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– O que aconteceu com ela? - perguntou me interrompendo de novo.

Caramba será que ela não cansa disso.

– Se você parar de me interromper eu falo. - disse lhe mandando um olhar repreensor.

– Claro, desculpe, continue.

– Ela.. - não sabia como continuar agora, eu não podia ficar expondo a vida dela assim, mais ela precisava de ajuda.

– Ela o que Rogers? - perguntou com o tom de voz impaciente, se levantando e aumentando o tom de voz.

...

– Mais cedo, quando estava indo pro meu quarto, eu passei em frente do quarto, a porta estava aberta, e ela estava sentada na cama dela tocando violão e cantando, e entrei pra ver, ela me notou assim que terminou a musica, então começamos a conversar, estava tudo bem até que eu reparei que os dois braços estavam cobertos por uma bandagem, eu reparei nisso por que ela deve ter puxado a manga da blusa pra cima enquanto tocava o violão. - dei uma pausa me lembrando da cena que aconteceu em seguida. - Quando perguntei pra ela sobre isso, ela ficou nervosa, e puxou a manga pra baixo rapidamente tampando os braços. Eu tentei impedir que ela abaixasse tudo então segurei um dos braços, e pedi que para que ela me deixasse ver, foi meio difícil convence-la, mais acabei conseguindo. Quando consegui levantar a manga da blusa, e retirar as bandagens, fiquei meio que sem saber como agir, não sabia nem ao menos o que sentir de direito.

– O que você viu Steve? - ela perguntou e quando viu que hesitava. - Pode ficar tranquilo que não irei falar pra ninguém seja o que for. Eu te dou minha palavra.

Sei que não é direito meu falar sobre isso, mais sei que Natasha é de confiança, e no momento ela é a única que pode me ajudar.

– Eu vi cortes Natasha, por todo seu ante-braço, e alguns estavam vermelhos e inchados, pareciam ser bem recentes, e tinha até alguns cortes abertos que estavam sangrando. - dei uma pausa e passei a mão no rosto antes de continuar. - Quando eu vi aquilo Natasha, fiquei sem chão, e senti um aperto no coração, vê aquela garota que ainda é uma criança daquele jeito acabando com a propriá vida aos poucos.

Soltei o suspiro e passei a mão pelo rosto, olhei pra Natasha e vi que ela estava com um olhar triste estampado na face.

– Steve eu não sei o que falar. - ela disse com um olhar triste se encostando na cadeira.

– Natasha eu não sei por que, mais desde o primeiro momento em que a vi, senti que de algum modo ela precisava de ajuda, e que eu devia ajuda-la, quando eu á vi daquele jeito, quando eu a vi chorando, meu coração se apertou mais ainda. - disse fechando os olhos me lembrando dela ajoelhada no chão chorando, aquilo acabava comigo. - Eu preciso ajuda ela Natasha, mais eu não sei o que fazer, eu não posso falar isso pro Tony e pra Pepper, eu havia lhe prometido que não contaria a ninguém pra ser mais exato, mais quebrei essa promessa te contando. O que eu faço Natasha?

– Eu não sei Steve, me sinto tão perdida como você, não sei o que falar ou fazer pra te ajudar. - ela disse suspirando. - O que posso fazer?

– Você não poderia sei lá conversar com ela? - perguntei torcendo para que ela aceitasse.

– Tudo bem amanhã eu falo com ela. - ela disse concordando com a cabeça.

– Obrigado Natasha. - disse me levantando.

– Steve. - ela disse segurando minha mão.

– Sim?

– Conte comigo pra qualquer coisa, eu irei te ajudar com ela. - ela disse com um olhar sincero.

Apenas acenei com a cabeça e fui para meu quaro descansar, e esperar por amanhã.

Beatryz Pov's

Acordei com a claridade batendo em meu rosto, devido a cortina que esqueci fechar ontem.

Ontem eu tive um sonho péssimo onde o Rogers descobria sobre os cortes, senti uma ardência e olhei para meus braços, as bandagens não estavam ali, alguns cortes estavam abertos e mancharam um pouco da blusa, mais espera eu me lembro muito bem de ter enrolado os dois braços com as bandagens, mais se elas estão sem, então quer dizer que aquilo não foi um sonho, que tudo aconteceu de verdade, que o Rogers me viu cantando e ainda descobriu sobre meus cortes.

