The Lawyer escrita por Szin


Capítulo 14
Memorias de uma fotografa


Notas iniciais do capítulo

Esta grande mas acho bom lerem pois ajuda a perceber mais coisas cobre Tália e Annabeth - Neste capitulo vai aparecer um pouco de Talico.



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Eram já 16 da tarde… como sempre eu estava no meu estudio fotográfico. Eu o havia alugado á uns cinco meses se não me engano. Estava a rever as fotos da srª. Mellanie quando as memorias me vieram á cabeça.

–Flash Back ON

– Não, já disse – o meu pai gritava – filha minha estuda, para ter um eprego decente!

– Mas pai é isto que eu quero não percebes?

– Tália por favor! Eu não premitirei que a minha filha desista de um futuro de sucesso para ser um a reles fotografa. Tu vais acabar o curso e seguir direito, medicina ou economia como eu.

– Mas é a fotografia que me faz feliz… eu gosto daquilo que faço!

– Ai gostas – o meu pai fulminava-me com o olhar – e o jornalismo? Á uns meses para cá querias seguir jornalismo… sabes o que é isso Tália? São caprichos de uma menina mimada!

– Até pode ser… mas se não quiser não me apoie, eu me aguentarei sozinha! Como fiz estes anos todos… você nunca me respeitou, nunca me fez nem sequer um elogio como filha.

– E Sabes porquê? Porque tu não és nada, és inútil – acusou ele.

– Zeus? – a minha mãe Hera interviu.

– Não deixe estar mãe… se eu sou inútil então eu vou-me embora… sabes que mais pai, aqui a inútil vai trabalhar… vou me sustentar sozinha não preciso que me ajude nunca precisei.

– E como? tu sempre tiveste tudo Tália… não tens dinheiro… tu não tens nada.

– Mas sabe uma coisa tenho uma coisa que o senhor não tem! Amigos que me apoiam.

– A Amizade não enche a barriga a ninguém!

– Talvez não mas ao contrário dos seus amigos da empresa que só se dão consigo pelo dinheiro, os meus amigos apoiam-me pelo que sou não pelo credito da minha conta bancaria… Eu não compro amigos pai.

– Então vai! Desaparece… mas se o fizeres então deixarás de ser minha filha!

– Zeus! - A minha mãe cortou-o.

– Sabe uma coisa? Eu nunca fui sua filha… e você nunca foi meu pai… pode me ter trazido ao mundo… mas um pai você nunca foi. Um pai apoia, protege, ama… e o que você faz? Diga-me… você despreza-me! Rebaixa-me com as notas da escola, com os trabalhos, com tudo...

– Eu apenas encorajava-te a melhorar! Eu sabia que conseguias mais!

– Mais? A minha irmã Natalie podia chegar com um teste baixo, mas o senhor elogiava e vangloriava-a. E eu pai? Lembra-se quando eu chegava da escola e lhe mostrava os meus testes? – ele não respondeu – Eu fora sempre uma das melhores alunas pai! E você apenas dissia para melhorar. Eu feita parva esforçava-me, mas em vão… você nunca se orgulhou de mim! Nunca!

– Porque eu queria que fosses a melhor percebes? A melhor!

– E a Natalie? Ela também é sua filha lembra-se! Mas ao contrario de mim, ela era uma aluna razoável e você nunca a reaprendeu! Muito pelo contrario, dava-lhe presentes, como telemóveis, tablets… não se lembra? Deixe-me dar-lhe um exemplo. Foi no 10º ano… era o dia das olimpíadas da Matemática, o pai obrigou-me a ir, contra a minha vontade… E o pior de tudo é que você não assistiu á porra do concurso… e onde você estava quando eu o ganhei o 1º lugar nas olimpíadas?... Eu digo-lhe! Estava com a Natalie a assistir a uma merda de filme que estreava nos cinemas!

– Ela pediu-me! – ele tentou defender-se. – Não a podia deixar sozinha no cinema.

– Oh pai poupe-me! O filme não ia a lado nenhum podiam muito bem ter ido no dia seguinte! Mas não… tiveram que ir ao mesmo dia do concurso… que ainda por cima eu fui obrigada a participar… - as lagrimas ameaçavam saltar dos meus olhos, mas eu segurei-as tentando me fazer de forte. – A casa estava vazia quando eu cheguei com o caralho da medalha ao pescoço, mas vocês estavam onde? No Shopping a fazer compras e a jantar! Eu fiquei sozinha em casa o dia inteiro, enquanto vocês se divertiam. Sempre que olhava para a estúpida medalha me lembrava desse dia, e outros em que vocês faltavam aos meus concertos de piano só para ir ver a Natalie nas aulas de balé.

