Complicamos Demais escrita por Mari Fróes


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos , obrigada por me acompanhar nessa primeira experiência... espero que gostem. Podem me corrigir se tiver algum erro de português, podem falar os defeitos da fic tbm. Tudo é bem vindo.



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2 anos.. 2 anos se passaram desde o dia mais cruel da minha vida. Não estou conseguindo definir o que sinto nesse momento. Estou preferindo não pensar agora. Quero chegar a minha casa e rever meus pais, meus irmãos e meus amigos. Depois eu vejo o que faço.

Nas 4 horas de viagem venho lembrando-se de tudo que me fez sair de Mystic Falls. A desilusão e até minha falta de força de encarar a situação. Não me culpo tanto, pois era imatura. Eu tinha 16 anos. Era muito popular, tinha amigos incríveis os quais ainda são meus melhores amigos. E um namorado perfeito. Até então. Lembro-me como se fosse hoje. Do Beto meu melhor amigo chegando em minha casa com sua moto novinha. Mas não tinha sorriso no rosto dele. Apenas um olhar raivoso.

-Elena, vem comigo. Não posso te contar. Quero que você mesmo veja.

Não entendi. Como assim? O que ele queria que eu visse?

- Beto, do que está falando? Entra, já encomendei a pizza e os filmes já estão separados.

Beto era meu melhor amigo no mundo todo. Ele ainda é. Meu irmão de família diferente. Ele é um dos garotos mais lindo da cidade. O que desencadeava certos ciúmes por parte das meninas da cidade que achavam que tínhamos algo mais que amizade. Coitadas. Nunca nos vimos como algo mais que amigos. Sempre fomos confidentes. Conhecemos-nos quando tínhamos 4 aninhos. E nunca mais nos desgrudamos. É um amor fraternal. Nossas famílias se dão bem.

-Não Lena, coloca o capacete e vem aqui. Disse-me ele atirando o capacete pra mim .

Não respondi. Coloquei o capacete e subi na garupa da moto.

Meu coração falhou umas 5 batidas quando chegamos em frente a casa do meu namorado e percebi que havia uma festa no local. Entrei correndo e todos me olhavam com uma cara de espanto. Subi para o quarto dele, pois vi que na sala onde estava acontecendo à festa ele não estava. E me deparei com uma das cenas mais deprimentes de manha vida. Ele estava na cama com minha amiga Lexy. Um misto de nojo, raiva, decepção eu senti. Meus olhos encheram de lágrimas. Não consegui falar. Eles me olharam apavorados. Davi gritava e me xingava como se a errada fosse eu.

Sai correndo e disse pro Beto.

-Me tira daqui, por favor. O mais rápido possível.

Ele não pensou duas vezes me deu o capacete e quando estávamos subindo na moto, Davi veio correndo em nossa direção e disse:

-Elena, não era pra ser assim. Não é o que tá parecendo. Eu te amo.

Foi quando Beto deu um soco na cara dele. Fazendo-o cair no chão, tonto.

- Nunca mais chegue perto dela seu otário, você um dia vai se arrepender do que fez. Falou Beto.

Senti-me vingada no momento do soco. Foi errado eu sei. Mas Naquele momento. Nada fazia sentido, nada estava certo.

Bom no dia seguinte na escola eu estava com o rosto vermelho e inchado de tanto chorar, as pessoas rindo de mim e imitando um boi quando eu passava. As meninas muito mais que os meninos. Mulher é cruel. Isso me fez querer não ser assim. Não desdenhar mais da dor dos outros.

Meus pais são seres maravilhosos, meus irmãos também. Sempre me apoiaram em tudo.

Cheguei em casa da escola, me sentindo um lixo. Minha alta estima estava zero. Logo eu que sempre fui alto astral. Minha mãe veio conversar comigo. Mãe sempre sabe o que dizer. Ela disse que isso não era a última desilusão que eu iria ter. E que eu vou ser feliz, mas que a vida vai me ensinar a ser forte primeiro. Meu pai não dizia nada e nem precisava o abraço dele já era tudo que eu precisava. Meu irmão mais velho Jeremy era superprotetor, primeiro ele disse:

-Lena, eu e o Beto te avisamos que ele não prestava que era um playboy mimando sem caráter.

