A Peregrina escrita por Bleumer


Capítulo 7
Lembranças Amargas Com Um Final Doce


Notas iniciais do capítulo

Queria deixar um MUITO OBRIGADA a fofa da Gigicalove por ter feito a primeira recomendação de A Peregrina! Sério, você é muito fofa e alegre nas suas palavras!
Esse cap é dedicado a você.



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*Narrativa em Terceira Pessoa*

Duas horas já tinham se passado e Peregrina ainda não tinha retornado para a clareia. Boromir também não.

Aragorn estava começando a ficar preocupado com ela, mesmo que a própria Peregrina dissesse que não era necessária sua preocupação. E embora Legolas não o admitisse também estava preocupado. Quem sabe que perigosos podiam existir escondidos na floresta?

_Legolas, meu amigo, vá procurar Peregrina e a traga de volta pra cá. -Aragorn sabia que a melhor pessoa para encontrar a viajante era Legolas, já que ele tinha sentidos élficos.

_Acho que ela não vai ficar feliz com a minha presença.

Legolas sabia que Peregrina não gostava dele, ela era sempre rude e mal educada quando falava com o elfo, como se já o odiasse, mas com os outros ela era quase gentil. Ele não entendia porque era tratado diferente. O que ele fez afinal?

Uma prova do tratamento diferente que ele recebeu foram as palavras de Peregrina na clareia para ele. Legolas ainda estava um pouco magoado pelas palavras afiadas que recebeu de Peregrina por defendê-la. Qualquer mulher ficaria feliz por ser defendida por ele, mas é claro que ela não.

_Por favor, Legolas. -Aragorn pediu uma última vez.

Legolas finalmente se levantou do seu lugar e foi seguindo na direção que tinha visto Peregrina pela última vez, mas seus olhos foram capturados por um objeto no chão, era o manto negro que Peregrina tinha tirado quando começou a confusão com Boromir. O elfo se abaixou e o pegou, examinou melhor, não tinha nada de especial no manto, nenhum símbolo ou mágica, era só um pedaço normal de tecido. Ele limpou as folhas que estavam presas no manto e o dobrou sobre o braço, entregaria pra Peregrina quando a achasse. Enquanto dobrava o manto, Legolas pode sentir um cheiro vindo dele... Um cheiro bom, logo percebeu que se tratava do perfume de Peregrina...

Era o cheiro dela impregnado no tecido negro. Tinha cheiro da noite, flores desabrochando e mar, mas o perfume estava fraco. Os braços de Legolas sem receber ordem pra isso acabaram levando o tecido para mais perto do nariz do elfo, que inspirou profundamente, sentindo aquele aroma entrar pelo seu corpo e se espalhar por todo seu ser, fazendo parte dele.

Logo depois disso Legolas entrou na floresta em busca de Peregrina e daquele aroma.

Gandalf sorriu ao ver Legolas indo atrás da garota. Seu sorriso não passou despercebido por Aragorn, já que era o único que estava prestando atenção no mago. Gimli limpava calmamente seu machado e os quatro hobbits já estavam dormindo todos juntos, foi um dia cansativo pra eles.

_Porque sorri, Gandalf?

_Ora, nada! Um velho não pode mais sorrir? - Com isso Gandalf deu uma risada e continuou fumando seu cachimbo. Aragorn achou melhor não insistir, nunca se sabe o que passa na cabeça de um mago.

O elfo entrava mais na floresta procurando, escutando todos os barulhos e usando sua visão pra ver centenas de metros à frente, seus passos eram muito leves, quase inaudíveis, ele andava sem perturbar uma folha mais do que o necessário. Estava em total sincronia com a natureza dali.

Peregrina ainda estava sentada no mesmo lugar admirando o céu estrelado, não percebeu quanto tempo tinha ficado ali até que ouviu um barulho diferente. Mesmo sua audição não sendo tão boa quanto a de um elfo, ainda sim era muito melhor que a de um humano comum, e ela pode ouvir o que julgou ser passos. O som era muito suave e baixo para ela ter total certeza... Quando o barulho estava mais próximo, Peregrina percebeu que se tratava de passos mesmo e que vinham precisamente em sua direção. Sem esperar por mais nem um segundo, pulou e subiu na árvore mais próxima, escalando para ganhar altura e os galhos e folhas esconderem ela. Ficou totalmente imóvel e esperou.

