O Melhor é ir Dormir escrita por João Pedro


Capítulo 4
Aluna nova


Notas iniciais do capítulo

Me digam o que acharam. Por favor. Espero que gostem.



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PoV Alice.
Estou com saudades do país das maravilhas. Desde que matei o Doll Maker, tudo por lá ficou estranho. Aquele não era mais o meu mundo, estava diferente e corrupto. Eu não consigo mais entrar lá, por que ele não existe de verdade, pelo menos não mais.
Limpei minhas mãos sujas de sangue com um lenço que eu tinha, desde o manicómio.
Me lembrei do passado naquele hospício. Do riso do "gato" e dos olhos do Doll Maker. Eles não eram meus amigos. Fizeram de tudo para me enlouquecer.
O gato risonho me traiu, o Doll Maker queria que eu fosse uma boneca sexual humana.
Essa foi a pior parte, eu vi ele fazendo algumas e posso descrever claramente como é o processo, mas prefiro não dizer uma palavra sobre isso.
Sim, eu sou uma louca sociopata, mas ele é pior. Ele criou o monstro. Só queria saber o que ainda estou fazendo aqui. É tudo por causa dele, Jeff the Killer.
Ao contrário de que muitos pensam, ele não é a versão gay do Joker, ele é minha versão masculina.
Jeff não pediu por isso, nem eu, mas a insanidade atingiu nivel máximo por causa do fogo. O fogo fortaleceu Jeff, lhe deu o poder para que nunca pudesse ser ferido, mas talvez o fogo possa retirar esse poder dele... Guardei o vidro de álcool e o isqueiro. Aquilo seria minha vantagem sobre Jeff.
–--------'-'-''---------''''----''''
Jeff pulou a Janela de Mary Kate e sentou se na beira da cama. Se seus cálculos estivessem certos . Ia ser mais ou menos um segundo de espera.
Mary entrou no quarto e trancou a porta. Cansada se deixou cair na cama.
Então Jeff se sentou ao lado dela.
– Olá. Eu disse que voltava hoje.
Mary virou o rosto assustado e apontou a faca que Harry deu a ela. Ela não acertava o nome Van Helsing, entao ficou Harry mesmo.
– FIQUE LONGE DE MIM, MONSTRO!
Jeff, se pudesse deixar de sorrir, riria ainda mais naquela hora.
– Acalme se... Só quero te contar o resto da história. Para não me atrapalhar...
Ele tentou segurar o seu pescoço, mas a garota acertou o braço dele com a faca.
Jeff soltou uma gargalhada.
– Parece que sabe algumas coisas... Vai ser mais divertido assim.
Ele pegou sua propria faca e a jogou da cama.
Quando ela se levantou, ele caminhou ate ela gargalhando.
Mary o olhou com raiva. Ela queria ver a cabeça dele rolando cada vez que ele sorria, e ele sempre estava sorrindo.
A faca de Mary caíra longe. Ela estava desarmada, indefesa, pronta para morrer.
Por incrível que pareça, Jeff olhou para ela nos olhos e não havia diversão nele. Jeff caiu de joelhos e chorou.
– Me desculpe por ontem, Mary. - sua voz saiu rouca e triste. - Eu não consigo fazer você dormir! Eu não... Não... Não quero porra!
Mary sorriu. Jeff the Killer também chorava.
– Prove. - ela pegou a faca dele e jogou na sua direção.
Ele pegou, então Mary aproveitou o tempo e pegou a sua propria.
Jeff olhou para ela. Ela foi a segunda garota que Jeff não quis colocar para dormir, mas nada impedia ele de se defender.
Mary fez um corte nas suas costas. Jeff cambaleou para tras e sorriu.
Dor lhe causava prazer, foda se de quem.
– Vai ser divertido. - Jeff correu em direção a ela e desenhou um corte no ar. Se ela sobrevivesse a aquilo, seria digna de ficar acordada por mais tempo.
Mary parou o corte com a faca, mas aquilo custou dois segundos vitais em que ela podia ter desviado.
Jeff girou o corpo e cortou de novo, dessa vez lhe fez um corte em sua camisa.
Mary avançou pelos arcos que ele desenhava e procurou acertar a garganta dele, como Harry disse para fazer, mas ela era novata e Jeff fazia aquela dança a tempo demais.
Ele girou e a faca prendeu se na parede. Sem perder tempo, Jeff passou a faca pela parte detrás de sua camisa e a cortou com facilidade. Quando Mary conseguiu retirar a faca, Jeff ficou de boca aberta ao ver seus seios fartos balançando. Os mamilos rosados onde. ..
PUTA QUE PARIU! Algo o estava deixando fraco. Jeff só sentia prazer ao matar, mas... Ele ainda ia retirar as roupas da ruivinha.
Ela veio em sua direção com a faca em posição, mas Jeff girou o corpo novamente e ela passou direto.
Jeff a puxou por trás antes que ela caísse e apertou seus seios.
