September, 4th of 2019.

Geral’s P.O.V.

A noite calma tomava conta do vilarejo de Godric’s Hollow. Molly estava sentindo-se extremamente sozinha, uma vez que as aulas de Lily já haviam começado. A casa dos Potter era habitada pelo casal, por seu filho mais velho e a sobrinha, que acolheram alguns meses antes. Ginny e Harry haviam sido convidados para um jantar dos aurores, deixando assim James e Molly sozinhos em casa. Antes de sair, Gina havia perguntado à sobrinha se tudo estava bem, e mesmo omitindo um desconforto no abdome, Molly respondeu que sim. A mulher pediu com que, qualquer coisa, ela os avisasse, e a sobrinha obedeceria. Já faziam pelo menos 2hrs que seus tios haviam deixado a casa e a ruiva sentiu as pernas molhadas enquanto lia, como se tivesse feito xixi na roupa. O desconforto tornou-se dor, uma dor alucinante que ia e voltava. De repente, a ficha caiu. Ela daria a luz naquele mesmo dia. E estava sozinha na casa, com James. Num intervalo das dores, limpou a cama tirando-lhe o lençol deixando a janela aberta para que secasse o colchão, tomou um banho e vestiu um baby doll mais arrumadinho, caso tivesse de ir ao hospital quando os tios chegassem. Havia escrito alguns bilhetes com o anúncio e estava descendo as escadas para entregá-los à coruja do casal quando sentiu-se tonta e segurou com força na parede, o que causou um barulho mais alto. James, que estava na sala jogando videogame, parou o jogo e franziu o cenho. Ele não conversava mais com a prima desde a visita do amigo da mesma, mas viu que ela não estava muito normal.

— Molly, você está bem?

— N...não se preocupe. — E ao dizer isso, ela pisou falso nos dois últimos degraus e caiu desacordada na escada. Havia desmaiado. James largou a manete no chão e correu para socorrê-la.

— Molls? Molls, fala comigo! — O garoto apertou o pulso dela e sentiu as batidas fracas, e por isso usou o máximo de sua força para carregá-la. Molly estava magra demais, ele notou, mesmo para uma grávida. Sua barriga era enorme, mas seus pulsos e tornozelos estavam mais finos que o normal. Ela estava tão frágil. Carregou-a para a chaminé e usou a Rede de Flu para levá-la ao St. Mungus, porque a ouvira comentar que aparatar grávida era perigosíssimo.

Na urgência do hospital, que parecia atender muito mais casos mágicos do que situações como aquela, ele a colocou numa maca onde enfermeiros a levaram para uma sala cirúrgica. James notou então o sangue em suas roupas e braço, e começou a chorar. Usaria o Corujal de urgência do hospital para avisar a todos, mas não sairia da porta daquela maldita sala enquanto não tivesse notícias da ruiva. E foi então que ele sentiu: ainda amava com todo o coração.