Três dias se passaram e o pai de Ian já estava na cidade, Joo estava louca para conhecer o senhor Robert. Ian e eu observávamos Josh e Joodie gritavam um com o outro sobre quem acompanharia quem no jantar no Le Goût de La France- algo como o sabor da França. Era o melhor e mias caro restaurante da cidade. Minha mente já estava a milhão com o simples fato de que eu passaria uma hora inteira a sós com o Deus Grego que queria intensamente me jogar contra a parede, e eu não precisava de ouvir esses dois patetas gritarem um com o outro a respeito de nós.

"Calem-se vocês dois!", gritei e me surpreendi com a minha atitude repentina ."Ian e eu somos de maior e não precisamos de dois patetas ciumentos e desconfiados dizendo e gritando um com o outro sobre o que podemos fazer ou não fazer.", olhei para o Ian que sorria no sofá como se estivesse assistindo um programa de comédia. "então agradeceria se vocês calassem a boca e deixasse que nós decidimos que fazer."

Josh se jogou na poltrona e Joodie se sentou.

" Acho que posso ir com o palerma ali.", disse Joodie revirando os olhos.

"Certo.", sai da sala e fui em direção a cozinha. Apoiei as mãos na pia e respirei fundo, droga eu não estava bem e sabia disso. Estava fraca, muito fraca já havia dias que eu não comia uma refeição decente. Abri a geladeira e peguei uma pepsi, logo que senti a cafeínas e instalar em minha corrente sanguínea agradeci mentalmente. Retornei para a sala e todos estavam quietos.

"Sete horas eu passo aqui para buscá-la.", disse Ian se levantando e sendo seguido por Joo.

Me joguei nos braços de Josh e estava quase adormecendo com o cafuné que ele me fazia. Suas mãos desciam e subiam pelas minhas costas, o ritmo do coração dele estava calmo, Fechei os olhos e me concentrei naquelas batidas.

" Ei, minha pequena.", abri os olhos e recebi um sorriso perfeito ." Já são seis horas."

Respirei fundo e me espreguicei. " Eu cochilei?"

"Você dormiu na verdade.", ele já se levantava. "Vou me arrumar e buscar aquela louca.", eu ri. " Guarde toda essa sua beleza pra mim viu."

Assenti e assim que ele saiu eu subi para o banheiro, tomei um banho longo e demorado. Sai enrolado na toalha, e peguei meu vestido tubinho preto que terminava um pouco acima dos joelhos sobreposto com seda. Eu simplesmente amava este vestido, coloquei-o na cama e fui arrumar minha make e todo o resto. Fiz um delineado básico, destaquei mais meus olhos depois fiz um coque no alto da cabeça. Coloquei um brinco de diamantes da minha mãe e por fim a roupa.

Já eram sete horas e logo ouvi as batidas na porta, desci calmamente e atendi. Ian estava vestido com um terno cor de chumbo e uma camisa branca. Senti meu coração acelerar o ritmo. Os olhos dele percorreram cada curva do meu corpo e logo um brilho diferente surgiu nos olhos dele. Sem esperar mais um minuto, peguei minha bolsa e sai trancando a porta, assim que me virei me deparei com um Cuthass, aquele carro que parecia com um leopardo negro.

" Você está muito linda.", ele disse ao pé do meu ouvido.Sua mão segurou a minha, e logo o choque que senti me fez suspirar.

"Obrigada.", disse.

Entrei naquele carro e assim que ele entrou senti o cheiro do ´perfume e logo tentei esconder minha excitação. Ele deu partida no carro, cerca de meia hora e já estávamos no tal restaurante, logo avistei um senhor com o semblante sério e postura ereta. Ian entrelaçou nossos dedos.

"Vai dar tudo certo.", sussurrou em meu ouvido e me guiou para a mesa, Joo e Josh estava não muito longe dali. tinha que admitir que Josh estava lindo de roupa social e Joo pareceu notar isso. "Meu anjo este é o senhor meu pai."

Para que a formalidade?

