Mr. Hope escrita por Fany Rosered


Capítulo 6
Little Things


Notas iniciais do capítulo

1 mês. O tempo que eu fiquei sem atualizar essa fanfic. Eu me sinto um ser humano péssimo por isso. Eu perdi a noção de tempo gente, pra mim eu tinha ficado só umas duas semanas, que o tempo tolerável pra mim, só que ai hoje resolvi dar uma olhada na fanfic e vi escrito: "Última atualização: 14/02/15", quando eu li me espantei demais, entrei em pânico. Como assim eu fiquei um mês sem atualizar a fanfic? Mas eu consegui enfim terminar o capítulo.
Tive meus motivos pra essa demora. De novo veio um bloqueio criativo, acho que o pior que já tive, ocasionado pela tristeza, sim, pela tristeza, o cachorro da minha melhor amiga faleceu e eu fiquei muito triste por ela e pelo cachorro (Myllow _|||_), foi um bloqueio criativo tão forte, que eu sentava na frente do computador e não conseguia escrever uma palavra. Segundo motivo foi que quando finalmente consegui continuar escrevendo esse capítulo, meu computador deu um bug e eu perdi tudo, só consegui recuperar uma página. O terceiro motivo foi que surgiu uns problemas do Fies e uns trabalhos importantes pra minha mãe fazer, resumindo, ela não saia do computador.
Bom, o importante é que consegui postar o capítulo, não desisti da fanfic e pretendo continuar firme e forte!
Esse POV é muito especial, é do nosso querido Mr. Hope ~ clap, clap, clap~
Espero que gostem desse capítulo, fiz com muito amor e carinho.
Desculpem se tiver muitos erros ortográficos, pois metade desse capítulo escrevi no bloco de notas do celular.
Título do capítulo escolhido pela sambosa da @MelodyeDrugs e.e
É isso! Aproveitem!



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Que ótimo profissional sou. É meu primeiro dia como enfermeiro de Samantha e já estou atrasado.
Quando fui acertar os detalhes de tudo com Emmeline, Samantha parecia estar nervosa com a minha presença, e aquilo divertiu-me muito. Gosto quando as garotas ficam desconfortáveis quando estou por perto, isso indica que a garota sente-se atraída por mim, e o que me deixa contente com isso é o fato de Samantha ter ficado assim, e por acaso ela ser uma garota muita bonita e que eu vou ser seu enfermeiro. Um sorriso malicioso surge em meus lábios com esse pensamento.
O relógio marca 8hs30m, combinei com Emmeline de chegar 8:00hs. Droga, estou muito atrasado.
Entro em meu carro após verificar se minhas malas estão todas ali e dou partida dirigindo feito louco pelas ruas, pois tudo de que não preciso é ficar mais atrasado do que já estou. Rapidamente chego no bairro onde Emmeline e Samantha moram, porém não lembro qual é a casa. Observo atentamente cada casa daquelas ruas tentando ver se lembro.
Não preciso procurar muito, pois logo vejo uma jovem sentada em uma cadeira de rodas em frente à uma casa branca e preta. Estaciono o carro em frente aquela casa e saio, onde uma Samantha com uma expressão de raiva me espera.
– Você está atrasado –diz ela com um tom autoritário.
Abro um sorriso malicioso, mas que ao mesmo tempo é encantador e com uma pitada de inocência.
– Desculpa, tive um... imprevisto –falo com um certo charme na voz. Realmente tive um imprevisto, um com nome de... Lena? Hylla? Acho que é Helen, não me lembro agora é algum nome com H, nunca fui bom em memorizar nomes, principalmente de garotas. Enfim, essa garota... deve ser a Hilda, distraiu-me com seu papinho furado de ter um compromisso sério comigo.
– Não quero saber, suas desculpas não me interessam, você está atrasado e pronto –responde ela curta e grossa.
Amplio meu sorriso ao ouvir isso, garota durona, gosto disso- Tire esse seu sorrisinho do rosto e me leve logo para dentro.
– Claro e... espera, onde está sua tia? –pergunto assim que percebo que Samantha está sozinha ali.
– Ela está dormindo –responde com indiferença.
– Emmeline te deixou sozinha aqui fora, e depois foi dormir? –pergunto ficando sério. Por mais que eu tenha um lado bem charmoso e brincalhão que sempre fala mais alto, nessas horas meu lado profissional entra em ação.
– Claro que não, tia Emme pode até ser irresponsável, mas nem tanto –responde como se aquilo fosse óbvio.
– Como conseguiu chegar aqui?