– Então essa birra é tudo ciumes?

– Não pai não são ciumes… eu não me atrevo a ter ciumes de uma rapariga com a mania das grandezas que nem somar um mais um sabe!

– Já chega! Tu não falas assim da tua irmã!

– Porquê vai bater-m? Força! Seja homem uma vez na vida! – senti algo a esbofetear-me a cara.

– Zeus! Acabou! – Hera gritou para o meu pai.

Eu ri cinicamente. – Vê pai? Aqui está a prova que você não vale nada! – Ele tentou aproximar-se para me bater novamente, mas a minha mãe segurou-o. – Agora se me dão licença eu vou arrumar as minhas coisas… não passo nem mais um dia nesta casa…

– E vais para onde? - a raiva notava-se na sua voz rouca.

– Para o mais longe possível de si e desta família… - eu corri para o meu quarto e começei a arrumar a roupa numa mala, as lágrimas caiam-me dos olhos. Liguei para Annabeth a soluçar.

Ligação Telemovel

[A = Annabeth; T = Tália]

A – Sim! Quem é?

T – Annabeth?

A – Tália? Taliá estas a chorar?

T – Bem… sim – eu soluçei – Annabeth eu vou sair de casa.

A – Oquê? Tália pensa bem!

T – Desculpa Annabeth, mas eu não aguento ser aquilo que não sou… vou sair de casa, e olha durmo por aí! Qualquer lugar é melhor que estar aqui!

A – Nem penses nisso Tália, tu vens morar comigo ouviste? –

T – Annabeth? Eu não quero incomodar nem a ti nem aos teus pais…

A – Tália não incomodas nada, eles adoram-te e vão compreender.

T – Eu sei. Vocês sim são o que eu tenho mais perto de uma família. Obrigado por tudo Annie.

A – Vá Tália eu vou pedir ao meu pai o carro e vou aí buscar-te! Beijos.

T – Beijos Annie obrigada.

A – De nada Tália, força não te preocupes beijos.

Ela desligou e eu arrumei umas roupas. Desci as escadas e o meu pai ainda me esperava com um olhar relutante…

– Filha não vás. Pensa bem!- a minha mãe implorou.

– Deixa a ir Hera, ela volta, não vai sobreviver um dia na rua.

– Não tenhas tanta certeza – eu meti as mãos nos bolsos e retirei a carteira – Tome a porcaria dos cartões de credito, e do dinheiro… a partir de hoje eu não quero mais nada seu… subi as mãos ás orelhas e retirei os brincos de prata que a minha mãe me oferecera, e depois retirei a pulseira de ouro que o meu pai oferecera á Natalie, mas como ela não gostou acabou por ser para mim. – Adeus aos dois, e mandem um adeus á Natalie por mim, visto que ela deve estar se a embebedar-se num bar qualquer. – o meu pai ia protestar mais uma vez – já percebi não disser mal da filha do papa. A partir de hoje eu vou ser livre.

– Lembra-te que quando saíres por aquela porta não poderá voltar a trás. Esta deixa de ser o teu lar. – ele ameaçou.

Eu olhei de relance – Não vou perder grande coisa! Dizem que o lar é onde está o coração. E se bem vejo nunca me senti feliz aqui. Adeus mãe e adeus pa… adeus senhor Zeus - ele olhou para mim, por momentos julguei ver mágoa no seu olhar – Fui em direcção á porta e virei-me mais uma vez para o meu pai… eu sorri para ele, e ele mandou-me um olhar severo mas confuso.

Cheguei aos portões da mansão Grace (o apelido do meu pai) e vi Annabeth encostada ao carro. Eu sorri para ela.

– Eu sou livre Annabeth, eu estou livre! – eu abracei-a.

– De certeza que queres fazer isto?

– Absoluta, eu quero seguir o meu sonho.

Eu virei-me uma ultima vez para a mansão e reparei que os meus pais me olhavam pela janela, eu sorri para eles, e pude reparar que o meu pai tinha um olhar atordoado, eu sabia que ele nunca na vida preveria que uma filha dele desistisse de uma vida de luxo… mas eu não queria e nem ia voltar a trás, o futuro esperava-me e eu iria segui-lo.

