Danos Colaterais - Restos de uma História Feliz escrita por Esther


Capítulo 12
Cap. 11


Notas iniciais do capítulo

Comentem pls... Preciso de saber se estão gostando!!!

Beijos...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/586440/chapter/12

Já se passava das 2 horas da madrugada quando saímos da festa de homenagem do meu pai, meus pais estavam felizes, no carro ao fundo ouvia-se uma musica suave id come for you, de nickelback, eu me lembrava, era a minha favorita, minha mãe cantava todos os dias para eu dormir.

– Ah querido você estava tão fabuloso. - dizia a minha mãe ao meu pai.

– Você notou que o prefeito não tirava os olhos de você? - disse meu pai com um tom de ciúme em sua voz.

– Não notei querido, meus olhos não se desviaram um segundo sequer de você, eu te amo.

Então eles sorriram um para o outro, tudo parecia tão perfeito, eu estava no banco de trás do carro, um pouco sonolenta, devido o horário avançado, quando um carro de repente saiu do nada da mão contraria e veio em nossa direção, meu pai estava dirigindo distraído conversando com minha mãe sobre a festa.

Quando meu pai se deu conta do que estava acontecendo ele simplesmente virou o volante para o lado, jogando-nos no rio que passava em baixo da ponte que estamos.

Minha mãe gritava com meu pai, ela estava desesperada, e a musica soava cada vez mais alto, em meio às palavras da minha mãe.

–SALVA NOSSA FILHA, SALVA ELA!!!

“Give my life for you”

–EU NÃO CONSIGO SAIR. – Dizia meu pai apavorado.

“You know I'd always come for you

You know I'd always come for you”

–ELENA MAMÃE TE AMA... VOCÊ SABE DISSO, EU TE AMO, EU TE AMO, EU TE AMO... – e eu balançava a cabeça chorando concordando com o que minha mãe falava.

O som do carro explodia uma nova musica.

“I am so high, I can hear heaven

I am so high, I can hear heaven

Whoa, but heaven, no heaven don't hear me”

A minha mãe não parava de repetir que me amava, eu amava ela, amava o meu pai, eu não entendia muito do que estava acontecendo, estávamos em um jantar importante para meu pai, era tudo o que eu me lembrava. A água cada vez mais me encobria, eu chorava, estava apavorada.

“And they say

That a hero could save us

I'm not gonna stand here and wait

I'll hold on to the wings of the eagles

Watch as we all fly away”

Minha mãe não parava de gritar, e agora meu pai também gritava a água agora estava mais alta, e mais alta, estava me sufocando, ninguém aparecia, eu tentava relutantemente tirar meu sinto de segurança, sem nenhum sucesso.

“Someone told me

Love would all save us

But, how can that be

Look what love gave us

A world full of killing

And blood spilling

That world never came”.

Estávamos afundando dentro do carro, eu tomei o ultimo suspiro antes da água me encobrir completamente, meus pais não paravam de gritar, e eu chorava sem parar.

“And they say

That a hero could save us

I'm not gonna stand here and wait

I'll hold on to the wings of the eagles

Watch as we all fly away

Now that the world isn't ending

It's love that I'm sending to you

It isn't the love of a hero

And that's why I fear it won't do”



Quando eu estava quase sem fôlego eu vejo um homem através da janela do carro, ele simplesmente abre a porta trancada, arrancando-a como se fosse um papel, eu nunca fui capaz de ver o seu rosto, até o dia de hoje, quando para a minha surpresa eu vejo Ian, com seus olhos negros e sombrios como a noite, ele era meu salvador, mas com esse pensamento seu rosto foi ficando nublado, a água que me encobria me sufocava, eu estava morrendo e tudo o que eu via era uma pessoa me retirando, seu rosto não pertencia mais a Ian, mas sim a Calebe, eu estava ficando confusa, meu sonho estava se desfazendo, eu estava morrendo nos braços daquele homem que me olhava com os olhos mais frios do que a noite apenas assistia minha morte, ele olhava como se eu fosse apenas um filme que se passava diante seus olhos, lindos e perfeitos impecáveis.

Eu simplesmente desperto com um grito abafado pela falta de ar que sentia, eu já estava me acostumando a ter esse sonho, não era uma coisa que me afetava tanto quanto eu era criança, mas ainda assim eu suava frio, minhas mãos tremiam.

