O Melhor é ir Dormir escrita por João Pedro


Capítulo 5
Cap 5




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Pov Harry

Droga! Desta vez eu não consegui retirar a carta, eles vão achar de qualquer forma. Esses assassinos em serie estão meio descuidados hoje em dia, parecem que querem ser pegos...
O que a polícia vai dizer sobre um serial killer japonês aqui e de volta a ativa? Isso estou curioso para ver. Hoje entrou uma aluna nova na classe de Mary, o nome por coincidência é Alice, não acho que seja tão coincidente assim. Antes quem matava, quem faziam as pessoas sumirem eram monstros, hoje em dia apenas os humanos são monstros. Eu me pergunto o por que estou aqui ainda, protegendo os e os servindo. Quero saber o porque me trouxeram de volta e principalmente o porque de eu estar treinando pequenos e problemáticos adolescentes para serem novos caçadores. Vai ver ainda tenho esperança na humanidade de verdade, não em violência socializada, mas humanidade mesmo.
Não posso mudar o fato de que todo humano sente prazer e satisfação ao causar dor, mas mesmo assim devo tentar.
Amanhã vou pedir para que Mary descubra sobre essa tal de Alice, e também vou pedir a Jane para que a acompanhe na próxima sessão, claro. Para que não pensem que sou um pedófilo.
Isso me lembra o Slender man. Eu pesquisei muito sobre ele, mas nada me disse o que precisava saber realmente. Nenhuma historia, nenhum propósito... Temo que ele não tenha nenhum além de criar assassinos e sequestrar crianças puras. Sei que ele vai atrás de loucos e de crianças inocentes, assim como eu.
Se ele estiver mesmo vivido através do tempo, ele é meu rival e eu estou aqui por ele.
Não faz sentido, então entra a minha teoria: e se os monstros forem um povo e o Slender Man seu rei?
Ticci, Jeff... Nenhum existiria sem ele, então Slender era uma maquina de sociopatas... Mas por que? Tenho que descobrir isso antes que fique louco.
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Harry fechou o caderno e colocou a fita azul no meio para marcar suas investigações no diário. Ele ficou pensando por alguns instantes no que Jeff disse e olhando para a carta que achara. " ... Minha amiguinha homicida" aquilo significava muito. Alice Liddell não morrera naquele Asilo, na verdade ela deve ter matado todas as testemunhas antes de fugir. Mesmo assim, ela não deveria estar ali nesse tempo junto com ele. Alguém estava ressucitando os mortos, ele presumia que era algum experimento, será?
Ele ccolocou o valete de copas sobre a mesa. Algo preocupava o caçador, quantas cartas tinha Alice?
Harry se armou com sua balestra remendada e as serras circulares e as escondeu. Esta noite ele veria Mary de novo, e também se infiltraria na policia. Se Slender tinha um exercito, Harry também teria um.
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PoV Lady Kate.

