Crimson Day. escrita por mschoiseul


Capítulo 5
Capítulo 5.




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June, 02th of 2019.

Molly II’s P.O.V.

Homens são criaturas completamente esquisitas, não é? É. Até o dia da briga de James e Seth, meu ex-namorado só se dirigia a mim pra me humilhar, depredar e criticar. Seth só sabia evitar o assunto James e inevitavelmente, eu também. Se falasse dele com o ravino, seria cortada pelo bem do bebê. Com Lils, a mesma coisa. Lucy? Nem se fala. Aquilo estava me deixando sufocada e sentia que deixar tudo guardado estava causando o efeito contrário à que meus amigos queriam que fizesse. Entretanto já faziam tanto por mim que eu não me sentia no direito de contestá-los, então, escrevia num diário sobre ele. Não era bem um diário, porque não tinha aquelas idiotices de “Querido Diário” e muito menos baboseiras demais como teria se fosse há três anos atrás. Tenho até vergonha de ler meus diários do quarto ano pra baixo. Estava com o tal diário em mãos, debaixo de uma árvore nos arredores do castelo quando fui convocada por um aluno pequeno da Lufa-Lufa.

— Você é Molly Weasley, né? Por favor, diz que sim. — Dizia o moreno que provavelmente era primeiranista, ofegante. Apenas assenti à sua pergunta e ele sorriu aliviado. — Ufa! Andei na escola toda atrás de uma ruiva de olhos azuis da Grifinória. E grande. A professora McGonagall quer falar contigo, Molly. E é... urgente.

— Obrigada...? — Esperei que ele me dissesse seu nome, com um sorriso leve.

— Nicholas.

— Nicholas. Estou indo ao encontro dela logo, logo. — Respondi engolindo em seco, e o garotinho voltou correndo para o castelo. Juntei meu material na minha mochila, que era de uma alça só, daquelas de transpassar no pescoço. O que McGonagall poderia querer comigo? Rezei para que não fosse nada relacionado à minha gravidez ou algo do tipo. Eu tinha escondido tão bem! Cintas, roupas largas, sair pouco... suspirei enquanto andava até dentro da escola. Subi à sala da diretora sem nem passar na Comunal da Grifinória nem nada do tipo. Estava nervosa com a situação, suando frio e tremendo. Bati na porta e ela não demorou a se abrir pra mim.

— Senhorita Weasley? Entre, por favor, querida. — Ouvi a voz de McGonagall chamar-me e então a obedeci, com uma postura exemplar. Mordi o lábio inferior fechando a porta atrás de mim, e então segui até a frente de sua mesa.

— Boa tarde, professora. Queria falar comigo?

— Sim, eu queria. Quero, na verdade. Estou preocupada com alguns rumores que chegaram até mim. Como você está, Molly, querida?

— Muito bem, professora. Se me permite... que tipo de rumores? — Perguntei, ansiosa, sentindo as bochechas queimarem.

— Eu a chamei aqui justamente por isso. Alguns cogitam que você esteja... grávida, Molly. — E então, senti meus olhos encherem de lágrimas. — Sei que você é uma garota de família reconhecida por todos nós aqui na escola e por isso não passa tão despercebida quanto pensa, minha querida. Você conhece as regras da escola, e eu me pergunto o que faria a filha de Percy Weasley quebrar justo as mais... como posso dizer? Visadas. O namoro não é proibido, como você sabe, mas é mais do que proibido manter relações sexuais por aqui. É digno de expulsão, Molly. E agora, vendo-a de perto, noto que é a mais pura verdade. Além disso, você terá de entregar quem fez isso junto à você. Há algo que queira dizer em sua defesa?

A princípio, engoli em seco e cogitei negar e aceitar a expulsão, mas então ouvi o que ela dissera sobre minha paternidade. Ora essa. Eu já havia tomado detenções antes, já havia aprontado com meus primos, mas só por ser filha de um grande ex-monitor chefe, eu deveria ser como ele? Não, não e não.

— Na verdade, professora, há... sei que isso vai contra os princípios da escola e eu geralmente ficaria quieta e aceitaria qualquer coisa vinda de uma autoridade, mas isso não foi... isso não aconteceu aqui, professora McGonagall. Aconteceu durante o feriado de Natal, fora e bem longe dos terrenos do colégio. Por isso, seria hipócrita comigo mesma e com.. com meu filho se eu aceitasse ser expulsa. A senhora pode conferir na lista dos que foram pra casa... no feriado, eu estava com minha família. — Argumentei, com o tom de voz baixo. — Além disso... só faltam duas semanas e meia para que eu me forme. Não posso continuar disfarçando? Por favor, professora, me deixe terminar o ano! — Implorei com o tom de voz apelativo, assim como o olhar. Era raro que eu usufruísse do meu poder de persuasão com uma autoridade, mas eu precisava. Se fosse para casa mais cedo, meu pai me mataria, junto ao meu filho.

— É complicado, Molly... muito complicado. Prometo pensar sobre o assunto, mas por enquanto permaneça assim. Não fale com ninguém que já não saiba sobre a gravidez e não espere muito de mim... vou ter de estudar o seu caso com cautela. Muita cautela. Imagino que não queira que eu contate sua família...?

— Se possível, professora. Eu gostaria muito de terminar meu último ano, e caso meu pai fique sabendo... ele mesmo me impedirá. — Sussurrei ainda usando um pouco de persuasão.

— Muito bem. Agradeço por ter me contado a verdade, senhorita Weasley, e acho que poderemos manter esse segredo. Continue com a discrição, certo? Devo ressaltar a falta de responsabilidade dessa ocasião, mas... no que eu puder ajudá-la... — Respondeu a diretora, levando-me à porta e abrindo-a pra mim. Saí de sua sala aliviada, e então corri ao salão principal à procura de minhas amigas ou de Seth.

Infelizmente, tudo o que encontrei foi James, Fred II e Louis. O primeiro me olhou e desceu os olhos para minha barriga, o que me fez corar imediatamente. Pensei na possibilidade de procurar pelas minhas primas, mas tudo o que fiz foi sair dali. Ou quase. Seth veio correndo atrás de mim com um sorriso e me abraçou forte.

— E aí, gata? — Perguntou apreensivo, e eu sorri.

— Ela deixou. E nem vai contar pros meus pais! — Anunciei num sussurro em seu ouvido, e então ele me pegou e rodopiou-me no ar. Meus olhos, durante um giro, passaram por James e ele parecia ter ódio. Ódio não... ciumes. Mordi o lábio inferior e desci nos braços de meu amigo, puxando-o para longe dali. Fomos até à Torre de Astronomia, onde sempre conseguíamos privacidade, e então pude contar com detalhes minha conversa com a professora McGonagall.

— Moll, você já notou que sua barriga tá imensa pra seis meses, né? — Comentou o rapaz, levando a mão à minha barriga. Engoli em seco, e lhe lancei um olhar confuso.

— O que... o que você quer dizer com isso?

— Que ou seu filho é enorme, ou... — Ele parou ali. Eu sabia da possibilidade, haviam históricos na família, ele não precisava continuar.

— Eu sei.


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