Mary gemeu involuntariamente. Então, Jeff desceu uma mão pelo corpo da garota até chegar ao cós da calça.
– Jeff, não... - disse Mary, mas estava cansada e não tinha forças para se levantar ou resistir.
Com facilidade Jeff abriu o zíper da calça dela e a empurrou para baixo. Suas nádegas se encostavam em seu membro rijo, mas ele não ia estupra-la.
Jeff passou sua mão pela região íntima da garota, fazendo círculos pequenos e a garota gemer.
Então Jeff mudou o rumo e passou a segurar suas nádegas. Gostoso...
Ele colocou a língua em seus glúteos, o que lhe proporcionava prazer.
Ele se afastou dela.
Mary se levantou e virou se nua para ele.
– Agora é minha vez!
Ela pulou para cima dele e arrancou suas roupas. Jeff tinha um físico incrível, o que compensava sua cara horrível. Então ela desceu as mãos pelo seu corpo e abriu sua calça jeans.
Ela apertou o penis dele varias vezes antes de colocar na boca várias vezes.
Então começou a sair um liquido branco suspeito de la, que lambuzou toda a sua cara.
Ela abriu a boca e deixou cair de sua semente ali. Mary deslizou por cima dele e colou sua boca na dele, sem se importar com o cheiro de carne queimada.
– Está gostando Jeff? - ela perguntou.
Jeff girou o corpo, fazendo com que ela ficasse embaixo de si.
– Sim, mas sabe do que eu gostaria mais?
Jeff introduziu seu penis nela e enfiou varias e varias vezes, fazendo com que ela gemesse de prazer. Depois de algum tempo ela pergunta ofegante:
– O que?
– Que você vá dormir!
Jeff desceu a faca pelo peito da garota seis vezes, ate que o mundo dela se desmanchou em luz.
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PoV Mary
Colquei a mão na frente dos olhos, de modo a tapar a pequena luz que provinha de um dos poucos raios de sol que vinha da janela aberta. Estava nublado e frio.
De repente me levantei de um pulo da cama.
Que droga de sonho fora aquele? A janela eu deixara aberta especialmente para Jeff, mas ele não apareceu.
Eu geralmente não sentia atração por serial Killers, mas Jeff...
Caminhei lentamente até a janela e a fechei. Jeff não iria vir.
Peguei a faca que Van Haris... Hellsong... Ah, foda se. Vou chamar ele de Harry mesmo.
Harry me deu para proteger me de Jeff enquanto não estava por perto.
Eu ia treinar com ele mais tarde hoje.
Tomei um banho quente e gostoso e me arrumei para ir pra escola.
– Tchau mãe!- disse saindo correndo sem me importar em ouvir a resposta.
No caminho encontrei Grace Jones, e ela estava estranha. Grace era uma amiga minha desde muito tempo atrás. Ela estava sempre alegre e sorrindo, mas hoje andava de cabeça baixa e com um aspecto triste.
– Está tudo bem Grace? - perguntei colocando a mão em seu ombro.
Quando ela me viu, disfarçou sorrindo.
– Sim, estou bem.
– Posso ir com você para a escola?
– Lógico querida, você é quase minha melhor amiga lembra?
Dei um abraço apertado nela.
– Jamais vou esquecer.
Grace era um pouco maior que eu. Ela era elegante e loira. Uma menina linda, o sonho da maioria dos rapazes da escola. Jane e eu andávamos com ela desde que a conhecemos, geralmente ela era legal.
– Não vai mesmo. - ela me soltou. - Se fizer isso eu te mato.
Minhas mãos apertaram a faca. Morte me assustava.
– Não vai me contar o que aconteceu nesse verão? - Tentei mudar de assunto.
– Garotos!
( Nota do E.D - parte irrelevante na história que será censurada.)
Basicamente falamos disso o caminho todo. Até chegar na sala. Estava tudo bem, até o terceiro horário, e lá as coisas ficaram estranhas. Na aula de teatro me chamaram de louca, mas juro que não sou.
Eu sei o que vi aquele dia. Ela estava muito estranha a algum tempo.
O professor Harry entrou na sala seguido pelo diretor e pediu para falar com ela.
Grace estava pálida, mais que o normal. Seus cabelos despenteados e estava com um aspecto cansado. Ela ficava deitada na carteira ao meu lado em todas as aulas.
– Srta. Grace, está tudo bem? - exclamou o diretor.
Grace não respondeu. Ela olhou para mim e disse baixinho:
– Me ajude. Elas dizem que você pode.
Aquela conversa estava ficando estranha.
– Elas quem?
O professor estava determinado a não deixar a gente terminar. Ele pediu licensa para a professora de arte efou avançando.
– As vozes! - Ela disse antes que o professor pegasse em sua mão e a retirassem da sala.