Isso não pode ser verdade, Deuses o que eu vou fazer agora, e se ele resolver contar pros outros, se ele resolver contar por Tony, eu não suportaria ver eles me julgando, ou me olhando com menos, ou achando que eu sou louca.

Abracei meus joelhos e quando dei por mim lagrimas escorriam por meu rosto.

De um dia ara o outro minha vida virou do avesso, está tudo bagunçado, não sei mais o que fazer, encontro-me cada vez mais perdida, o Rogers tem razão, eu preciso de ajudam mais meu orgulho não me deixa pedir ajuda, se já cheguei tão longe, posso continuar. Por mais que esteja rodeada de pessoas encontro-me cada vez mais sozinha.

Como queria que tudo isso acabasse, queria poder ser uma adolescente como qualquer, que tem uma família normal, que não tem demônios a rodeando. Que fosse acima de tudo feliz, coisa que a muito tempo não sou.

Me assusto quando ouço alguem batendo na porta.

– Entra. - digo com a voz rouca passando a mão pelo rosto tentando secar algumas lagrimas.

– Beatryz esta tudo bem? - alguém me perguntou.

Me surpreendi ao ver quem era.

– Posso falar com você? - ela pergunta ainda na porta meio hesitante.

– Claro. - digo me ajeitando na cama.

– Que tal se formos tomar café fora, assim a gente anda um pouco e conversa melhor, só nós duas. - ela diz me observando com um sorriso fraco no rosto.

– An pode ser, eu vou só trocar de roupas e nós vamos. - disse me levantando da cama.

– Claro, irei te esperar lá na sala. - ela disse deixando o quarto.

Fui até o banheiro joguei uma rápida agua no corpo, limpei os cortes, em seguida fui até o closet, escolhi um vestido com mangas curtas e com a parte de cima um pouco justa de renda, em um tom claro, com a saia rodada no tom preto, um sobretudo preto, como o clima estava meio frio, ninguém estranharia o fato de usa-lo, uma sapatilha verde agua, coloquei também algumas pulseiras e outras jóias que ganhei de minha mãe, muitas jóias que tenho ganhei dela, troquei também a capinha do iphone, arrumei meu cabelo, e passei uma maquiagem leve só pra não deixar na cara que não estou nada bem, peguei uma bolsa branca e pequena, coloquei um pouco de dinheiro e meu cartão de credito, depois que minha mãe morreu, toda sua herança foi passada para mim, e mesmo eu sendo menor de idade, ela assinou um documento deixando claro que eu seria responsável e dona de todas suas empresas, e todo seu dinheiro, segundo ela eu era a mais capacitada para representa-la e que aquilo era meu por direito, então tudo que antes era dela, passou para meu nome, sai do quarto indo até a sala onde ela disse que estaria.

– Hum estou pronta. - disse assim que cheguei na sala e a vi conversando com o Gavião Arqueiro.

– Que bom, vamos? - perguntou se levantando.

Ela usava uma calça preta justa, com uma camisa de botão branca, e uma bota preta de salto.

– Vão sair? - Gavião perguntou.

– Vamos dar uma volta, e tomar café. - ela disse á ele.

Quando estava indo em direção ao elevador, Tony sai da cozinha, seguido por Steve, quando vi abaixei a cabeça tentando evitar contato visual com ele, depois do que aconteceu ontem não sei como devo agir perto dele.

– Ei ei ei, onde você pensa que vai com a minha filha dona aranha. - Tony disse se aproximando. - Bom dia querida, dormiu bem?

– Bom dia e sim dormi sim. - disse apesar de não ter dormido tão bem assim.

– Nós vamos tomar café fora Stark e dar uma volta. - Natasha disse sem sair do lugar.

– Bom acho que será bom para você tomar um pouco de ar puro, mais antes tome, leve isto com você e o use a vontade. - disse sorrindo e me entregando um cartão de credito.

– Não precisa, eu tenho o meu. - disse tirando ele da bolsa.

– Eu sei, mais quero que fique com este também, é um presente, aproveite a dona aranha ali e vá ao shopping, compre algumas coisas por seu quarto, coisas que goste, se divirta um pouco. - ele disse colocando o cartão na minha mão e fazendo carinho no meu rosto com a outra mão.

Esse gesto dele pode até ter sido curto, mais foi o suficiente pra mexer comigo.

– Tudo bem, muito obrigado. - disse dando um sorriso sincero e guardando o cartão dentro da bolsa. - Bom agora vamos Natasha.