FlachBack Off

Após esse dia, eu iniciei a minha carreira fotográfica, morei em casa de Annabeth, os pais dela receberam-me de braços abertos, eu contei-lhes o que se tinha passado, e como tinha vivido todos estes anos… eles perceberam e fizeram questão de me ajudar e apoiar como meus pais… Annabeth tornou-se a minha melhor amiga (mais do que antes) e a qualquer lado que íamos Annabeth dizia a toda a gente que eu era a sua irmã… e claro que isso me comovia. Toda a minha vida eu vivi com uma irmã apenas 3 meses mais velha, e nós odiava-mo-nos, mas o destino trocou-me as voltas, e deu-me a melhor irmã de sempre… Nos meus anos apenas a minha mãe me mandou um sms a desejar-me os parabéns e de vez em quando nos encontrávamos. Quanto ao meu pai e á minha irmã? Bem Natalie viveu ás custas do meu pai, ela nunca se chegou a formar, pois dizia que sendo ela rica não precisaria de trabalhar, agora estoira o dinheiro do meu pai, nos bares e nas lojas (afinal quem era a inútil agora?)… 3 meses depois da minha mudança descobrimos a gravidez da Annabeth, eu licenciei-me para ajudar nas despesas da casa, pois Annabeth foi obrigada a largar os estudos, quando o bebé nasceu, eu continuei a apoia-la. A minha mãe divorciou-se do meu pai, pois já estava cansada que Zeus a rebaixa-se. Após o divorcio, a minha mãe conseguiu metade das poses do meu pai. Ela tornou-se designer de jóias, pois era o seu sonho na adolescência, mas que desistiu por ordem do meu pai. Os pais de Annabeth morreram num acidente de carro depois da filha dela completar os 2 anos, a minha mãe Hera convidou-me a morar em casa dela, mas eu adiei por um tempo, pois quis apoiar a Annabeth e a filha (que depois para alegria minha se tornou minha afilhada) depois da morte dos seus pais Annabeth terminou a faculdade e formou-se em Arquitectura…

Eu tornei-me uma fotografa de renome devido a uma exposição de arte fotográfica que montei no museu de arte de Washington, facturei bastante com a colecção fotográfica, permitindo-me criar finalmente uma vida independente. Agora eu estava no meu estúdio fotográfico... eu ainda criava exposições, mas neste momento decidi levar um a vida de fotografa mais calma, eu agora fotografava famílias e pessoas, mas de vez em quando eu cobria eventos importantes e vendia as minhas fotos ás revistas de prestigio.

Sim… isto agora era a minha vida…

(Neste momento)

Estava a editar as fotos de um casamento quando ouso alguém a entrar no estudio, Saí da Sala de digitalização e fui ate ao balcão.

– Bom tarde! – disse um rapaz quando me viu, ele era um pouco mais alto que eu, os cabelos era negros, e os olhos eram dourados… era bonito.

– Boa tarde posso ajudá-lo. – Eu sorri.

– Eu procuro uma Tália Grace?

– É a própria e quem é o senhor?

– Nicholas di’Angelo, se faz favor trata-me por Nico– ele corou.

– Bem Nico… o que desejas?

– Eu queria falar contigo, pois, eu precisava que tu tirasses umas fotos a um casamento.

– Ok, quando é que é o seu casamento?

– O quê? – ele saltou – Não é meu é do meu primo ele vai se casar e disse-me para te vir procurar pois conhecia-te queria que tu fizesses um album de casamento dele e da noiva.

–Percebi! Mas… afinal como se chama o teu primo?

– Leo Valdez…

– Ah, ok, sim eu conheci-o no liceu, fomos amigos, mas eu segui fotografia e ele… economia certo?

– Sim...

– Bem quando é o casamento?

– É daqui a duas semanas, estás disponivel?

– Sim estou livre.

– Bem foi bom te conhecer Tália, deviamos combinar um café um dia destes?

– Pode ser, olha toma o meu cartão liag-me quando puderes ok? – eu entreguei-lhe o cartãozinho que tinha na minha carteira.

– Podes estar certa que ligo. – ele sorriu e saiu do estudio.

De repente ouso o telemóvel vibrar.

T -Sim quem fala?

N - Nico, quando é que marcamos o café?

T - És directo hein? Amanhã?

N -Tenho uma ideia melhor... almoço amanhã tu e eu?

T - Tudo bem, passas por aqui por volta das 13h?

N - Tudo bem.

T - Nico?

N - Diz.

T - Um conselho para o futuro... quando uma miuda te dá o numero deves ligar apenas de noite...

N - Aserio? Bem estou a perder o jeito!

Eu ri.

T - Ate amanha.

N - Ate amanha.

Ele desligou


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Notas finais do capítulo

Ainda vou postar um cap hoje



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