Logo se arrependeu.

-Lena, desculpa. É que eu to com muita raiva do que ele te fez. Isso não se faz.

-Tudo bem Jer, vou ficar bem. Sabe, isso teve um lado bom. Estou vendo o quando sou amada. Eu amo todos vocês.

Meu irmãozinho Rafa tem 7 anos. Não entendia bem o que estava acontecendo. Foi então que ele veio sentou no meu colo e disse:

-Mana, eu tenho 2 melhores amigos, posso pedir pra eles me ajudarem a bater no Davi se você quiser.

Rimos muito. Rafa era uma criança abençoada. Sempre tinha algo engraçado pra dizer.

-Rafa, sua proposta não é ruim. Mas prefiro que ninguém mais da nossa família tenha contato com ele. Muito obrigada.

Minhas amigas Carol e Bonnie me apoiavam em tudo. Carol sempre mais avoada e Bonnie eram a pé no chão da turma. Ela não bebia e cuidava da gente quando nos passávamos nas festas.

Confesso que ver Davi todo o dia na escola não me ajudou muito. Meu sorriso morria toda vez que nossos olharem se cruzavam. Eu o amava. Ele era meu príncipe encantado. E acho que foi isso que mais me doeu. Foi ver meu castelinho de areia desmoronando.

Beto estava empolgado naquela manhã, iria viajar para a Espanha e visitar uma tia e o primo que moravam lá. Ele gostava muito dessa Tia Jena e do primo Stefan. Eles vieram algumas vezes pra cá nas férias de verão. Conheci Stefan quando tínhamos 6 anos. Depois nunca mais nos vimos, quando ele vinha eu estava sempre viajando de férias com meus pais.

Éramos amigos no facebook. Mas nunca nos falamos.

Na educação física a professora explicava algumas táticas de vôlei. Ela passava alguns vídeos com lances dos jogos das seleções.

Todos olhavam atentamente o que achei estranho, pois nunca paravam pra olhar essa coisa. Foi quando ela passou o próximo vídeo que começou um vídeo do Davi com a Lexi , eles estavam de beijando e Davi dizia:

- Você sim é de verdade. Faz 6 meses que eu e a Elena estamos juntos e nada ainda. Ela é infantil, vazia. Só se preocupa com a aparência. Vou ficar com ela até conseguir o que quero e depois já era.

Senti meu rosto ficar vermelho.

A professora apavorada tentava em vão desligar o equipamento. Todos na sala riram. Nunca na minha vida fui tão humilhada. O que eu fiz pra merecer isso? Nunca fui grosseira, mal educada com ninguém. Olhei para Davi e ele estava branco, parecei que estava em choque. Lexy estava do seu lado com um enorme sorrido no rosto.

-Ora, coitadinha da Eleninha! Perdeu. Acostume-se querida. Nem sempre se pode ter tudo. Disse Lexy.

Levantei e sai da sala bem devagar. Bati na porta da sala de Jer e pedi para a professora para falar com ele.

Quando Jer apareceu eu desmoronei. Chorei um choro sentido, dolorido. Beto, Carol e Bonnie chegaram em seguida e contaram pra ele o que havia acontecido. Eu não conseguia falar.

Jer me soltou e saiu.

Carol disse:

-Lena, eu não sei o que e falar. Ele é ridículo.

Bonnie disse:

-Beto, vamos levar ela pra casa. Chega de escola pra nós hoje.

Bonnie era decidia. Sempre tomava as decisões corretas.

- Mas antes vou ver o que Jer foi fazer, pelo jeito que ele saiu, se ele encontrar o Davi ele mata.

Beto saiu e voltou com Jer segurando a mão que estava vermelha.

- O que aconteceu perguntei?

- Dei uma lição nele. Ele vai pensar duas vezes antes de se meter com você novamente. Disse Jer.

