O Melhor é ir Dormir escrita por João Pedro


Capítulo 2
Cap2


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem



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Jeff cortou lhe um braço, sem se importar com os gritos da criança, pois eles estavam sozinhos. Até dava um gostinho a mais...

Jeffy olhou para o braço em sua mão e apoiou a faca na língua, como se estivesse pensando.

– Sabe, estou cansado de mandar vocês irem dormir desse modo.

Então Jeffy pegou uma garrafa de bebida álcoolica que o garoto tinha pegado escondido dos pais.

– Agora sim! Go to Sleep!

Jeffy jogou fogo no quarto e pulou a janela sorrindo feito louco.

"Ele não está aqui agora." Jeffy olhou para o céu. "Que pena. Ele ia adorar minha obra de arte.

Jeffy saiu andando sem olhar para as chamas que consumiam a casa.

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– Mary, já é hora de acordar! - Eu ouvi mamãe gritando por mim la de baixo. Eu ainda estava assustada por causa da noite anterior, aquilo não foi um sonho.

Quando eu acordei de manhã, não havia mais sangue. Meu quarto estava normal. Até minha língua estava bem. O unico indício de que Jeff esteve aqui era o corte superficial no meu rosto. Era a unica coisa que me mantinha sã.

Levantei da cama e olhei em volta. Nada. Nenhum sinal que pudesse levar a Jeff o assassino. Ainda não consigo acreditar que ele limpou tudo.

Troquei de roupa relutante, sempre olhando para a janela, como se o desgraçado fosse voltar a qualquer hora.

– Mary, você vai se atrasar! Rápido!

– Por que toda essa preocupação com a escola? Você nem chegou ao primeiro ano do ensino medio.

Epa, fiz merda.

– Você não é eu. Se eu não, fui não quer dizer que você não precisa ir. A gente depende do seu pai pra tudo, isso que você quer pra sua vida?

– Era uma pergunta retórica, não precisava responder.

– Por que está assim?

Olhei para o rosto dela, nenhum sinal da costumeira ternura, apenas uma face de duvidas.

– Eu estou normal. - Respondi tentando parecer indiferente, mas era evidente que eu estava nervosa.

– Não, Mary, não está. É algum problema na escola, ou com meninos?

Ela me deu uma bela desculpa sem saber.

– É apenas com um menino.- E ele tentou me matar. - Mas acho que está tudo resolvido.

Mamãe deu aquele sorriso de curiosidade.

– Trás ele aqui para jantar conosco.

– NÃO, NÃO, PUTA QUE PARIU, NUNCA!

Eu disse um palavrão na frente da minha mãe. Era hoje que eu morreria.

– Desculpa! Eu tenho que ir. - peguei minha mochila e corri para a porta enquanto ouvia minha mãe gritar meu nome e me chamar de volta.

Aquele cara me torturou ontem a noite.

Eu acabei de conhecê-lo e ele ja estava me deixando louca. Ele ia pagar! Eu juro que mato ele.

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PdV Van Helsing.

Parece que esse tal Jeff causou um incêndio a tres quadras daqui. Odeio ficar parado, nas não posso fazer nada agora.

Sim, eu capturei o lendário Rake, mas ele não diz uma palavra. Se eu capturar Jeff, ele vai escapar como sempre. Só me resta seguí lo agora, esperando que ele me revele onde reside seus "Amiguinhos".

Eu preciso de aliados. Consegui o disfarce de professor em uma escola proxima. Posso usar os adolescentes como aliados, ou isca.

Queria que pudesse ser diferente.

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O caminho pra escola foi calmo e tranquilo. Nem era tão longe assim e eu já tinha me convencido de que era apenas um péssimo sonho.

Me virei mais uma vez, so para me cerificar. Nada.

Comecei a ver meus odiosos amigos adolescentes ali na frente. Bom sinal.

Cheguei na hora que o portão abriu. Jane me puxou. Ela era minha melhor amiga, uma das poucas pessoas que podiam fazer isso sem correr risco de morte.

– Sua vadia! Saudades de ti! - Ela exclamou.

– Não seja fofa! Não combina com você! - Eu sorri enquanto caminhávamos.

– Hey, Mary! - ela murmurou.

– O que foi?

– Aquele garoto está de olho em você. Me virei para trás para ver o garoto e meu sangue gelou.

Rosto branco, pele morta, boca cortada. Jeff the Killer. Ele me disse que voltaria. Jeffy estava parado la sorrindo e olhando nos meus olhos.

Quando eu estava prestes a gritar, Jane apertou meu braço.

– Acalme se. Ele nem é tâo feio assim, o que você tem amore?

Pisquei rápido várias vezes e ele voltou a ser menino.

– Não é nada. Vamos.

Eu entrelacei o braço dela com o meu e entramos na escola.

Minha primeira aula era história, meu armário era o número 666. Não acho que seja coincidência.

O de Jane era o 665. Foi ali que nos conhecemos da primeira vez.

Jane tinha a mesma aula do que eu, então entramos na sala, que estava em meio à uma guerra de bolas de papel. Desgraçados, não me esperaram dessa vez.

Se passaram alguns minutos e ele entrou.

ELE ERA LINDO! Possuía um cavanhaque e um bigode legal.

– Bom dia turma! Sentem se por favor.

Ao ouvir seu tom de autoridade todos se sentaram.

– Meu nome é Harry. Venham um por um aqui na frente e se apresentem.

Começaram pela nossa fileira, aa pessoaa que estavam na minha frente se chamavam Michael e Taylor. Chegou a minha vez.

– Meu nome é Mary Kate, tenho quinze anos e... - Nessa hora eu vi Jeff sentado na ultima cadeira e rindo. Será que alem de mim ninguém mais via?

