Porvir escrita por Lura


Capítulo 1
Família Dragneel


Notas iniciais do capítulo

Olá!

Seguinte galera: Sei que não estou com tempo de investir em novos projetos, maaaaaas, como estou com a cabeça um pouco cheia para escrever a "Vínculo Mágico", resolvi fazer esta daqui, para variar um pouco.

Aos leitores de "Vínculo Mágico", não se preocupem: Ela continua sendo prioridade.

Sobre esta fic: Ela será formada de alguns trechos de uma história que eu planejei escrever futuramente. Acontece que, ela seria tipo uma continuação de outras duas, e como não tenho tempo de escrever essas duas ainda (e nem sei se terei), resolvi ir postando as ideias que aparecem aqui.

Lembrando que se um dia eu realmente resolver postar a fic, esses capítulos provavelmente serão incorporados. Se não quiserem spoilers (de uma história que possivelmente existirá), não leiam. u.ú

Mais informações nas notas finais. Espero que vocês curtam!



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Família Dragneel

Magnolia - x807

— TADAIMA! - Natsu berrou animado, chutando a porta do apartamento, que quicou na parede e voltou, acertando em cheio a testa da pobre - e exausta - Lucy que vinha logo atrás.

— Tadaima! - Happy repetiu, animado.

— Okaeri!!! - Ryuuji saudou com empolgação, correndo em direção aos recém-chegados. Natsu se abaixou e esfregou os cabelos rosados do filho

— VOCÊ ESTÁ TENTANDO ME MATAR??? - A loira gritou abrindo a porta furiosamente, fazendo marido, filho e exceed saltarem assustados.

— Gomen! - Natsu pediu, esfregando a nuca com um sorriso sem graça, enquanto Happy rolava de dar risada. Lucy, que ainda fuzilava o parceiro com o olhar, virou-se para o filho, mudando seu semblante de “esposa demoníaca” para “mãe coruja babona e apaixonada”. O mago do fogo ainda achava incrível como ela conseguia transformar seu humor tão rapidamente.

— Oi bebê lindo! Mamãe estava com tantas saudades! - Lucy falou com voz melosa, escolhendo cuidadosamente os adjetivos que mais envergonhariam o filho, enquanto o agarrava e o pressionava contra os fartos seios. O coitadinho, desesperado, agitava os braços freneticamente pela falta de oxigênio.

— Kaa-chan, eu não sou mais um bebê!!! - Protestou o pequeno, finalmente se livrando do aperto de urso, cruzando os braços e inflando as bochechas.

— Que lindo! Ryu-chan já está se comportando como um homenzinho! - Continuou a constranger a pobre criança, ignorando o rubor irritado que lhe surgia na face.

— Como foi a missão? - Ryuuji perguntou, desfazendo o bico e encarando os pais com expectativa.

— Tranquila. Nós detonamos uma quadrilha de Bandidos Mágicos e ganhamos uma baita recompensa. - Vangloriou-se Natsu, ante o olhar admirado do filho.

— É uma pena que tivemos que deixar metade dessa baita recompensa para cobrir os gastos dos danos que Gray e você provocaram. - Lamentou Lucy, puxando a mala cor de rosa para dentro e fechando a porta.

— Natsu e Gray destruíram uma ponte e dois barcos. - Happy contou, voando em direção a cozinha.

Ignorando as acusações, Natsu perscrutou a sala do pequeno ambiente, a procura de mais alguém.

— Onde está a sua Onee-ch... - Começou a perguntar para Ryuuji, parando repentinamente ao sentir um cheiro familiar.

— O que foi, Natsu? - Lucy perguntou, preocupada, percebendo a irritação crescer no semblante do marido.

— Aquele… aquele desgraçado… - Ele comentou ainda farejando o ar.

— Quem? - Lucy insistiu, olhando para os lados preocupada e trazendo Ryuuji para mais perto.

— EU ESTOU SENTINDO O CHEIRO DAQUELE DESGRAÇADO NO NOSSO APARTAMENTO!!! - Berrou, disparando para dentro.

— Ah não! - Lucy exclamou chorosa, correndo atrás do marido, prevendo o que viria a seguir.

— To-chan! - Ryuuji exclamou, também o seguindo, sem entender a situação.

— Natsu, não! - Lucy pediu, vendo-o parar em frente a porta do quarto da filha mais velha.

— CADÊ O DESGRAÇADO DO GAEL??? - Natsu gritou, chutando a porta do quarto, fazendo-a voar cômodo adentro, só não acertando a filha porque ela foi rápida - e sortuda - o bastante para desviar a tempo.

