Como Quebrar Um Coração escrita por raggedy man


Capítulo 2
Regra Número Dois.


Notas iniciais do capítulo

Gente, to triste. Só teve um comentário, apesar de ter vários acompanhamentos e favoritos. Espero que vocês comentem o que vocês acham da minha short.



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Regra número dois: não se apegue a alguém que você pode perder

Sirius Black era só mais um garoto qualquer que Marlene gostava de se entreter. Não era seu amigo, não era seu colega, não era nada para ela. Era apenas um garoto irritante com quem disputava a atenção de James por sete anos. Nada mais.

A última coisa que iria acontecer era Marlene se apegar a um garoto que não significava nada para ela.

Três meses haviam se passado desde o acontecido. Naquele mesmo dia que decidira tornar Sirius Black em seu novo alvo também fora o momento de começar a planejar como faria para que acontecesse imediatamente. O achou conversando com uma garota lufana e foi logo puxando sua gravata e arrastou para um local vazio. Ele a olhou irritado.

– O que quer agora, McKinnon? – Perguntou ríspido. Estivera conversando com a garota fazia quase uma hora, tentando seduzi-la e quando estava quase conseguindo, a loira o arrastara de lá. – Procurando acabar com mais uma das minhas conquistas?

A garota sorriu angelicamente e foi direto ao assunto.

– O que aconteceu ontem à noite. – Ela começou, segurando um sorriso ao ver que ele havia ficado tenso. Sabia que havia o atingido em cheio com o toque e o beijo. E, pela expressão que Sirius estava em seu rosto, ela sabia que ele não havia parado de pensar no que havia acontecido. Seus olhos estavam confusos mas também com um fogo que ela conhecia bem. Desejo.

– O que diabos você tinha na cabeça, McKinnon? – Ele falava baixo mas com um tom raivoso. – Você não me suporta. Nós não nos suportamos. E você me beija e antes disso... – Ele não conseguiu terminar, pois ela já havia o puxado para mais um beijo.

Sirius correspondeu ao beijo como se estivesse aliviado por estar acontecendo novamente. Mas, diferente do primeiro no dia anterior, esse foi mais demorado e muito mais elaborado. Ele a jogou contra a parede enquanto uma de suas mãos se repousava em sua cintura e a outra mergulhava nos cachos que a loira possuía. Quando começaram a ouvir passos de alunos que se aproximavam para entrar em suas aulas, os dois se separaram, mas continuaram se encarando.

– Conte isso a alguém e eu juro que eu faço questão de seu amiguinho ai embaixo nunca mais suba. – Marlene disse após se recuperar. Sem esperar uma resposta, ela continuou a falar. – Vejo você mais tarde, Black.

E foi em direção a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas

Depois disso, sem nada marcado verbalmente, Sirius e Marlene começaram a se encontrar todos os dias nos lugares mais inusitados. Cozinha, Sala Comunal às três da manhã, sala precisa, estufas de herbologia, toques proibidos debaixo da mesa na aula de história da magia e etc.

Seus corpos pareciam se atrair um para o outro. Marlene não podia estar mais feliz. Suas necessidades estavam sendo atendidas, não havia parte emocional envolvida em lugar algum, ninguém sabia do que estava acontecendo e a conversa era mínima.

Estava mais satisfeita ainda por ele não ser uma pessoa com quem ela se importava. Era apenas Sirius Black, um garoto que não tinha o mínimo significado para ela. Quando quebrasse seu coração, não sentiria nada. Não hesitaria, não teria pena, não daria sequer uma segunda olhada para ele quando isso terminasse.

A regra mais importante de todas era não se envolver com alguém que poderia perder de sua vida. Sirius Black definitivamente não era uma dessas pessoas. Porém, o melhor amigo de ambos era. A loira sabia de como ele ficaria furioso ao saber que os dois estavam se envolvendo, e mais ainda quando descobrisse que Marlene havia partido o pobre coração de Black. Ela já havia considerado em deixar aquele plano de lado e tentar algo com qualquer outra pessoa, mas só o fato de ser tão proibido, a deixava cada vez mais excitada em concluí-lo.

Afinal, James nunca havia ficado bravo com ela por muito tempo.

No primeiro passeio para Hogsmead, ambos possuíam um encontro. Marlene sairia com Jules Harris da Corvinal, um garoto que ela estava de olho por um tempo e Sirius iria com Ashley Smith da Grifinória que o havia convidado para sair com ela no dia anterior. Como não tinha mais nada para fazer, uma vez que todos os seus amigos tinham um encontro com alguém, aceitou.

