Duas Pestinhas em Minha Vida escrita por sylphmelodies


Capítulo 2
O aniversário de Mavis


Notas iniciais do capítulo

Yo minna, tudo bem?! *-*

Eu estou muito feliz com todo mundo que está lendo, 28 leitores em um dia?! Isso nunca tinha acontecido antes, muito obrigada pessoal!
Quero agradecer a linda da Iris-chan por ter recomendado Uma Pestinha em Minha Vida, obrigada flor! Amei muito a recomendação *-* Este capítulo é dedicado a você!

Pessoal, hoje é meu aniversário, mas o presente é de vocês! Eu ficaria muito chateada comigo mesma se não conseguisse postar esse capítulo ainda hoje, mas por um milagre e um notebook travando, eu consegui!
Espero que gostem (:
Boa leitura!



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Naquela manhã, acordei com um frio na barriga. Tive um sonho estranho esta noite, sonhei com um aglomerado de pessoas correndo desesperadas de um lado para o outro, um extintor de incêndio sendo acionado em água sendo jogada para todos os lados. Não me lembro de nenhum rosto conhecido, mas foi o suficiente para acordar suando. Um incêndio? Sonhei com um incêndio? Bom, já tive razões demais para acreditar nos meus sonhos bizarros e não mais ignorara-los, e desta vez eu faria isso!

Acordei olhando com todo o cuidado para os lados, desconfiada de tudo o que estivesse nas tomadas, e por paranoia, tirei tudo delas, que não fosse totalmente necessário ficar conectado o tempo todo. Depois, corri para a cozinha e fechei a passagem do gás para o fogão, deixando um bilhete pro meu pai para que comêssemos fora hoje, e por último, dei uma checada no extintor de incêndio do corredor.

Finalmente suspirei aliviada, acho que por hoje, estamos livres de incêndio em casa!

Com a cabeça mais fresca, e a paranoia de lado, fui ver a correspondência. Conta, conta e um envelope rosado endereçado a mim. Por um segundo, estranhei o envelope, mas depois me lembrei de Mavis falando que havia enviado algo para mim. Imediatamente o frio na barriga voltou! Vindo de Mavis, aquele envelope podia ser qualquer coisa, não é?!

Cambaleei até o sofá e me joguei nele com o envelope em mãos. O que poderia ser aquilo? Uma simples carta de saudades? Um mandado de prisão? Uma bomba? Bom, se fosse uma bomba, provavelmente os correios não teriam entregado... Então meu sonho voltou com tudo em minha memória.

– KYAAAAAAAAAA! – arremessei a carta janela a fora.

– Lucy? Está tudo bem? – meu pai gritou de seu quarto.

Só então percebi a burrada que eu fiz. Meu deus, como sou cabeçuda!

– Está sim, pai! Foi só um susto!

“Lucy, sua besta! Tanta paranoia ainda vai fazer você se atirar pela janela! Você nem abriu o envelope para saber do que se tratava!” Resmunguei no elevador enquanto ia para o térreo procurar o envelope pelo jardim do prédio. Por sorte, um envelope rosa não era tão difícil de achar em meio a tanto verde, então assim que o encontrei, respirei fundo e abri.

Um cartão pink altamente purpurinado e reluzente pulou em minhas mãos, me cegando por uns momentos.

Tia Lucy Heartphilia!

Você está intimada a comparecer em minha casa para meu explosivo aniversário de 13 anos! Capriche no presente! E se você não aparecer, te perseguirei até o inferno com uma serra elétrica em mãos!

Com amor, Mavis.”

Imagens da Mavis correndo atrás de mim com uma risada maléfica e uma serra elétrica em mãos, por uma terra avermelhada e um céu tão vermelho quanto e vulcões explodindo no fundo e várias Charlies com óculos escuros saindo de alguns vulcões começaram a dançar em minha cabeça.

– AAAAAAAAH!!

Depois, tudo o que me lembro é de ter acordado no banco do jardim meia hora depois com a carta demoníaca caída ao meu lado.

[...]

Logo o dia do aniversário da pestinha chegou e agora eu me encontrava parada em frente à casa de Mavis com um pequeno pacote em mãos. Realmente não fazia ideia do que dar para a pestinha porque qualquer coisa poderia se tornar mortal nas mãos dela, então optei por algo macio e totalmente seguro, como uma cenoura sorridente de pelúcia. Mavis adora cenouras, não é?

Antes que eu tocasse a campainha, Levy apareceu no portão totalmente empolgada com um espetinho de frango na mão.

– Vamos Lu-chan, tá todo mundo aqui e a comida está ótima!

– Ok... – hesitei um pouco, mas logo a segui até os fundos da casa.