Samantha imediatamente cala-se e seu rosto ruboriza. Seus olhos se arregalam como se lembrasse de algo.
– Digamos que tive que fazer um esforço –responde com um tom envergonhado.
– Que tipo de esforço? –pergunto desconfiado.
– Você vai ver quando entrarmos.
Abro a porta sem olhar para dentro da casa, apenas transporto Samantha em sua cadeira de rodas, esperando para ver o que a garota aprontou. Assim que cruzo a soleira fico espantado com o que vejo, parece que passou um furacão ali. Uma cômoda foi arrastada, tem objetos no chão, e um vaso quebrado.
– O que aconteceu aqui? –pergunto ainda espantado.
Não podia ter sido Samantha. Poxa, ela é tetraplégica, não conseguiria fazer tudo isso.
– Fui eu –responde com indiferença. Porém, seu rosto está vermelho.
– O que? Como? –pergunto sem esconder meu espanto.
– Bem, eu me...icei até a porta com a ajuda de alguns objetos, móveis e minha querida boca.
Balanço a cabeça com indignação, ela não pode ficar fazendo esse tipo de coisa, é arriscado demais.
– Não faça mais isso, pode piorar ainda mais sua situação. Tem ideia do risco que correu se esforçando dessa maneira? O cinto da cadeira podia ter soltado e você ter caído, isso agravaria sua fratura! –falo com um tom de sermão. Samantha lança um olhar estranho, porém culpado, em minha direção, e imediatamente um silêncio desconfortável cai sobre a sala.
Opa. Sinal de alerta! Seriedade e responsabilidade tomando meu corpo.
– Mas não precisa se preocupar, seu herói está aqui para ajuda-la! –falo em um tom brincalhão fazendo pose de herói, e expulsando aquela seriedade do meu corpo. Ela esboça um sorriso, que é o suficiente para me deixar mais feliz.
Uma figura se levanta do sofá esfregando os olhos. É Emmeline, com uma cara de quem não dormiu direito de noite.
– O que está fazendo aqui? Não é cedo demais? –pergunta ela notando minha presença.
– É... já são 8:45 da manhã –digo olhando em meu relógio. Emmeline arregala os olhos e levanta em um salto, sem ao menos prestar atenção na bagunça que está ali.
– Ai meu Deus, estou atrasada –grita enquanto sobe as escadas correndo. Olho para Samantha que observa a cena com um sorrisinho debochado no rosto.
– Eu disse que ela é irresponsável –fala ainda com um sorrisinho.
Balanço a cabeça em desaprovação. Não achei que Sam estivesse falando sério. Emmeline desce as escadas correndo novamente, agora com uma roupa diferente e uma escova de dentes na boca.
– Droga –murmura enquanto corre de volta para cima.
Dou risada da situação e Samantha me acompanha. É engraçado ver Emmeline correndo contra o tempo.
– É sempre assim, toda vez que minha tia tem um compromisso acaba indo dormir tarde e se atrasa –comenta Sam observando a tia descer correndo.
Finalmente, Emmeline para de subir e descer correndo, já está pronta para ir. Onde ela vai mesmo? Ah é, falar com o chefe e conseguir o emprego de volta.
– Juízo vocês, e principalmente você Peter, cuide bem da minha sobrinha –diz a mulher parando em minha frente- A agenda está em cima da bancada da cozinha, todas as recomendações, horários e tudo mais estão lá. Ah, eu ia me esquecendo, a enfermeira ajudante chegará aqui em algumas horas. Volto de noite.
Concordo com um aceno de cabeça, enquanto observo Emmeline se despedir da sobrinha. Logo, só resta eu e Samantha na casa. Sorrio malicioso para a garota, e ela revira os olhos.
– De que enfermeira ajudante minha tia falou? –pergunta curiosa.
– A enfermeira que vai me ajudar a cuidar de você –respondo com um tom de “óbvio” na voz.
– Eu pensei e esperei que seria somente você –diz Samantha me fitando. Um sorriso malicioso ainda maior surge em meu rosto ao ouvir isso. A garota arregala levemente os olhos ao perceber o que tinha dito, ela pareceu se repreender mentalmente- Não foi isso que eu quis dizer, tá legal? –fala tentando reverter aquilo o que disse.
– Eu sei que sou irresistível, mas não pensei que se apaixonaria tão fácil por mim –digo com charme piscando para Samantha.
– Não seja convencido, Mr. Hope. Não estou e nem ficarei apaixonada por você, duvido você conseguir me conquistar –responde com um tom duro.
