Oreland: O Coração do Mundo escrita por Piranhossauro


Capítulo 14
Capítulo 14: O Lobo Feroz




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/586766/chapter/14

O forte cheirava a sangue e carniça. Muitos já haviam morrido. Pacjorn lutava incansavelmente contra os mercenários de Jonh, assim como Mikel, Rezil e Jaak Vu. Sua espada estava completamente vermelha e seu rosto havia adquirido uma cicatriz. Ainda não tinham conseguido alcançar o arsenal e um destacamento, vindo de Cafré, estava a caminho.

"Onde estão Bronfir e Felipe?"

Pensava Pacjorn enquanto cortava o braço de um guerreiro.

Do alto da torre principal, estava Jonh, comandando seu exército e atirando flechas nos inimigos. O jovem era um covarde, mas ninguém podia negar sua destreza com arcos.

Se não conseguissem pelo menos atear fogo no arsenal, aquela batalha seria perdida. No meio da luta, Mikel avistou Rezil, cercado, e foi em sua direção. O rapaz se defendia como podia, mas não foi rápido o bastante para aparar um golpe, acertando-o no elmo, fazendo-o cair. Nisso, chegou Mikel com sua grande espada de duas mãos. Matou os inimigos restantes e ajudou o colega a se levantar. Retirou o capacete de Rezil e disse:

– Cuidado da próxima vez, garoto! Não quero ver você morrendo aqui, está me ouvindo? Agora pegue sua espada, coloque esse elmo e volte para a batalha.

Limpando o sangue que escorria do nariz, Rezil balançou a cabeça e voltou-se a luta. Do outro lado, Jaak Vu comandava um pequeno esquadrão de arqueiros e lanceiros que avançavam contra o inimigo. Mas faziam isso lentamente por estarem encontrando dificuldades pelo caminho.

Pacjorn estava sem esperanças. Foi nesse instante que, de repente, uma flecha vinda de trás, atravessou seu joelho. Quando virou-se para trás, quis chorar: o destacamento de Cafré havia chegado. O reforço começou a retalhar os mercenários da Fênix, que começaram a bater em retirada:

– Não! - Gritou Pacjorn - Isso não está acontecendo! Vamos perder! Vamos morrer!

Nesse momento de desespero, quatro inimigos vieram em sua direção. Pacjorn não se mexeu, aquele seria o fim. Mas logo lembrou-se que seu pai, aquele que havia lhe mandado para Oreland, jamais abaixou a cabeça diante de uma ameaça, jamais desistiu de lutar, jamais se entregou aos adversários.

Se ele quisesse ser melhor que Krasg, se queria mata-lo, teria que agir igual a ele. Arrancou a flecha de sua perna, levantou-se, pegou sua espada e foi em direção aos quatro homens quem chegavam cada vez mais perto. Se fosse morrer, iria cair lutando. Cortou a cabeça do primeiro e enfiou sua lâmina no segundo. O terceiro vinha armado com um machado de lenhador, o qual Pacjorn fez em pedaços antes de degolar seu inimigo. O quarto, que tinha uma espada longa, parecia ser um inimigo difícil de derrotar. Ele conseguia ser rápido usando uma arma pesada e defendia os golpes do príncipe facilmente. Mas quando levantou sua espada, uma flecha caiu direto em sua cabeça.

Naquela hora, Pacjorn ouviu gritos de guerra e um urro que mais parecia um lobo feroz. Logo reconheceu Bronfir e, logo atras, Felipe. Seu reforço havia chego. Quando os guerreiros da Fênix viram mais aliados chegando, retornaram a batalha. Já estava amanhecendo e chegavam cada vez mais perto do arsenal. Com a moral refeita, a Fênix Militar começou a avançar até chegar a torre principal. O inimigo estava morrendo e debandando facilmente.

Rezil e Jaak Vu começaram a subir torre junto com mais 10 homens. Lutaram contra vários guardas até chegarem ao topo, onde o mais jovem dos príncipes banidos se escondia embaixo de uma mesa:

– Eu...eu me rendo... - Murmurava Jonh.

– O que disse? - Perguntou Jaak Vu, retirando-o debaixo do móvel.

– Eu disse que me rendo! - Gritou em resposta.

– Então mande seus guerreiros se renderem também. - Disse Rezil, calmamente.

Quando os mercenários da Ordem do Dragão viram seu líder ao lado de dois homens da Fênix Militar, logo soltaram suas armas e se entregaram. A vitória foi conquistada pela Fênix, que confiscou as armas do arsenal e contrataram os mercenários que concordaram em servir Pacjorn e os outros.

Naquela noite, ao chegarem no quartel da Fênix Militar, Jonh foi preso sem ser condenado à morte, por ordens de Rezil. Este último por sua vez, foi celebrado com um banquete já que fez o plano de ataque, mas não se esqueceu de agradecer a Pacjorn pela estratégia de infiltrar Mikel e os outros no forte para abrir o portão.

Jaack Vu percebeu algo estranho em Pacjorn enquanto comiam. Ele estava sério de mais e quase não comeu. O jovem chegou um pouco mais perto do outro e perguntou:

– O que está havendo meu camarada?

– Estou preocupado Jaak. - Respondeu Pacjorn - Percebeu que tivemos que chamar todos os líderes da Fênix Militar no campo de batalha para vencer?

O rapaz coçou a barbicha que começava a se formar em seu rosto:

– Verdade... - Disse ao amigo - Isso quer dizer que não estamos tão preparados quanto achávamos que estávamos. Precisamos treinar e contratar mais homens. E precisamos de novos metais. Precisamos de mais mineiros, Pacjorn.

– Vou pedir a Algustin para mandar mais cartas àquele primo dele.

– Então não se preocupe mais essa noite, entendeu?

Os dois riram e Jaak Vu deu um copo de vinho a Pacjorn. Naquela noite, Edward se enfureceu como nunca. Dizem que enforcou três mercenários e deu uma recompensa a quem capturasse Jonh, para que pudesse queima-lo vivo. Na manhã seguinte, Jaak Vu voltou ao seu forte, agora com uma defesa melhor do que antes, lembrando de reformar os muros. Afinal, não queria que tivesse a mesma facilidade que tiveram para entrar na fortaleza.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaria de agradecer o Nyah!Design por ter me proporcionado a nova capa. Estou muito grato.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Oreland: O Coração do Mundo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.