Legolas podia sentir o suave aroma do perfume de Peregrina e seguiu na direção que julgava ser a certa. Depois de alguns metros ouviu o leve farfalhar das folhas, quase um sussurro das plantas avisando pra onde ele devia ir e depois o silêncio. Legolas chegou até o local onde Peregrina estava sentada momentos atrás e olhou em volta. Procurando.

Peregrina viu a cabeça loira do elfo surgir no seu campo de visão, mas não mexeu. Não entendia porque estava escondida dele, mas mesmo assim não quis revelar sua posição.

O elfo olhou pra cima, para algumas árvores e depois olhou diretamente para árvore onde Peregrina estava escondida. Ele sentiu que o perfume ficava mais forte perto daquela arvore. Alguns minutos se passaram onde ninguém se mexeu e mal ousou respirar.

_Acho que já passamos por isso, você escondida em um lugar alto me observado e eu te achando depois. -Legolas tinha uma insinuação de sorriso nos lábios ao falar.

Peregrina não se mexeu, fingiu que não estava ali.

_Eu sei que você esta ai em cima, Peregrina. Pode descer ou prefere que eu suba para pega-la? -Aquela busca de alguma forma tinha virado uma brincadeira para Legolas e ele aproveitava a chance para provocar Peregrina, em parte como vingança pelo que ela tinha lhe dito na clareia e em parte porque era divertido provoca-la.

Peregrina ainda estava imóvel. Não queria descer. Era mais do que isso, não queria admitir que o elfo a tinha encontrado com tanta facilidade. Ela só não contava que Legolas estava falando sério quando disse que ia subir para pega-la. Com espanto ela viu o elfo se aproximando da árvore e olhando onde era o melhor lugar para subir enquanto dizia.

_Não vai descer? Tudo bem, eu subo. Acho que você prefere que eu a pegue no colo e traga para o chão.

_Não! Não venha aqui! -Peregrina finalmente desistiu de fingir que não estava lá em cima. _E eu nunca permitiria que você me pegasse no colo!

_Então desça agora ou eu subo. -Legolas se divertia mais do que deixava transparecer. Ele estava adorando provocar Peregrina.

_Esta bom, seu idiota! -Peregrina odiou receber uma ordem do elfo e odiou ainda mais obedecer. Mas fazer o que? Era melhor descer sozinha do que ter um elfo de 1.80 de altura tentando pega-la no colo em cima de uma arvore. _Estou descendo! Esta feliz, elfo? -Ela tentava juntar todo seu orgulho de guerreira para descer da melhor forma possível.

_Muito. -Agora Legolas não conseguia segurar mais e estava sorrindo abertamente.

Peregrina finalmente chegou ao chão, nem ela percebeu o quanto tinha subido na árvore. Ela parou na frente do elfo, cruzou os braços e o encarou.

_O que quer?

_Você estava demorando pra voltar e eu vim procurar você e leva-la de volta.

Ninguém ouviu o que eu disse sobre não ser frágil e nem precisar de proteção? Ela pensou e franziu a testa.

_Olha, elfo, eu não quero voltar agora e não vou. Perdeu seu tempo. Você pode ir embora. -Enquanto falava Peregrina gesticulava com a mão, balançando elas como se estivesse tentando se livrar de um animalzinho. _E já disse para não se preocuparem comigo.

Dito isso Peregrina simplesmente deu as costas e saiu andando rapidamente sem rumo pela floresta. Só queria ficar longe do elfo.

_É Legolas. -O elfo falou enquanto andava sem esforço ao lado dela.

_O que?

_Meu nome é Legolas. E não elfo como sempre me chama. Eu tenho nome. Me chame por ele.

_Eu sei seu nome, elfo. -Peregrina continuou o chamando de elfo só para irrita-lo. Afinal ele a estava irritando, porque não irrita-lo de volta?

Sem nenhum aviso prévio Legolas pulou na frente dela, interrompendo sua caminhada. Segurou o braço dela e falou pausadamente enquanto olhava naquele mar verde conhecido como os olhos de Peregrina.

_Le - Go - Las. Repita. -Ele parecia sério.

_Enlouqueceu?! Me solte agora, idiota! -Automaticamente Peregrina ficou incomodada com aquela súbita aproximação de um homem.

_Meu nome. Repita que eu te solto. -Legolas estava determinado a faze-la dizer seu nome. Ele não achava que estava pedindo muito ou fazendo algo demais.

