The Road Behind Us escrita por Ethereal Serenade


Capítulo 3
Capítulo 3 — About the truth


Notas iniciais do capítulo

Atualização dupla, pois hoje é meu aniversário e o presente é dos leitores =)
(que frase mais cafona, parece aquelas falas de promoção de loja UHASUHAUSHUAH)

Boa leitura o/



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A manhã começou ensolarada. Ellie despertou com a luz do sol que atravessou a janela, tocando suas pálpebras com uma sensação agradável de calor. Sentiu um cheiro convidativo de comida sendo preparada, e rapidamente se levantou, descendo as escadas indo em direção a cozinha.

Encontrou Joel lá, cozinhando algo que ela não soube o que era, até ver cascas de ovos em um canto perto da pia. Ele se virou, colocando os ovos mexidos em porções iguais em dois pratos, onde já continham fatias de bacon. Ao ver Ellie, cumprimentou-a:

— Bom dia.

— Bom — Ela suprimiu um bocejo. — dia. Cara, isso cheira bem.

— Deve estar melhor do que comer coelhos de fogueira. — Disse, num gracejo. Foi até a geladeira e pegou uma garrafa de leite. — Ei, Ellie, há quanto tempo você não toma um desses?

Os olhos de Ellie brilharam. Tentou se lembrar da última vez que havia tomado, porém a imagem que lhe vinha a cabeça era quando era bastante jovem, talvez tivesse cinco ou seis anos. Mas o que realmente importava de se lembrar — o sabor — fora incapaz.

— Tem anos!

Joel encheu dois copos com o leite, devolvendo a garrafa à geladeira. Colocou os dois copos dentro do micro-ondas. Ajustou o timer e a potência e ligou o aparelho. Ellie parecia maravilhada ao ver o funcionamento do aparelho.

— Acho que havia algum tipo de alarme para avisar que estava pronto, não me lembro. — Comentou Joel.

Trinta segundos depois, um ruído apitou pausadamente por algum tempo, e as luzes interiores do micro-ondas se apagaram. Joel pegou os copos que soltavam uma leve fumaça e deu uma Ellie.

Wow, é assim que funciona essa coisa? — Ela estava genuinamente surpresa; parecia uma verdadeira mágica diante de seus olhos.

— É. Fácil, não?

Eles pegaram seus pratos e talheres e levaram para a sala de jantar. Joel ficara surpreso ao ver que não tinha ficado tão ruim quanto achou que sua comida estaria. Viu que Ellie pensava exatamente o mesmo; comia rapidamente, parando apenas para tomar grandes goles de leite.

Ouviram batidas na porta e Joel se levantou para atender. Na soleira, encontrava-se Tommy e Maria.

— Ei, bom dia. — Saudou Tommy. — Qual é a sensação de se dormir em paz?

— Estranha. — Joel admitiu. — É difícil dormir sem ter que estar atento a tudo ao seu redor.

— Você se acostuma. — o irmão mais novo garantiu. — É uma questão de tempo.

— Ah, oi Tommy, oi Maria. — Saudou-os Ellie assim que os viu.

— Ei Ellie — Maria a chamou. — O que você acha de um passeio pela cidade?

Embora o convite parecesse ser uma boa proposta, Ellie não se sentia confiante o suficiente para se afastar de Joel. Ela lançou um olhar a ele, como se aguardasse uma resposta que indicasse se ela poderia ir ou não. Ele assentiu. Era o mesmo olhar que ela direcionara quando tiveram que se separar brevemente na barragem da usina. Era uma situação bastante semelhante.

— Vá lá, Ellie. — Disse, tentando estimula-la de alguma forma. — Só não vá se perder.

— Claro Joel. — Respondeu ironicamente, enquanto ia em direção as escadas. — Só vou mudar de roupa.

— Vou lhe mostrar o perímetro da cidade e das áreas mais distantes. — Tommy informou. — Torres de vigia, portões, postos, essas coisas. Primeiro iremos aos estábulos pegar alguns cavalos, e então partiremos para essa pequena jornada.

Ellie desceu instante depois, com uma das camisetas que recebera de Maria e uma jaqueta jeans. As duas se despediram, e antes que Ellie saísse, ela olhou para Joel mais uma vez, com certa relutância no olhar. Ele apenas assentiu, indicando para que ela fosse.

