ar, sem ar

(Diego)
Tenho vontade de me afogar, tão fundo
Me diga, como você vai ficar sem mim?
Se você não está aqui, eu apenas não posso respirar
Estou sem ar, sem ar...

(Juntos)

Sem ar, ar
Ohh..
Sem ar, ar
Ooh..
Sem ar, ar
Não, Oh..
Sem ar, ar
Não mais...

Sem ar, sem ar...
Ooh!

Me diga como eu deveria respirar sem ar
Não posso viver, não posso respirar sem ar
É assim como eu me sinto quando você não está aqui
Sem ar, sem ar
Tenho vontade de me afogar, tão fundo
Me diga, como você vai ficar sem mim?
Se você não está aqui, eu apenas não posso respirar
Estou sem ar, sem ar...

Sem ar, ar
Baby yeah
Sem ar, ar
Ohh..
Sem ar, ar
É tão difícil para eu respirar
Hoooo...

(Violetta)

Me diga como eu deveria respirar sem ar
Não posso viver, não posso respirar sem ar
É assim como eu me sinto quando você não está aqui
Sem ar, sem ar

(Diego)
Tenho vontade de me afogar, tão fundo
Me diga, como você vai ficar sem mim?
Se você não está aqui, eu apenas não posso respirar
Estou sem ar, sem ar...

(Juntos)

Sem ar, ar
Ohh..
Sem ar, ar
Sem...
Ser ar, ar
Sem ar, ohh..
Sem ar

Terminamos, o Diego despediu dos caras lá e me levou até um restaurante com música. Conversamos e rimos, eu tinha que admitir tirando o León, o Diego foi o meu primeiro amigo de verdade e acabou se tornando o meu irmão de coração. Depois do almoço fomos até uma praça, ele estava com o violão e resolveu tocar Yo Soy Asi, o momento parece um deja vu, daquele dia que ele cantou essa música para mim achando que estava apaixonado por mim, mas agora ele me via apenas como sua irmãzinha, ainda bem.

Eu Sou Assim

Escute e sinta
Aumente o volume vai enlouquecer
Entende e sente
De coração partido, eu sou o rei
Eu sou o rei
Eu sou o rei oh
Perdendo o controle.

Diga-me o ritmo e comece a dançar
Venha comigo, deixa-me beijar
Eu sei que você vai gostar, meu estilo te vai conquistar
Meus pés te movem no compasso
Eu sei que você não pode evitar
Não tente lutar, meu estilo vai te conquistar

É que eu sou assim
Minha vida é uma loucura
Sem rede e vou a mil
Minha lei é o dobro ou nada
E é que eu sou assim
Com apenas um olhar
Você vai ficar em mim
Para sempre apaixonada

Tudo muda
Quando você se aproxima
Seus olhos me faz sentir
Que estou voando, voando

Sua presença
Meu mundo completa
Eu vou fazer de você minha princesa
Hoje com um beijo
Perdendo o controle

Meus pés te movem no compasso
Eu sei que você não pode evitar
Não tente lutar
Um, dois, três, quatro

É que eu sou assim
Minha vida é uma loucura
Sem rede e vou a mil
Minha lei é o dobro ou nada
E é que eu sou assim,
Com apenas um olhar
Você vai ficar em mim
Para sempre apaixonada

Violetta: Olha só está melhorando. – ele me deu um soco de leve no ombro.

Diego: Palhaça. – reviro os olhos sorrindo.

Violetta: Obrigada.

Diego: Pelo o quê? – questionou confuso.

Violetta: Por ter me aguentado. – ele riu.

Diego: Sempre doidinha. – abro um meio sorriso – Agora deixa eu te levar para casa.

[...]

Ele entrou junto comigo e vi o León brincando com o Ian no jardim. Respiro fundo.

Diego: Tem que lá encara-lo, você não pode fugir para sempre.

Violetta: Eu sei, mas tenho medo.

Diego: Do quê? – olho para os meus pés.

Violetta: De ele perceber quem eu sou de verdade.

Diego: Acho que ele já sabe. – olhou para o León que estava perto da gente – León.

León: Você sabia? – perguntou ao Diego.

Diego: Hm... Sim. – vejo o Ian brincando no jardim e sorri.

Volto olhar para os dois. O León olhava para o Diego que olhava para mim.

Violetta: Dih pode ir. – ele assentiu e beijou minha bochecha.

Diego: Qualquer coisa me liga.

Violetta: Tudo bem. – ele saiu.

O León cruzou os braços me olhando. Suspiro, eu fecho os olhos e os abro tentando organizar as ideias.

Violetta: Diz o que sente. – falo.

León: Sabe o que me deixa magoado é que eu te amo muito Violetta, mas você não tem coragem de se abrir comigo e, sim com o seu amiguinho. – senti um tom de raiva e ciúmes.

Violetta: Desculpa-me. – peço.

Ele acaba o espaço entre nós e levanta o meu queixo me fazendo olhar em seus lindos olhos.

León: Não vou deixar minha raiva dominar, mas preciso que entenda pode confiar em mim e eu quero ser aquela pessoa da qual você pode contar tudo. – assinto – Você é minha vida Vilu tenta entender isso.

Ele fez carinho em uma maçã da minha bochecha, eu fecho os olhos apreciando o carinho e ele estava prestes a me beijar quando o meu celular começa tocar.

Merda!


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Notas finais do capítulo

Kisses...!