–Mathias?- Disse batendo na porta do quarto dele, que automaticamente abriu a porta e me deixou entrar.
–Você está pronto?- Perguntei
–Sim. Vamos?
–Ok. Nós só temos que achar quatro pessoas no planeta Terra inteiro, sem nenhum meio de transporte além dos nossos pés. Isso vai ser ótimo.
–Ah, cara, para de otimismo- Respondeu ele ironicamente.
Nós estávamos indo em direção à Lawrence - Kansas, e já estava anoitecendo.
–Acho melhor arranjarmos um lugar pra descansar- Disse Bia
–Deixa de moleza! Nós só andamos uns 12 quilômetros! Ainda faltam uns 176- Respondi
–Sério? Ah, Meu Deus, eu vou acabar morren...
De repente nós aparecemos em um hotel vazio.
–Onde nós estamos?- Perguntou Mathias
Eu então olhei uma placa do lado de fora do hotel
–Motel Stars, a... 300 metros de Lawrence
–Como nós viemos parar aqui?- Perguntou Mathias
–Não tenho a menor ideia. – Respondi – Mas nós estamos indo embora. – Disse tentando abrir a porta. – Ótimo. Está trancado.
–Más é claro!- Disse uma voz atrás de nós. – Até por que, eu não poderia deixar vocês se encontrarem com meu bom e velho amigo Herobrine sem antes lhes dar um conselho.
–E que conselho seria esse?- Disse tirando o punhal de Gabriel do meu casaco e vendo Mathias me acompanhar com sua espada.
–Ah, por favor cavalheiros, não vamos precisar de nossas armas. – Disse ele apontando para a espada de ferro de Mathias e meu punhal e fazendo-os ir para suas mãos.
–Tudo bem. Eu não preciso disso mesmo. – Disse Bia fazendo um feitiço que deveria fazê-lo voar longe, mas que na verdade funcionou ao contrario.
–Desculpe, acho que você é muito fraca.
–Quem é você?-Perguntei
–Eu? Meu nome é Guilherme Hoffman, mas podem me chamar de Guilherme.
–E o que você tem para nos dizer?-Perguntei, apenas para ganhar tempo para pensar em algo.
–Na verdade eu quero que vocês vejam. – Então as luzes se apagaram e começou a tocar uma fita, que aparentemente ainda estava sendo gravada.
Na fita:
–Peter, cuidado, atrás de você!
–O que? Ah, meu Deus!- Gritou um garoto de sutiã
Herobrine então avançou em um deles, com a roupa azul.
–Vitor, cuidado! Disse o que estava gravando, jogando uma poção de poderes em cima do que Herobrine estava prestes a atacar.
O garoto que Herobrine estava prestes a matar então deu um soco no Herobrine, e este se desequilibrou e caiu. O que estava gravando então parece ter pegado uma espada e corre em Herobrine para dá-lo uma espada fatal em seu peito, mas ele desaparece.
–Meu Deus, e agora?- Disse o de sutiã- Filipe, atrás de você!- Grita ele
–Ahhhh!
Então a gravação para e as luzes ascendem
–Aqueles são os sobreviventes? Aqueles garotos?- Pergunto
–Sim, eles mesmos. – Ele confirma
–E há quanto tempo foi isso?- Pergunta Mathias
–Agora?- Pergunta Guilherme- Agora mesmo faz uns quinze ou vinte segundos
–Então isso ainda está acontecendo?- Pergunta Bia
–Sim, agora mesmo. E é por isso que eu trouxe vocês aqui. – Diz ele jogando a espada de ferro para Mathias. – Eu quero que vocês os protejam sem que eles percebam.
–Tudo bem, então nos leve até...
Então nós aparecemos na porta do cemitério onde Herobrine estava atacando os garotos
–Ahhhh- Gritou um deles lá de dentro
–Vamos logo!- Ordenei, correndo em direção à parte de dentro do cemitério.
Nós entramos e vemos os três garotos desmaiados aos pés de Herobrine. Eu então peguei o punhal de Gabriel, Mathias preparou sua espada e Bia se preparou para atacar Herobrine com tudo que tinha. Eu corri na direção dele e enfiei o punhal em suas costas
–Hora do troco!
Ele então se virou e Bia soltou uma bola de raios misturada com fogo em sua cara e ele caiu no chão. Mathias se aproximou e cortou a cabeça dele fora. Eu então o finalizei arrancando o punhal de suas costas e enfiando em seu peito. Então começou a piscar uma luz laranja em seu corpo e ele desapareceu. Bia então se aproximou de um dos meninos e foi tentar acordá-lo, mas nós três fomos então teletransportados para o hotel onde Guilherme estava.
–Parabéns. Vocês se saíram bem. Vocês conseguiram afastá-lo por um tempo. Eu diria cinco anos
–O que?- Perguntou Bia, confusa com o que ele acabara de dizer.
–O que, você realmente achou que ia ser assim tão fácil? Os únicos que podem realmente usar um punhal de arcanjos ou anjos são eles mesmos. - Respondeu ele- Ah, e não, decapitação não funciona.
–Tudo bem, ele não morreu, mas então o que você vai fazer com os meninos? Quer dizer, eles desmaiaram e sabem disso, e a câmera estava registrando tudo em vídeo. Quando eles acordarem eles vão estranhar e vão atrás de respostas. - Disse Mathias.
–Não se preocupe, eu resolvo isso. Um pouco de forjamento de memórias aqui, mais um pouco ali e eles vão pensar que tiveram uma luta super emocionante e vão achar que são heróis, vão divulgar para o resto do mundo e vocês, os verdadeiros heróis vão poder descansar e praticar por cinco anos para quando ele reaparecer vocês o derrotarem mais rápido. – Disse ele.
–Mas e quanto à câmera?- Perguntei
–Eu vou apagar as gravações de depois que Herobrine entra no cemitério. Parabéns cavalheiros e dama, vocês acabam de salvar boa parte do mundo.
–Então é isso? Agora só daqui a cinco anos?- Pergunta Mathias
–É, bom, até lá vocês vão ter bastante tempo para pesquisar sobre como matá-lo, praticar suas habilidades, conseguir equipamentos melhores, conseguir suprimentos e descansar. - Disse ele
–Bom, então acho que isso é um...
–Adeus!- Diz ele estalando os dedos.
Então nós aparecemos na casa em que estávamos antes de sair em nossa jornada e também local onde Thomas foi enterrado. Eu olhei pela janela e pude ver que as casas não estavam mais abandonadas. Elas agora estavam sendo ocupadas e tinham muitas crianças brincando na rua
–Mas o quê?- Me perguntei
–Gente, venham ver isso!- Gritei.
–O que foi Mike?- Perguntou Mathias entrando no quarto e olhando pela janela. - Mas o que?
–O que foi?- Perguntou Bia repetindo os passos de Mathias- Como assim? Isso aqui não estava vazio quando nós saímos?
–Ah, filho da mãe!- Disse- Acho que eu já sei quem fez isso