- Jer, não. Você é melhor que ele. Não precisamos disso.

- Vamos. Disse Beto.

Saímos e todo colégio ficou olhando. Uns davam risada. Outros me olhavam com pena. Não sei o que era pior.

Quando chegamos a casa, minha mãe veio correndo e perguntou:

- O que aconteceu que estão todos em casa uma hora dessas?

Abracei-me na minha mãe e chorei mais. Não sabia que ainda tinha alguma coisa pra chorar, mas, tinha.

Depois contei para ela o que havia acontecido.

Ela ficou brava, disse que iria ao colégio no dia seguinte.

Logo meu pai chegou a casa. Jer se encarregou de contar o que havia ocorrido mais cedo.

Eu estava em meu quarto, deitada. Não estava acreditando nas votas que a vida dá.

Meu celular não parava de chamar, apitar. Sabia que eram meus amigos me mandando Whats zapp pra saber como eu estava.

Não tinha vontade de atendeu. Nem responder.

Meus pais bateram na porta do meu quarto e entraram. Sentaram na minha cama e perguntaram se eu estava mais calma.

-Pai, mãe. Que queria pedir uma coisa. Gostaria que vocês pensassem com carinho.

-Pode falar filha, eu e seu pai escutaremos com maior prazer. Disse minha mãe.

- Faremos tudo que estiver ao nosso alcance filha. – Disse meu pai.

- Gostaria de saber se tem como eu ir estudar em Nova York, Gostaria de fazer um curso de Contabilidade que tem lá. Dizem que é ótimo. E no momento acho que sair daqui de Mystic Falls me faria bem. Termino meus estudos lá. E já faço o curso. Falei

Meus pais se entreolharam.

- Vou pensar filha. Mas se é o que você quer. Amanhã te dou a resposta. Pode ser? – falou meu pai.

- Sim pai. Sem problemas. Eu disse

Meu pai saiu do quarto. E minha mãe falou:

- Lena, minha doce e amada filha. Quando você nasceu eu sabia que era pura e inocente demais para esse mundo. Você e seus irmãos sempre nos deram alegrias. Sempre tão estudiosos e responsáveis. Eu só tenho que agradecer a Deus os filhos que eu tenho. Não quero que pense que o que aquele rapaz falou é verdade. Nem que pense que você merece está passando por isso. Você não é vazia. Coisas ruins acontecem com todo mundo. Nunca mude a tua essência. Ela é linda e eu tenho orgulho disso.

Eu já estava chorando. Doía-me sair de casa. Deixar meus pais e meus irmãos. Mas eu precisava disso. Desse tempo pra me encontrar.

- Mãe, eu amos vocês. Obrigada por tudo. Estou me sentindo perdida no momento. Acho que estou sendo fraca, que estou fugindo da situação enquanto eu deveria ficar e encarar. Mas e se eu não conseguir? E se eu me machucar mais? Prefiro ir pelo caminho seguro.

- Eu sei minha pequena, acho que deves ir. E amadurecer. Mas essa atitude de fugir não deve repetir nas próximas vezes. Acho que agora não é o caso de ficar e encarar. Deve pensar em ti. Porque situações como esses a vida está cheia. Disse minha mãe.

Abraçamos-nos e ela saiu.

Senti-me mais aliviada.

No outro dia, era sábado graças a Deus. Não tinha aula. Acordei tarde, tomei um banho e liguei para meus amigos. Combinamos de nos encontrar a noite no Mystic Grill.

Fiquei em casa o dia todo com meus pais e meus irmãos. Estava tudo bem.

Meu pai na hora do almoço disse:

-Lena, eu e sua mãe conversamos e decidimos que você pode ir estudar em Nova York.

Chorei de alegria, alivio e tristeza.

Pode uma pessoa sentir isso ao mesmo tempo?

Pode. Pois, foi o que senti. Levantei e abracei os 2 .

- Se Lena vai pai, eu também quero ir. Não posso deixar ela sozinha em uma cidade grande. Disse Jer.