Ian estava parado comigo em seus braços ele então começou a embalar em seus braços, lágrimas escorrias pelos meus olhos, eu chorava como uma criança, a lembrança de meus pais ainda era muito dolorosa, mesmo depois de tantos anos que se passaram.

– Passou, passou... – ele falava ainda me abraçando como uma criança que acorda de um pesadelo.

– Eu estou bem – eu falo tentando me desvencilhar de seus braços.

– Você tem certeza disso - ele dizia me segurando com mais força.

– Sim. – então me aproximei dos seus lábios, e começamos a nos beijar, sua respiração era suave, minhas mãos estavam em seu peito nu.

Nossos corpos estavam então ligados, minha mente ainda via aqueles olhos negros como a noite e ficava me perguntando se deveria seguir em frente com aquilo, eu estava quebrada para todos, então sim eu deveria sem duvida alguma ir em frente.

Eu pensei em Calebe e no que ele significava pra mim, ou no que ele um dia significou, ou poderia significar, eu estava obviamente confusa com tudo o que estava acontecendo, mas Ian estava com suas mãos fortes passeando pelo meu corpo, ele me encarava agora...

– Você quer falar o que esta acontecendo Elena?

– Não, esta tudo bem...

– Eu estou te ouvindo, obviamente ontem você queria me dizer muitas coisas.

– Eu sinto muito por ontem à noite. – e então eu ruborizei com a lembrança, do meu corpo nu em sua frente sem o menor pudor.

– Eu mereci cada palavra, obviamente você sofreu muito com o que eu fiz com você, mas eu quero que você saiba que eu quero recompensar, eu nunca mais vou fazer você sofrer, nunca mais Elena.

Eu apenas balançava a cabeça, concordando com o que ele havia dito, mas obviamente no meu interior a magoa existia e sempre iria existir, quando então eu me dei conta do que havia acontecido ontem e comecei a revirar minhas memórias, que não estavam muito claras em razão da bebida.

Então olhei disfarçadamente por debaixo das cobertas, e por algum milagre eu estava vestida com as roupas dele, ele me abraçava, seu cheiro ainda era o mesmo, seu semblante ainda mais frio e assustador do que antes, talvez o tempo o tivesse castigado ainda mais do que a mim. Mas muitas coisas ainda não estavam resolvidas entre nós, muitas coisas ainda precisavam ser esclarecidas, então me vem à mente o pensamento, ele poderia ser um comerciante de órgãos humanos, ou poderia fazer trafico internacional de pessoas, mais especificamente mulheres para prostituição, e tudo isso me invade a mente, mas eu estava na casa dele, eu estava na cama dele, e eu tinha que terminar aquilo que eu havia começado, eu precisava colocar um ponto final naquilo tudo.

Se eu fosse apenas uma conquista barata para ele, ou sei lá o que, isso iria acabar hoje, ele iria ter o que ele queria “sexo”.

Eu levantei levemente a minha cabeça, olhei nos olhos dele e tudo o que eu consegui enxergar foi uma duvida constante em seus pensamentos, eu elevei meus lábios aos seus lábios, e nossas bocas se tocaram aos poucos nos abrimos um para o outro e então quando nossas línguas se encontraram ouve uma conexão que eu nunca tinha sentido antes, seu sabor era ainda melhor do que eu tinha em meus pensamentos, suas mãos percorrem as minhas costas até estar em minha cintura, ele me envolvia em seus braços, eu então decidi de uma vez por todas a me entregar a quilo tudo, me entregar aquele amor, eu queria sentir ele, eu queria pertencer a ele, meu corpo se arrepiava a cada novo toque, a cada nova caricia.

Calebe tinha estado em meus pensamentos, apenas em flashes, porque era o que estava destinado a acontecer que mudaria a minha vida, Ian, eu iria pertencer a Ian de corpo e alma e nada poderia me fazer mudar de ideia naquele momento.

Ele então se afastou um pouco de mim, e eu gemi sentindo falta de seus lábios gentis e sua língua macia.

– Você tem certeza do que quer Elena?

– Tenho, eu te quero, acaba logo com essa espera, você me estragou pra todos os outros homens, então quem melhor do que você pra me corromper de todos os jeitos humanamente possíveis?

– Elena não fala isso, eu te amo e não iria me perdoar se fizesse algo que não te agradasse, você passou a ser o motivo da minha vida no momento em que eu te vi pela primeira vez.