— Então, — Tommy o chamou. — Vamos?

Caminharam até uma área próxima a um dos portões oeste da cidade, onde havia um estabulo. Um jovem loiro e uma garotinha muito semelhante a ele cuidavam de um cavalo negro, escovando os pelos. O rapaz cumprimentou os dois, enquanto que a menina apenas os observava com curiosidade.

******

Cavalgavam calmamente pelas elevações das áreas mais afastadas da cidade. Aquela parte, se seguisse em frente pela estrada que alternava entre terra e asfalto, chegaria a usina. Muitas das casas que havia ali se encontravam diferentes desde que Joel estivera naquela parte; aparentavam estarem sendo cuidadas, e seus terrenos delimitados por cercas contavam agora com a presença de alguns animais.

— Há mais uma torre, em meio àquela elevação ali — Indicou uma área em meio aos pinheiros por detrás das residências. — E outra há alguns metros adiante.

Tommy havia explicado sobre as torres de vigilâncias e os portões: norte, sul, leste e oeste, um portão guarnecido por duas torres estava em meio aos muros. Explicou sobre a mudança de turnos e como funcionavam, bem como os vigilantes que atuavam na usina. Contou também sobre o portão leste que se encontrava frágil, bem como o muro que o sustentava. E por último, informou acerca das casas daquela área mais afastada, onde seus residentes cuidavam tanto dos animais quanto realizavam vigílias.

— Tommy, você sabe se há algum lago por aqui?

— Lago? Bem... Não. Mas tem o rio Creek, próximo da usina. A correnteza é bem leve naquela área. Você planeja pescar, ou algo assim?

— Eu... — De repente se sentiu um tanto sem jeito em explicar sua pergunta. — prometi a Ellie que a ensinaria a nadar. Quero manter minha palavra.

Mantiveram-se em silêncio por algum tempo, e o único som era o trote dos cavalos e o som de alguns pássaros distantes. Joel sabia que aquela visita dele não era apenas para mostrar as torres e explicar o funcionamento de turnos, e suspeitava de que aquele era apenas uma desculpa que ele arranjou para afastá-lo de Ellie. Sabia que seu irmão desejava saber o que acontecera naquele tempo em que ele e Ellie haviam partido.

— Então — Tommy iniciou, hesitante. Joel sabia exatamente o que ele estava prestes a perguntar, e aquilo lhe causou uma desconfortante sensação de náuseas. — O que aconteceu ano passado? Sei que alguma coisa aconteceu, Joel. Posso ver isso em você.

Joel encarou os pinheiros, passeando os olhos pelas fazendas que iam ficando para trás lentamente. O cavalo no qual Tommy estava trotou um pouco mais rápido, até que chegou ao seu lado. Sentia o irmão encarando-o, aguardando pacientemente pela história. Lembrou-se da primeira vez que esteve na usina, quando ele disse “Minha causa é a minha família agora”. Ele entenderia, Joel pensou. Afinal, como não compreender depois de ter perdido Sarah? Permaneceu alguns segundos em silêncio até conseguir responder.

— Eles tinham abandonado aquele lugar.

— Sério?

Joel assentiu.

— Mas que merda. Sinto muito, mas era o único lugar que eu sabia para onde tinham ido.

— Não se preocupe com isso.

— E depois, o que houve?

As imagens dos acontecimentos posteriores ida à universidade do Colorado vieram a sua mente feito uma cascata. Com um suspiro profundo, Joel continuou.

— Encontramos um gravador, dizendo que eles tinham ido para o Hospital Saint Mary. Quando estávamos para ir, eu peguei uma bela queda em cima de um vergalhão que quase me matou. Se não fosse pela — Algo pareceu entalar em sua garganta. Pigarreou discretamente e tão logo prosseguiu. — pela Ellie, eu estaria morto. Ela lutou contra alguns caçadores que estavam atrás da gente, conseguiu costurar a ferida e ainda pode arranjar remédios. Ela... salvou a minha vida. — Aquele fato até então lhe causava uma pontada de orgulho em relação à Ellie. Desta vez, no entanto, lhe causou um amargo pesar, e ele sabia exatamente por quê

— Ela é uma menina forte. — Tommy comentou.

