Romeo And Cinderella escrita por Kayme phb


Capítulo 5
Os Gêmeos


Notas iniciais do capítulo

Err... *se protege atrás de uma pedra* Eu realmente sinto muito por demorado. Não era minha intenção! O capítulo teria saído mais cedo se...
Bem, a autora-san ficou de castigo.
Pois é. Castigo. E também (de acordo com minha bela mãe) fiz uma retirada espiritual da internet. Ou seja: Sem computador, sem internet, sem capítulos. Foi bom pois pude ver o mundo lá fora, foi ruim por que foi bem no tempo que eu tava muuuito inspirada.
Mas agradeçam! Era para eu ter postado depois do natal! Consigui uma tregua com meus pais e estou de volta meus amores! *solta purpurina*
Agora: O capítulo.
Boa leitura.



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Rin. Pov

Hoje começa mais um dia normal em minha querida escola. Eu ‘milagrosamente’ não esqueci nada e não tropecei em ninguém. Fui recebida pelos meus, agora, amigos e como sempre sem nenhuma palavra trocada com Kagene-san. Até que...

– Vamos, vocês precisam se enturmar! – Miku falou para nós dois, animada. – Todo bom relacionamento começa com um ‘bom dia’!

Kagene-san olhou para Miku e depois para mim. Suspirou e disse:

– Bom dia, princesinha. – Ele cuspiu as palavras em seu melhor tom provocativo, sendo que a última parte falou baixo.

– Bom dia, imbecil. – Fiz o mesmo. E a partir daquele momento, os olhares com faíscas começaram.

Todos se sentaram, a aula começou. A maioria prestava atenção e alguns simplesmente dormiam nas carteiras, exemplo: Hatsune Miku. Teria sido assim o resto do dia, porém dias normais não estão no meu calendário.

Todos os alunos! – Uma voz começou a falar nas caixas de som das salas, foi tão estridente que fez Miku quase cair de sua carteira. - Interrompam suas aulas e venham para o refeitório! Especialmente os integrantes do clube de música! – A voz ordenou.

Os alunos se levantaram e começaram o trajeto para o refeitório, ouvia alguns comentarem coisas que não conseguia entender, porém conseguia perceber o tom assustado que usavam. Kagane-san deve ter ouvido também, tanto que colocou a mão na testa e disse algo como: “De novo não...”. Eu me perguntava o que poderia ser.

Chegando lá, o ambiente estava totalmente isolado, com alguns professores que não conhecia fazendo guarda. Quando perceberam que nós chegávamos, disseram:

– Apenas os integrantes do clube de música, venham aqui. – Pediu uma professora. Nós aproximamos. Com um suspiro Neru perguntou:

– Foram eles de novo, certo? – A professora assentiu. – Len, Miku, é a vez de vocês.

– N-nossa vez? Mas a gente foi da última! – Exclamou Miku com um pequeno desespero.

– Na verdade, você fingiu que estava doente e saiu correndo. – Declarou Neru cruzando os braços. – Eu e IA tivemos que fazer o trabalho.

– F-foi assustador! – Falou IA se escondendo atrás de Neru.

– Eu não estou entendendo... – Me pronunciei. Todos olharam para mim.

– B-bem, Rin. Você já jogou algum pique-esconde e queimada? – Perguntou Miku suando frio.

– Sim...? – Respondi. Foi a pior coisa que fiz na vida.

– É mais ou menos isso. Como um pequeno campo de guerra intende? – Miku perguntou com um sorriso meio forçado.

– Então tá decidido. Vai Len, Rin e você Miku. – Disse Neru em um tom de ordem.

– Eu?! – Choramingou Miku. – Por que não vai o Kaito?!

– Ele faltou hoje, agora vai! – Neru exclamou empurrando Miku para perto da porta. A mesma recuou como se aquela fosse a entrada para o inferno. Era quase isso.

– Vamos abrir as portas levemente, vocês tem que correr e encontrar um local seguro logo se não... – O professor falou.

– Sabemos. – Miku disse com uma cara nada agradável. – Por experiência.

Eu, Miku e Kagene-san ficamos em posição de corrida, quando os professores começaram a abrir a porta silenciosamente. Entramos com todo cuidado possível (mesmo eu não sabendo direito qual era o perigo) e me deparei com um refeitório com comida para todos os lados, as mesas estavam fazendo espécies de escudos para que alguns alunos que ainda estava presentes se esconderem.

