Gossip escrita por Um Moletom Cinza


Capítulo 12
Brooklyn Baby


Notas iniciais do capítulo

Crescer significa uma coisa: Independência. Todos a queremos
Às vezes usamos outras pessoas para ganharmos com isso.
Às vezes, encontramos nos outros.
Às vezes, nossa independência vem ao custo de outra coisa.
E esse custo pode ser alto.
Porque frequentemente para ganhar nossa independência temos que lutar
Nunca desista, nunca se renda.



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Play Music - Don't Blame Me – Taylor Swift.

Gossip.net

                Olá galera do Upper East Side, sete dias se passaram e vocês mal saíram de suas casas, vejo que vocês respeitam bem o período do luto, não é mesmo? O que me leva a crer que vocês por mais desavenças que tenham entre vocês, vocês acabam mesmo se gostando lá no fundo, claro que uns ou outros acabam tendo farpas a mais ou a menos. Mas o que dizer dessas pessoas que podem sofrer a perda de alguém tomando um bom champanhe, um Martini bem preparado pelo Barman do bar do Hotel dos Bass. Mas de fato, Andy Beizen está somente na nossa lembrança agora galera, a vida segue e o luto acabou.

SPOTTED:

                Luana Van der Woodsen caminhando de mãos dadas com um rapaz no Central Park, esbarrando em Leonardo Bass fumando maconha debaixo da ponte junto com Eduardo Humphrey e Luke Abraams, Pietro Waldorf saindo da cobertura da sua avó Eleonor na 5ª Avenida, depois de 7 dias trancado, remoendo a culpa pela morte do queridíssimo, só que as vezes nem tanto, Andy Beizen. Arícia e Murilo Van der Woodsen, protagonizando uma cena icônica igual seus pais quando mais novos, sendo vítimas das malvadinhas de Pietro na escadaria do Met.

Stop Music – Don’t Blame Me – Taylor Swift

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Don’t Blame Me

                Estava uma manhã agradável em Nova Iorque, Pietro estava trancado na cobertura dos Waldorf desde a morte de Andy, e nem mesmo para as aulas ele saia de dentro de casa, Eleonor estava em casa e resolveu acordá-lo.

— Olha meu neto, acho que você deveria sair dessa cama, olha como o dia está lindo lá fora. – Disse Eleonor Waldorf, abrindo as cortinas do quarto que outrora pertencia a Blair.

— Vó, não estou motivado para fazer nada, acho que nem uma tarde no ateliê me animaria. – Disse Pietro, se lamentando.

— Você deve entender que não existe um culpado, foi um acidente, assim como o seu avô Bart que caiu do telhado e ninguém sabe como, mas houve um acidente e ele morreu. – Disse Eleonor.

— Mas eu me sinto mal, eu estava lá, a Mary estava lá, poderia ter sido ela, vó, se tivesse acontecido alguma coisa com ela eu nunca me perdoaria. – Disse Pietro.

— Anda, não pensa nisso. Já foi, passou, já nem lembram mais disso, eu sei que você está passando por um período pós-traumático, mas você tem que sair, ver gente, o dia lá está lindo, e você não deve se abater por isso. – Disse Eleonor puxando as cobertas de cima do neto.

— Tudo bem, eu vou me levantar. Tenho que ir pra minha casa mesmo, Dona Blair está nervosa, Senhor Chuck deve ter aprontado alguma. – Disse Pietro com um leve sorriso no rosto enquanto se levantava da cama.

                Pietro levantou da cama, pegou seu Iphone, enquanto caminhava para a sala de jantar pra tomar café da manhã. Cyrus estava terminando de beber uma caneca de chá e estava de saída.

— Até que enfim levantou da cama, estava achando que criaria raízes lá. – Disse Cyrus rindo.

— Até que não seria má ideia vô, ainda não estou bem, mas você conhece muito bem a Senhorita Eleonor, quando encasqueta com alguma coisa, não há no mundo alguém que tire da cabeça dela. – Disse Pietro puxando a cadeira para se sentar.

— Olha, pelo que eu conheço das mulheres Waldorf, todas são assim, sua mãe não é diferente da sua avó não. – Disse Cyrus rindo.

— Olha só falando de mim pelas costas. – Disse Eleonor em tom de brincadeira.

— Jamais, estou falando apenas que você é uma pessoa de personalidade forte e o Cyrus disse que minha mãe é igualzinha a Senhora. – Disse Pietro dando uma leve cotovelada de deboche em Cyrus.

— E você acha bonito as mulheres da família ter personalidade forte e você se lamentando por um acidente que não foi culpa sua? – Disse Eleonor em tom mais sério.

                E o silencio pairou sobre a copa onde estavam tomando café da manhã. Cyrus se levantou e chamou Eleonor para o cômodo ao lado.

— Meu bem, sei que você está preocupada com a situação, mas não precisa ser rude dessa forma, estávamos conseguindo descontrair e fazer ele brincar um pouco e você muda o tom dessa forma. – Disse Cyrus, em tom amistoso.