— Você não tem ideia. — Joel deu meio-sorriso. De uma maneira curiosa, sentiu orgulho ao ouvir aquilo de terceiros. — Quando nós estávamos finalmente prontos, nós fomos para Salt Lake City.

— Como assim preparados? — Ele arqueou as sobrancelhas. — Aconteceu alguma coisa?

— Sim. O inverno foi... um inferno, especialmente para ela. — A imagem de Ellie dilacerando o rosto de David lhe parecera incrivelmente nítida, e lhe causou um desconfortável arrepio na espinha e um repentino acesso de náuseas. — Olhe, é uma longa história, e ela ainda não superou totalmente o que aconteceu. — Joel pausou brevemente, encarando o irmão. — Ellie ficou muito abalada com tudo o que houve.

Tommy compreendeu que seu irmão não desejava entrar em detalhes, e tão pouco ele queria incitá-lo a dar prosseguimento àquele episódio, relevando o notável desconforto que aparentou.

— E então... — Tommy prosseguiu. — O que aconteceu em Salt Lake City?

Joel ficou tenso de repente; era como se uma tonelada tivesse sido colocada sobre seus ombros.

— Bom... Encontramos os Vagalumes.

Tommy ficou em silêncio, aguardando Joel prosseguir com a narrativa.

— Estávamos tentando encontrar um meio de chegar ao hospital. O único caminho era o túnel, e ele estava abarrotado de infectados. Encurtando a história, chegamos ao túnel que nos levaria para Saint Mary, mas ele estava inundado. Ellie tentou me salvar quando cai em um ônibus. E ela não sabia nadar, e acabei tendo que salvá-la. Quando chegamos à superfície, encontramos os Vagalumes. Ou melhor, eles nos encontraram.

A mente de Joel foi assaltada lembranças daquela noite. Você não pode salvá-la. Você não pode salvá-la. Parecia que o fantasma de Marlene estava gritando em seus ouvidos aquela maldita sentença.

— E então? — Tommy o chamou-o para a realidade. — O que aconteceu?

— Eles me nocautearam. — Continuou. Ainda ouvia Marlene dizer Era o que ela queria. — Quando acordei, estava em Saint Mary, e Marlene estava lá.

E você sabe disso.

— Já faz algum tempo que eu não ouço esse nome. — Tommy falou com um ar nostálgico. — Como ela estava?

— Eu pedi para vê-la, mas ela disse que Ellie estava na sala de cirurgia. — Ignorou a pergunta do irmão, se adiantando. — A infecção cresce no cérebro... — Sua voz soou como uma profunda lamentação. — Eu não podia deixar... não podia...

— Joel — Tommy o chamou com a voz dura, e havia temor em seus olhos. Sentiu uma onda de apreensão lhe apossar, temendo o que estaria prestes a ouvir. — O que foi que você fez?

— Eles teriam que matá-la para fazer uma cura. — Joel respondeu, ligeiramente aumentando seu tom. — Eu não podia perdê-la... Não depois de Sarah... — Tais palavras saíram com profundo pesar, e havia certa vacilação nelas.

— Joel...

— Eu... merda, eu matei todos os que se puseram em minha frente. — Declarou Joel rapidamente. — Eles nunca teriam me deixado chegar até ela, nunca. Então eu fiz...

Quando a infecção havia começado a se alastrar e eles estavam vivendo nas zonas de quarentena, Tommy vira Joel recorrer a todos os meios para sobreviver. O vira matar várias pessoas, talvez centenas delas sem sentir remorso ou demonstrar o mínimo de compaixão.Eram outros tempos, ele dizia a si mesmo.

Entretanto, ao tomar conhecimento de que ele havia feito o mesmo mais uma vez o abateu de forma sem precedentes. Ele tentou abrandar a raiva que o tomara com compreensão, mas sua voz deixou evidente o que realmente sentia:

— E quanto a Marlene? — Inquiriu com dureza.

— Ela teria vindo atrás da Ellie, você sabe que ela teria...