Logo que chegamos ao quintal dos fundos, estaquei. Estavam fazendo um churrasco para comemorar o aniversário da menina. UM CHURRASCO! O quintal estava cheio de pessoas alegres conversando, comendo e nadando na piscina. Fiquei encarando aquela churrasqueira perfeitamente incapaz de me mexer, com a ponta dos dedos formigando e um imediato frio na barriga. Aquilo embaixo das carnes era fogo! E tinha pessoas nadando e brincando na piscina, água! E certamente havia um extintor na casa porque quase matei Gray com ele.

Pessoas correndo para todos os lados, extintor de incêndio sendo acionado e água para todos os lados! Só pode ser isso! O incêndio vai ser aqui!!! Isso não pode estar acontecendo, não pode ter um incêndio aqui!

– Lucy? Está tudo bem? – Juvia apareceu em minha frente, passando a mão em frente aos meus olhos.

– Não. – minha voz saiu em um fio. – Vai haver um incêndio aqui, Juvia! – agora meu tom foi para um desesperado.

As pessoas por perto pararam o que estavam fazendo para me encarar, deviam achar que eu era louca. Juvia me encarava boquiaberta, e começou a dar tapinhas em meu ombro.

– Não seja boba, não vai ter incêndio nenhum aqui, é Igneel que está cuidando do churrasco, ele pode controlar fogo melhor do que ninguém aqui, Lucy, não tem com o que se preocupar.

De cara esqueci de meu sonho bizarro e minha paranoia e me concentrei nas palavras de Juvia. Igneel estava aqui? Então significa que...

– Parabéns baixinha! – essa voz era inconfundível. Natsu estava mesmo aqui.

De longe, pude ver ele agachado em frente à piscina conversando com uma garotinha loira de cabelos ondulados que estava apoiada nas bordas. As coisas começaram a se mover mais devagar no meu ponto de vista e isso não era bom, Natsu e eu na mesma festa, uma festa cuja aniversariante ainda torcia para que nós dois ficássemos juntos.

– Lucy, aí está você! – de longe Grandine vinha em minha direção acenando.

Sem dúvidas, Grandine era um mulher linda, não interessava o que estivesse usando, sua beleza era mesma tanto naquele terno feminino quanto no vestido branco de verão que usava. Definitivamente, quero ter a beleza dela quando estiver com sua idade!

– Fiquei com medo que o cartão não tivesse chegado a tempo, seja bem vinda e fique à vontade!

– Obrigada senhora Marvel. – sorri. Também, se seu não viesse, seria perseguida para sempre pela pestinha e isso não seria bom de maneira nenhuma!

– Venha, Igneel acabou de preparar mais espetinhos!

Quando pus os olhos para onde Grandine queria que eu fosse, estaquei novamente, ela queria que eu fosse para perto da churrasqueira!

– N-Não se preocupe com isso, estou sem fome por enquanto, hehe.

– Oh, tem certeza? – parecia espantada. – Pois bem, a comida estará ali, fique a vontade quando sentir fome.

– Ei Grandine! – a voz de Igneel chamou a atenção de nós duas. – Olha isso!

Igneel começou a fazer malabarismo com espetinhos de carne! Eu e Grandine ficamos boquiabertas com tamanha alegria com que ele fazia isso e tamanha irresponsabilidade também, aquilo poderia machucar uma pessoa! Então ele perdeu o controle dos espetinhos e começou a cambalear para os lados e dar passos para trás tentando não derrubar nada no chão.

– Igneel, cuidado! – Grandine gritou.

Mas era tarde. Não deu outra, Igneel havia caído na piscina, com os espetinhos de carne e tudo! Todos os presentes pararam o que estavam fazendo para observar tal cena, inclusive Natsu que agora ria sem parar apontando para o pai. Grandine dava risadas discretas. Igneel ergueu a cabeça ainda dentro da água, cuspindo água para todos os lados e olhou para Natsu com fogo nos olhos.

– Do que está rindo, muleque?! – e tacou um dos espetinhos na cara de Natsu.

– Ah, é assim?!

Chamas se acenderam nos olhos de Natsu e este se jogou na piscina em direção ao pai e juntos começaram uma guerra de água bastante sem noção, competindo um com o outro para ver quem molhava mais o inimigo. Eu observava aquela briga idiota com a maior cara de besta possível, realmente, tal pai, tal filho!

– Tia Lucy, você veio!

Por um mísero segundo, havia me esquecido de que esta era a festa de aniversário da Mavis! A garotinha vinha em minha direção apenas de biquíni e completamente encharcada.

– Parabéns Mavis!

A abracei, não me importando que ela molhasse minhas roupas, afinal, estava calor mesmo. Entreguei o presente a ela e ela surtou no momento em que o abriu.

