Academia de Vampiros- Sonhos Negros ????HIATUS???? escrita por DivaBelle


Capítulo 11
...


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, de volta a vida! kkk
Desculpe o sumiço, as coisas estão apuradas no trabalho, ballet e vida pessoal e social quase inexistente kkkkkk
bom.... enjoy!



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Pigarreei.

Era estranho estar contando isso para um humano, mesmo apenas uma parte da história, mas por outro lado era libertador. Quebrar as regras, de novo, me trazia um sentimento diferente, quase eufórico, em meio á tudo que eu passava, não podia desperdiçar.

—Então quer dizer que você é da realeza?- Lana perguntou ainda meio incrédula.

—Sim!

—E aqueles que nos perseguiam eram seus seguranças que tentam te proteger a cada segundo? - Sua voz estava estridente, exatamente como quando alguém está duvidando de você. Eu não a culpo: não é todo dia que se encontra alguém da realeza por aí. Principalmente um vampiro!

—Uhum! – concordei novamente.

—E você está fugindo deles por....- ela me olhou por baixo, inquisitiva.

—Porque cansei de ser vigiado e queria um pouco de liberdade! – Não era mentira. Eu estava me sentindo sufocado desde que comecei a presenciar minha mãe com Ambrose na Corte, Rose com Dimitri nos sonhos e o descontrole com os efeitos do espírito. Era tudo como uma bola de neve.

—Olha, isso é como naqueles filmes- começo- em que a filha do presidente foge para saber como é ser normal. Eu só sou a filha do presidente nessa situação!- brinco rindo.

—Isso é... - ela parou por alguns segundos pensando na palavra certa e fitou longe. Confusão, entusiasmo, preocupação e uma mistura de outros sentimentos perturbadores passaram por seu rosto, me deixando cada vez mais ansioso. - Estranho!

Estranho? Bom, eu tinha que concordar, toda essa situação era estranha. E ela não sabia nem da metade! Comecei a rir de sua expressão e ela fez o mesmo ainda parecendo não acreditar.

Suas pernas descansavam sobre as minhas de forma casual enquanto seguíamos viagem com o metrô. O destino era incerto, mas não estava me importando muito com isso.

—Agora acredito em meu pai quando ele disse que eu era metida a besta e só me envolvia com sangue azul. Você é a prova viva disso senhor nobre!- ela me provocou mexendo em minha echarpe. —Mas me conte mais. Que tipo de nobre é você? Algum tipo de príncipe?

Sorri olhando pra longe dela, lembrando-me de tia Tatiana. Mesmo eu não sendo seu filho sempre fui tratado como um príncipe, repleto de regalias. Ela fez de minha infância um mar de rosas e esteve comigo em praticamente todos os momentos, desde o primeiro dia de aula á primeira expulsão.

—Não, não sou um príncipe!- ri – sou a filha do presidente já disse!- brinquei novamente rindo enquanto Lana me olhava com cara de poucos amigos.

—Ok, ok. Não sou a filha do presidente e nem um príncipe, apesar de ter sido tratado como um. Sou sobrinho da antiga rainha, que mais parecia uma mãe pra mim. Acho que recebi esse privilegio por ser o único de nossa linhagem com menos de cinquenta anos.

—Uau, você é sobrinho da rainha!- Lana parecia mesmo impressionada e não pude deixar de sorrir diante de sua inocência. —E como ela é?

Engoli em seco tirando o sorriso do rosto e olhei para o chão. Ainda era difícil falar dela no passado. Eu não acreditava que tudo aquilo tinha ocorrido á menos de quatro meses atrás! Desde então, tudo tinha mudado. Principalmente minha vida.

—Que foi? Eu disse algo de errado?

—Não, é só que... Sinto falta dela!- disse sincero. Eu sentia muita falta de minha tia, mesmo estando um pouco afastado nos seus últimos meses, ela era muito importante para mim. — Ela foi assassinada outono passado.

Lana parou e me fitou. Seus olhos se encheram de compaixão por minha situação e sua boca se abriu levemente. Mesmo ela não sabendo quem foi tia Tatiana, o carinho em sua voz me pegou desprevenido:

—Oh meu Deus Adrian, eu sinto muito. Não sabia!- Minha princesa dos cabelos de fogo alisava minhas costas em conforto e de certa forma isso era bom, apesar de nada tirar a saudade que eu sentia dela.

—Tudo bem princesa, eu já me acostumei á sua ausência. É normal ficar sem quem amo!- não pretendia dizer aquilo em voz alta, estava tão acostumado com aquela verdade que simplesmente deixei sair, sem que tivesse controle. Lana mais uma vez me olhou nos olhos, entretanto o que vi dessa vez foi algo diferente.

Pena.

E eu odiava pena.

Suspirei fundo e coloquei um falso sorriso no rosto.

—Está tudo bem. A gente se acostuma com as perdas não é mesmo?- peguei suas mãos nas minhas e apertei de leve. Ela era quente, mais que o normal, porém não desconfortável – Mas saiba que ela era fantástica, uma mulher invejável. Firme, coesa, direta e muito amável. Às vezes controladora, mas que mãe não é?!- ri e ela me acompanhou. Pronto o clima tenso e fúnebre havia ido embora.

—Eu não ouvi falar nada nos noticiários sobre a morte de uma rainha!- Lana se deu conta, franzindo a testa. Droga, como eu iria explicar isso?