Tommy parou de repente. Passou a mão pela cabeça, perplexo com as palavras de Joel. Não era possível que seu irmão tinha ido tão longe... Não, depois de tudo, ele ainda era capaz de matar tantas pessoas...

— Cristo... — Tommy murmurou, atônito com tudo o que ouvira. — O que você fez? — Sua pergunta saiu num sussurro repleto de indignação.

Joel também parou seu cavalo, porém por sua vez desceu da sela. Ele também encontrava dificuldade em lidar com a amalgama de sentimentos que o assolava; a raiva, a frustração, e, principalmente, a culpa.

— Eles não deram uma escolha a ela. — Joel disse de maneira abrupta, com a voz elevada. — Eles não deram a porra de uma escolha para ela.

— O que diabos você quer dizer?

— Eles nunca pediram a permissão dela! — Reiterou Joel. Diabos, será que Tommy não entendia o que ele queria dizer? — Apenas a sedaram e a mandaram para a cirurgia, sem ao menos dar a ela a chance de escolher!

Tommy desceu de cavalo, caminhando em direção a Joel.

— E você se acha no direito de escolher por ela e matar várias pessoas?!

Seu irmão nada disse, e aquele silêncio por parte dele deixou Tommy ainda mais irritado. Tentando aplacar a raiva crescente, respirou fundo, e, pronunciando lentamente suas palavras, continuou:

— Então me diga, — Tommy continuou, desta voz com um tom de voz mais brando. Não que estivesse mais calmo. — Se fosse dada a ela a chance de escolher, o que você acha que ela teria escolhido?

Aquela perguntou foi como levar um soco no estomago. Marlene havia tocado nesse mesmo ponto em Saint Mary, e pela primeira vez, Joel soube o verdadeiro peso daquela sentença dita pela antiga líder dos Vaga-lumes.

— Isso não importa... — Respondeu com a voz baixa. Com os punhos fechados, suspirava profundamente, na tentativa de abrandar os próprios nervos. — Ela é apenas uma criança, não poderia... não poderia simplesmente tomar uma decisão nesse nível.

— E você foi e decidiu por ela... você acha que isso foi a coisa certa? — Era uma retorica. A última coisa que Tommy gostaria de ouvir era a resposta de Joel para aquela pergunta. — Você não é a porra do pai de– –

A sentença de Tommy foi interrompida pelo soco que Joel lhe acertou certeiramente em seu rosto. Com a respiração descontrolada pela carga repentina de adrenalina, Joel encarava seu irmão, que estava no chão, apalpando a bochecha enquanto tentava se reerguer, visivelmente zonzo. Olhava para seu irmão mais velho com incredulidade, parecendo incapaz de processar que ele havia realmente lhe esmurrado.

— Não diga o que eu sou ou não sou para aquela garota! — Disse Joel, tomado pela fúria. — Você não tem ideia alguma do que eu passei com ela.

Tommy sabia que seu irmão nunca teve um temperamento fácil de se lidar, além de perceber que naquele instante havia transpassado certos limites. Limitou-se ao silêncio, enquanto Joel retomava a calma. Apesar da raiva que sentia de Joel por ter lhe dado um soco, compreendeu que, daquela vez, o que ele fizera tinha uma razão muito mais profunda do que mero instinto de sobrevivência.

— Tommy — Ele disse, por fim. Respirava fundo, tentando conter todo aquele acesso abrupto de adrenalina misturado a raiva. — Me desculpe — Ele não sabia ao certo o que dizer. — É só que... aquela garota, é tudo o que eu tenho. Você me disse uma vez que sua causa era sua família agora... espero que entenda que o que eu fiz... e por que eu fiz...

Tommy se aproximou, colocando a mão sobre o ombro de Joel, num gesto de complacência.

— Eu entendo, Joel. — E Tommy tentava, verdadeiramente, ser condescendente perante seu irmão. — Depois de ter perdido a Sarah... compreendo que você não quer passar por algo assim de novo.

Joel assentiu, observando a paisagem ao redor. Não conseguia, naquele momento, encarar o rosto de Tommy.

— E quanto a Ellie... — Perguntou Tommy cautelosamente. — Como ela reagiu diante de tudo isso?

A questão que Joel mais temia pesou como chumbo sobre seus ombros.