– Então faça amor comigo, eu te quero, não me rejeite, por favor, eu quero você, só você. — Minhas mãos passeavam pelo seu peito, lágrimas escorriam dos meus olhos, eu estava me humilhando, implorando por ele.

Então ele voltou a me beijar, como quem quisesse impedir que mais palavras de suplica e humilhação saíssem de minha boca, suas mãos estavam passeando pelo meu corpo, ele então retirou sua camisa, e passando as mãos pelas minhas costas desabotoando meu sutiã, um arrepio repentino tomou conta do meu ser, minhas mãos delineavam seus músculos perfeitos, eu não conseguia disfarçar meu olhar atônito ao ver o quanto ele me desejava, o quanto ele estava ficando excitado com meu toque, com o meu corpo colado no seu, seus lábios ainda estavam nos meus quando ele levantou minha blusa, então nossas bocas se separaram, minhas pernas estavam ao redor dele, então ele aos poucos foi deitando sobre mim.

Suas mãos estavam sobre minhas costas, ele me apoiava lentamente até que minhas costas tocaram o colchão.

Minhas mãos passeavam pelo seu rosto, ele fecha os olhos sentindo o meu toque, ele eleva sua mão até a minha, seus dedos traçavam meus dedos, ele olhava firmemente para meus olhos.

Sua boca roçava meus seios, quando então de repente eu o sinto suga-lo, doía, mas era uma dor suportável até excitante.

Ele percorreu todo o meu corpo com sua boca beijando cada centímetro, eu já não podia suportar mais essa espera, minha respiração estava acelerada, a respiração de Ian estava acelerada, ele estava cada vez mais duro, eu podia ver, eu tinha medo do que estava prestes a acontecer.

— Seja gentil, por favor. — Eu imploro.

— Não precisa ter medo. Nunca seria capaz de te machucar Elena. Eu te amo.

Ian com toda a gentileza do mundo começou refazer todo o caminho do meu corpo, ele deslizava sua mão pela lateral dos meus seios me causando ainda mais arrepios, eu estava excitada, meus olhos não se desviavam dos seus, então ele começou a traçar beijos pelo meu queixo e descia pelo meu pescoço, entre os meus seios, e então ele demorou em cada mamilo um curto tempo que para mim parecia como uma eternidade, sua boca quente sugava novamente cada mamilo causando uma dor suportável.

Eu gemia de dor e ao mesmo tempo prazer, então suas mãos ágeis retiraram seus shorts e sua cueca boxer que eu usava me deixando completamente nua, então ele retirou a sua cueca mostrando sua ereção sem nenhum pudor, seu desejo enorme por mim era vibrante, ele estava duro, seu pau estava duro e latejando, duro de desejo por mim.

Ele então afastou minhas pernas, passando seus dedos na minha pele rosada certificando-se que eu estava molhada o suficiente, aos poucos eu o fui sentindo, entrando e violando o meu corpo, retirando a minha inocência. Nós não dissemos nenhuma palavra, ele apenas olhou-me nos olhos, seu prazer e satisfação eram aparentes. A dor que eu sentia aos poucos foi se distanciando, ele se mexia com cautela olhando fixamente nos meus olhos.

Então éramos um, juntos unidos carne e espírito, eu quase pude enxergar através de seus olhos bondade, naquele momento ela era o anjo que me salvou.

Ele era gentil, seus olhos fixos nos meus, eram desejo puro, eram luxuria, estavam ali e em algum lugar difícil de saber. A dor deu lugar ao prazer, meus gemidos aumentavam quando ele apertava meus quadris aumentando suas investidas, eu estava em êxtase por aquele homem, por aquele anjo.

Pouco tempo depois estávamos suados, ele então deu um gemido indicando a sua satisfação, ele havia gozado, ele dizia meu nome, “o meu nome”. Eu não tive o meu orgasmo, mas eu haveria de ter, era a minha primeira vez, e o desejo que eu senti sentir Ian dentro de mim já era o suficiente por um dia.

Minutos depois estávamos ambos deitados lado a lado nossos dedos ainda entrelaçados, estávamos suados e exaustos, estava feito eu era dele, ele havia completado seu serviço sujo. Agora nenhum homem seria capaz de tirar a lembrança daquele momento.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Danos Colaterais - Restos de uma História Feliz" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.