Tomás: Precisa saber o que aconteceu naquele acidente.

Violetta: Tomás deixa-me e me esquece.

Tomás: Você não entendeu o que eu disse naquela noite.

Flash Back On:

Violetta: O que faz aqui?!

Tomás: Vim ver como a minha princesa está. – diz se aproximando.

Violetta: Afasta-se. – mando.

Tomás: Não fala assim meu amor. – fala passando acariciando o meu rosto.

Violetta: Fica longe senão eu grito.

Tomás: Duvido. – gritei e ele colocou a mão na minha boca.

Enfermeira: O que foi? – perguntou.

Violetta: Por favor, tire ele daqui. – ela chamou a segurança.

Tomás: Violetta, você ainda vai ser minha! – afirmou se debatendo contra os seguranças que o seguravam.

Flash Back Off.

Violetta: Você é um doente que precisa ser tratado. – digo.

Tomás: Pode ter certeza que eu vou cumprir com que eu disse Violetta.

Violetta: Eu deveria ligar para hospício e reservar um quarto para você.

Tomás: Admite que você ainda me ame. – chega perto de mim, e eu recuo.

Violetta: Isso só em pesadelos. – digo batendo as costas na parede.

Tomás: Não tem para onde fugir. – fala.

Violetta: Você acha que eu sou menina indefesa? – pergunto.

Tomás: Você já foi.

Sorri. Chutei bem naquele lugar, e ele se contorceu de dor.

León: O que está acontecendo aqui? – pergunta e olhei para frente.

Violetta: Desaparece da minha frente, Tomás. – mando irritada e ele sai mancando.

León: Não posso fingir que não tem nada entre vocês dois. – diz.

Violetta: Depois te conto, agora tenho que saber o que Angie precisa urgentemente.

León: Problemas?

Violetta: Pela mensagem, mostrava que sim.

León: Quer que eu te leve?

Violetta: Lembra-se do que combinamos.

León: Mas, não sabe como tenho vontade beijar você agora ou gritar para o mundo inteiro que tu eres minha namorada.

Violetta: Bobo.

León: Seu bobo. – sorri.

Violetta: Agora tenho que ir, eu volto assim que puder. – vi que não tinha ninguém e beijei sua bochecha.

León: Liga-me. – assenti.

Sai primeira pela porta para disfarçar, mas, ainda tinhas alguns olhares sobre mim. Andei até o apartamento e encontrei Angie com um rapaz de terno.

Violetta: Qual é a urgência e quem esse cara todo engravatado? – pergunto.

Angie: Querida, esse é o Ramalho. – responde.

Violetta: E? O que eu tenho haver com esse homem engravatado?

Ramalho: Igual a sua mãe. – respondeu.

Violetta: Como conhece a minha mãe? – perguntei.

Angie: Vou deixar vocês sozinhos, e a senhorita se comporta. – pediu e revirei os olhos.

Violetta: Desembucha.

Ramalha: Eu era o melhor amigo do seu pai, especificamente seu braço direito. – diz.

Violetta: Depois de dois anos, o que tu queres comigo? – pergunto.

Ramalho: Vim lhe entregar isso. – me entrega algumas folhas e vi que na primeira página está escrito Herança.

Violetta: Dá para explicar?

Ramalho: Seus pais lhe deixaram uma grande quantia de dinheiro, você nunca percebeu, mas vocês eram ricos antes do maldito acidente só que os mesmo levavam a vida tão simples, que ninguém percebia.

Violetta: Por que agora? – pergunto confusa.

Ramalho: Porque você tem 17 anos, ano que vem tu completas 18 e por tudo que eles te deixaram, você se tornou bilionária.

Violetta: Deve ter algum motivo em especial para você vim até aqui, além disso.

Ramalho: No dia do tal acidente, aquilo na verdade foi de propósito. – respirei fundo.

Violetta: Ramalho, eu preciso que não conte a ninguém.

Ramalho: Tudo bem, e pelo que vejo você vai continuar em B.A, toma. – entregou uma chave – É chave da casa que seus pais tinham aqui.

Violetta: Obrigada Ramalho. – digo sem emoção.

Ramalho: Sinceramente, fico feliz de você ter se tornado uma garota digna e determinada e nós sabemos que nenhum dinheiro no mundo os trará de volta, mas sempre vão ficar nas nossas memórias e nos nossos corações.

Violetta: Eu tenho que ir para o Studio. – ele me deu o número do seu cartão e Angie me mandou ficar em casa.

Liguei para o León e disse que ficaria em casa, ordem da Angie. Mas, tá bom que eu vou ficar aqui presa, não mesmo! Troquei de roupa, colocando uma mais leve e sai depois de ter guardados os papéis da herança num cofre que ficava no armário. Era uma das coisas bem legais que tinham nesse apartamento, só eu consigo travar e destravar.

Bilionária? Por quê? Com tanta gente querendo ter dinheiro, na verdade eu queria os meus pais de volta. Cheguei até o Motocross e vi o Peter correndo. Quando o mesmo me viu, pediu um tempo e veio até mim.

Peter: Você está péssima?

Violetta: Diz-me uma coisa que eu não sei. – respondo.

Peter: Bom, se quiser pode consertar aquelas motos e testá-las, se estiver a fim.

Violetta: Vai ser bom ocupar a cabeça.

Peter: E o mauricinho?

Violetta: Só eu posso chama-lo assim e não estou a fim de ficar no meio das pessoas, fazendo cara de paisagem.

Peter: Tudo bem qualquer coisa me chama. – assenti.

Consertei as motos e testei as mesmas uma por vez. Voltei para onde eu estava e tomei um pouco d’ água.

Peter: O chefe está te chamando. – assenti.

Fui até a sala dele, e o vi todo sorridente. Quem é que fica sorridente numa segunda-feira? Tirando o Peter.

Violetta: Bom, eu estou aqui Senhor Banner. – digo.

Sr. Banner: Queria dizer que você vai ser mecânica de um dos nossos antigos e melhores corredores. – arqueei a sobrancelha.

Violetta: Vai fazer mistério ou falar logo? – pergunto.

Sr. Banner: Pode entrar. – cruzo os braços e vi o León, logo mesmo me olhava surpreso – Violetta esse é o León, e vice-versa.

León: Conhecemo-nos.

Sr. Banner: Maravilha, então podem irem trabalhar.

Seguimos o caminho em silencio até chegarmos onde estava sua moto.

Violetta: Vou dar uma revisada nela. – digo.

León: Por que mentiu? – pergunta segurando os meus pulsos de leve.

Violetta: Porque não queria fingir cara de paisagem.

León: Tudo bem.

Deu um beijo na minha bochecha e ele estava prestes a soltar os meus braços quando algo chamou sua atenção.

León: Você se mutila? - perguntou sério.

Mas, que droga! Ninguém nunca prestou atenção nos meus braços, porém ele teve que perceber. É ele vai se afastar de mim como a maioria das pessoas que eram meus amigos se afastaram por achar que eu estou louca!