— Eu sei, mas eu nunca fui com a cara daquele menino, não estou feliz com a situação dele ter morrido, mas mesmo depois de morrer ele ainda vai ficar atrapalhando a vida do meu neto. Não aceito isso, não aguento ver e ficar calada. – Disse Eleonor. Em tom mais preocupada.

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Play Music - Summertime Sadness – Lana del Rey

Gossip.net

                Como de costume os Waldorf sempre com algum coitado do Brooklyn, acho que é de família essa fixação por coisas rusticas, não é que logo descobri quem é o rapaz que estava de mãos dadas com Luana outro dia no Central Park, Otávio, até então não sei o sobrenome, mas sei as origens, não é um dos nossos, sei que mora no flat com o pai do outro lado da ponte. Leonardo sendo enquadrado pelos guardas do Central Park por fumar maconha.

SPOTTED

Luana entrando em uma concessionária e saindo de lá motorizada na garupa de uma Vespa, Pietro sentado sozinho na escadaria do Met tomando um iogurte natural, Blair e Chuck saindo da delegacia com Leonardo. Arícia e Murilo entrando em uma das centenas de Starbucks na 5ª Avenida, com uma pasta na mão. Fefs e Louise indo para o treino de Lacrosse da St. Jude Prep. Luke Abraams entrando na Bendel’s e sabe-se lá para que. Eduardo saindo de um brechó no Bronx.

Stop Music  - Summertime Sadness – Lana del Rey

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High By The Beach

— As férias de verão estão chegando Luana, vamos ir para casa da Cece, nos Hamptons? – Perguntou Luana, toda aniamada.

— Com certeza. – Respondeu Aricia. – Ainda tenho que comprar algumas roupas, porque as minhas roupas de verão são da coleção passada. – Continuou ela.

— Nossa, eu nunca imaginei que você se tornaria essa garota fútil nova-iorquina. – Disse Eduardo entrando na sala. – Tipico assunto de ItGirls, isso me cansa, você morou em Londres, era a melhor aluna da sua classe, nem um ano em Nova Iorque e já está parecendo uma cópia barata da antiga Jenny Humphrey. – Continuou ele.

— Oras, mas que papo é esse de antiga Jenny Humphrey é esse? – Perguntou Jenny.

— Ah, é só o Eduardo que ainda não se desprendeu das origens inglesas e não se abre para as novidades. Ele acha que eu tenho que ser aqui a mesma Arícia que eu era em Londres, aqui eu posso ser quem eu quiser, aqui eu tenho a liberdade de ser uma nova Arícia. – Disse Arícia.

— O Upper East Side é um mundo novo, aqui você vê seus sonhos crescendo e tomando formas. – Começou Luana.

— E vê eles se tornando ruinas. – terminou Eduardo.

— Porque esse ódio todo com o UES? – Perguntou Arícia.

— Oras, vocês me fazem abandonar minha vida toda, minhas amizades, que não eram muitas, me fazem vim para um lugar onde tem um monte de adolescentes mimados, transformam as pessoas em versões super vulgares de si mesmas, fazem as pessoas terem uma visão deturpada de tudo. Faz as pessoas querer mais do que elas podem ter. – Disse Eduardo saindo da sala e subindo para o quarto.

— Eu não sei o que se passa na cabeça dele mãe, ele precisa de uma terapia. – Disse Arícia.

— Minha época de terapia já passou. – Disse Dan, entrando na sala.

— Dan, oi, tudo bem? Queria pedir pra você conversar com o seu sobrinho. Ele tem uma visão igual a sua sobre o Upper East Side. Mostra pra ele que assim como você conseguiu entrar pra esse mundo, ele também pode ter o lugar ao sol. Eu sei que o UES é um lugar onde os ânimos ficam a flor da pele, que coisas ruins acontecem, mas isso em todo lugar. Mas não posso negar me sinto em casa aqui. – Disse Jenny.

— Vou conversar com ele. – Disse Dan.

                Dan subiu as escadas em direção ao quarto. Quando entrou no quarto viu o sobrinho fazendo as malas.

— Ei, o que esta fazendo? Vai abandonar mesmo as coisas aqui só porque fogem dos seus ideais? – Disse Dan.

— Eu não sei me adaptar as mudanças bruscas. Eu não gosto dessa vida que esse pessoal leva. Foge de tudo o que eu vivi até hoje. Adolescentes agindo como adultos, adultos agindo como adolescentes. Eu não sei lidar com isso tudo, é muito agito, muitas festas, eu já estou aqui a seis meses e mal fiz amigos. – Disse Eduardo.

— Olha, o Upper East Side é uma coisa de louco, você nunca vai saber o que está por vir, mas você tem que estar preparado para tudo. Você acha que quando sai do Brooklyn para viver o sonho americano e foi fácil? Não foi não. Só eu sei o que passei, mas finalmente consegui comprar meu primeiro apartamento aqui, me casei com a minha musa inspiradora, fiz coisas ruins? Eu fiz, não vou negar. Mas não me arrependo. – Disse Dan. – Aqui você tem que jogar conforme o jogo deles. Você tem que ser esperto meu querido, pense como um Humphrey. – Terminou ele.

— Obrigado tio Dan, vou ficar aqui no quarto e pensar um pouco sobre isso. – Disse Eduardo.


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