" Olá senhor Robert, é um grande prazer conhecer o senhor.", disse enquanto ele se levantava.

" Meu Deus Ian, onde você achou esta beldade?", ele disse me abraçando.

" Digamos que ela caiu em meu caminho.", olhei para ele que sorria.

" Acho melhor você cuidar muito bem dela, ou eu mesmo casarei com ela.", senti meu rosto esquentar. " Não se envergonhe querida, estou apenas brincando."

Por incrível que pareça o jantar correu tudo bem até um certo momento em que o Sr° Roberts começou a falar de uma tal de Norah, notei que o olhar de Ian ficou diferente, ele apoiou a mão sob o queixo e sorriu para mim. Ele estava triste, senti um vontade súbita de abraçá-lo mas, não me movi. Sua mão procurou a minha na mesa e quando a encontrou fez um carinho leve, Norah era a mãe dele, e o jeito que o Sr° Roberts falava dela parecia odiá-la profundamente.

"...então meu filho muito cuidado com as golpistas que existem no mundo."

Espere um minuto, ele me chamou mesmo de golpista?

" O que o senhor quis dizer com isso?", perguntei.

" Que as mulheres tem muitas maneiras de conseguir o que quer.", olhei para Ian que ficou calado.

" Obrigada por me defender.", disse irônica e me retirei da mesa saindo do restaurante.

Tirei meu saltos assim que cheguei na rua, caminhei furiosa pela calçada, ouvi os gritos de Ian. O vento estava frio e forte, mas ignorei os pedidos do meu corpo por abrigo, continuei caminhando com passos largos e rápidos.

" Kia me espere, por favor.", ele me alcançou e segurou meu braço." Kia ele não estava falando de você."

" Ah não, e de quem seria?", me virei furiosa.

" Da minha mãe.", e neste momento a chuva desabou sobre nós. Corremos até um ponto seguro da chuva. Assim que ele me olhou começou a rir.

" O que foi?"

" Você está um horror.", bati nele me divertindo pela primeira vez com aquele idiota tarado. E descobri que aquela era a primeira vez que eu realmente consegui tirar um sorriso dele. Um sorriso verdadeiro.

" Você é um idiota.", disse cruzando os braços.

" Vou buscar o carro e levá-la embora.", assim ele saiu correndo e logo surgiu com o carro, entrei agradecendo o calor repentino do meu corpo.

Ele dirigiu devagar, contando-me tudo que acontecera que o fizera sair de Londres e descobri que ele não era bem um tarado e que só dormira com três mulheres na vida. Fiquei surpresa quando o vi falar de sua ex- noiva. Quem diria que ele era um cara sério?

" Então, o que rola entre você e o palerma do Josh?", perguntou sem tirar os olhos da rua.

" Na verdade, não temos nada apenas gostamos de ficar ás vezes.", dei de ombros quando ele tirou os olhos da rua para me encarar.

" Parece que ele gosta de você."

" Existe um diferença entre gostar e ter. E ele quer me ter."

" Em que sentido?"

" No sentido sexual.", disse corando.

" Vai me dizer que você é virgem?", ele sorriu e me olhou de novo.

Puta merda e agora!?

" Sim. Existe algum problema em uma adolescente de 18 anos ser virgem?", disse virando a cara.

" Na verdade não.", ele ligou o rádio baixinho.

" Fique sabendo que eu sou uma raridade nos dias de hoje.", comentei.

" Pode apostar que sim."

Meu corpo começou a formigar com aquelas palavras, logo ele estacionou o carro na guia e desligou o motor. Já estava retirando meu cinto quando notei que ele estava me olhando, tentei ignorá-lo, mas foi em vão.

" Obrigada.", disse já abrindo a porta do carro.

" Espere.", tornei a fechá-la.

" O que foi?"

" Preciso encerrar a noite com chave de ouro."

O beijo foi suave, não lutei contra e esse foi meu erro, o pior de todos. As mãos dele pararam em meu rosto, aquele foi um beijo experimental. Abri a porta do carro e corri para dentro.

Eu estava atraída por ele, muito mais que atraída estava louca!