_Me larga! -Peregrina aumentou o tom de voz, agora ela estava nervosa, mais do que isso, lembranças muito desagradáveis estavam surgindo em sua mente... Ela armou um soco com o braço livre e tentou acertar o rosto de Legolas, mas esse facilmente desviou, depois ela tentou chuta-lo no meio das pernas, não era um golpe honrado, mas ela estava perto do desespero, só que o elfo previu seus movimentos e prendeu a perna dela entre as suas, evitando o golpe. Legolas segurou o outro braço e o prendeu atrás das costas dela, e usou o próprio corpo para empurrar o corpo de Peregrina até ela encostar em uma árvore. Ela se debatia e tentava se soltar de todas as formas possíveis, em vão. Legolas a tinha imobilizando com perfeição. Seu corpo estava colado ao dela, impedido qualquer movimento.

Para Legolas aquilo não era nada demais, ele não a estava machucando e nem perto disso, só a estava segurando, tinha plena consciência e controle do que estava fazendo. Ele só queria que ela dissesse seu nome. Queria ouvir seu nome saindo dos lábios de Peregrina. Queria que ela visse que ele era forte e rápido. Que ela o respeitasse. Legolas não tinha como saber o que se passava na mente de Peregrina...

Peregrina estava desesperada. Apavorada. Descontrolada. Sentia aquele tão conhecido pavor de não ter controle do corpo, de estar à mercê de outro homem, do medo sufocando sua garganta, o frio se espalhando pelas suas entranhas, seu estomago se revirando, e a dura certeza que seria machucada. Tudo estava voltando, em uma rapidez nauseante, as lembranças envolvendo Nabeel... Dor... Desespero... Humilhações... Sangue... Seu sangue e a inconfundível risada de trovão de Nabeel enquanto se divertia com tudo.

Em meio ao seu gigantesco desespero Peregrina olhou diretamente para os olhos de Legolas... Aqueles profundos olhos azuis que ela tanto gostava não significavam mais nada. O azul não importava mais. O céu que amava não importava mais. Nada importava. Só existia Nabeel e sua risada cruel cada vez mais alta enquanto via Peregrina sofrer.

_Pare... Por favor... Não...! - A voz não parecia ser a de Peregrina. Era uma voz fragilizada, debilitada, baixa e cheia de dor.

Legolas imediatamente soltou Peregrina e ela escorregou pela árvore até sentar no chão, com o corpo meio mole como se não tivesse força para se erguer e levantar.

Legolas olhava tudo aquilo sem entender absolutamente nada e com o medo crescendo em seu peito, acompanhado de uma sensação que tinha feito algo de terrivelmente errado sem saber. Ele se amaldiçoou internamente por ter feito aquela brincadeira, tinha passado dos limites e nem percebeu.

O elfo se ajoelhou em frente de Peregrina e viu como ela parecia abalada e tremia. Totalmente o oposto da mulher que conheceu em Valfenda.

O que eu fiz?! Legolas se desesperou.

_Peregrina?! O que foi? Eu te machuquei?! Não era a minha intenção! Eu só... -Legolas se aproximou mais e tentou tocar o rosto dela. Peregrina que até então estava quieta tremendo, quando viu que Legolas esticava a mão em sua direção, deu um pulo pra longe. Ainda mais assustada.

_Não me toque! Não me toque, Nabeel... Por favor... ! -Peregrina tentava descontroladamente se arrastar pra longe dele. Seus olhos estavam vidrados e ela já podia sentir seu estômago se revirando mais. Ia acabar vomitando.

Nabeel? Quem é Nabeel? Peregrina não me reconhece? Legolas ficava cada vez mais angustiado e desesperado sem saber o que fazer. Sua bela face se retorcia em medo e preocupação por Peregrina.

_Sou eu, Legolas! Não vou te fazer mal... Deixe-me ajudar... -Assim que as palavras saíram da boca de Legolas, ele percebeu que já tinha feito mal para ela. Só não entendia direito o que tinha feito, mas a culpa por Peregrina esta assim era totalmente dele. Legolas se odiou naquele momento.