Sorrio ainda mais com o que ela fala. Isso soou como um desafio para mim, e eu gosto de desafios, principalmente se eles envolverem uma garota bonita.
– Eu aceito –digo decidido.
– O que? –pergunta confusa.
– O seu desafio.
– Qual?
– O desafio de conquistar você.
A garota me encarou sem palavras, mas então um sorriso desafiador surgi em seu rosto. Ela me encara antes de dizer com um tom malicioso:
– Essa eu quero ver!
***
O resto da manhã correu bem, arrumei a bagunça que a garota fez, fiz o café da manhã adequado, dei seus remédios da manhã no horário certo, fiz o almoço, e cuidei para que ela não se machucasse, pois toda hora ela teimava e tentava “se içar” para chegar em algum lugar.
Estou terminando de ler as recomendações escritas na agenda, quando ouço um estrondo na sala. Meu coração aperta e meu primeiro instinto é correr. Chegando na sala, a primeira coisa que vejo é Samantha com uma careta no rosto, ela ainda está na cadeira de rodas, porém sua perna está presa entre o sofá e a cômoda.
Corro com preocupação para ajuda-la. Arrasto a cômoda desprendendo sua perna. Tiro Sam da cadeira de rodas e a carrego com delicadeza para o sofá, colocando-a deitada. Sua perna está com alguns hematomas, mas nenhum osso quebrou.
– O que aconteceu? - pergunto ainda examinando sua perna.
– Tentei pegar o controle remoto na cômoda, mas quando fui tentar abaixar a cabeça na altura da cômoda, a cadeira de rodas andou e acabou andando e esbarrou no móvel - responde com indiferença.
– Doi? -pergunto massageando o hematoma.
Ela me lança um olhar fuzilante, e percebo na hora o que disse. Coço a nuca com nervosismo.
– Desculpa, foi força do hábito -peço sinceramente.
– Tudo bem -murmura entre dentes.
– Aprendeu a lição agora? Você tem que parar de teimar.
– Não faz diferença eu esbarrar nos móveis e criar um hematoma. Não vou sentir dor alguma mesmo.
– Não funciona assim, pode piorar sua fratura, ou fraturar outra coisa.
– Até parece que se importa.
– O que? É claro que me importo.
– Não se importa. Só está aqui pelo dinheiro, e pra no máximo me dar uns beijos, o que eu não vou permitir, é claro.
Fito a garota atônito. Nada digo, já que ela me deixou sem palavras. Então é assim que ela me vê, um tarado ambicioso. Droga, que primeira impressão péssima eu passei, mas isso vai mudar, vou consertar e mostrar que sou um cara maneiro.
– Vai ficar ai olhando pro nada? A campainha está tocando! -diz Samantha com impaciência.
Balanço a cabeça saindo do meu transe, acho que me desliguei do mundo e nem percebi. Realmente a campainha está tocando, melhor eu ir abrir a porta.
Caminho em direção à porta. Deve ser a tal enfermeira. Abro, e dou de cara com uma garota morena.
– Olá -cumprimento com um sorriso de canto.
– Oi, sou a enfermeira ajudante mandada pelo hospital. Me chamo Milene Bonnet - apresenta-se a garota- Você deve ser Peter Vesper, o famoso Mr. Hope.
– Prazer, Milene. Vejo que já me conhece. Entre, venha conhecer Samantha.
A garota assente e entra na casa. Assim que fecho porta caminhamos juntos até onde Sam está.
– Ei, Sam. Essa é... -começo mas sou interrompido.
– Milene? -grita Samantha.
– Não esperava que Samantha fosse realmente você. Meu Deus, você sumiu, não deu notícias deixou todo mundo preocupado -diz Milene eufórica.
– Mas agora você sabe porque eu sumi.
– Espera. Vocês se conhecem? -pergunto olhando pras duas.
– E como. Nós fazemos balé juntas, quer dizer, fazíamos já que agora não vou mais poder dançar -responde Samantha com mágoa na voz- aliás, você roubou meu papel na apresentação. Aposto que encheu a cabeça da Sra. Miller! Se não fosse por você, eu iria para o auditório ensaiar aquele dia e esse acidente não aconteceria, meus pais não estariam mortos e eu estaria andando ainda! -grita Samantha com raiva.
– E-eu... -começa Milene, mas Sam não deixa ela continuar.
– A culpa é sua! SUA!
– A culpa não é minha, tá legal? E outra, eu não roubei seu papel, só aceitei porque seus pais conseguiram uma va... -Milene para de falar, parecendo perceber que ia dizer algo errado.
– Continue. Quero ouvir.
