Remoendo o Passado escrita por Abbey
Notas iniciais do capítulo
Heeeeeey! Eu sei, demorei muito para postar, me desculpem! Minhas aula já começaram e, como quem cursa o ensino médio sabe, é complicado.Prometo que vou tentar postar com mais frequência. Ficou um pouco massante, mas logo logo a história de verdade começa! Se virem algum erro, seja de gramática ou concordância, me avisem! Por fim, espero que gostem e boa leitura.
– Droga! – Alice apoiou a cabeça sobre o caderno.
Era impossível. Não importava onde estivesse, muito menos com quem; ela não conseguia se concentrar. Só pensava naquela maldita certidão de nascimento.
– O que foi Lice? – questionou uma moça de longos cabelos castanhos e olhos tão verdes quanto esmeraldas. Aproximou-se e ofereceu uma xícara de café à Alice.
A moça, Miranda, dividia o apartamento com Alice há mais de um ano. De origem interiorana e alguns meses mais velha que sua companheira. Ambas cursavam a mesma faculdade; a única diferença era o curso, já que Miranda cursava direito. A convivência tornou-as grandes amigas.
– Obrigada, Mira. – agradeceu apoiando cuidadosamente a xícara sobre a mesinha que ficava ao lado do sofá onde estava sentada. Soltou um longo suspiro – Não é nada.
– Nada? – sentou-se ao lado da amiga – Então esse “nada” é bem grave! – fez aspas no ar.
Silêncio. Alice não sabia o que responder. Miranda sentiu-se sem graça; não deveria ter feito aquele comentário.
– Muito mais grave do quer você pode imaginar... – respondeu, tentando fazer a amiga não se sentir desconfortável.
– Lice... O que aconteceu? Você e o Daniel brigaram?
– Não! – contestou – O... O problema é... – puxou a certidão, que estava entre as folhas de seu caderno e ergueu-a para que Miranda pudesse ler.
Após analisar cuidadosamente o documento a moça arqueou uma sobrancelha. Encarou Alice perplexa.
– Alice... Você é...
– Eu não sei... – interrompeu-a – Não existe ninguém que possa responder as perguntas que eu tenho! Meus pais, ou as pessoas que me adotaram, estão mortos e os outros parentes são distantes. – fez uma longa pausa – O que eu faço Mira?
– Calma... – abraçou a amiga – Vamos descobrir tudo, ok?
– Eu nem sei por onde começar... – seus olhos estavam marejados – Só quero saber o porquê... Por que minha mãe biológica me abandonou.
Ficaram ali em silencio por alguns segundos. Miranda pensava numa maneira de ajudar Alice.
– Onde está sua certidão de nascimento – soltaram-se do abraço –, a outra?
– Junto com meus outros documentos. Vou pegá-la.
A moça levantou-se e dirigiu-se ao seu quarto o mais rápido que pôde, como se sua vida dependesse daquilo. Não demorou mais de um minuto para estar de volta na sala. Entregou o documento à Miranda, quem certamente saberia muito mais sobre este do que ela.
Alice observou enquanto a amiga analisava ambos os documentos, tentando não deixar escapar nenhum detalhe. Miranda franziu a testa.
– Se uma delas é falsa, foi muito bem forjada! – dirigiu um olhar desconcertado para Alice – Ambas são bem convincentes. Eu não sei qual é verdadeira e qual não é. – fez uma pausa – Mas as duas apontam a mesma hora, data e local do seu nascimento.
– O nome também é o mesmo, o que mudou foi o sobrenome. – Alice tinha uma expressão de desconforto e curiosidade – Então meus pais não escolheram meu nome, Emily Smith escolheu. – suspirou, tudo aquilo lhe causava uma enorme sensação de rejeição. Por que sua mãe a havia abandonado?
– Isso mesmo. O que significa que devemos procurar a partir da data, local, hora e nome.
– Ainda é muito vago! – contestou frustrada – Isso é tudo muito vago, Mira! Como vamos achar essa mulher? – sua voz estava trêmula, a única coisa que ela queria era poder acordar e descobrir que tudo era um pesadelo.
– Calma Lice. Vamos conseguir tá? Mesmo que demore dez anos! – apertou as mãos da amiga com força em sinal de apoio. Pegou seu celular e sorriu para a amiga – Não vamos ter como procurar num hospital ou cartório à uma da manhã, certo? Então, vamos fazer o lógico; pesquisar por Emily Smith.
Alice assentiu.
**
A noite havia sido longa; Muitas xícaras de café e milhares de mulheres com o nome Emily Smith. Redes sociais, notícias e muitos sites. Nenhuma poderia ser mãe de Alice, nenhuma morava perto ou tinha idade apropriada para ser mãe de uma moça de dezenove anos.
– Alice! – chamou Miranda – Venha ver o que eu achei!
– Mais alguma Emily Smith que “parece” ser minha mãe? – ironizou – Fracamente Mira, isso não vai dar certo! Existem milhares de mulheres com esse nome, além disso... – não conseguiu terminar a frase.
– Não é igualzinha a você? – Miranda segurava seu celular na altura dos olhos de Alice – É ela, tenho certeza!
– Se é ela, temos mais um problema, Mira, não uma solução! – Alice cobriu o rosto com as mãos, estava exausta e perdera as esperanças há horas – Você por acaso leu a manchete dessa notícia?
– Não! – virou o aparelho para si.
Arregalou os olhos e logo deu um tapa na própria testa.
– Não pode ser!
– Ela desapareceu há muitos anos, Mira. Não é ela.
– E se for? – encarou a amiga com uma expressão de certeza e dúvida ao mesmo tempo – Há a possibilidade, olhe; ela desapareceu há dezenove anos, exatamente uma semana depois de você nascer, Lice!
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E então? Críticas? Sugestões? Seja o que for, comentem, me digam o que acharam, do que não gostaram...
Nos vemos no próximo capítulo, beijos beijos! ♥