Entretanto, o estardalhaço assustou Yuffie, a pequena exceed de pelos lavanda, que encontrava-se dormindo até segundos antes, e saiu correndo para ficar longe da confusão.

— VOCÊ ESTÁ TENTANDO ME MATAR??? - A garota berrou, os olhos arregalados, uma reação idêntica a de sua mãe segundos antes. - O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO??? - Gritou para o pai, apontando a porta de seu quarto, que tinha batido na parede oposta e agora estava caída ao seu lado.

— Eu acho que já vi isso. - Ryuuji resmungou entediado, observando tudo do corredor.

— Nashi é assustadora como a Lucy, Aye! - Happy, que vinha voando com um peixe nas patinhas, observou.

— Calado Neko! - Lucy gritou, irritada.

— CADÊ O MALDITO??? - Dentro do quarto, Natsu perguntou, abrindo as portas do armário da filha uma por uma.

— Quem? - Nashi, perguntou para a mãe, confusa. A menina, que havia acabado de sair do banho, encontrava-se envolvida apenas por uma toalha branca, os cabelos rosados completamente molhados e grudados na pele, o corpo ainda úmido.

— Não se faça de desentendida, você sabe muito bem de quem eu estou falando! - Exclamou Natsu, levantando o edredom e conferindo embaixo da cama.

— O que está acontecendo? - Yuffie perguntou, esfregando os olhos com as patinhas, por causa do sono interrompido.

— O To-chan pegou o rastro do Gael aqui em casa. - Ryuuji explicou.

— Ah! - Exclamou a gatinha, compreendendo a situação.

— Muito bonito, Nashi! Você aproveita a minha ausência para colocar aquele idiota aqui dentro! - Natsu exclamou, olhando-a irritado.

— Natsu, pare já com isso! - Lucy mandou, entrando no quarto e na discussão.

— E qual o problema? - A garota perguntou, ignorando a presença da mãe, cerrando os punhos e inclinando-se para frente. - Gael é meu companheiro de time! É natural que ele frequente a minha casa e também que eu frequente a dele! - Desafiou o pai.

— Natural coisa nenhuma! - Ele respondeu, exasperado, com os olhos em chamas. - Olha só, o cheiro dele está até mesmo aqui, no seu quarto! E porque você tomou banho? - Perguntou, esticando o braço da filha em um movimento repentino e farejando-a, até o pescoço.

— KYAAAAA!!! - Nashi gritou, correndo e se escondendo atrás de Lucy - O QUE RAIOS VOCÊ ESTÁ FAZENDO??? - Indagou, indignada.

— Você tomou banho, isso é muito suspeito! - Natsu respondeu, sem um pingo de constrangimento.

— Kaa-chan, o To-chan está me farejando!!! - Choramingou a adolescente para a mãe.

— Natsu, você endoidou? - Lucy perguntou, com ar de cansada.

— Ela acabou de tomar banho, isso é muito estranho. - O dragon slayer comentou, na maior cara de pau.

— Desde quando tomar banho tornou-se um comportamento estranho? - A adolescente rebateu, incrédula.

— Você pode estar tentando disfarçar o cheiro do desgraçado. - Sugeriu o mago do fogo, fazendo Nashi arregalar os olhos, pasma.

— AGORA CHEGA! - Lucy gritou, perdendo a paciência. - Natsu, preste mais atenção em suas palavras! Você está desrespeitando nossa filha! - Ralhou, enfurecida. O dragon slayer, imediatamente, fez um semblante culpado, arrependendo-se de suas palavras.

— É isso que você anda pensando de mim? - A garota perguntou, em tom ofendido.

— Gomen! - Ele pediu, com a consciência pesada.

— Você não pode simplesmente chegar metendo o pé na porta do meu quarto por causa de uma desconfiança! - Chiou a adolescente, caminhando até o pai. - Isso é invasão de privacidade! - Acusou, apontando para ele.

— É que logo que eu cheguei eu senti o cheiro daquele idiota… - Natsu tentou justificar.

— E se você fosse um pouco menos precipitado, teria percebido também o cheiro da Crystal, da Agatha e do Egeo, que também estavam aqui com a gente, evitando esse espetáculo. - Ralhou.

Natsu imediatamente farejou o ar, confirmando as palavras da filha. O rubor em sua face alcançou um tom inacreditavel.

— Por favor To-chan, não duvide da minha inteligência. - Começou ela, no mesmo tom convencido que Lucy usava quando vencia uma discussão. - Gael e eu somos companheiros de time, viajamos juntos com frequência. É claro que se eu fosse ter algo com ele, não seria justamente aqui em casa. - Comentou, com ar de deboche.