"E quase morreu ontem!" ele disse ainda me olhando e começou a rir.

– Mary, tudo bem com você?

Harry colocou a mão no meu ombro e Jeff sumiu. Ele estava me deixando louca! Porque ele estava fazendo isso?

– Tudo bem senhor, é só isso mesmo.

Todos os olhares curiosos da sala estavam voltados para mim.

– Só Harry pra você. - ele me conduziu até a cadeira. - Que venha o próximo!

Nada de Jeff ali, por que ele estava sentado atrás de mim e sussurrando.

– Cale se Jeff! - Eu sussurrei.

" Você está imaginando coisas."

Me virei. Graças a Deus era Jane.

– O que você tem? - Ela perguntou curiosa.

– Nada não. Não se preocupe.

– Mary Kate! - o professor exclamou. Que sorte a minha😔.

– Sim senhor.

– Venha aqui na frente e conte a essas crianças sobre a queda de Roma.

Meu ano ja começou uma merda.

– Foram os Barbaros que atacaram e venceram, não foi?

Ele colocou a mão no queixo.

– Mais ou menos isso. Sente se. Nos vemos hoje depois da aula!

Eu me sentei sem falar nada. O que minha mãe diria? Logo no primeiro dia de aula eu me fodo assim. Sou sortuda demais.

Se passaram vários minutos enquanto eu o ouvia falar sobre Roma. Era tão impressionante, era como se ele estivesse lá. Eu estava concentrada quando eu o vi.

Ele não era Jeff. Era alto magro e não tinha rosto. Aquilo me gelou. Eu li sobre esse cara na internet, Slender man.

– ... Então os romanos jogavam sal pela sala para afastar assombrações. - disse o professor enquanto pegava um pote cheio de sal. - Assim!

Enquanto meus colegas riam, ele jogou exatamente onde estava Slender, e esse sumiu.

Ele sabia. Se ele sabia, ele tinha

que saber de Jeff. No final da aula eu ia falar com ele sobre isso. Minha unica dúvida era se eu podia confiar nele.

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– Slender, você viu com os seus próprios olhos! - Disse Alice quando Slender tentou matá la pela terceira vez aquele mês.

– É um simples bastardo que se acha caçador. Não vou perder meu tempo.

Alice ficou nervosa.

– Vai perder seu tempo abusando de crianças? Covarde!

– Se você é tão boa,cace o você.

Alice enfiou a lâmina vorbal por dentro dele. Slenderman não sentiu nadinha.

A faca não voltou com sangue. Agredir Slenderman não lhe dera prazer nenhum.

Slender olhou para sua barriga e depois para Alice.

– Vá criança, antes que eu te mate.

E ele desapareceu, deixando a faca no chão.

Inutil! Por mais que tentasse, jamais mataria Alice. Ela era uma das assassinas mais fortes ali, depois de Jeff e... Jane the killer.

Isso! A maldita podia ajudar, se Alice prometesse a cabeça de Jeff em uma bandeja.

Ela falaria com Jane outra hora. Antes ela tinha que fazer algo.

Foi caminhando, dando passadas firmes em seus coturnos.

Ela chegou à uma casa abandonada. Velha, degastada e enorme. Ela jamais entrara ali. Aquela era a casa sem fim.

Não lembrava em nada o seu pais das maravilhas, mas deveria ser o mesmo terror.

Ela olhou para sua "espada" Vorbal. Quantas saudades ela sentia, dos tempos que matara o Doll Maker, que derrotara a rainha de copas...

A morte do Doll Maker foi a mais prazerosa que ela ja causou. Ela ouvia mentalmente os gritos de pânico daquele velho enquanto um trem despedaçava seus ossos.

Ela foi molhada por sangue, e ela gostou da sensação. Foi desde aí que ela se tornou assassina. Sua vida estava mesmo um lixo, e ela ja estava louca. O que perder?

A casa estava a chamando. Era prometido um enorme prémio para quem saísse dali, mas ninguém nunca saiu.

Ela estava louca para usar a "espada" Vorbal de novo.

Mas ela teve uma ideia melhor.

Ela saiu rindo alto, gargalhando como uma louca.

Havia um homem eu seu caminho, sozinho. Então seria um dos maiores crimes que ela cometeria.

Ele estava a alguns metros, Alice sentia o cheiro de seu medo.

Ela se aproximou lentamente. Ele ia se virar para trás, então Alice se escondeu atrás de um poste, torcendo para que a escuridão a encobrisse.

– Tem alguém aí? - ele gritou.

Sempre a mesma pergunta, como se o monstro fosse sair e responder.

Alice esperou ele se virar e caminhou até ele.

Os passos eram lentos e calmos. O homem estava nervoso.

Alice parou atrás dele. Dessa vez, não se escondeu. Quando ele se virou sentiu a fria lamina invadir seu estômago.

Ele tentava recuperar o ar, inutil.

De lá a lâmina subia. Ele se sentia torturado, e estava sendo.

A faca saiu e arranhou sua cara, cobrindo sua vista de sangue.

Ele sabia que tudo estava perdido.

O homem viu o rosto de seu assassino.

Era uma gótica de praticamente 17 anos. Mas havia algo mais.

Ao olhar em seus olhos se sentiu olhando para um monstro. Um monstro que sorriu quando arrancou sua língua.

Que sorriu quando lhe perfurou um olho. Quando abriu seu crânio e atirou seu cérebro no meio da rua.

Ela continuou o desmembrando durante muito tempo, até satisfazer sua vontade de matar. A mídia iria falar disso por anos. Ela jogou álcool por cima daquilo, mas depois mudou de ideia e saiu andando, deixando um homem desfigurado deitado à luz do luar.


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