—Não é algo que queríamos que fosse divulgado. Podia causar mais alarde sabe! Já foi suficiente que ela tenha sido assassinada, ter a imprensa no nosso pé só dificultaria as investigações- fingi dar de ombros e olhei pra longe. Não precisávamos de um escândalo maior do que tínhamos. Isso sem falar que os alquimistas pirariam para encobrir tudo.

—Que bom que só tem lembranças boas dela meninão, eu queria ter boas lembranças assim de minha mãe também. – ela pressionou os lábios e ergueu os ombros. Aquele era um assunto complicado pra ela também então não quis pressioná-la, se ela quisesse falar abrir-se-ia alguma hora.

O restante da viagem passou tranquila e sem muitos acontecimentos, apenas nós dois conversando descontraidamente e ela brincando com meus dedos. Não entendia a sua fixação por eles.

Lana a cada minuto me surpreendia mais com sua inteligência e sagacidade, me fazendo rir. Era bom não ter no que pensar, não ter no que se preocupar e ela era a distração perfeita.

Apesar de tudo eu estava desconfiado. Uma sensação estranha tomava conta de mim e eu não parava de olhar para os lados, mesmo sabendo que estávamos em segurança. Pontos negros e brilhantes apareciam em minha vista cada pouco, efeitos colaterais do Espirito eu tinha certeza.

Havia mais de um dia que o espirito não se manifestava e isso começou a me deixar preocupado. E se eu me descontrola-se perto de Lana? Se algo saísse de meu controle novamente? O que ela pensaria? Como reagiria? Expulsei por hora esses pensamentos, apenas me concentrando no agora.

—Onde estamos?- perguntei olhando em volta.

Estava escuro por que passávamos por uma parte mal iluminada do metrô e novamente a sensação de sermos perseguidos me tomou.

—Na verdade não sei bem, eu não prestei atenção no nome da ultima estação em que paramos. Mas não devemos estar muito longe do centro. - ela me olhou e percebendo minha preocupação pegou meu rosto entre as mãos.

—Hey meninão, calma. Não precisa se preocupar!- ela sorriu ternamente. — Você está seguro comigo!

Concordei sorrindo fraco e olhei de novo ao nosso redor. Mesmo eu sabendo que isso era paranoia da minha cabeça, a sensação de estar sendo espionado não saía de mim.

—Calma! Pra você ficar mais tranquilo eu vou olhar no mapa que tem aqui no metrô e tentar identificar onde estamos ok?

Lana levantou seguindo em direção á parte traseira do vagão. Eu não estava gostando daquilo, mas não pude impedi-la.

As luzes piscavam dentro do vagão e as pessoas estavam alheias á minha paranoia. Algumas conversavam, riam, mexiam em seus celulares, mas uma olhava pra mim.

De inicio não consegui identificar quem era, pois estava longe, porém quando notei os olhos vermelhos debaixo do capuz e o sorriso macabro no rosto congelei.

Strigoi!

Ela me olhava permanentemente sabendo quem eu era. Claro que um strigoi iria reconhecer um Moroi de longe, mas a mim era meio que uma obrigação. Eu era da realeza.

As luzes piscaram outra vez e quando religaram, aquilo já não estava mais lá. Olhei pra todos os lados freneticamente, meu corpo todo tensionado em arrepio ao que poderia acontecer. Strigois em plena luz do dia? Como isso era possível?

Mas então me lembrei de que estávamos dentro do metrô. Onde a iluminação era mínima. O lugar perfeito para eles! Pessoas desapareciam todos os dias em estações pelo mundo. Alvos fáceis e sem precisar deixar um corpo á vista.

Recordar os olhos vermelhos daquela strigoi me fez tremer. Ela parecia nova, talvez vinte e poucos anos, mas suas feições já não eram doces como deveriam ser. O capuz preto, as botas pesadas, as correntes... Quem a visse pensaria que era apenas mais uma dessas adolescentes rebeldes que se veste de punk. Mas sabia que não era!

Seus cabelos vermelhos contrastavam com sua pele extremamente branca...

Lana!

Onde ela estava?

Olhei em volta procurando nos rostos ali. Nada dela. Onde é que ela se meteu? Levantei devagar, tropeçando pelo balanço do metrô e segui na direção em que ela tinha ido. Onde estavam meus guardiões á uma hora dessas?

—Com licença senhora – me inclinei para perto de uma mulher grisalha de suéter marrom. – Por um acaso a senhora não viu uma ruiva de vestido preto passar por aqui?

Ruiva de preto... Exatamente como a Strigoi.

Ela negou e eu segui meu caminho, procurando em cada rosto algo que me fizesse acalmar o coração por ter Lana de volta em segurança. Ninguém a tinha visto. Como isso era possível? Não é todo dia que se vê uma ruiva linda, de grossas pernas em um vestido curto andando pelo metrô!

Quando uma mão tocou meu ombro eu saltei. Meu corpo todo começou a formigar em medo e meu coração parecia que ia sair pela boca.

Virei-me rapidamente pronto pra socar, ou seja lá o que era que meus guardiões faziam para matar um strigoi, e então encarei a face á minha frente com um suspiro:

—Graças á Deus!


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Notas finais do capítulo

E então? Alguma ideia? kkk
Lembrem-se de me fazer feliz e dizer seus palpites e sugestões!
Beijocas e até o proximo! :*



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