— COMO É QUE É??? - Natsu gritou, avançando novamente em direção a filha.

— EU JÁ DISSE PRA PARAR!!! - Lucy, exasperada, deu um tabefe na nuca de Natsu.

— Sim senhora! - Ele respondeu, acalmando-se imediatamente. A impressão que tinha é que a esposa estava com os olhos vermelhos e uma aura negra em torno de si.

— Nashi, vista-se antes que pegue um resfriado! - Lucy ordenou.

— Mas o To-chan derrubou a minha porta! - Reclamou a garota.

— E ele vai arrumar. - A loira anunciou, fazendo Natsu cruzar os braços e olhar para o outro lado, com as bochechas infladas. - AGORA! - Enfatizou ela, ante a reação infantil do esposo, que imediatamente bateu continência. - Enquanto isso, pegue suas roupas e se troque lá no nosso quarto. - Orientou a filha.

Nashi, com uma tromba de fazer inveja a qualquer elefante, pegou suas roupas e marchou corredor afora, pisando duro, com Yuffie em seu encalço.

— Depois nós conversaremos, Natsu Dragneel! - Lucy sentenciou, cruzando os braços e batendo os pés impacientemente, fazendo o marido se arrepiar. Ter o nome completo pronunciado pela esposa nunca fora bom sinal.

Mesmo assim, para não dar o braço a torcer, ele deu de ombros, fazendo com que Lucy rolasse os olhos para cima e suspirasse resignada, retirando-se do quarto em seguida. Enquanto ela seguia para o quarto do casal, com o objetivo de ter uma breve conversa com sua primogênita, pôde ouvir o marido e o caçula conversando.

— Eu já disse que você tem que cuidar da sua Onee-chan quando O To-chan estiver fora! - Escutou Natsu reclamando.

— Por quê? - Ryuuji perguntou, em tom emburrado.

— Porque senão algum homem safado pode tirar ela da gente. - Natsu respondeu, desesperado.

Lucy riu. Natsu fazia suas trapalhadas, mas era um ótimo pai no fim das contas. Ao parar em frente a porta do próprio quarto, a loira deu três batidas, para não exaltar ainda mais os ânimos da filha adolescente.

— Nashi? - Perguntou, ainda do lado de fora.

— Pode entrar. - A garota respondeu. Lucy empurrou a porta, deparando-se com a filha já seca e vestida, penteando os enormes cabelos róseos e úmidos. - Você veio defender o To-chan? - Ela perguntou, levemente irritada.

— Não. - Lucy respondeu, sentando-se no meio da cama de casal. - Eu vim conversar com você.

— Eu volto depois. - Yuffie anunciou, caminhando até a porta e retirando-se.

Lucy deu leves batidinhas no espaço a sua frente do colchão, sinalizando para que a filha sentasse ali. A menina obedeceu, acomodando-se no espaço indicado, de costas para a mãe, que pegou a escova que ela vinha usando e passou a desembaraçar os longos fios rosas. Vindos de fora, já era possível escutar os ruídos que Natsu provocava ao reparar a porta derrubada.

— Eu sei que isso é exigir bastante de você - Começou a maga celestial. - E sei também que não posso falar nada, pois me estresso com o Natsu o tempo todo. - Comentou risonha. - Mas tente ser paciente com seu pai. - Pediu.

Nashi torceu a barra da camisola branca adornada com corações coloridos que vestia. Lucy continuou deslizando a calmamente a escova pela cabeleira da adolescente.

— Você tem quase a mesma idade que eu tinha quando seu pai me conheceu. - Lucy revelou, saudosa. - Acho que é por isso que ele está entrando em pânico. Deve ter medo que apareça alguém em sua vida do mesmo modo que ele apareceu na minha.

— Eu só quero que ele pare de invadir minha privacidade. - Nashi justificou, virando e encarando a mãe. - Ou pelo menos que a invada de forma mais discreta e menos desastrosa. - Completou, fazendo Lucy cair na risada.

— Se você acha que ele invade a sua privacidade, não sabe o que ele fazia com a minha na época em que eu entrei na Fairy Tail. - Contou. - Natsu e Happy invadiam esse apartamento o tempo inteiro! Claro que naquele tempo ele era bem menor, pouco mais que um quarto. O que mais me irritava é que ele sempre arrombava a janela. Nunca usava a porta. - Lamentou.