Miku fez um sinal para Kagene-san se esconder em uma mesa e a mesma foi se esconder em outra mesa, me levando junto. Ele já estava protegido, quando chegávamos mais perto do nosso esconderijo, a porta fez um pequeno ruído.

Tudo parou por um momento. Miku pegou meu braço e me empurrou para a mesa, logo se jogando para se jogando ao meu lado. A porta foi fechada com força enquanto comida ia sendo jogada justamente nos lugares onde eu e Miku estávamos. Ela suspirou aliviada.

A mesma recebeu uma mensagem. Abriu o celular e viu uma mensagem de Kagene-san.

“Vocês estão bem?”

Miku começou a escrever uma resposta logo a enviando.

“Sim, por pouco não fomos atingidas.”

Recebeu outra rapidamente.

“Conseguiu ver qual foi a força?”

Escreveu em resposta:

“Não, só tem um jeito de descobrir.”

– Sua morte não será em vão, soldado. – Sussurrou para um aluno que estava ali, empurrando-o para fora da proteção da mesa. Ele nem caiu direito no chão e foi atingido por uma batata, agora amassada. Miku digitou:

“Talvez o dobro da última vez.”

Kagene-san digitou em resposta:

“Certo, em tenho um plano.”

O plano dele era: Miku é mais ágil, ela será a distração dos ataques. Já eu e Kagene-san vamos nos aproximar a ataca-los por trás. Miku choramingou novamente por ser a isca, porém aceitou. Ela reuniu a coragem que quase não possuía e saiu da proteção da mesa gritando:

– Eu estou aqui, gêmeos! – Comidas foram lançadas em sua direção, ela desviou e se protegeu.

Era agora, sai de minha mesa e fui para uma mais próxima, Kagene-san fez o mesmo. Continuamos fazendo isso enquanto Miku gritava provocações até ficarmos muito próximo da ‘base inimiga’. Olhei para Kagene-san e ele assentiu, nós iriamos atacar agora. Andamos silenciosamente para trás da mesa que protegia o atirador.

Consegui ver uma garota e um garoto muito idêntico a ela, eles dois eram os responsáveis. Kagene-san olhou para mim como se perguntasse ‘está pronta?’, eu assenti em resposta. Fez o sinal de três com a mão. Começou uma contagem:

Três, dois, um.

Avançamos contra o dois, Kagene-san imobilizou o garoto enquanto eu imobilizei a garota. Eles ainda tentavam se soltar, porém Miku correu em nossa direção e com a fita de seu uniforme em mãos e amarrou nos pulsos do garoto, puxou a fita de meu uniforme (eu tentei protestar, mas deixa-los imobilizados era a prioridade naquele momento) e fez o mesmo com a garota. Ofegante disse:

– Finalmente acabou, seus pestinhas. – Suspirou aliviada. – Ei, tudo seguro! – Gritou para os alunos ainda presentes e para as pessoas do lado de fora.

Os alunos começaram a sair da proteção das mesas enquanto os professores que cuidavam da porta abriam as mesmas. Uma pessoa que entendi como o diretor entrou no lugar olhando em volta abismado.

– O que aconteceu aqui? – Perguntou o diretor.

– Uma brincadeira muito legal! – Respondeu a garota.

Parece que a veia da testa do diretor queria sair sambando por ai. Fez um gesto com a mão pedindo para eles se levantaram. Miku e Kagene-san levantaram os dois e o levaram para mais próximo do diretor. Ele, que parecia ser um homem de idade, suspirou e perguntou:

– Por que eu não expulso vocês logo?

– Por que somos muito queridos aqui! – Respondeu o garoto. – E nosso responsável é muito legal!

No momento que disse isso, uma aura negra começou a sair de Kagene-san.

– M-mais ou menos.

– Kagene Len, teremos uma conversa depois daqui. – Declarou o diretor com um olhar sério.

– Me desculpe por isso. – Kagene-san disse dando olhares mortais pros dois.

– E sobre o refeitório... – Olhou em volta. – Como os gêmeos gostam de brincadeiras, vai ser muito divertido limpar o refeitório depois da aula, não acham? Juntamente com o clube de música.

– Eh?! Por quê?! – Protestou Miku.

– Vocês também são responsáveis por... Isto. – falou o diretor se referindo aos dois.

– Eu estou incluída nisso? – Perguntei.

– Senhorita Kagamine Rin, você entrou a pouco tempo, certo? Se quiser, está liberada para sair.

Suspirei aliviada. Ouvi Kagene-san resmungar um ‘preguiçosa’. Pensei como seria divertido chuta-lo na canela, mas contive meu desejo.