Para Jules, que aparentemente não conhecia Marlene o suficiente, o encontro perfeito era levá-la para a casa de chá da Madame Puddifoot. O local era o pior pesadelo de Marlene. Havia pequenas mesas circulares, situadas principalmente para duas pessoas, com decorações praticamente completamente cor de rosas, com guardanapos em cima das mesas amarrados com laços, e o local era tão apertado que tinham uma grande dificuldade para se movimentar entre as mesas.

Marlene adorava chá e lugares sossegados, mas aquele local era demais para ela. Esperava estar andando pelas lojas com Jules e por fim passar nos Três Vassouras para uma cerveja amanteigada ou até uísque de fogo. Pensou em abrir o jogo para o garoto, mas percebeu que ele se sentia confortável no lugar. Começou a duvidar que ele havia escolhido aquele lugar por ela.

Felizmente, a conversa fluía naturalmente. Infelizmente, ele falava tanto que a loira mal tinha a chance de abrir a boca. Em um de seus monólogos sobre sua visita a França no verão passado onde ele havia visitado a Torre Eiffel a meia noite em cima de uma vassoura, o que ela duvidava muito pois já o havia visto em cima de uma, Marlene desviou o olhar para a mesa um pouco mais a frente da dela e sorriu.

Sirius estava sentado ali parecendo mais miserável do que nunca. Tão ruim quanto ela. Alguns segundos depois, ele capturou o olhar para ela e levantou uma sobrancelha. Marlene sorriu para Jules.

– Com licença, Jules. – Ele parou de falar atento á garota pela primeira vez. – Mas preciso ir ao banheiro. Sabe como é.... Problemas femininos.

Sem esperar uma resposta, ela se levantou e se dirigiu para o banheiro do outro lado de sua mesa, mas não sem antes dar um olhar significante para o maroto. Não precisou esperar nem um minuto para que ele viesse atrás e logo se juntasse a ela.

Sirius logo agarrou a cintura dela e a puxou para o pequeno banheiro, fechando a porta e colocando um feitiço para bloquear o barulho que os dois iriam fazer nos próximos minutos.

Não houve nenhuma troca de palavras, Marlene apenas o agarrou e o beijou ferozmente. Sentia-se aliviada por estar longe da conversa de Jules. O que precisava naquele exato momento era esquecer todas as suas preocupações e se concentrar na boca macia e chamativa de Sirius.

Após alguns minutos, eles se separaram ofegantes. Sirius estava também aliviado por encontrar Marlene ali. Surpreso, mas aliviado. Seu encontro estava indo cada vez pior. Havia começado bem, com os dois na Dedos de Mel e depois nas Zonko’s, mas quando começaram a ficar com fome, Ashley insistiu para que parassem na casa de chá da Madame Puddifoot onde era, em suas palavras, o melhor lugar de toda Hogsmeade.

Definitivamente, ela estava errada.

Ao tentar beijá-la para ver se as coisas ficariam mais interessantes, ela havia se afastado e dissera que não beijava em primeiros encontros. Mesmo ao tentar convencê-la algumas vezes, ele não a forçou a fazer nada. Respeitava que a garota tinha princípios, mas ele não era o tipo de cara que aguentava princípios. Ela havia então começado a falar dos gatos que sua vó possuía em casa e se sentia triste por apernas poder trazer um para o castelo.

Aquele havia sido de longe o pior encontro da vida dele. Até Marlene aparecer.

– Não sabia que laços cor de rosa e chá faziam parte de seu repertorio de conquistas, Black. – Ela provocou com um sorriso sarcástico nos lábios enquanto abotoava sua blusa. – Realmente estou surpresa.

– Posso dizer o mesmo para você. – Ele retrucou encostando-se à parede e a observando. – Isso me faz pensar que seu quarto na sua casa é todo rosa com ursos de pelúcia espalhado pelo chão. Não sabia que fazia o tipo menininha.

– Bem, eu sou uma menina, caso não tenha reparado. – Marlene prendeu seu cabelo e sorriu. – Divirta-se em seu encontro, Black.

Ela voltou a sua mesa, sentindo os olhos de Sirius a seguirem, onde Jules tomava mais uma xicara de chá. Marlene sorriu.

Seria muito fácil quebrar o coração do maroto.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam? Por favor comentem para saber se estão gostando.



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