Falei indo até a porta do elevador onde ele estava parada.

– Vamos, quer escolher o carro? - perguntou ao chegarmos na garagem, onde havia vários carros lindos.

– Posso? - perguntei em duvida.

– A vontade, tenho certeza de que Tony não irá se importar nem um pouco. - ela disse sorrindo e dando de ombros.

Escolhi um Porshe Cayenne 2013 Turbo s branco, pode não parecer mais eu entendo bastante de carro, e sempre fui apaixonada por carros esportivos, sempre que minha mãe comprava ou trocava de carro era eu quem os escolhia.

– Bela escolha. - Natasha disse entrando no carro.

– Obrigada, onde vamos? - perguntei sentando no banco do carona e colocando o cinto.

– Bom, como ainda é cedo podemos tomar um café em uma lanchonete que conheço, e depois podemos passar no shopping e gastar o dinheiro do Stark, o que acha? - ela disse enquanto tirava o carro da garagem sem olha-la.

– Tudo bem, mais me conte, por que me chamou pra sair com você, sobre o que quer conversar? - perguntei sem olha-la.

– Antes de tudo, peço para que não fique brava com o Steve, o que ele fez, foi nas melhores das intenções, o que ele mais quer no momento, é poder ajuda-la. - ela disse sem me encarar prestando atenção no transito. Eu já previa o que ela iria falar. - Steve me contou sobre o que aconteceu entre vocês dois ontem a noite. Saiba que não irei te julgar e muito menos pressiona-la para saber o por que fazes isso, apenas quero que saiba, que por mais que não nos conhecemos direito, você não estará mais sozinha, assim como Steve lhe disse que tem a ele, você também tem a mim, pense bem, sua mãe gostaria disso? Acho que não, não é mesmo? - peguntou me olhando enquanto paramos em um sinal vermelho.

Não, ela não gostaria disso, ela sempre fez de tudo para que eu ficasse bem, sempre me ajudou quando precisei, e quando ele soube sobre esse vicio meu, ele fez tudo o possível para que eu não fizesse mais isso.

Fiz que não com a cabeça.

– Então quando lhe bater vontade de fazer isso, pense nela, pense em como ela ficaria mal por lhe ver desse jeito, e quando se sentir sozinha, lembre-se que não está pois tem a mim, o Steve, o seu "pai". - disse enfatizando a palavra pai.

– É que não é tão fácil como parece Natasha, e bom nós mal nos conhecemos, e o Steve também eu mal o conheço. - disse com a voz embargada.

– Eu sei que não, por isso peço apenas para que tente, e o fato de não nos conhecermos não será problema. Hoje iremos passar o dia juntas para que possamos nos conhecer melhor, e é claro gastar bastante o dinheiro do seu pai. - ela disse sorrindo.

Acabei rindo com o que ela disse no final.

– Okay

Quando você olha pra Natasha na primeira vez, acha que é uma pessoa grossa, fria e anti-social, mais depois de minuto conversando com ela, sem ela esteja usando a mascara de durona dela, você vê que ela é bem diferente do que aparenta.

– Mais tarde se não se importar podemos chamar o Steve, então você aproveita pra conhece-lo melhor também, o que acha? - ela perguntou com um pouco de receio.

Bom, acho que não seria mal, de qualquer modo uma hora ou outra eu teria que ver ele, e como moramos no mesmo lugar, tenho quase certeza de que nos veriamos com frequência, então vai ser mais fácil resolvermos tudo já.

– Tudo bem. - disse suspirando.

Chegamos na lanchonete que ela havia falado, comemos algumas coisa, ela comeu mais que eu, eu comi apenas um cupcake, e um copo de cappuccino, isso só para que ela não estranhasse o fato de eu não comer direito, depois fomos para o shopping, comprei algumas coisas para meu quarto novo como Tony havia me dito para fazer, comprei também livros e CDs novos, mais livros que CDs já que sou completamente apaixonada por livros, quando era mais ou menos 17h00 encontramos Steve no shopping.

No começo demorei um pouco para consegui conversar com ele direito, e aos poucos consegui me solta mais.

Vi que a intenção dele era das melhores, que ele queria realmente me ajudar, então decidi deixar que eles me ajudem, sei que essa decisão que tomei foi a melhor, quando já pssava das oito decidimos ir embora, Steve nos ajudou com as sacolas e depois foi para sua moto.

Não demorou muto para que já estivessemos na Torre Stark.