Peregrina começou a sufocar. Engasgar. Sentiu o vomito subindo por sua garganta. Ela tentava desesperadamente tirar sua máscara, mas suas mãos estavam atrapalhadas e fracas, não obtiveram sucesso. Arranhava a máscara em vão. Ela não conseguia ver nada. Não ouvia nada. Não sentia nada. Era tudo escuridão. Estava presa nas próprias terríveis lembranças.

Legolas sentiu um frio se espalhar pelo corpo quando viu que ela parecia estar sufocando. Sem se importar com mais nada, só desesperado pra ajuda-la, segurou e puxou o pequeno corpo de Peregrina pra si e tentou tirar sua máscara. Aquela porcaria de máscara era um pouco complicada de sair, mas ele conseguiu segurar o tecido que fazia parte da máscara e puxar pra baixo de uma vez. Somente uma parte da máscara saiu e revelou as bochechas, nariz, boca e o queixo de Peregrina. Mas isso foi o suficiente, Legolas pode ver como ela estava assustadoramente pálida e como seus lábios tremiam. Além de ver que ela tinha ânsias de vomito. Rapidamente virou e segurou o corpo da garota para o lado, dando espaço e um pouco de privacidade para ela.

Peregrina vomitou, ou tentou vomitar, já que seu estômago estava vazio e não tinha nada para expulsar. Mas mesmo assim ela continuou fazendo força, desejava expulsar todas lembranças ruins junto com o vomito, era um pensamento idiota esse, mas ninguém podia culpa-la por isso. Fazia tanta força que sua barriga doía cada vez mais, até que começou a cuspir pequenas gotas de sangue.

_Não faça mais força... Já passou, Peregrina. Não se machuque... –Legolas usava uma voz tranquila enquanto murmurava algumas palavras de conforto em élfico e fazia carinho nas costas dela, mas por dentro tremia tanto quanto a garota em seus braços.

Quando sua respiração se estabilizou e finalmente estava melhor, Peregrina tentou mover o corpo e sentiu que Legolas a segurava junto a si. Percebendo seus movimentos Legolas delicadamente virou seu corpo e ela pode olhar para o rosto do elfo.

Os dois encontravam-se em uma posição um pouco estranha. Legolas estava sentado no chão com as pernas esticadas e um pouco separadas dando espaço pra Peregrina ficar entre elas e ela estava encostada em seu peito, o usando de apoio, podia sentir a respiração tranquila e batimento cardíaco firme do elfo em suas costas. Com o braço esquerdo Legolas rodeava a cintura de Peregrina, dando mais apoio.

Quando ela conseguiu focar seu olhar, viu toda a preocupação e medo estampados nos olhos cristalinos de Legolas. Ele estava preocupado com ela. E ela se amaldiçoou por isso. Não queria causar preocupação.

_Você está melhor? -A voz de Legolas era baixa e ele a fitava intensamente.

_Estou. Não precisa se preocupar, não foi nada. –Sua voz falhou e ela desviou os olhos, não conseguia encarar ele, não depois dele ter visto como ela é fraca e débil.

_Me perdoe, Peregrina. Vou entender se não quiser me perdoar, o que eu fiz foi inadmissível, mas preciso me desculpar por isso. Passei dos limites e te machuquei. Não sou diferente de Boromir. Você pode me bater ou fazer o que quiser comigo, e mesmo o que fizer será pouco diante do que te fiz. Sou uma vergonha como elfo e como homem, mas entenda que eu nunca quis te machucar... Eu não... Me perdoe...

Ele abaixou a cabeça até encostar no ombro de Peregrina, era como se Legolas tentasse esconder a vergonha que sentia. A sua voz soou tão carregada de tristeza e vergonha que aquilo doeu no coração de Peregrina.

_Do que você está falando? Você não me machucou e nem acho você uma vergonha como elfo e muito menos como homem. Claro, você é irritante e idiota, mas não é uma vergonha de forma alguma. Não tenho nada para perdoar. –Peregrina não resistiu e acabou passando os dedos suavemente pela cabeça de Legolas, fazendo carinho nele, o confortando. Ela notou como os cabelos loiros dele eram macios e suaves ao toque.

_Mas... Mas eu passei dos limites! Te pressionei só por causa do meu egoísmo tolo de querer que você dissesse meu nome. Foi errado e infantil! –Agora Legolas tinha os dois braços em volta da cintura de Peregrina, a abraçava e trazia para mais perto de si sem nem perceber. Era como se ele precisasse ter certeza que ela estava bem e segura.