— Sei como é. - Nashi se solidarizou. - Gael faz isso o tempo todo. - Comentou, arrependendo-se logo em seguida de suas palavras, corando intensamente.

— Não precisa se envergonhar. Eu sei disso. - Disse a maga celestial. - E o seu pai também. Aliás, toda a guilda sabe. - Lembrou, fazendo a garota corar ainda mais. - Provavelmente é por isso que Natsu está ficando doido. Porque ele sabe como nossa história começou, e está vendo algo parecido acontecer.

— Não existe nada entre Gael e eu! - Nashi avisou, saltando da cama.

— Hai, hai. - Lucy assentiu. - Também não haveria problemas se existisse alguma coisa. - Piscou para a filha.

Envergonhada, porém consideravelmente mais calma, Nashi deixou o quarto dos pais e seguiu para o próprio, onde Natsu estava fazendo os últimos ajustes na porta.

— Prontinho. - Ele resmungou, ainda um pouco irritado, juntando as ferramentas usadas no conserto.

— To-chan… - Nashi chamou, timidamente. Natsu imediatamente largou as ferramentas no chão e a encarou, curioso.

— Nani? - Perguntou.

— Okaerinasai. - Disse ela, sorrindo, lembrando-se que devido a confusão nem saudara devidamente o pai. Natsu, surpreso, abriu seu largo e característico sorriso, que Nashi simplesmente amava, pois lhe fazia parecer um garoto. Repentinamente, ele puxou a filha pela nuca, tocando a própria testa na dela, fazendo-a corar.

— Tadaima! - Ele exclamou, achando graça da face corada da menina. - Oyasumi. - Desejou, afastando-se e pegando novamente as ferramentas.

Depois de guardá-las na cozinha, o dragon slayer seguiu para o próprio quarto, onde Lucy o aguardava sentada na cama, ainda irritada.

— Você consegue fazer milagres com essa garota. - Natsu comentou, impressionado.

— Mas não consigo fazer com você! - Lucy respondeu, cruzando os braços. - Eu já te pedi tantas vezes para ser um pouco mais cuidadoso com a Nashi! - Lembrou.

— Mas é exatamente isso que estou fazendo. - Protestou o rosado. - Sendo cuidadoso! - Emendou.

— Então tenha mais cuidado ao ser cuidadoso! - A esposa reclamou. - Você está assustando a nossa filha agindo assim!

— Hai, hai. - Natsu respondeu, tirando o cachecol e a camisa. - Tudo isso porque aquele filhote de striper fica invadindo nossa casa o tempo todo. Não gosto disso! - Reclamou.

— Você sabe que é a última pessoa que pode reclamar de ter a casa invadida, não sabe? - Lucy lembrou.

— Claro. - Ele respondeu ironicamente, jogando-se em cima da esposa. - Porque você faz questão de me lembrar disso a cada minuto. - Falou, posicionando-se em cima dela.

— E vou continuar lembrando. - Lucy declarou, totalmente ignorando as segundas intenções do marido. Natsu rolou os olhos para cima.

— Confessa que você adorava chegar e me encontrar no seu apartamento. - Provocou.

— Eu odiava. - Ela mentiu, desviando o olhar.

— Você continua turrona. - Alfinetou o dragon slayer.

— E você continua um idiota. - Rebateu a maga celestial.

— Eu adoro quando se irrita assim. - Natsu comentou, fazendo Lucy arquear as sobrancelhas de forma inquisitiva. - Você nunca aguenta por muito tempo, e acaba cedendo. - Vangloriou-se, com um sorriso safado.

— É mesmo? - A maga perguntou, rolando para o lado e derrubando-o da cama. Natsu bufou irritado, enquanto Lucy ria deliciada.

— É sim! - Ele respondeu, cinicamente, puxando o braço da maga celestial que caiu por cima dele. Lucy riu com mais intensidade. - Viu só? - Ele perguntou. - Não demorou nem três segundos. - Concluiu, vitorioso, forçando o corpo por cima do da esposa, prendendo-a entre as coxas e capturando-lhe a boca em um beijo sedento.


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Notas finais do capítulo

E aí ? O que acharam?

Então, é assim que eu imagino a família Dragneel no futuro. Eu nunca gostei muito do nome Nashi, mas como existem rumores que o próprio Hiro Mashima disse que uma possível filha de Natsu e Lucy se chamaria assim, quem sou eu para discordar. Quanto ao caçula, escolhi o nome Ryuuji por dois motivos:

— É um dos meus nomes japoneses preferidos.

— Significa literalmente "Filho do Dragão".

É isso. Até algum dia, quando eu puder atualizar.