Eu estava morrendo de medo da aluna nova. Queria falar com Harry, mas ela estava sempre por perto. Alice era uma garota até legal, e pintava muito bem. Ela achava varias coisas interessante, era educada e tinha uma forte atração por gatos, e por pequenas cartolas, o que era estranho, porém estiloso. Era uma pena que não ficava legal com meu ruivo liso e sem graça.
Eu ia pintar aquilo qualquer dia ainda nesse mês, pois me lembrava sangue e a Jeff. Eu não queria me lembrar dele, não depois daquele sonho horrível.
Eu estava pensando nisso quando me lembrei. Ultimamente meus unicos encontros eram com o professor Harry e não tinha nada de romantico neles. Garotos me lembravam Grace, e Grace me lembrava das coisas que estavam dentro de mim graças a ela. Beijar moças sempre dá problemas.
Peguei minha mochila e la coloquei a faca e o chicote que Harry me dera no nosso último encontro, ontem.
Eu não os aprendi a usar direito ainda. Harry ensinaria hoje, e agora ainda eram sete horas, por do sol, então me sinto mais segura hehe.
– Tchau mãe! - Gritei e ouvi a resposta baxinho. Então me lembrei do marido de minha mãe, que ela insistia em dizer que era meu pai.
Não sabia aos certo como chamá-lo. Papai não seria legal. Sr. Hermany, muito formal. Velho filho da puta? Papai ficaria orgulhoso.
Minha família era um pouco estranha, antes de meu pai sumir minha mãe ja estava namorando o Tobias Hermany, mas depois do desaparecimento ela se casou novamente e eu fui obrigada a chamar esse cara de pai.
" Por que não acaba com isso? Mata ele! Mata ele!"
Essas vozes começaram depois que Grace me beijou.
– Vão tomar no cu. - Gritei para as vozes, mas novamente deu merda.
– MARY! VEM AQUI AGORA! - Minha mãe gritou. Me toquei que estava parada na porta, então saí correndo para a rua escura.
Minha mãe me mataria se me visse novamente, então receio que deverei sumir por alguns dias...
Eu estava nessa linha de pensamento quando as vozes voltaram.
" Morra Mary, Morra!"
Eu estava odiando aquilo tudo. Era estranho, mas podia jurar que ouvia a voz de Grace no fundo dizendo: "Corra Mary, corra agora!"
E depois veio a sensação de estar sendo observada.
Me virei rapido e o vi.
Totalmente imóvel e calado, eu vi o nada!
Eu só podia estar louca, podia jurar que ele estava ali.
Peguei a faca e o chicote e me virei para prosseguir.
Então eu o vi de novo, parado ali sem fazer nada.
Era alto e quase irreconhecível à noite.
Senti uma mão no meu ombro e me virei abruptamente. Não! Ele não!
– Sentiu saudades pequena Mary? - disse Jeff o assassino.
Ele segurou minha mão no ar antes de que a faca de caça encontrasse seus olhos vazios.
– O que você quer demônio?
Meu coração estava quase saltando do peito, eu estava com muito medo.
– O que eu quero? Não tenho certeza. - ele me soltou. - seria melhor perguntar o que eu não quero, e eu não quero que você seja pura, não quero que ele te ponha pra dormir.
Eu estava confusa.
– Ele quem?
– Ele.
Então eu me virei lentamente para encontrar a figura de um monstro. Alto e sem a face. O cara que quase me matou uma vez, e que levou meu pai.
– Desgraçado! - gritei enquanto chicoteva... O ar? Slender sumiu em uma fraçao de segundo.
– Eu já tentei, - disse Jeff. - Ele é um porre.
O que aconteceu a seguir foi muito rápido. Fui jogada pelo ar quando Slenderman bateu com força na barriga de Jeff e o fez cair ao meu lado.
Slender apareceu na minha frente e estendeu a mão esqueletica para mim.
" Não. Aceite. Não. Aceite..." as vozes diziam. Eu não conseguia parar de olhar para aquele cara, não sei o porque, mas eu tinha que aceitar.
Nesse momento Jeff soltou um assobio e eu senti minha perna queimar. A seguir fui arrastada brutalmente pela rua.
Estava doendo muito, eu sentia o sangue sair de mim e com ele a minha vida.
Nunca fiquei tão feliz de ver alguém assim.
Me lembro de ouvir primeiro o som de um choro, como um cão faria.
Depois de abrir os olhos e me ver no colo de Harry, ao seu lado direito estava Jane.
– Descanse minha querida. - Harry beijou minha testa.
Antes de fechar os olhos eu vi do outro lado os três "monstros".
Jeff caído no chão, um cachorro ferido ao seu lado, imóvel e intacto estava ele, Slender.
" Mary Kate, ele não é o monstro aqui."
Não sei quem disse isso, se foram as vozes, Harry, ou Jeff. Depois ficou tudo escuro.
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– O que vocês queriam com ela? - A voz de Harry soava nervosa, amedrontadora.
A garota pesava como uma pena em seus braços, ela estava ainda assim muito ferida, por sorte não era grave.
– Responda monstro! - Ele urrou.
Ninguém disse nada.
– Jane, prepare se. - ele sussurrou.
A garota correu para Jeff, sem medo de Slender, ele a ignorou totalmente e ficou encarando a garota no colo do caçador.
O monstro apontou para a para a garota e seu corpo todo piscou.
Harry esboçou um sorriso. Slender piscou de novo.
– Desta vez não filho da puta! - disse Jane depois de arrastar Jeff e Smile dog para fora do círculo e atear fogo no chão.
Harry se sentiu um pouco mal por usar Mary assim na sua armadilha, mas valeu a pena.
Ainda com a garota nos braços ele se aproximou de Slender, sem medo.
Slender moveu seus tentáculos violentamente na direção do caçador, mas eles atingiram algo duro onde não havia nada.
Slender olhou para o chão e viu uma linha de fogo à sua frente que o separava de Harry.
– Estive andando por esse mundo a tempo demais Slender. Eu conheço meus inimigos.
Slender sorriria naquela hora se pudesse.
– Van Helsing, o caçador de monstros! - A voz brotou do nada.- ninguém nunca vai imaginar o que Slender esconde.
– Cuidado! - gritou Jane!
Van Helsing pulou para trás quando o machado passou à sua frente e com ele o garoto.
Deveria ter no máximo 17, mas ainda assim tinha algo errado com ele.
Sua boca estava tampada com a gola de sua camisa e os óculos brilhavam à luz da lua que acabara de aparecer.
O caçador desviou de novo e de novo, o garoto parecia não cansar nunca e o caçador não conseguia lutar com a garota em seus braços.
Jeff o salvou quando o derrubou com um chute forte quando o garoto pulou para arrancar a cabeça de Mary.
Mas aquilo lhe causou dor, Slender o machucara muito, mas ninguém perceberia olhando para seu rosto irritantemente sorridente.
Aquela luta seria boa, Jeff o assassino contra o soldado de Slender, Ticci Toby.
– Ticci, Ticci... - disse Jeff sorrindo. - Gosta de acordar Ticci? Você vai dormir novamente Ticci.
Não dava para ver a expressão de Ticci Toby, mas ele estava claramente provocando quando ficou imóvel na frente de Jeff.
Jeff pulou sobre ele, rapido demais para que o garoto reagisse, derrubando o no chão.
– Go to Sleep! - ele sussurrou e ergueu a faca, mas o garoto não estava ali mais.
– Ninguém morre hoje. - A voz vinha do homem sem boca. - Não se esqueça Jeff, somos uma família, não sou seu inimigo, nem o seu. - ele disse voltado para Harry. - As pessoas para quem trabalha são os monstros.
Nisso ele sumiu.
Jeff caiu no chão. Smile estava ferido e Jane, por mais que quisesse matar Jeff, ainda entendia que precisavam dele.
Harry saiu andando da armadilha intacta com Mary, deixando os outros ali.
Eles não importavam, eram monstros, mas a garota seria sua herdeira. Ele se sentia responsável por ela, como um pai.
Não se sabe ao certo se Van Helsing ja derramara uma lágrima antes, mas essas ficaram para trás, para o que Mary era, e para o que ela iria se tornar.


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