De repente Cobra sai da multidão, toca no meu ombro e puxa um colar, que estava por baixo da camisa dele, no colar á uma ampulheta pendurada. Ele coloca a ampulheta de cabeça para baixo, areia começar a descer de vagar. Olho para o relógio, que a na parede da esquerda, os ponteiros estão paralisados e as pessoas a minha volta também. Me viro para ele e pergunto.

– O que você fez?

– Eu paralisei o tempo - ele fala isso como se fosse a coisa mais normal do mundo

– Como?

– Esse cordão é enfeitiçado, quando você vira essa ampulheta de cabeça para baixo ela paralisa o tempo e obviamente tudo que a a sua volta.

– Por que é que eu não paralisei?

– Porque eu toquei em você. Agora vamos deixar de enrolação, que a gente só tem pouco minutos. Que desculpa a gente vai arrumar para explicar o que você fez?

– Não parece que eu empurrei ela?

– Não Karina, não parece. Saiu uma ragada de luz da sua mão, essa desculpa vai ser muito arriscada, as pessoas vão acabar suspeitando que você não é normal.

– Então qual vai ser a desculpa?

– Só se você não precisar dar desculpa nenhuma

– O que você ta querendo dizer?

– A gente pode voltar no tempo e impedir você

– Mas como a gente vai me impedir sem que a gente nós veja e as pessoas

– É isso é ariscado

– E agora?

– Existe uma poção que inverte o que as pessoas viram, fazendo com que aquilo que você fez vira um simples empurrão

– Mas não tem como você fazer essa poção agora

– Quem disse que eu tenho que fazer - ele tira a mochila das costas e a bota no chão, abre e tira um empurrão de dentro da bolsa. Dentro da garrafa a um pozinho verde - Toma - ele estica ela, pego - Você joga esse pozinho nas suas amigas, na Jade e nas amigas da Jade, que eu jogo na multidão

– Sério que você anda com isso

– Eu sou um feiticeiro prevenido. Só não deixa que esse pó cai em você - ele começa atacar o pozinho nas pessoas e eu faço o mesmo

Depois de tacarmos o pozinho em todo mundo, puxo Jade um pouco mais perto para que pareça um simples empurrão e volto para onde estava e ele faz o mesmo. Cobra olha para a ampulheta, que já está quase descendo todo a areia. Olho para o relógio e os ponteiros estão voltando a se mexer e as pessoas a minha volta também.

– Cobra, eu não sei o que seria de mim sem você - ele não fala nada apenas sorrir

Tudo se descongela por completo. Vou até a Jade, que se levanta com dificuldade.

– Você está bem?

– O que você acha?

A diretora sai do meio da multidão.

– Jade, Luana, Pricila, Brenda e Karina. Me sigam, o resto dispersando

Na sala da diretora... Deram um gelo para Jade colocar no nariz e botaram um curativo no machucado da Luana.

– Eu quero que me expliquem o que aconteceu? - Luana e Jade começam a falar juntas - Uma de cada vez! Primeiro você Jade

– Diretora o que aconteceu foi que eu estava conversando com minhas amigas e a Luana já chegou me batendo e eu não sei o por que, eu nunca fiz nada para ela. A Karina ela me jogou no chão e me chutou.

– O que? - eu e Luana falamos juntas

– Meninas! Agora é sua vez Luana

– Eu sei que o que eu fiz foi errado, mas eu tive um motivo sim, o motivo foi que ela jogou suco em cima do livro da Brenda e a Karina ela só separou a briga. Você pode perguntar para quem quiser que vão confirmar minha versão

– Isso é verdade Brenda, ela jogou suco no seu livro? - pergunta a diretora

– É sim e eu tenho até o livro para provar

– Vou conversar com a sua mãe Jade, ela vai te que pagar um livro novo para a Brenda...

– Mas... - Jade a interrompe

– Mas nada. Karina, Brenda e Pricila podem ir

Saímos da sala. No corredor , falo

– Achei que ela também ia me punir

– Te punir pelo o que? Por te separado a briga e por ter dado um empurrão na Jade - responde Brenda. Então eles acham que eu só a empurrei, a poção do Cobra deu certo.

– Agora vamos que a aula vai começar - diz Brenda

Entro na sala e logo depois a professora entra. Ela se apresenta e logo vai dando matéria, uns minutos depois Jade e Luana entram. Luana senta atras de mim, me viro um pouco para ela e pergunto.

– Qual será sua punição?

– Ligaram para minha mãe e falaram que querem ter uma reunião com ela e com a mãe da Jade sobre o nosso comportamento. E eu e ela vamos ficar depois da aula para participar de uma terapia em dupla.

– Terapia em dupla?

– É um negoço que eu e ela vamos ficar fazendo atividades juntas, ridículo. Agora vamos prestar atenção na aula, que eu não quero voltar para coordenação

*********

Horas depois....

Estou sozinha em casa, assistindo TV, meu pai me proibiu de treinar por causa do incidente na escola. Eu pedi por Cobra não contar para ele, mas ele disse que ele é meu pai e tem que saber. Agora estou aqui sozinha procurando algo para ver. Quando a campainha toca, abro e vejo Pedro.

– Pedro? - ele meio que me ignorou todas as vezes em que eu tentei falar com ele, fico surpresa dele aparecer assim

– Posso falar com você?

– Pode. É... entra

– É... Eu e o Cobra a gente...

– Espera - ele me interrompe - Eu sei que vocês são primo e que você não sente nada por ele, eu acredito em você. Eu quero namorar você, mas eu quero que a nossa relação comece sem mentiras. É por isso que eu preciso te contar uma coisa... - ele faz uma pausa, olha para o chão, olha para mim e olha para o chão novamente

– Conta - já estou ficando curiosa

– Eu não sou normal

– Hã?