– Não. Não posso te contar.
– Escuta aqui. Isso me diz respeito, e eu tenho que saber.
– Não adianta ficar fazendo chantagem emocional, comigo não funciona. Eu te conheço, Sam. Muito melhor do que imagina.
– Chega -digo antes que Samantha respondesse. Sam não pode passar nervoso de maneira alguma, e se as duas continuarem a discutir, nervoso não vai ser a palavra certa pra definir como a Samantha vai ficar- Milene, faça apenas seu trabalho como ajudante e não toque nesse assunto. E isso vale pra você Samantha, nada de tocar nesse assunto de novo.
– Mas... -começam as duas.
– Nada de mais. Vão fazer o que eu disse.
As duas assentem de má vontade.
–Ótimo. Quem quer assistir televisão? -pergunto animadamente.
Ajeito o corpo de Sam, deixando-a sentada, e Milene senta ao seu lado. Sento-me na poltrona e pego o controle remoto mudando de canal, até achar um programa bom, Cake Boss, um programa culinário. Nenhuma das duas contesta minha decisão.
Após algum tempo assistindo, Sam parece ficar incomodada com algo.
– Ei, Milene? Será que posso falar com você um minutinho? -chama Sam com o rosto corado.
– Claro que pode -responde Milene.
– Mr. Hope, saia por favor -pede Sam.
Assinto e vou para cozinha, porém fico espiando as duas. Apuro meus ouvidos o máximo que posso para tentar escutar o que Sam dirá para Milene.
– Já que é a enfermeira ajudante, você que trocará minhas fraldas, certo? -pergunta Sam encabulada.
– Sim, por que?
– É que... acho que... qual a melhor forma de dizer? Eu liberei algumas fezes -fala Samantha com o rosto mais vermelho que um pimentão, e a voz fraca. Dou uma risada com aquilo, é isso que eu não podia escutar? Eu sou um enfermeiro, não tem porquê ela se envergonhar de dizer isso em minha presença, até porque sei que seu intestino é descontrolado.
– Estava escutando não é? -pergunta Milene com uma expressão de desaprovação. De onde ela saiu?
– Desculpe, não pude deixar de escutar -respondo ficando sério.
– Podia sim. Se ela pediu pra você sair da sala, era pra você não escutar, então tinha que respeitar essa vontade dela e segurar sua curiosidade. Poxa, ela é uma garota, sente vergonha desse tipo de assunto -diz Milene com um tom reprovador. Apenas assinto- agora volte para sala e leve Samantha para o quarto. Finja que não ouviu nada do que ela disse.
Sigo o que Milene falou, e retorno para a sala. Pego Sam delicadamente no colo e subo as escadas com cuidado. Logo, chegamos ao andar de cima.
Entro em seu quarto, que por sinal é muito bonito. Deposito a garota na cama, esperando Milene chegar. Assim que a outra garota chega, saio do quarto sem dizer um "a". Aguardo pacientemente do lado de fora. Após alguns bons minutos, Milene sai do quarto.
– Já dei o remédio de Sam. E ela dormiu, só deve acordar amanhã, já que está de noite -diz a garota.
Olho para meu relógio, que marca 18h 55m.
– Obrigado, Milene. Pode ir embora -agradeço com um sorriso de canto.
– Não há de que. Vou indo então, até amanhã -responde a garota.
Ela caminha em direção as escadas, mas antes de começar a descer acena. Retribuo seu aceno e vejo-a partir.
Certo, Sam só tem que tomar mais dois remédios agora. Está tudo dando certo até agora, pra um primeiro dia eu fui bem, quer dizer só tirando o fato que eu deixei Samantha se machucar. Suspiro um pouco cansado, tenho que observar Sam.
Entro em seu quarto. A garota repousa tranquilamente, sua respiração é ritmada e tranquila. Sento-me na beira de sua cama, e acaricio delicadamente seus cabelos.
– Boa noite, Sam -digo por fim, levantando-me.
– Obrigada por cuidar de mim hoje, Mr. Hope -agradece uma voz suave. Paro onde estou. Sorrio de canto e viro-me, vendo Samantha me observando.
– Não há de que -respondo com sinceridade. Ela lança um sorriso rápido pra mim e fecha novamente os olhos.
Meu sorriso se alarga. Fico por um momento observando-a, antes de sair do quarto.
***
Faz algum tempo que estou deitado em minha cama sem conseguir dormir. Há poucos vinte minutos, dei o último remédio para Samantha, o que é bom, pois posso dormir de vez agora, porém não consigo parar de imaginar se Sam está bem no quarto ao lado.