***

Apesar dos acontecimentos repentinos, os alunos voltaram para suas devidas aulas (os que foram atingidos, como o soldado, foram para a enfermaria e passam bem), logo chegou a hora do intervalo e os alunos foram dispensados. Peguei meu lanche e sai da sala, como o refeitório estava interditado, mesas foram colocadas ao ar livre para os alunos.

Me sentei em uma delas e me servi. Sem nenhum aviso prévio, uma garota de cabelos curtos e escuros com olhos amarelos se sentou a minha frente. Com um sorriso no rosto, ficou me encarando. Sem saber o motivo daquilo, comecei:

– Hum... Posso ajuda-la?

A garota fez uma expressão surpresa, logo olhou para o céu e disse:

– Eu não estou com problemas agora... Ah! Tem um! Qual é o seu nome?

– Eu sou... – Fui interrompida.

– Kagamine Rin, lembrei! Você não deve saber meu nome não é mesmo? Me chamo Kagene Rui. Aquela que você imobilizou mais cedo lembra?

– Ah! Me lembro. – Falei me lembrando do ocorrido. – E aquele garoto?

– Meu irmão gêmeo. O...

– Famoso, incrível e maravilhoso Kagene Rei.- Uma voz masculina surgiu atrás de mim, e logo andou em direção a irmã. – Prazer em conhecê-la.

– Não, é só o retardado do Rei mesmo.

– Ei, quem você está chamando de retardado, hein?!

– Você! Por sua culpa fomos pegos!

– Mas foi divertido não?

– Foi incrível! – Eles são meio bipolares? Pensei um pouco nervosa por quase presenciar uma briga. – É a primeira vez que uma novata nos pega de surpresa!

– A primeira vez?

– Sim. Você tem algo de diferente das outas pessoas. – O gêmeo falou

– Tenho que concordar.

– Será que é o laço branco? – A gêmea deu um tapa em sua cabeça.

– Tenho certeza que não é isso. – Disse irritada. – Não é atoa que o Len... – Tapou a boca.

– O Kagene-san... O que? – Perguntei tentando entender o que ela havia dito.

– Olha só a hora! Vamos ir... err... para algum luga, Rui!

– Isso mesmo, Rei!

Começaram a sair apressados, a gêmea gritou algo como: “Pode nos chamar de Rui e Rei!” e desapareceu do meu campo de visão. “Não é atoa que o Len...” Que o Kagene-san o que? Pensei isso o resto do dia, até que a aula acabou. Miku começou a reclamar de como nunca conseguiria terminar de limpar tudo, assim com Neru e IA. Kagene-san saiu da sala apressado e Miku logo me explicou:

– Ele está garantindo que os gêmeos não tentem fugir do castigo.

Quando começava a pegar minhas coisas, Miku com um tom cansativo falou:

– Tenha uma boa tarde Rin. – Choramingou com pena de si mesma.

– Quem disse que vou embora? – Perguntei com um sorriso.

– Você... Mas o diretor disse... Não precisa... Você vai ficar?! – Perguntou animada.

– Não poderia deixar vocês na mão, né?

– Rin, você é a melhor. – Agradeceu Neru.

– Obrigada Rin! Vai ser uma ótima ajuda! – Comemorou IA.

Todas nós fomos para o refeitório. Chegando lá, analisamos o estado. Descobrimos o quão ruim estava quando vimos ovos grudados no teto. Logo, Kagene-san juntamente com os gêmeos (que estavam sendo arrastados) chegaram ao refeitório.

– Olha Rui! – Rei apontou para o teto. – Ovos!

– Também tem purê de batata ali! – Rui apontou para outro canto do teto. – Foi tão divertido!

– Vai ser muito divertido limpar também, sabia? – Kagene-san falou com um sorriso e uma veia saltando de sua testa.

– Desculpe-nos. – Falaram os gêmeos.

Neru e IA trouxeram os objetos de limpeza. Logo começamos a tentar tirar o que havia se grudado nas paredes, os gêmeos usavam vassouras para tentar desgrudar os alimentos do teto. Ficamos assim nos próximos minutos, até que uma voz conhecida invadiu o refeitório:

– Rin-chan...? – Luka colocou a cabeça para dentro do refeitório.

– Quem é a moça de cabelo rosa? – Perguntou Rui enquanto Rei desviava do que parecia ser macarrão que se desgrudará do teto.