_Não foi sua culpa... Foi minha. Eu que tive uma crise e tudo isso aconteceu. –Legolas levantou a cabeça e olhou para o rosto dela, mas Peregrina não olhava para ele, era como se evitasse fazer isso.

_Olhe pra mim, por favor -A voz do elfo não passava de um sussurro, ele colocou a mão embaixo do queixo de Peregrina e suavemente o ergueu fazendo ela olhar para ele.

Os dois estavam ainda mais perto agora. A cabeça de Peregrina estava na altura do ombro dele e Legolas estava com a cabeça inclinada para baixo olhando pra ela. Pela primeira vez Legolas percebeu que agora podia ver mais do rosto de Peregrina. A sua máscara agora só cobria dos olhos para cima e a parte de trás da cabeça, impossibilitando que ele visse seus cabelos.

Mas agora ele podia ver o pequeno e delicado nariz dela, suas bochechas já estavam levemente rosadas em contraste com a pele de porcelana sem falhas e seus lábios... Seus lábios cheios, volumosos, mas delicados, em formato de coração, como se tivessem sido esculpidos pela mão de um artista caprichoso, eles tinham uma cor naturalmente rosada, chegando perto de um vermelho e por fim seus incríveis e hipnóticos olhos verdes.

Legolas prendeu a respiração diante daquele rosto. Nunca tinha visto nada mais belo, mesmo sem ver o resto do rosto, sabia que Peregrina era tão bela como o alvorecer. Agora seu coração estava disparado e torceu para que ela não percebesse. Então tomou consciência de como estava perto dela, de como podia sentir seu corpo quente e pequeno junto do próprio corpo, como o perfume dela era inebriante, seus rostos a poucos centímetros... Mas então o nome Nabeel veio em sua mente como um alarme e ele lembrou que queria perguntar algo.

_Quem é Nabeel e o que ele te fez, Peregrina?

Todo aquele momento se perdeu assim que o nome Nabeel foi pronunciado. Peregrina levantou de um pulo e se afastou um pouco, ficando de costas. Sua voz agora era gélida.

_Nabeel é o meu superior em Pandora. Apenas isso.

_Seu superior? Mas porque você ficou naquele estado e pronunciando o nome dele? –Legolas ainda não conseguia entender o que tinha acontecido. Nada fazia sentido.

_Não é da sua conta. Não insista, por favor. -O elfo imediatamente se calou e não perguntou novamente sobre Nabeel. Não queria insistir com Peregrina.

_Tudo bem.

_Aragorn disse que tinha um lago por aqui, pode me levar até lá? Quero tirar o gosto de sangue da boca.

_Claro, me siga. -Ele pegou o manto dela, que jazia no chão novamente, e levantou-se _Ah, seu manto. Ele estava caído na clareia.

Legolas pode ver um leve sorriso no rosto de Peregrina ao pegar o manto.

_Obrigada, elfo. -Peregrina o provocou de novo, não queria perder a chance de fazer isso e agora sorria abertamente para ele.

Legolas sentiu como se levasse um choque, seu coração parou e voltou a funcionar quando viu aquele lindo sorriso. Uma imensa alegria preencheu todo seu corpo. Peregrina havia sorriso diretamente para ele e agora Legolas queria ver aquele sorriso de novo e estava disposto a tudo para isso.

_Vai ficar ai me olhando com cara de idiota ou vai me mostrar o caminho? -Peregrina o esperava com os braços cruzados e seu familiar tom irônico.

_Cuidado pra não ficar pra trás, sou mais rápido que você. –Legolas se mexeu e começou a andar. Ele teve a satisfação de ouvi-la grunhir de raiva ao ouvir sua provocação.

Nem um dos dois percebeu, mas aquela foi à conversa mais longa que tiveram. A primeira de muitas conversas...


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Notas finais do capítulo

Oii, gente! o/

Quem será Nabeel? O que será que aconteceu entre ele e Peregrina? Alguém consegue adivinhar? :O Espero suas respostas nos comentários. u.u

Quero agradecer a todas as fantasminhas fofas que apareceram nos últimos capítulos! Seus comentários são maravilhosos! :3
Mas ainda tem muitos leitores fantasmas para aparecer, tô esperando vocês u.u
Será que eu mereço mais uma recomendação? :3

Agora uma pergunta importante: Esse cap ficou grande, vocês gostaram assim ou está cansativo para ler?