Fico encarando a estátua, nela a varias pichações tais como:''Mostro'', ''Vá para o inferno''.

''Eu não entendo tanto lugar para eu encontrar e eu encontro bem o túmulo do meu avô? Será o destino querendo me dizer algo? Ou isso só foi uma estranha coincidência? Eu não sei.''

Paro de pensar sobre isso quando a bolinha de luz, sai de sua forma redonda e se transforma num ´pequena mulher de asas de borboleta,melhor dizendo, uma fada. Isso deveria me surpreender, mas já vi tantas coisa que isso não acontece.

A pequena mulher voa até mim e depois me rodeia. Ela para de repente e se aproxima do meu rosto e aí percebo que a fada segura uma pequena varinha branca, a fadinha a gira e no mesmo segundo começa a sair uma névoa roxa de dentro dela. A fumaça tem um cheiro forte de mel, que me faz tossir. Balanço a mão no ar varias vezes para dispersa-la. Depois que a fumaça se esvairá por total, vejo na minha frente uma moça, que aparenta ter a minha idade,que usa um vestido florido e de cabelos ondulados roxos, que em cima a uma coroa de flores. A menina tem um pouco de sardas e seu nariz é arrebitado.

– Eu odeio essa névoa, sempre com esse cheiro rum, mas assim é bem melhor - fala a garota passando a mão pelos os cabelos para ajeita-los- Ah! Desculpa não me apresentei. Sou Maya.

Abro a boca para falar, mas ela me interrompe.

– eu sei quem você, Karina. Provavelmente você deve estar se perguntando quem sou eu? Sabe a historia da Cinderela?

– Sei - respondo, finalmente abrindo a minha boca

– Então, eu sou tipo a sua fada madrinha, na verdade,eu sou uma fada domestica,seu avô me criou para poder lhe servir. Ah! Por falar nisso eu preciso te entregar isso- ela pega sua varinha branca brilhante e bate duas vezes na palma da mão e um livro de capa vermelha aparece- Ryan mandou eu te entregar isso- Maya o estende- É o diário dele, ai está contido os mais profundos pensamentos, ele pode te ajudar em muitas coisas.

– Maya não me leve a mal, mas eu não quero esse diário, muito menos uma fada domesti...- paro de falar, porque ela olha espantada para algo atrás de mim.

No mesmo instante me viro e dou de cara com que eu menos espera ver ali Pedro. Ele segura um buquê e vem na minha direção.

– Pedro? O que você está fazendo aqui?

– O que as pessoas fazem num cemitério, vim botar flores na campa dos meus pais e você?

– Eu..é...- dou uma virada de leve para trás e Maya não está mais ali, meus olhos encontram a estátua e tenho uma ideia - Sabe o livro que você me deu? - ele assenti- Então ele fala sobre esse tal feiticeiro, Ryan e lá mostrava a sepultura dele, aí eu fiquei curiosa e vim até aqui para vê-la- Doeu ter que mentir para ele, mas esse era o único jeito, não podia dizer que uma bola mágica me trouxe até aqui.

– Entendi- Pedro faz uma pausa olha para a sepultura, depois se volta para mim- Você veio com alguém?

– Não sozinha de ônibus

– Então, a gente pode voltar juntos, eu tô de carro.

– Tá bem

***************

Estou em costada numa das arvores esperando Pedro terminar de colocar as flores na campa de seus pais, achei melhor deixa-lo sozinho nesse momento.

O cemitério está vazio e ainda tem uma neblina que deixa tudo ainda mais sombrio.

De repente escuto passos trás de mim e sinto que alguém toca no meu ombro, me volto para trás e não a nada a não ser mais arvores .

Acho que foi piração minha porque bem no fundo estou com medo de ficar aqui sozinha, então deixo para lá, mas a preocupação volta quando vejo um vulto passar entre as arvores . No exato momento em que isso acontece, algo fala na minha cabeça '' Sai daí''. Ignoro a voz e continuo ali.

Novamente sinto algo atrás de mim, me viro repentinamente, mas dessa vez é só Pedro vindo. Ele não parece nada bem seus olhos estão vermelhos, como seu rosto.

– Tá tudo bem?- pergunto

– Tá. Vamos?

– Aham

Pedro se vira e sai andando. Sinto um aperto no coração.

– Pedro

O mesmo se vira para mim, corro até ele e o abraço. Ele meio que exita, mas logo retribui. Depois de um tempo saímos do abraço.

– Eu acho que eu estava precisando disso

– Agora sim podemos ir - respondo entre lançando nossos dedos e o puxando para ir embora.

Mas enquanto saímos uma pergunta bate na minha cabeça, ''O que será que era aquilo?''.

***************

Pedro para o carro na frente da minha casa,nos dois saltamos. Pedro se aproximo de mim e quando vamos nos beijar, alguém atrás de mim nos atrapalha.

– Karina - a tal pessoa cantarola meu nome

Me viro e dou de cara com a pessoa que eu menos esperava ver segurando duas malas, a única coisa que consigo dizer é.

– Você