– Como sabia que eu estava de olho nessa pelúcia?! Ah, obrigada tia Lucy!

– Intuição? – na verdade, eu não fazia ideia mesmo. – De nada, menina.

Então duas amigas de Mavis a chamaram para voltar para a piscina, Zeira e Chelia. Mavis colocou a cenoura junto de seus outros presentes e me chamou para se juntar a ela na piscina, mas recusei, então ela se jogou na piscina, espalhando água para todos os lados. Logo me juntei a Levy, Rogue, Erza, Jellal, Juvia, Gray e Cana. Como sempre, Cana estava completamente bêbada e estava falando coisas constrangedoras sobre o relacionamento de Erza e Jellal sobre como eles precisavam “se divertir” juntos para pararem de brigar assim.

Não sei se alguém percebeu, mas aquelas labaredas da churrasqueira realmente estavam me assustando, então, enquanto Erza brigava com Cana por ela falar tão abertamente de sua intimidade, escapuli para dentro da casa e peguei um extintor pequeno, apenas por precaução e voltei. Parece que ninguém deu minha falta, pois continuavam conversando normalmente e vendo Erza descabelando Cana como se fosse algo absolutamente normal. Talvez fosse mesmo, vindo de Erza.

Meus sentidos estavam completamente em alerta, olhava de Erza e Cana para a churrasqueira o tempo todo, as batidas do meu coração estavam fortes e já sentia o suor escorrendo pela testa. Então, em um momento crítico, em meio às risadas que trocava com Grandine, Igneel jogou uma quantidade assustadora de álcool no fogo, levantando as labaredas e este foi meu gatilho.

– FOGO!!! – levantei de repente, assustando a todos e rapidamente acionei o extintor contra a churrasqueira.

Todos me olhavam boquiabertos, e com o susto, várias pessoas saíram correndo no impulso, inclusive Gray, que gritou feito uma menininha e saiu correndo para o mais longe possível dali.

– Lucy, ficou maluca?! – Grandine gritou desesperada ao ver o estrago feito na comida.

Aquele extintor era mais forte do que eu esperava e me fez perder o controle e cambalear loucamente pelo espaço tentando controlar aquela coisa possuída, então acidentalmente esbarrei em Mavis e a empurrei na piscina, espalhando água para todos os lados.

Assim que emergiu, Mavis começou a se debater e afundar, gritando que precisava de ajuda. Arregalei os olhos e no impulso, me joguei na piscina para salvar a pequena, me culpando por ter derrubado a menina na parte funda, mas juro que não sabia que ela não sabia nadar. Eu não fui a única a me jogar na piscina para salvar Mavis, Natsu também pulou e ignorando qualquer passado, juntos trouxemos a menina até o raso.

Mavis tossia muito e se abraçava em mim e em Natsu. Encaramos um ao outro com certo receio, mas logo nos voltamos à pequena que nos abraçava com mais força agora.

– Você está bem, baixinha? – Natsu perguntou.

– Er... Lucy? – Grandine me chamou em uma borda da piscina, mas não escutei, apenas ajudava Natsu colocar Mavis sentada na borda da piscina.

– Lucy? – foi a vez de Levy me chamar.

– O que foi?!

– A Mavis enganou vocês, ela sabe nadar.

– O QUE?! – eu e Natsu gritamos ao nos deparar com a informação e imediatamente encaramos a menina que sorria zombeteira.

– Não acredito que vocês caíram nessa, trabalharam juntos pra me salvar! – ela agora comemorava, o que aumentava mais ainda a nossa indignação.

– MAVIIIIIIIIIIIIIIIIIIS!! – gritei assustando a todos, menos a própria pestinha que ria divertidamente.

– Este foi o melhor aniversário de todos!

Mavis começou a correr em volta da piscina e eu a segui furiosamente! Quem ela pensava que era pra fazer isso comigo?! E pra ajudar, todo mundo estava rindo da situação, pode isso?! Como sou injustiçada! Ah, seu eu pego essa pestinha!

– VOLTA AQUI QUE EU VOU TE MATAR, PESTINHA!

Mavis ria enquanto desviava de mim, até que ela ameaçou a entrar dentro de casa, mas mudou sua rota no último segundo, me fazendo esbarrar em uma menina que saía da casa naquele exato momento e leva-la ao chão.

– Meu deus, mil perdões menina! Eu estava tentando matar aquela pestinha quando...

Só então percebi que todos se calaram e que Mavis agora estava parada ao meu lado com uma perfeita expressão de surpresa.

– Wendy?!

– Surpresa!


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Notas finais do capítulo

Yey! A Wendy finalmente apareceu (:

Lógico que no aniversário da nossa pestinha oficial não podia faltar uma confusão, né?
Espero que tenham gostado!