Levanto bufando frustrado comigo mesmo. Tenho que ver Sam, para poder finalmente dormir.
Em passos leves e sorrateiros, saio do meu quarto. Emmeline chegou faz um tempo, até conversei um pouco com ela, mas não uma conversa longa. Ela está no quarto da frente, então tenho que ser silencioso.
O trajeto do meu quarto até o quarto de Sam é curto, então não gasto mais do que dez segundos para chegar. Abro a porta devagar, tentando não fazer muito barulho. Vou ser rápido, só olha-la e vou embora.
Sento-me na beira da cama e observo Sam. Está com a expressão tão suavizada, que deixa ela ainda mais bonita.
Atrevo-me a acariciar seus cachos, com delicadeza, somente para sentir sua maciez. De repente, Sam sorri, não deve ser por minha causa. Paro as carícias, e seu sorriso some. Okay, isso é estranho. Volto a acariciar seu cabelo, e aos poucos seu sorriso volta. Samantha é "sonâmbula"?
Sorrio maliciosamente com isso, quer dizer que Sam gosta de minhas carícias?
–AH! -grita uma voz feminina. Sinto uma pancada na minha testa e quase caio da cama. Tento me levantar, mas estou desnorteado e acabo caindo na cama de Sam, mais precisamente dizendo, caio em cima de Samantha.
Apoio minhas mãos do lado de seu corpo, suspendendo-me e tirando meu peso de cima dela.
Samantha está acordada, provavelmente ela que gritou e deu a pancada em minha testa com sua própria testa, espero que não tenha machucado-a.
– Sam, você está bem? Ouvi seu grito e... -começa uma voz aflita vinda da porta. Viro-me na direção da voz e vejo Emmeline sorrindo maliciosamente para nós- Desculpe, atrapalhei os dois. Já estou indo embora.
Olho para baixo e percebo que a posição que estamos é bem provocativa, e para as pessoas de fora parece bem... significativa. Rapidamente me ajeito e desço da cama.
– O que quer dizer com isso, tia? -pergunta Sam sem entender, porém com uma expressão de raiva- Não estamos fazendo nada.
– Claro. Não estão fazendo nada -diz Emmeline debochadamente. Sam arregala os olhos e entende o que a tia quer dizer.
– Que nojo. Não acredito que pensou que estávamos... argh -fala Samantha com uma careta de nojo.
– Eu não disse nada. Está se entregando -diz Emmeline com um sorrisinho maroto- Podem continuar, já estou saindo.
– Tia -repreende a garota com raiva.
– Não está mais aqui quem atrapalhou -fala Emme saindo do quarto.
Sorrio maliciosamente para Sam.
– Seu idiota. O que pensou quando resolveu vir ao meu quarto essa hora da noite? Agora minha tia pensa que eu e você... blargh, não gosto nem de falar, mas você me entendeu. Da próxima vez que vir ao meu quarto no meio da noite, vou causar muito mais danos do que uma pancada na testa -ameaça ela com ódio na voz.
Apenas sorrio para Samantha. Ela nunca seria capaz de me machucar seriamente, é doce demais pra isso.
– Tudo bem, princesa -digo com um tom malicioso.
– Não me chame de princesa -reclama revirando os olhos.
– Como quiser. Boa noite, amorzinho -provoco.
– Cala a boca e suma da minha frente.
Dou risada ao ouvir Samantha dizer isso. Agressiva e ameaçadora, gostei.
– Sonhe comigo, benzinho.
Ela desiste de tentar me expulsar, e apenas revira os olhos frustrada.
– Amanhã temos um longo dia. Afinal, o desafio de conquistar você ainda está de pé, e eu não vou desistir tão fácil -digo dando uma piscadinha.
– Sai -diz Sam.
Assinto e começo a caminhar em direção a porta, porém paro e volto dando um beijo provocativo na bochecha de Sam.
– ARGH -grita ela.
Dou risada da raiva da garota, e finalmente saio do quarto. Um sorriso vitorioso surge em meu rosto.
Desafio conquistar Samantha aberto. Eu vou conseguir vencer esse desafio. E vão ser coisas pequenas que vão me ajudar!


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Notas finais do capítulo

LEIAM AS NOTAS INICIAIS!
Gente, criei um grupo no facebook, pra quem estiver interessado aqui está o link: https://m.facebook.com/home.php?refsrc=http%3A%2F%2Fpt-br.facebook.com%2F&refid=8&_rdr#!/groups/1397477550568233?ref=m_notif&notif_t=like
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Beijos!