Eu tive a visão de seus olhos oscilando na minha mente. Parados, sem cor, sem vida. Era aquilo que quando todos olhavam sentiam medo.
Não sabia se aquilo era real, e acho que mesmo sabendo, nunca entenderei.
– Sra. McDavis... - Chamei.
– O que quer Srt.ª Kate? - Ela respondeu do jeito ríspido que sempre usava quando via meus quadros, que por sinal eram mais bonitos do que os dela.
– Posso ir ao banheiro?
Ela me dispensou e eu sai da sala.
Eu não conseguia esquecer o olhar de Grace. Dado as minhas experiências recentes com Jeff the Killer, aquilo só me assustava ainda mais.
Sai andando pelo corredor vazio. Eu estava meio tonta, então fui me apoiando nos armários até chegar a diretoria.
Me abaixei e ouvi a conversa.
"... Então essas supostas vozes se referiam a Mary Kate?" - Perguntou Harry.
" Sim, elas me disseram que ela pode!"
" Que ela pode o que exatamente? "
" Que ela pode fazer parar, parar..."
" Desculpe me Grace, nas parar o que?"
" Tudo... Tudo... "
" Como assim?"
" Não posso falar pra você ! Preciso de Mary Kate!"
Então eu pulei com o susto para o meio do corredor. Ela veio correndo e me abraçou.
– Me ajude. Por favor, me ajude!
– Como posso fazer isso? - Perguntei.
Então ela colocou as mãos nos meus ombros e olhou nos meus olhos.
– Você pode me ajudar?
Desviei o olhar. Seus olhos eram a sombra da propria morte.
– Sim, eu posso.
Então ela me beijou na boca. Eu não sou lésbica, mas não me importei.
Depois do beijo ela me deu aquele olhar e um sorriso e disse:
– Obrigada. - E caiu desmaiada nos meus braços.
Harry e o diretor correram para leva-la.
Grace falecera no mesmo dia. Eu jamais esquecerei o olhar de dor dela.
Estático, sombrio, morto.
Eu sei o que vi, eram a sombra da própria loucura.
Nunca esquecerei, pois posso ficar assim também. Ela soprou tudo o que a deixava louca para dentro de mim, seus demónios. .. Sua alma!
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Alice bocejou. Estava sendo difícil fazer algo para aqueles monstros maníacos.
Assim ficava difícil e ela teria que fazer tudo sozinha. Ou não.
Ela poderia provar que o caçador era um problema. Ela caminhou até a escola da garotinha que Jeff falara. Mary Kate. Alice guardaria esse nome. Ela ficou pensando no porque de Jeff não tê-la colocado a para dormir, já que era.um desgraçado sem emoção.
Alice deveria ser a única que ele iria se apaixonar, se essa Mary se metesse no caminho...
Alice esfaqueou um gordo na nuca em frente a escola. Ops... Alice colocou a espada Vorbal na "bainha" que ficava por dentro de sua recém comprada calça jeans. Deus, como aquilo apertava.
Não iria demorar para que eles achassem o corpo, nas ela não podia escondê-lo.
Alice entrou na escola e pegou o amuleto do Doll Maker.
Se ela ainda sabia como aquilo funcionava, daria certo.
– Posso ajudar Srt.ª...?
– Alice Lidell. Prazer, sou nova aqui, na verdade fui transferida ontem.
Ela colocou o amuleto na frente dele e tentou balançar do jeito correto, o que deu certo e o diretor levou a para a sala, deu lhe a chave do armário da aluna recém morta, que era o 698, fez assinar alguns papéis e tudo certo.
Agora pelo que parece, era só ir para a aula. Merda, ela não veio preparada para a aula de artes.
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PoV Mary
– Quero apresentar a vocês a Alice Lidell. Quer dizer algo?
Eu levantei a cabeça para ver a gótica estranha ali parada. Ela usava uma regata preta e calça Jeans. No seu pescoço havia um colar com pingente de "Ω".
Eu olhei atentamente para uma peguena manchinha vermelha.
– Sim professora. Não tenho material para a aula de artes.
A professora olhou nervosa para ela.
– Hoje é seu primeiro dia, então vou perdoar, na proxima não entra na minha sala mocinha.
Se não era tinta, só podia ser sangue! Eu não gostara dela.
A professora mandou as pessoas que estavam cochichando calarem a boca e levou Alice para a tela onde era a de Grace, ao meu lado. Isso poderia ficar pior?
– Prazer, sou Alice. - ela puxou conversa. - Se importa de me mostrar a escola depois? Sou nova aqui.
Olhei para Jane que estava do outro lado da sala olhando assustada para cá. Ela também viu o sangue?
– Cla...claro que sim. - eu disse.
Ia ser um longo dia.
Fiquei com mais medo ainda quando a polícia entrou na sala e disse para ninguém sair. Tinha um corpo na frente da escola.


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