— Ela não sabe.

Por um fugaz instante, Tommy acreditou que não tinha ouvido direito.

— O quê?

— Ela só sabe até a parte que encontramos os Vaga-lumes... — Joel respirou profundamente antes de prosseguir. Admitir que mentira para Ellie parecia muito mais difícil do que contar a verdade ao seu irmão mais novo. — e que eles pararam de procurar uma cura e fomos embora. — A declaração de Joel foi direta, desta vez sem hesitação ou qualquer resquício de amargura e arrependimento.

— Você mentiu? — Aquilo era simplesmente inacreditável.

— Eu tive, Tommy. — Reiterou asperamente Joel— Se ela soubesse a verdade, ela poderia ter... — A voz de Joel sumiu, temendo pronunciar em voz alta um dos seus maiores medos em relação a Ellie.

Que ela partisse.

Tommy deu um passo para trás, aturdido diante daquela história. Não sabia ao certo se sentia raiva, complacência, descrença ou decepção pelo irmão. Era como se todos esses sentimentos estivessem em si, criando uma profunda incerteza sobre o que ele realmente deveria pensar diante daquilo, de maneira clara. Mesmo estando ciente de que Joel era capaz de fazer tudo aquilo, digerir de uma única vez não era uma das tarefas mais fáceis.

— Então você escolhe por ela, mata vários Vaga-lumes porque eles iriam matá-la, e você ainda mentiu para ela sobre isso?

— Eu menti para que ela pudesse viver uma vida sem se culpar com aquela causa estúpida. — Joel enfim ergueu os olhos parar encarar seu irmão. — Não é possível que você entenda pelo menos isso?

Tommy o encarou por algum tempo, e então balançou a cabeça.

— Acho que não. — Admitiu. — Não agora.

Tommy caminhou até a sua montaria, subindo novamente no cavalo. Joel fez o mesmo.

Nenhum deles disse mais nada, e o silêncio fora preenchido apenas pelo som provindo da floresta. Não era um clima tenso entre os dois, mas não deixava de ser desconfortável.

— Olhe, Joel... — Por fim Tommy se manifestou. — Você terá que contar a ela em algum momento. Ela precisa ouvir a verdade. Será melhor se partir de você do que por outro modo, não é?

"Por outro modo" Joel considerou sobre quais poderiam ser, e sabia que seriam piores do que ela ouvir a verdade por ele mesmo. Ponderou sobre aquela questão, enquanto subia na cela de seu cavalo. Ele sabia que teria que contar a verdade, porém nunca realmente pensou de como e quando fazê-lo.

— Talvez. Um dia, quando for a hora certa.

Tommy não deixou de perceber que, ao apresentar à Joel aquela possibilidade de conversar com Ellie sobre a verdadeira história acerca dos acontecimentos de Salt Lake City o deixou visivelmente abatido. Desejou, que no fim das contas, quando a hora chegasse as coisas saíssem da melhor maneira possível, muito embora tivesse um pressentimento de que não seria a melhor e a mais pacífica das conversas.

— Tudo bem, então. — Tommy pôs um ponto final no assunto. — Vou lhe mostrar os postos de vigilância da floresta e voltaremos para a cidade.

Joel assentiu.

— Mostre o caminho.


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Notas finais do capítulo

Acho que seria mais ou menos assim quando o Joel contasse ao Tommy o que aconteceu (ele teria que contar, não?) depois que eles saíram da usina. Não sei se ficou muito natural, ou verossímil de acordo com a personalidade de ambos. O Tommy parece ser daqueles que fica irritado facilmente, mas quem explode com facilidade mesmo é o Joel.

No próximo, personagens novos - afinal, uma cidade como Jackson não se faz com alguns gatos pingados, UASHUAHSA. - para enfim colocar a história nos trilhos. À título de informação, a história foi divida em duas partes; a primeira eu estou revisando e aparando arestas, corrigindo erros, essas coisas. A segunda tens uns rascunhos soltos sendo feitos, pois só vou mesmo me dedicar a ela lá pra meados de junho/julho. Confesso que não vejo a hora de postar toda a primeira parte, porque realmente fiquei orgulhosa com o final dela =)

É isso. Até mais o/