Premonição escrita por Pedro Gabriel
Então um vento frio bate e derruba o rolo, desenrolando a linha que se enrosca nas linhas da máquina, o rolo balança como um pêndulo e então bate no botão e a máquina é acionada.
Os rolos da máquina começam a girar soltando a linha. Sarah estava muito próxima de dois deles. Eles sugam seu cabelo como espaguete, eles estavam muito próximos entre si. Seu cabelo se mistura com as linhas do rolo o que só dificulta a situação. As agulhas estavam se soltando cada vez mais enquanto teciam as roupas como metralhadoras. Sarah se desespera ao sentir o cabelo sendo puxado.
– Socorro! Me ajudem! - ela grita segurando o cabelo e puxando - o.
– Calma Sarah, nós vamos soltar! - grita Lily. Ela e Dalton correm para ajudá - la. Eles tentam desprender o cabelo e o puxam, o que não resulta em nada.
Os rolos giram sem piedade enrolando seu cabelo querendo escalpelar Sarah. Dalton e Lily não sabiam o que fazer além de tentar desprender o cabelo da máquina.
– Puxa Lily! - grita Dalton.
– Tô puxando! - grita Lily de volta. - Não quer sair!
– Não vai soltar assim! - grita Dalton.
– O quê?! - grita Sarah desesperada.
Havia uma agulha bem perto da cabeça de Sarah, ela olha com o canto do olho enquanto gritava.
– Gente, olha essa agulha, tira ela daqui! - grita Sarah.
– Ela não quer sair sozinha. - diz Dalton tentando tirar a agulha, depende dos controles.
– O quê?! - grita Sarah.
– Temos que puxá - la ao mesmo tempo Lily, então Sarah você aguenta porque vai doer, no três. - ele diz.
– Não, não... - grita Sarah.
– Ok, tudo bem! Sarah, é preciso, vai ficar tudo bem! - diz Lily olhando nos olhos de Sarah.
– Um... Dois... Três! - diz Dalton e eles puxam o cabelo ao mesmo tempo. Sarah grita mais alto e a parte do cabelo que estava presa é arrancada de sua cabeça, a pele sai junto deixando seu músculo craniano exposto.
Sarah é solta, mas ela toca na cabeça onde havia o cabelo, onde doía, ela se assusta ao ver sangue.
– Vocês conseguiram! Me salvaram! Enganaram a morte mais uma vez! Obrigada. - ela diz sorrindo com lágrimas nos olhos.
Lily e Dalton nem processam direito o que ela fala. A mexa do cabelo que enroscou nos rolos é sugada completamente e faíscas saem do equipamento com uma pequena explosão da máquina. Dalton e Lily se afastam rapidamente por impulso e caem no chão de barriga para baixo. Sarah também desvia, mas para a frente da máquina.
A máquina continua a funcionar como se fossem tecer roupas, mas dessa vez as agulhas somente iam, pois estavam sendo disparadas. Com isso, Sarah é empurrada para o painel de roupas, a primeira agulha atinge sua mão esquerda e a prende no painel, em seguida sua barriga era empalada com se estivesse levando vários tiros só que com agulhas. Sangue espirra a cada espetada das várias agulhas do sistema que eram disparadas em sua direção.
Logo em seguida, seus pulmões são atingidos, então suas pernas, braço esquerdo. Ela é presa no painel como um inseto alfinetado na parede. Sua garganta é atingida por várias agulhas. Dalton e Lily assistiam a cena horrorizados.
Quando as agulhas terminam a máquina continua a funcionar, então Sarah abaixa a cabeça, morta, enquanto sangue escorria de sua boca em um fino filete que logo passa a ser apenas um gotejamento.
Os olhos de Dalton se enchem de lágrimas enquanto Lily já deixava as suas caírem ao ver a amiga sendo empalada por aquelas agulhas e terminava crucificada naquele painel de roupas com sangue escorrendo de vários furos quase invisíveis.
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