- Na verdade filho, íamos conversar sobre isso com você, gostaríamos mesmo que fosse. Daria-nos uma tranquilidade maior sabendo que tem um ao outro. Disse meu pai.

Não estava acreditando. Não havia caído minha ficha. Eu ia embora. Vida nova. Nova chance.

No MYstic Grill a noite, bebi todas. Queria me sentir mal. Acho até que era uma forma de autopunição. Estava feliz, mas estava vendo que faria meus pais sofrem. Que ódio disso tudo, que raiva dessa gente, que raiva do Davi, da Lexy e de toda a turminha deles.

Contei para o Beto, para a Carol e para Bonnie que iria embora. Eles ficaram chocados com a notícia. Mas estavam felizes por eu estar feliz.

- Eu vou te visitar sempre que der. E falar com você no What’s e Skype todos os dias. Disse Beto.

- Eu vou tirar minha carteira de motorista de uma vez pra gente ir te visitar. Eu amo você amiga. Disse Bonnie.

- Não vou chorar! Estou feliz! Você precisa disso. Disse Carol.

Eu sou sortuda mesmo. Tenho uma família e amigos perfeitos.

Na segunda feira fui ao colégio cedo e me informei do que precisava para transferência de colégio. As 10 horas eu e Jer estávamos prontos para irmos pra Nova York.

Despedimos-nos do Pai, da mãe e do Rafa. Fomos no carro de Jer.

A viagem foi legal, fomos parando e passeando. Conversamos sobre um monte de assuntos diferentes.

- Lena, eu sinto que você está nervosa. Vai ficar tudo bem. Vai dar tudo certo. Você nunca está sozinha. Eu sempre vou estar por perto. Disse Jer.

Senti as lágrimas rolarem.

- Obrigada Jer. Você é o melhor irmão do mundo. Eu te amo muito. Respondi.

- Sabe, eu estou te ajudando, mas você não tem noção do quanto está me ajudando também. – Falou Jer.

Não entendi nada, como assim? Não precisei falar olhei para ele com uma cara desconfiada e ele seguiu falando.

- Lena, eu sempre fui apaixonado pela Bonnie. Eu a amo de uma forma que não sei explicar. E ver que ela está com Matt agora me deixou louco. Não consigo dormir, comer, estudar.. nada. Eu sei que deveria falar para ela. Mas como? Ela parece tão feliz.

- Jer, não sei o que te dizer. Pegou-me de surpresa. Nunca pensei que você amasse a Bonnie. Eu vi o jeito como olhava para ela e como a tratava. Mas que era amor. Jer.. eu sinto muito. Ela também nunca comentou nada além de dizer que você era bonito, inteligente, atencioso e que gostava do seu jeito se ser. Eu falei.

Ele me olhou esperando que eu falasse algo mais.

- Eu acho que você devia falar mesmo assim. Não sei. Ficar engasgado com isso deve ser ruim demais. Dei uma risada sínica. Olha que falando eu que preferi sair da cidade ao encarar Davi novamente.

-Lena. Foi o melhor. Pra nós dois. O tempo é o melhor remédio. – disse Jer.

Chegamos em NY e procuramos um apartamento para morar. Achamos um bem localizado, perto do meu novo colégio e da Universidade onde Jer iria cursar Direito.

Nossa vida lá estava maravilhosa. Fizemos novos amigos, novos romances. Mas sentíamos muita falta de Mystic Falls. Sabiamos que iríamos ter que voltar. Que lá era o nosso lugar.

Conheci pessoas maravilhosas Natalie era uma amiga incrível também, Roger era um amigo colorido. Tayler era amigo de Jer, eles eram muito unidos.

Beto vinha sempre que possível nos visitar, assim como Bonnie e Carol. Carol estava numa faze deprê. Autoestima baixa. Sei como é.

Beto eu nos falávamos todos os dias desses 2 anos.

Ele estava empolgado e feliz pois a Tia Jena e o primo Stefan estavam vindo morar em Mystic Falls. Stefan se formou em medicina e iria trabalhar no hospital da cidade junto com meu pai.

Eu estava feliz por eles.


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