Crimson Day. escrita por mschoiseul


Capítulo 4
Capítulo 4.




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May, 22th of 2019.

James’s P.O.V.

A noite, depois do jantar, a professora McGonagall veio até a Enfermaria, onde haviam servido uma sopa horrível para enfermos, que eu me recusei a comer. Como minha cama era mais afastada da entrada, ela falou um pouco mais alto comigo.

— Senhor Potter, por favor nos acompanhe. — Ela se referia ao bastardo, que iria junto à sala dela.

Caminhamos em silêncio até os aposentos da diretora, e ao adentrá-los, ela pediu que ficássemos lado a lado.

— Em primeiro lugar, eu gostaria de saber o que os levou a isso, senhores Von Russell e Potter. Completamente desnecessário e digno de punições. Comece falando, senhor Potter. Ouvi que ficou em desvantagem. — Estreitei os olhos e ela ergueu mais a cabeça, esperando que eu falasse.

— Bom, eu... fui atrás do Russ.. Von Russell no salão, Intencionado a brigar, mas com socos mesmo, sem magia. Achei que eu precisaria detoná-lo sem nenhuma ajuda. Mas é claro que não pensei que sairia perdendo. Eu só me distraí e... — Fui interrompido pela diretora, que suspirou.

— Não quero que me conte sobre o ato, senhor Potter, e sim os motivos que levaram a fazê-lo. — Exigiu a senhora, e eu assenti.

— Ciúme.

— Céus. — Ela suspirou novamente e dirigiu o olhar a meu adversário. — Explique-se, senhor Von Russell.

— Eu nada tenho a dizer, sra. McGonagall, apenas agi em legítima defesa. — Reprimi uma revirada de olhos ao ver o idiota bancando a vítima. Minhas mãos estavam entrelaçadas atrás de minhas costas, numa postura exemplar. Eu só queria sair dali logo, cumprir a porra da detenção e ir deitar. A mulher assentiu e pela milionésima vez, suspirou.

— Eu esperava melhores modos de alunos dessa instituição. Sinceramente, senhores Potter e Von Russell, ambos feriram o orgulho de vossas casas. 20 pontos lhe serão tirados para que aprendam a respeitar os outros. E que não haja uma próxima vez. — Deu o veredicto, e eu assenti, com o rabo entre as pernas. — Uma coruja será enviada à vossas famílias deixando-as a par do incidente. Como detenção, irão aos arredores da Casa de Hagrid, na Floresta Proibida, capturar 30 diabretes da cornualha de um enxame que está atrapalhando as aulas de Trato das Criaturas Mágicas do terceiro ano. Depois de pegá-los, quero que detenham as criaturas restantes. — Arregalei os olhos direcionando-os à minha diretora, que me olhou com uma expressão insatisfeita. — É muito difícil pra você, senhor Potter? — Neguei com a cabeça. — Ótimo. Não precisarão da companhia do nosso zelador, afinal são setimanistas e sabem se defender muito bem, conforme comprovaram. Boa missão, senhores. E boa noite. — Disse entregando-nos uma gaiola que ficaria meio apertada para trinta diabretes. Seth pegou-a e depois de nos despedirmos cordialmente, saímos em direção à Floresta Proibida.

Seth ficou calado durante todo o percurso, enquanto eu bufava de cinco em cinco minutos insatisfeito com a detenção. Quando chegamos no local, já pudemos ver alguns insolentes diabretes. Empunhei a varinha e olhei para o menino loiro.

— Qual a estratégia? — Perguntei, indiferente.

— A mais óbvia de todas. Immobilus e então os recolhemos.

— Ah, tá, senhor gênio. E com o resto?

— Não sei, não. Talvez jogá-los no Lago Negro. — Deu de ombros, deixando a gaiola aberta a postos. Aproximamos do enxame e então o zunido de suas asas já era audível, assim como seus grunhidos. Apontando a varinha para a árvore oca a qual haviam escolhido de moradia, entoei:

— Immobilus! — E no mesmo segundo os ruídos pararam. Corri até a árvore com o ravino atrás de mim, e fui juntando diabretes para entregá-lo enquanto ele trancafiava os mesmos. Não sei se chegaram a trinta, só sei que assim que Seth fechou a gaiola, o enxame voltou ao normal. Puxavam nossas vestes e cabelos, enquanto nos defendíamos com feitiços simples aprendidos no primeiro ano.

— Ai, caralho! James, vou precisar ir até à cabana de Hagrid deixá-los antes que os soltem e trazer uma cesta pra colocar o resto e mandá-los pro Lago! — Gritou Russo, e eu protestei.

— Como vou saber se não está me passando pra trás?

— Isso é uma detenção conjunta, vai ter que confiar em mim!

— Confiar em você... Tá, tá, tá! Não demora! — Bufei o deixando ir, combatendo os diabretes infelizes. Bem que meu pai dissera da vez em que ele e meus tios tiveram que deter os diabretes na sala de DCAT. — Peskipiksi Pesternomi! — Proferi, e eles pararam de me infernizar. Juntei-os dentro da árvore novamente à espera de Seth, e não demorou muito para que ele voltasse ofegante com uma cesta enorme. Abriu-a perto de mim e fomos colocando-os dentro dela, e foi preciso mais umas duas entoadas de “Immobilus” para conseguirmos terminar o serviço. Quando acabamos, suspirei aliviado e ouvi Russo fazer o mesmo. Lançou um “Vingardium Leviosa” sobre a caixa e a guiou até uma orla longínqua do Lago Negro oposta à que estávamos. As águas negras refletiam a imagem da Lua Cheia e ouvimos um uivo ao léu.

— Tá vendo, Potter? Podia ser pior. — Caçoou rindo ao se referir ao uivo, provavelmente proveniente de um lobisomem. Dei uma risada seca, e então comecei a seguir em direção à cabana de Hagrid, onde explicamos os Diabretes. Ele fizera questão de mantê-los em sua casa, e eu não fiz a menor questão de que fosse diferente. Pelo resto do trajeto até o castelo, me mantive quieto e satisfeito com a conclusão do serviço. Estávamos prestes a nos separar nas escadas quando Seth me puxou pela camisa e me olhou sério. — Pega leve com a Molly. — Pediu, e vi que era sincero.

Assenti, descendo os olhos e o garoto me soltou.

— Cuida bem da minha ruiva. — Respondi, sem pensar antes de falar. Ele deu um sorriso breve e se dirigiu à sua comunal, enquanto eu fiz o mesmo. Estava precisando de um bom banho, afinal.


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