— Como você tem coragem de aparecer aqui? Você está louco? Saia da minha frente, agora! — Eu ordenei. A ultima coisa que eu queria era conversar com esse canalha

— Eu quero te explicar as coisas. Não estou pedindo para você entender, quero apenas que me escute.

— Eu não quero te escutar, sai daqui!

— Você vai escutar sim, sua piranha corna — Eu fique sem reação. Piranha? Corna? — Quero que você saiba a historia toda.

— Sai da minha vida. Antes que eu...

— Você o que? Termine comigo? Nem precisa falar que a gente já está terminado, né?

— Você tem a cara de pau de aparecer aqui na minha casa para ficar me xingando? Ora, seu...

— Eu só queria te contar, que eu e a Rilay começamos com nossa relação, uma semana depois de eu começar a namorar com você. Ela falava tão mal de você. Eu teria pena, se eu te amasse como você achava que eu amava.

— Pare de falar merda! Some da minha frente! — Eu me aproximei dele para tentar empurra-lo, mas ele me deu um tapa, me fazendo perder o equilíbrio e cair no chão

— Eu ainda não acabei, vadia. Sabe por que eu gostava mais dela? Porque ela transava comigo, sem mimimi. Enquanto você queria se manter pura, ela queria apenas ser puta, dando pro namorado da "Melhor amiga". Tudo o que você teve era apenas ilusão. A Cammy também não é flor que se cheire. Ela nos ajudou tantas vezes! Quando ela te chamava pra ir no banheiro, era quando eu e Rilay íamos para a sala do faxineiro. As paredes devem ter marcas de ...

— Eu não quero saber! Para! — Eu gritei, com lágrimas nos olhos. Qual o motivo dele me dar esse choque de realidade, somado com um tapa? A marca dos dedos dele estavam na minha cara!

— Você não quer, mas vai, e bem quietinha — Ele se ajoelhou perto de mim e começou a puxar meus cabelos para cima

— Me solta! Tá doendo porra!

— EU NÃO TE PERGUNTEI NADA! Você está apenas pagando pelo seu amigo babaca, que me fez passar vergonha no restaurante! Quer saber? Eu nunca gostei de você. Eu e as outras meninas queríamos apenas nos aproveitar da sua fama na escola, nunca reparou? Seu irmão é o cara mais inteligente da escola, com as melhores notas. Ele é famoso. Por consequência, todos te conhecem, ainda mais porque você tem peitos grandes e cabelo ruivo. Você foi apenas usada, seu pedaço de lixo inútil!

— Me solta, por favor! — Eu estava me afogando nas minhas lágrimas de dor, eu queria apenas morrer para aquela dor ir embora de uma vez

— SOLTA ELA! — Uma voz gritou

— Você de novo, menstruação ambulante?

— Você não me ouviu? É pra você solta-la! — Castiel apareceu correndo. O sol fez com que ele parecesse um lindo cavaleiro galante que veio salvar... o sapo quase morto.

— Se não o que? — Régis puxou meus cabelos mais forte

— Você vai ver agora! — Castiel tentou dar um soco na cara dele, mas ele desviou na hora

— Eu faço muay-thai, seu merdinha! — Régis tentou dar um chute, mas Cast segurou sua perna

— E eu vou fazer da sua cara meu tapete! — Ele empurrou a perna dele para cima, fazendo-o cair no chão. Então, Cast sentou em cima de sua barriga, segurou a mão dele e começou a bater em seu rosto.

— Porque você está se batendo? Porque você está se batendo? Hahahaha! Molengão! — Régis recuperou forças e jogou Castiel pro lado. Ele pegou Cast pelo pescoço e começou a apertar

— O que você estava dizendo? É difícil te ouvir as...

Eu não queria mais ficar parada assistindo aquela bosta. Eu me levantei e dei logo um chute no saco daquele otário. Ele caiu no chão e começou a se contorcer de dor, enquanto isso eu fui até Castiel e o ajudei a levantar.

— Cast, obrigada por me defender, de novo...

— Você é fraca, precisa mesmo da minha ajuda.

— Em ocasiões como essa, só um "Não há de que" já vale. Aishh! Olha seu pescoço! Dá pra ver as marcas dos dedos dele...

— Isso não é nada... Ele te machucou muito? Eu deveria ter voltado com você.
Cast abriu a porta de sua casa, e fez sinal para que eu entrasse. Eu não queria entrar em casa enquanto ainda estava com a marca da mão dele no meu rosto.

— Você não quer colocar alguma coisa no rosto? Sei lá, água,pomada... — Castiel me oferecia algumas coisas, enquanto ele servia café em uma xícara

— Não obrigada. Vou apenas esperar passar. — Ele se sentou ao meu lado — Ele te machucou muito? Ele deve ter apertado seu pescoço com força...

— Acho que vou passar um cremezinho que minha mãe costumava fazer quando eu caia. Ele refrescava e tirava a marca. Vou lá fazer. — Ele se levantou e foi até a cozinha, pegando alguns ingredientes.

— Pode ligar a TV? — Eu perguntei, já com o controle na mão

— Pode sim, escolhe o canal ai

Eu fiquei assistindo um desenho fofo, sobre um menininho tímido que gostava de uma menininha engraçadinha, e no final, eles ficaram juntos. Adoro amor em desenhos animados. Tão simples, tão sinceros, tão fofos, tão irreais!

— Pronto, acabei. Está vendo? Tem cheirinho de coco. Acho melhor você passar.

— Não Castiel, não precisa, é sério...

— Eu vou passar em você

— Não precisa...

Castiel estava passando aquele creme em minha bochecha, massageando. Quando ele acabou, ele olhou nos meus olhos. Estávamos perto demais. Do nada, começou um grande clima, que fez com que nossos rostos ficassem ainda mais próximos, acabando com um beijo.

Seus lábios eram macios, quentes... Seu beijo tinha sabor de coco. Ele passou a mão atrás do meu cabelo, e começou a me pressionar para ficar mais próxima a ele. Eu coloquei a mão na cintura dele, não sabia onde coloca-la, e lá foi o primeiro lugar que veio na minha mente. Aquele beijo... Estava ficando bem quente. Tudo estava quente. A mão dele começou a descer pelas minhas costas, quando...