– Luka! – Sai de onde estava e corri em sua direção. – Desculpe por não avisar que não iria pra casa cedo hoje!

– Tudo bem, mas... O que aconteceu aqui? – Perguntou olhando para o estado do refeitório.

– Foram aquelas... Coisinhas ali. – Miku apontou para os gêmeos que deram um sorriso forçado.

– Agora estamos limpando a bagunça. – Neru disse concentrada em tirar um alimento não identificado da parede.

– Vai demorar um pouco pra gente terminar. – Falei por fim.

– Precisam de ajuda? Eu sou boa na limpeza. – Perguntou Luka determinada.

– Primeiro: quem você seria? – Perguntou Kagene-san.

– Não seja chato, Len! Se é uma conhecida da Rin, deve ser gente boa! – Afirmou Miku.

– Tudo bem, vou me apresentar. Me chamo Megurine Luka. Sou uma empr...

– Uma amiga minha! – A interrompi.

– Prazer, sou Hatsune Miku. Também sou amiga da Rin!

Os outros se apresentaram também. Logo todos nós recomeçamos nosso trabalho, Luka havia sido de grande ajuda. Ela limpava rapidamente e deixava tudo brilhando. Começamos a limpar o chão, Kagene-san disse que iria trocar a água do balde. O segurou com uma das mão e saiu.

– Rin, poderia trocar a água desse aqui também? Já está ficando suja. – Pediu IA.

– Claro, já estou indo. – Peguei o balde com as duas mãos e sai.

Foi ai que eu me dei conta de uma coisa: Onde eu troco a água? Comecei a andar fora da escola quando comecei a ouvir a voz do Kagene-san. Talvez ele possa me dizer onde eu troco a água! Mesmo que eu precise ouvir suas ironias... Sai em direção à voz quando ela estranhamente parou. Felizmente eu já havia encontrado onde ele estava. Ou digo infelizmente?

Debaixo de uma árvore estava ele e uma garota de cabelos longos e loiros esvoaçantes. Tudo estaria bem se eles só estivessem lá. Curtindo o vento, não sei, qualquer coisa. A garota segurava seu rosto que estavam bem próximos um do outro. Não só próximos.

Um beijo. Foi isso que eu vi.

Eu estranhamente comecei a me sentir com raiva e... Decepção? Não consegui controlar meu corpo. Eu fui em direção do casalzinho feliz e despejei o conteúdo do balde. Pois é, eu joguei água suja em cima deles.

– Mais o que...?! – A garota logo largou o rosto dele e começou a olhar suas roupas molhadas – Ora, sua...! O que você fez?!

– Você é burra? Joguei água em vocês.

– Kagamine, o que você estava pensando?! – Um Kagene-san raivoso perguntou, com o uniforme todo molhado.

– O que eu estava pensando? O que você estava pensando! – Minha voz também começou a ficar raivosa. – Em vez de estar ajudando a limpar o refeitório, estava namorando?!

– O que?! A gente não estava... – Foi interrompido.

– E se a gente estivesse, hein?! O que você tem haver?!

Então eu me lembrei de que ainda tinha água no balde.

Depois de despejar toda a água fora, sai andando para o refeitório. Chamei Luka para irmos embora, ela me perguntou se eu estava bem, mas eu não disse nada. Miku ficou chateada de eu estar indo, me senti mal por deixa-la ali. Quando saia da escola, vi Kagene-san andando em minha direção com uma expressão nada boa.

Tentei ignora-lo e simplesmente ir embora, mas para minha surpresa, ele segurou meu pulso me impedindo de sair.

– Me larga. – disse curta e grossa.

– Não foi o que você está pensando.

– Eu não quero ouvir.

– Foi um acidente... – Ele começou.

Antes que terminasse me soltei dele e comecei a correr. Luka não entendeu o que estava acontecendo, tentou me impedir, porém eu já estava longe de seu alcance. Tive a sensação que Kagene-san começou a correr atrás de mim o que me fez correr mais rápido. Quando já estava no meio do caminho parei de correr para pegar folego. Olhei para trás e ninguém estava lá. Uma sensação ruim tomou conta do meu peito. Acabei por falar sozinha:

– Por que você não tentou me pegar...?


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Notas finais do capítulo

Ah, é pessoal. Eu estou de férias! (Espero, por que ainda não saiu os resultados) Por tanto, eu NÃO prometo capítulos rápidos. Apesar que eu estou bem inspirada, talvez venha cedo, talvez não pois é. Comentários fazem uma autora feliz. :D Bye Bye!



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